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Pró-Reitoria de Graduação
Centro de Ciências Biológicas e da Natureza
Curso: Licenciatura em Química
Disciplina: CCBN-992 Química Orgânica Experimental I
Professor
Prof. MSc. Kennedy Lima da Silva
Rio Branco
2022
1 Normas de Segurança do Trabalho no Laboratório
O discente deve ter sempre em mente que o laboratório de química é um local de risco
potencial de acidentes. Portanto, o trabalho deve ser pautado no agir com segurança e sem
pressa. Acidente em laboratório é muito comum em virtude da pressa excessiva na tentativa
de encerrar, o mais rápido possível, com as atividades laboratoriais. Em geral um acidente
ocorre quando menos se espera. Portanto, o estudante deve adotar sempre uma atitude
atenciosa, cuidadosa e metódica em tudo o que for fazer. Deve, particularmente, concentrar-se
no seu trabalho e não permitir qualquer distração enquanto trabalha. Da mesma forma, não
deve distrair os demais colegas desnecessariamente.
✓ Cada equipe deve, no final de cada aula prática, lavar as vidrarias utilizadas no
experimento e limpar a bancada
1.2 Simbolismo de Cuidados de Produtos Químicos
Tóxico (T) Corrosivo (C) Nocivo (Xn) Irritante (Xi) Perigoso para o
Ambiente (N)
Figura 2. Símbolos adotados pela Comunidade Européia e muitas vezes também utilizados
pelo Brasil.
1.3 Riscos mais comuns:
• Uso de substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas, voláteis, etc.
• Manuseio de material de vidro;
• Trabalho a temperaturas elevadas;
• Trabalho a pressões diferentes da atmosférica;
• Uso de sistema de aquecimento com chama;
• Uso de eletricidade.
1.4.1 Queimaduras térmicas: causadas por calor seco (chama e objetos aquecidos)
✓ Queimaduras leves -
✓ Queimaduras graves - elas devem ser cobertas com gaze esterilizada umedecida
com solução aquosa de bicarbonato de sódio a 1%, ou soro fisiológico,
encaminhar imediatamente à assistência médica, com as informações da
substância que provocou a queimadura.
✓ Lavar os olhos com água em abundância ou, se possível, com soro fisiológico,
durante vários minutos, e em seguida aplicar gazes esterilizada embebida com
soro fisiológico, mantendo a compressa, encaminhar logo a assistência médica,
com as informações da natureza da substância que provocou a queimadura.
2.6.1 - Monografia no Todo: Inclui livros e/ou folheto (manual, guia, catálogo, enciclopédia,
dicionário, etc) e trabalho acadêmico (monografia, dissertações, tese, entre outros)
A) Os elementos essenciais: autor(es), título e subtítulo, edição, imprenta (local, editora e data
de publicação).
B) Os elementos complementares: descrição física tais como número de página, volume e
outros dados se forem necessários, como coleção, ISBN, etc.
Obs: Os elementos complementares são opcionais em citação bibliográficas
GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: Ed. UFF, 1998. 137 p., 21 cm.
(Coleção Antropologia e Ciência Política, 15). Bibliografia: p. 131- 132. ISBN 85-228-0268-
8.
PERFIL da administração pública paulista. 6. ed. São Paulo: FUNDAP, 1994. 317 p. Inclui
índice. ISBN 85-7285-026-0.
ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em:
10 jan. 2002, 16:30:30.
OBS [S.l.] sine loco = local não identificado.
2.11.1 Autoria
Para indicação da forma correta de entrada de nomes, pessoais e/ou de entidades
DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antonio. Curso de direito jurídico. São Paulo:
Atlas, 1995.
MARCONDES, E.; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatria clínica. 4. ed. São Paulo:
Sarvier, 1993.
LUJAN, Roger Patron (Comp.). Um presente especial. Tradução Sonia da Silva. 3. ed. São
Paulo: Aquariana, 1993. 167 p.
DANTE ALIGHIERI. A divina comédia. Tradução, prefácio e notas: Hernâni Donato. São
Paulo: Círculo do Livro, [1983]. 344 p.
GOMES, Orlando. O direito de família. Atualização e notas de Humberto Theodoro Júnior.
