Discentes:
Ádila Gani; 20190105
Ana Paula; 20170582
Jennifer Paulino; 20190377
Mellanie Uamusse; 20190626
Sheila Cumbane; 20170104
Docentes:
Eng. º Salazar Mangumo
MSc. Luís Nhantumbo
Docentes:
Eng. º Salazar Mangumo
MSc. Luís Nhantumbo
Objectivos
Objectivo Geral
Descrever o método de Lavra por Frente Longa (Longwall Mining).
Objectivos Específicos
Descrever a aplicabilidade do método;
Descrever o desenvolvimento do método;
Citar as vantagens e desvantagens do método;
Explicar a aplicação do método em várias minerações;
Indicar os tipos de equipamentos usados e as medidas de segurança no método Longwall.
Metodologia
Para o desenvolvimento deste trabalho foi adoptada a seguinte metodologia:
Revisão bibliográfica realizada por meio de consulta a artigos, teses e livros que
envolvem o tema trabalhado, selecionando informações relevantes e directamente
ligadas ao tema para uma melhor elaboração e compreensão.
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Mineração Subterrânea
Definição
A lavra corresponde à quarta fase de um empreendimento mineiro, sendo as fases
anteriores prospecção, exploração e desenvolvimento. O método de lavra é a
sistematização e a coordenação das operações unitárias para viabilizar o aproveitamento
de uma jazida mineral.
O método de lavra selecionado para uma determinada jazida deve propiciar uma operação
rentável, segura e ambientalmente sustentável para um determinado corpo de minério.
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Tipos de Mineração Subterrânea
O presente trabalho irá abordar especificamente a mineração Longwall ou por frente Longa.
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Aplicabilidade
É aplicável somente a corpos acamadados (sedimentares), estratiformes tabulares/
horizontalizados, de pequeno mergulho (até 20º) ou planos, de grande altura; pequena a média
espessura (até 4m), distribuição uniforme de teores, grande extensão horizontal e profundidade a
partir de 300m até 1600m. A encaixante deformável e homogênea, minério pelo menos
autossuportante. Pode ser utilizada para a lavra de rocha dura, sem abatimento (ex. minas de
ouro da África do Sul) ou de carvão (80% das minas), com a utilização dos conjuntos
mecanizados para lavra por longwall (cortadeira, transportador de frente e suporte Auto
marchante).
Desenvolvimento
Acesso principal geralmente por poço vertical. Desenvolvimento secundário todo realizado na
lapa, com sistema de galerias de transporte (duplas ou triplas), próximas entre si, com cerca de
100 a 200m de comprimento, para material e pessoal, com subida face livre para iniciar
desmonte. Frentes de até 450m de comprimento.
Lavra
É realizada em recuo ou em avanço, descendente, arranjo longitudinal para corpos de pequena
espessura e arranjo transversal para espessura a partir de 30m. Exige rigoroso controle do
contato. Os subníveis normalmente têm de 8 a 15m. A rocha superior (capa) deve seguir a
extração do minério no abatimento contínuo e as condições superficiais devem permitir a
subsidência. São executados furos longos, em leque ou paralelos. Permite mecanização e
operação contínua. Quanto à diluição, é preferível para situações em que se separam facilmente o
minério e o estéril.
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rocha dura (P&H, 2005). O sistema de lavra por conjunto mecanizado teve seu apogeu
nas décadas de 50 e 60, dando lugar posteriormente ao sistema de mineração com
minerador contínuo.
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Equipamentos do Longwall
Cortadeira
Cortadeira (cutter) percorre de 50 a 90m/h, as cabeças de corte podem ser fixas ou montadas
sobre um braço oscilante;
Cortadeira Plow - é de cabo sem fim, com correntes movidas por motores montados em uma
extremidade da face, é empurrada através da face; usada para camadas mais brandas e menos
espessas, gera menor quantidade de finos, mais utilizada na Europa e nos EUA.
Cortadeira Shearer - tem um ou dois tambores que trabalham sobre o transportador de frente
(Silveira e Amigo, sd), usadas principalmente na Austrália. O corte da face pode ser bidirecional
(para cima e para baixo) ou unidirecional (de uma extremidade a outra).
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Transportador de frente (de corrente) – recebe os fragmentos desagregados e os arrasta até
uma estação de transferência para um transportador de correia, de onde o material é transferido
aos silos e estações de carregamento dos esquipes.
Shuttle car - carro transportador, veículo com sistema próprio de descarga, geralmente sobre
pneus, movido a diesel ou eletricidade, usado para receber minério ou carvão do minerador
contínuo ou do carregamento e transferi-lo para um ponto de carregamento em subsolo, como
um alimentador-fragmentador, um sistema de trilhos ou de correia transportadora. Acidentes
recentes levaram a se projetar espaço na mina para rodarem de 4 a 6 equipamentos atrás de um
minerador contínuo.
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Suporte hidráulico auto-marchante (powered support) - cada unidade pode suportar de 240 a
480tf, no deslocamento mecânico, existe um cilindro horizontal que, num movimento avança a
calha do transportador de frente, noutro avança o suporte (Silveira, 1987); existe o avanço por
controle remoto (Dias, 2004) ou eletro-hidráulico; 89% dos suportes usados são do modelo
shield.
Variante: Shortwall
Lavra de blocos de menos de 100m de largura (45 a 60m), 1,2m de espessura, 13 a 27m de
largura, em recuo (Websters, 2006).
Lavra em avanço
Requer menor de desenvolvimento prévio.
