grande espaço no âmbito educacional, se o educador respeitar e compreender a fase em que a criança. Durante a 1º Guerra Mundial Wallon foi requisitado como médico, e nesse período escreveu sua tese de doutorado sobre os estados e problemas do desenvolvimento motor e mental da infância. 1922, Wallon abre um pequeno laboratório em uma escola no subúrbio pariense de Boulogne-Billancourt, onde desenvolve como pesquisa o desenvolvimento infantil por meio de entrevistas e enquetes sobre a adaptação escolar e social, desenvolvendo assim seu grande interesse no campo da educação infantil. O autor acreditava que a criança deveria ser vista de um modo mais integrado, que a afetividade poderia ser trabalhada junto com a Psicologia, que a Pedagogia oferecia campo para a Psicologia, e essa ajudaria na aprendizagem. Em 1925, foi nomeado diretor do primeiro laboratório de psicobiologia da criança na Escola de Altos Estudos em Paris. Seus estudos foram voltados para a psicomotricidade, os mecanismos da memória ou do julgamento moral, abrindo um Centro de Orientação Profissional destinado à formação de orientadores. Pois acreditava que era necessário estudar todos aqueles que tinham contato com a criança A teoria walloniana torna-se interessante para o Brasil a partir dos anos de 1980, onde teve grande contribuição no que se refere à formação de professores que englobam a aprendizagem e o papel do professor na formação da criança. Fica a critério de o educador saber aproveitar cada fase do desenvolvimento infantil, conhecer capacidades e necessidades da criança e assim, organizar suas atividades voltadas para as si mesma, De acordo com o autor a escola oferece para a criança aprender a assumir e dividir responsabilidades, a respeitar regras, a administrar conflitos, compreender a necessidade do vínculo e da ruptura, aprende a conviver e o contato com a cultura. A cognição está alicerçada em quatro categorias de atividades cognitivas específicas, às quais dá-se o nome de campos funcionais. Os campos funcionais seriam o movimento, a afetividade, a inteligência e a pessoa. O movimento é o primeiro sinal de vida psíquica da criança, onde ele discrimina duas dimensões. A dimensão mais expressiva que são as expressões que estão nas bases das emoções e a dimensão instrumental que é a ação direta sobre o meio físico e concreto. O movimento tem um papel fundamental para a afetividade e cognição. A afetividade se inicia no período em que Wallon denomina como sendo impulsivo-emocional e se constitui como ponto de partida do psiquismo. Sendo dialética para dar conta de sua natureza paradoxal e genética para acompanhar as mudanças funcionais. O autor classifica as emoções como sendo hipotônica e hipertônica. A primeira forma de afetividade expressada pelo indivíduo, são as emoções, permitindo o desenvolvimento de uma instância para se compreender a realidade e assim analisar, conhecer e explicar, quando chega à vida adulta a emoção passa a ser dominada pela atividade intelectual. A inteligência que se expressa através da linguagem e da fala. Para o autor a inteligência só pode ser entendida a partir do estudo do indivíduo (visão integracionista). Para Wallon a inteligência é um conjunto de funções, atitudes e atividades, sendo um todo multifuncional, ela se esboça no estágio afetivo e se completa no teórico, que a função biológica já é social, o psíquico contém os dois. A inteligência evolui em diferentes níveis de organizações e em diferentes direções. A inteligência está diretamente relacionada com duas importantes atividades cognitivas humanas: o raciocínio simbólico e a linguagem, pois à medida que a criança vai aprendendo a pensar nas coisas fora de sua presença, o raciocínio simbólico e o poder de abstração vão sendo desenvolvidos. O educador consiga chegar até os aspectos cognitivos, motor e afetivo. Por meio da Teoria da Psicogênese fica evidenciado que a afetividade age sobre o aluno de forma positiva ou negativa, sendo necessário que o educador saiba lidar com todo esse processo, pois a afetividade pode favorecer a aprendizagem no ambiente escolar, promovendo um local propício para o desenvolvimento integral. A pessoa que articula todos os demais campos e é independente. De acordo com o autor, os domínios funcionais organizam orientações da atividade intelectual que instituem as etapas da evolução psíquica e é importante considerar as fases evolutivas como uma preparação para as fases posteriores. Seria este também o campo funcional responsável pelo desenvolvimento da consciência e da identidade do eu. Para o autor nem sempre esses quatro campos estão em harmonia e, sim, podem estar em conflito, porem são inseparáveis. O desenvolvimento da criança aparece descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado da maturação e das condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento em geral a passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente, por ampliação, mas por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra, crises que afetam a conduta da criança.