11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1995. 562 p.
ALBERGARIA, Lino de. Cinco anos sem chover: história de Lino de Albergaria. Ilustrações
de Paulo Lyra. 12. ed. São Paulo: FTD, 1994. 63 p.
PASTRO, Cláudio. Arte sacra: espaço sagrado hoje. São Paulo: Loyola, 1993. 343 p.
2.11.3 Edição
Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser transcrita, utilizando-se os
numerais ordinais e abreviaturas da palavra edição, ambas na forma adotada na língua do
documento. A primeira edição não é citada na referência, exceto se for mencionado no
documento.
SCHAUM, Daniel. Schaum’s outline of theory and problems. 5th ed. New York: Schaum
Publishing, 1956. 204 p.
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 6. ed. Rio de Janeiro: L. Cristiano, 1995. 219 p.
2.11.4 Local
O nome do local (cidade) de publicação deve ser indicado tal como figura no
documento.
2.11.5 Editora
O nome da editora deve ser indicado tal como figura no documento, abreviando-se os
prenomes e suprimindo-se palavras que designam a natureza jurídica ou comercial, desde que
sejam dispensáveis para identificação.
DAGHLIAN, Jacob. Lógica e álgebra de Boole. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 167 p., il.
Bibliografia: p.166-167. ISBN 85-224-1256-1.
Nota - Na publicação: Editora Atlas.
LIMA, M. Tem encontro com Deus: teologia para leigos. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1985.
Nota - Na publicação: Livraria José Olympio Editora.
2.11.5.1 Sem a identificação da editora
Quando o local e o editor não puderem ser identificados na publicação, utilizam-se
ambas as expressões, abreviadas e entre colchetes [S.l.: s.n.], indicando, respectivamente, sine
loco (sem local) e sine nomine (sem nome).
2.11.6 Data
A data de publicação deve ser indicada em algarismos arábicos.
LUCCI, E. A. Viver e aprender: estudos sociais, 3: exemplar do professor. 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 1994. 96, 7 p.
FELIPE, Jorge Franklin Alves. Previdência social na prática forense. 4. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 1994. viii, 236 p.
OBS. Estas regras de citação bibliográficas (item 2 até 2.11) foram transcritas da Norma
NBR 6023 (2002), sendo, portanto uma compilação realizada pelos autores deste
manual.
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Curso: Licenciatura em Química
CCBN-992 Química Orgânica Experimental I
EXPERIÊNCIA Nº 1
1. Introdução
2. Objetivo
3. Questionário Pré-Laboratório
4.2.1 O capilar contendo a amostra deve ser preso ao termômetro, com o auxílio de um
pequeno anel de borracha, de modo que a substância fique o mais próximo possível do
bulbo do termômetro.
4.2.2 Prenda o tubo de Thiele a um suporte e preencha-o com óleo silicone até uma altura
adequada.
4.2.3 Coloque então o conjunto (termômetro + capilar) dentro do Béquer com óleo de forma
que seja possível visualizar a variação de temperatura no termômetro, bem como o sólido
no capilar.
4.2.4 Aqueça para estimar o ponto de fusão da amostra.
4.3.1 O capilar contendo a amostra deve ser preso ao equipamento e siga as orientações do
professor.
5. Questionário Pós-Laboratório.
5.1 Explique por que o ácido benzoico apresenta ponto de fusão superior ao Naftaleno
(Tabela1)?
5.2 Compare os pontos de fusão registrados na prática com os da literatura.
5.3 Com base no ponto de fusão da mistura analisada na prática, em qual classificação de
mistura podemos enquadrá-la?
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CCBN-992 Química Orgânica Experimental
EXPERIÊNCIA Nº 2
1. Introdução
2. Objetivo
3. Questionário Pré-Laboratório
3.1 Defina solubilidade e explique os fatores que influenciam essa propriedade físico-
química.
3.2 Como se deve quantificar a solubilidade e quando se pode considerar uma substância
solúvel ou insolúvel em outra?
3.3 Explique por que sempre um composto orgânico iônico (sal) será mais solúvel em água
do que a molécula neutra que lhe deu origem.