Lavra em recuo
Tem entradas simples usadas apenas por um painel, é mais barata e mais rápida e requer
menos mão de obre.
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
Elevado grau de mecanização;
Grande produtividade (maior em subsolo);
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Grande recuperação na lavra;
Menor custo de produção em mina subterrânea, ao lado do block caving;
Segurança: trabalhadores ficam todo o tempo sob escoramento do teto.
Desvantagens
Custo de manutenção elevado (tempo de transferência de equipamentos de um painel
para outro),
Alto custo de investimento ou de capital;
A altura de cava é limitada pelo equipamento de corte;
Paradas resultam em grande variação na produção;
Camadas de espessura irregular dificultam a operação;
Problemas de emissão de metano em condições de alta produção;
Significativo desenvolvimento na preparação dos painéis de lavra;
Grande demora para troca de painel. Essa mudança leva de 10 a 30 dias para ser
efectuada e é feita, em média de 1 a 3 vezes por ano.
O método deve manter a integridade do piso e do tecto. Capa e lapa devem ser compostas por
rochas dura e competentes. Suporte temporário (próxima à face) e permanente (prumos de
madeira e/ou pilares de concreto) são usados para prevenir descontinuidades no realce. Utilizado
em depósitos metalíferos, difere bastante do Longwall para carvão Dura. A lavra avança ao
longo do strike, com o desmonte da face feito com o auxílio de explosivos. O minério
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desmontado é recolhido com um scraper e levado até um orepass. Durante o trabalho do scraper,
o teto é escorado com suportes provisórios que são posteriormente substituídos por suportes
permanentes de concreto.
Tecto imediato do carvão constituído de folhelhos, siltitos ou outras rochas frágeis, com
fraturamento suficiente para produzir desplacamento;
Tecto principal competente, que possa deformar sem romper sobre o tecto imediato já
desabado;
Piso competente para suportar o esforço produzido pelos macacos.
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Longwall em Carvão: operação
A lavra é feita com o auxílio de cortadores giratórios que vão fragmentando a camada de carvão.
O carvão cai sobre uma calha de transporte e é transferido para um transporte contínuo.
A grande desvantagem é a altura de lavra, que é limitada pelo equipamento de corte. Atualmente
a altura técnica limite dos suportes hidráulicos e dos tambores é de 6m, nos corpos de minério
mais espessos que 6m, o volume acima desse limite não é lavrado sendo abandonado. Uma
característica interessante deste método é o sistema de proteção de tecto que proporciona total
segurança aos operadores. Os macacos hidráulicos avançam à medida que a camada de carvão é
lavrada, criando um espaço sem sustentação na parte de trás que cai aliviando os esforços sobre o
sistema.
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Vantagens do Longwall em carvão
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Comparação do método Longwall com o método Câmaras e pilares
Os métodos Longwall e de câmaras e pilares podem ser utilizados para mineração de carvão
subterrâneo adequado.
Longwall tem melhor recuperação de recursos (cerca de 80% em comparação com cerca de 60%)
para método de câmaras e pilares, menos consumíveis de apoio de teto são necessários, maior
volume de sistemas de remoção de carvão, manipulação manual mínima e segurança dos
minérios é reforçada pelo facto de que eles estão sempre sob suporte hidráulico do tecto quando
extrai-se carvão.
A extração de carvão mineral possui muitas atividades com riscos que afetam a saúde e
segurança do trabalhador e, para diminuir as chances ou evitar a ocorrência desses acidentes aos
trabalhadores nas minas, foi criado a Norma Regulamentadora voltada a Saúde e Segurança
Ocupacional na Mineração.
Ruído
Vibrações
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Para operações de furos com marteletes pneumáticos está proibido o uso apenas das
mãos, deve-se usar um dispositivo adequado para firmar a haste.
Calor
Deve-se dispor de sistema de ventilação mecânica que ajudará na redução de calor com
as seguintes condições:
− Renovação do ar continuamente;
− Suprimento de oxigênio.
Gases
− Impeçam que os gases de combustão gerados por causa de incêndio na superfície adentrem no
seu interior.
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Conclusão
Chegado ao fim do presente trabalho, foi possível atingir os objectivos traçados chegando a
conclusão de que a mineração Longwall é uma variante do método das Câmaras e pilares em que
existe uma melhor oportunidade para automação. O método aumentou a capacidade produtiva.
Um melhor controle do tecto e uma redução no uso de equipamentos móveis aumentaram a
segurança e saúde do pessoal.
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Referências Bibligráficas
Caterpillar. Longwall plow system helps set new low seam coal production record. Disponível
em http://www.mining.com/web/cat; acesso em 15/10/2022.
Cummins e Given. SME Mining Engineering Handbook, pp. 9-17 a 9-18. 1973.
Brady e Brown, Rock Mechanics for Underground Mining, pp. 308-310, 369-381. 1985.
Germani, D. Lavra: comparação entre os métodos usados no Brasil e no exterior. Brasil Mineral,
n. 220, pp. 74. 2002.
Hartman, H. L. Introductory Mining Engineering, John Wiley, pp. 10, 13, 101 e 429-440. 1987.
Ou 2002 – Hartman e Mutmansky, pp. 405-413.
Hibbert, C. Let’s talk longwall. Mining Perspectives for both worlds, v. 9, n. 1, pp. 3-11. 2005.
Sydell, M. Thiess to pack a punch at Oaky Creek. Australian Mining, v. 88, n. 9, pp. 6-20. 1996.
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Villas Bôas, R. C.; Beinhoff, C. Indicators of sustainability for the mineral extraction industry,
pp. 211. 2002.
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