3.4 Explique, com base nos conceitos de acidez/basicidade e solubilidade, por que o sabão
abaixo, um sal de ácido carboxílico, perde a sua eficiência quando em solução ácida.
3.5 Explique, com base nos conceitos de acidez/basicidade e solubilidade, porque certos
fármacos como a efedrina, um estimulante do apetite, são comercializados na forma de
cloridrato e não na forma de base livre, quando destinados para o uso oral.
4. Materiais e Reagentes
5. Procedimento Experimental
Utilize a Tabela 2 dada abaixo para anotar os resultados obtidos durante a marcha de
solubilidade, seguindo os exemplos dados.
6. Questionário Pós-Laboratório
EXPERIÊNCIA Nº 3
Extração da Cafeína
1. Introdução
A cafeína foi isolada do café por Runge em 1820 e do chá preto por Oudry em 1827.
Ela é encontrada ainda no guaraná, erva-mate e em outros vegetais, e é responsável pelo efeito
estimulante de bebidas como chá e café e de refrigerantes como Coca-Cola e Pepsi-Cola. É
também um dos princípios ativos de bebidas ditas “energéticas” (Red Bull, Power Flash, etc.).
A cafeína provoca um efeito pronunciado no sistema nervoso central (SNC), mas nem
todos os derivados xantínicos são efetivos como estimulantes do SNC. A teobromina (4,
Figura 1), uma xantina encontrada no cacau, possui pouco efeito no SNC, porém é um forte
diurético e é utilizada em medicamentos para tratar pacientes com problemas de retenção de
água. A teofilina (3), encontrada no chá junto com a cafeína, também tem pouca ação no
SNC, mas é um forte estimulante do miocárdio, relaxando a artéria coronária, que fornece
sangue ao coração. Teofilina, também chamada de aminofilina, é frequentemente usada no
tratamento de pacientes que tiveram parada cardíaca. É também um diurético mais potente
que a teobromina. Sendo um vasodilatador, é geralmente empregada no tratamento de dores
de cabeça causadas por hipertensão e asma.
A cafeína é relativamente tóxica (LD50 = 75 mg/Kg), mas para obter-se uma dose
letal de cafeína, o indivíduo deveria ingerir cerca de uma centena de xícaras de café em um
curto período de tempo. Na Tabela 1 são apresentadas as quantidades médias de cafeína
encontradas em algumas bebidas e alimentos.
Devido aos efeitos provocados pela cafeína no SNC, algumas pessoas preferem usar
café descafeinado. A descafeinação reduz o conteúdo de cafeína do café para
aproximadamente 0,03 - 1,2%.
2. Objetivo
3. Questionário Pré-Laboratório
4. Materiais e Reagentes
5.1. Em um erlenmeyer de 250 mL coloque 15,0 g de chá preto, 150 mL de água e 7,0 g de
carbonato de cálcio.
5.2. Ferva a mistura com agitação ocasional por 20 minutos.
5.3. Filtre a mistura quente em Buchner e esfrie o filtrado a 10-15 °C.
5.4. Transfira o filtrado para um funil de separação e extraia a cafeína com 4 porções de 20
mL de cloreto de metileno (extração múltipla com agitação suave para evitar a formação
de emulsão).
5.5. Seque a fase orgânica com sulfato de sódio anidro e filtre por
gravidade para um balão de fundo redondo.
5.6. Evapore o diclorometano usando placa de aquecimento ou rotaevaporador até que se
obtenha um volume de 5-7 mL no balão.
5.7. Transfira então o extrato concentrado para um béquer e evapore o restante do solvente em
banho maria até a total evaporação do solvente.
5.8. Pese o resíduo esverdeado de cafeína bruta e calcule a percentagem de alcalóide no chá.
EXPERIÊNCIA Nº 4
Cromatografia em Papel
1. Introdução
2. Objetivo
3.1 O que é um Cite os principais tipos de forças que fazem com que os componentes de uma
mistura sejam adsorvidos pelas partículas de um sólido.
3.2 O que é cromatografia de fase normal e fase reversa?
3.3 Se os componentes da mistura, após a corrida cromatográfica, apresentam manchas
incolores, qual o processo empregado para visualizar estas manchas na placa?
3.4 O que significa capilaridade?
3.5 O que é e como é calculado o Rf?
4. Materiais e Reagentes
5. Procedimento Experimental
6. Questionário Pós-Laboratório
6.1. Façam uma pesquisa bibliográfica e apresentem os principais constituintes dos pimentões
verde, amarela e vermelho. Apresentem algumas características de cada um desses
constituintes? Mostre também as estruturas moleculares.
6.2. Por que se utiliza lápis grafite (e não caneta) para marcar no papel na prática realizada?
6.3. Cromatografia é uma técnica de separação das substâncias de uma mistura. Descreva os
principais tipos de cromatografia.
6.4. Em cromatografia existem duas fases: a fase móvel e a fase estacionária. Em
cromatografia em papel identifique a fase móvel e fase estacionaria. Em cromatografia de
camada delgada, qual é a fase estacionaria e qual é a fase móvel?
6.5. Na preparação da cuba cromatográfica foi colocado um papel de filtro. Explique a função
desse papel.
6.6. Calcular o fator de retenção (Rf) de cada pigmento
Rf1 = dr1/dm
EXPERIÊNCIA Nº 5
2. Procedimento Experimental
3. Questionário Pós-Laboratório
3.1 Qual a função do ácido sulfúrico usado na reação?
3.2 Na síntese da aspirina, outro produto pode formar. Que subproduto é esse? Apresente o
mecanismo da síntese de aspirina e de formação do subproduto.
3.3 No item 1.2, após a filtração à vácuo os cristais foram lavados com água fria. Explique o
uso da água fria nesta etapa.
3.4 Descreva o mecanismo da reação do álcool com o regente de LUCAS.
3.5 Que tipo de grupamento pode ser identificado através da reação do iodofórmio? Por que
os compostos que contém o grupo -CHOHCH3 apresentam teste positivo?
3.6 Escreva a equação e o mecanismo da reação de formação do iodofórmio.
3.7 Apresente uma justificativa para a ordem de reatividade dos alcoóis primário
secundário terciário alílico benzílico com o reagente de Lucas.
3.8 Escreva a estrutura do 2,4-dinitrofenilidrazina e mencione os grupos funcionais presente
neste composto.
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CCBN-992 Química Orgânica Experimental I
EXPERIÊNCIA Nº 6
1. Introdução
2. Objetivo
3. Questionário Pré-Laboratório
4. Materiais e Reagentes
5. Procedimento Experimental
5.1. Pese o material vegetal (casca da laranja) a ser extraído (aproximadamente 100g) pela sua
equipe e transfira-o para um balão de fundo redondo.
5.2. Adicione água destilada ao balão até a imersão do material vegetal, aproximadamente a
metade do balão.
5.3. Posicione o balão em uma manta de aquecimento e monte o sistema de hidrodestilação
para a extração de óleo essencial conforme ilustrado na figura abaixo.
5.4.Inicie o processo de extração conectando a aparelhagem de vidro com o sistema de
circulação água.
5.5. Deixe o sistema ligado por aproximadamente 45 minutos, retirando, se necessário, a
água acumulada no dosador com um erlenmeyer.
5.6.Decorrido o tempo de extração, desligue o sistema, espere o seu resfriamento por um
período de aproximadamente 5 minutos e meça a quantidade do óleo essencial obtido no
próprio dosador, caso o óleo extraído seja menos denso do que a água (fase superior).
5.7. Abra a torneira e separe o hidrolato do óleo essencial coletando em um pesa filtro.
5.8. Trate o óleo obtido com sulfato de sódio (Na2SO4) para a remoção da água residual e
transfira-o para outro pesa filtro previamente pesado.
5.9.Pese-o para o cálculo de rendimento percentual.
5.10. Guarde o óleo extraído no refrigerador a fim de evitar a sua volatilidade e/ou
oxidação.
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EXPERIÊNCIA Nº 7
Reação de Saponificação
1. Introdução
O sabão é conhecido desde pelo menos 600 anos a.C. Os fenícios já preparavam um
material coagulado por fervura de gordura de cabra misturada com cinzas de madeira. As
propriedades do sabão como material de limpeza nunca chegaram a ser de conhecimento
geral, e o uso do sabão não se disseminou até o século XVIII. Do ponto de vista químico, o
sabão é uma mistura de sais de sódio ou potássio de ácidos graxos de cadeia longa, produzida
pela hidrólise básica (saponificação de gordura animal ou vegetal em meio alcalino). A cinza
da madeira foi utilizada como substância alcalina até meados do século XIX, quando o NaOH
se tornou comercialmente disponível.
Óleos e gorduras são constituídos de triésteres de ácidos graxos de cadeias carbônicas
extensas e glicerol (triglicerídeos), que podem sofrer reações de hidrólise alcalina produzindo
sabões (reação de saponificação), Figura A. Os sabões comuns são sais de sódio ou potássio,
obtidos a partir da reação de saponificação de triglicerídeos de origem animal ou vegetal com
soda cáustica (NaOH) ou potassa cáustica (KOH), respectivamente. Um subproduto da
manufatura de sabões é a glicerina (glicerol), que é bastante utilizada na indústria de
cosméticos e também na obtenção do explosivo denominado nitroglicerina.
A ação de limpeza dos sabões deve-se à natureza de suas estruturas que apresentam
dois extremos muito diferentes. O extremo do carboxilato de sódio é iônico e, por isto,
hidrofílico (gosta de água). A porção hidrocarbônica da molécula é apolar e hidrofóbica (tem
medo de água). O resultado destas duas tendências é que os sabões são atraídos pela gordura e
pela água, o que os torna úteis como materiais de limpeza.
Quando os sabões se dispersam em água, as cadeias hidrocarbônicas longas se
agrupam e se entrelaçam em uma bola hidrofóbica e as extremidades iônicas na superfície da
bola mergulham na fase aquosa, formando aglomerados esféricos, denominadas micelas
(Figura B). As gotas de gordura e de óleo se “solubilizam” na água porque são envolvidas
pelas cadeias apolares das moléculas de sabão no centro das micelas. Uma vez em solução, a
gordura e a sujeira podem ser removidas.
2. Objetivo
Realizar uma reação de esterificação para preparar uma amostra de sabão a partir de óleos
vegetais e realizar procedimento de tratamento do sabão produzido, comparando-se a
alcalinidade do sabão antes e depois de tratado.
3. Questionário Pré-Laboratório
5. Procedimento
Obs.: Durante o procedimento experimental, proteger os olhos de eventuais respingos no
manuseio com o sabão.
5.1Produção do sabão
5.3.4. Após a mistura ser aquecida por cerca de 20 minutos, o odor de álcool irá desaparecer,
indicando a conclusão da reação. Uma massa pastosa contendo uma mistura do sabão,
glicerol e excesso de hidróxido de sódio é obtida
5.3.5. Transfira a massa pastosa obtida para um funil de Buchner com papel de filtro e faça
uma filtração à vácuo para remover o excesso de líquido;
5.3.6. Transfira o material obtido para um béquer de 250mL com o auxílio de uma espátula
metálica.
5. 2. Tratamento do sabão (SALTING-OUT)
5. 3. Testes de Alcalinidade
6. Questionário Pós-Laboratório
EXPERIÊNCIA Nº 8
1. Introdução
Os ésteres são derivados de ácidos carboxílicos que podem ser preparados diretamente
pela esterificação de um ácido com um álcool na presença de um ácido com catalizador, a
chamada esterificação de Fischer (exemplos: ácido sulfúrico e ácido clorídrico). A
esterificação catalisada por ácido é na prática um método para a obtenção de ésteres de
álcoois primários e secundários, mas não é útil para álcoois terciários. Além deste método, os
ésteres podem também ser obtidos a partir de cloretos de acila, anidridos, amidas, nitrilas,
ácidos carboxílicos ou por meio de transesterificação.
Em geral, os ésteres de baixa massa molar têm odores prazerosos, alguns lembram o
cheiro de frutas, e esses são utilizados na fabricação de sabores artificiais, os quais são
designados de flavorizantes. A seguir são mostrados alguns exemplos de flavorizantes:
O emprego dos ésteres, porém, não está simplesmente associado à química de aroma,
outros ésteres, como por exemplo, a aspirina e o salicilato de metila são empregados como
analgésicos e largamente utilizados na clínica médica atual.
2. Objetivo
Obtenção de um éster (Etanoato de butila), a partir da reação entre uma ácido carboxílico e
um álcool, em meio ácido (esterificação de Fisher).
3. Materiais e Reagentes
4. Procedimento Experimental
4.1 Num balão de fundo redondo ou chato, misture 5,0 mL de ácido acético (~0,087 mol)
com 2,5 mL de álcool n-butílico (0,027 mol) (faça essa mistura na capela)
4.2 Adicione cuidadosamente à mistura 0,5 mL (cerca de 10 gotas) de ácido sulfúrico
concentrado, depois adicione pequenos pedaços de louça quebrada ou barra magnética se
usar agitador magnético. Cuidado para não molhar a tetina de sucção com ácido.
4.3 Adapte o balão numa montagem para aquecimento em refluxo, aqueça e agite a mistura
reacional durante 50 minutos. Após este período, esfrie o balão à temperatura ambiente.
4.4 A Transfira a mistura reacional, para uma proveta de 50 mL contendo 10 mL de água,
com auxílio de uma pipeta. Agite suavemente essa mistura com o auxílio de um bastão de
vidro, em seguida, deixe a mesma repousar.
4.5 Meça o volume da camada superior do acetato de butila, para determinação
(aproximada)* do rendimento da reação.
5.1. No item 5.7 é realizado a lavagem com solução saturada de bicarbonato de sódio a 5%.
Qual o objetivo dessa lavagem?
5.2. Na reação de esterificação, qual a função do ácido sulfúrico.
5.3. No processo de formação de ésteres são usados termos como: esterificação,
transesterificação e interesterificação. Defina esses termos apresentando exemplos com
reações químicas.
5.4. A esterificação é uma reação reversível. Qual o nome atribuído a reação reversível da
esterificação. Apresente o mecanismo da reação reversível.
5.5. Calcule o rendimento da reação de esterificação e discuta seus resultados (reagente
limitante, reagente excedente)
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Curso: Licenciatura em Química
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EXPERIÊNCIA Nº 9
Síntese da Acetanilida
1. Introdução
2. Metodologia
4. Materiais e Reagentes
5. Procedimento Experimental
6. Questionário Pós-laboratório
EXPERIÊNCIA Nº 10
Recristalização da Acetanilida
1. Introdução
2. Metodologia
3. Objetivo
4. Questionário Pré-Laboratório
4.1 Faça uma discussão geral acerca da técnica de recristalização (incluindo as características
do solvente ideal).
4.2 Por que é recomendável utilizar apenas uma quantidade mínima de solvente no processo
de recristalização?
4.3 Ao purificar um composto por recristalização, é aconselhável esfriar a solução lenta em
vez de rapidamente. Explique o motivo dessa recomendação.
5. Materiais e Reagentes
6. Procedimento Experimental
6.1. O material recém preparado na aula anterior, deve ser pesado e transferido para um
béquer de 250 mL
6.2. Adicionou-se 50 mL de água destilada.
6.3. Aqueça a mistura em uma manta aquecedora e fez-se a agitação da referida mistura com
um bastão de vidro até que todo o material seja dissolvido.
6.4. Filtre a solução, ainda quente, em um funil comum, anteriormente aquecido na estufa
para este fim, utilizando algodão, coletando em um Erlenmeyer de 250 mL.
6.5. Deixe o sistema em repouso até atingir a temperatura ambiente, em seguida, mantenha o
Erlenmeyer em banho de gelo por 10 minutos, ou até se observar a formação de cristais
de acetanilida.
6.6. Filtre os cristais em funil de büchner utilizando papel de filtro previamente tarado.
6.7. Lave os cristais com água destilada (5 a 10 mL, previamente resfriada).
6.8. Em seguida coloque o papel de filtro junto com os cristais de acetanilida em estufa, onde
deve permanecer por 6 minutos a uma temperatura de 100ºC.
6.9. Determine o rendimento da reação.
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EXPERIÊNCIA Nº 10
1. Introdução
2. Metodologia
3. Objetivo
4. Materiais e Reagentes
5. Procedimento Experimental
6. Questionário Pós-laboratório
ALLINGER, N. L. Química orgânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1978. 961 p.