Você está na página 1de 72

Livro Eletrônico

Aula 11

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas


- Pós-Edital
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11

1 CONSÓRCIOS PÚBLICOS .............................................................................................. 2


1.1 Formalização do consórcio público .......................................................................................2
1.2 Personalidade jurídica ...........................................................................................................4
1.3 Objetivos dos consórcios .......................................................................................................6
1.4 Contrato de rateio .................................................................................................................8
1.5 Contrato de programa ..........................................................................................................9
1.6 Licitação pública e contratos firmados pelos consórcios.....................................................10
1.7 Retirada ou extinção do consórcio público ..........................................................................11
2 PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS ................................................................................ 12
2.1 Modalidades de parcerias ...................................................................................................12
2.2 Vedações e diretrizes das PPP .............................................................................................13
2.3 Contrato de parceria público-privada .................................................................................14
2.4 Sociedade de propósito específicos .....................................................................................16
2.5 Licitação prévia à contratação de parcerias público-privadas ............................................16
3 LEI Nº 1.333/2009 ..................................................................................................... 19
3.1 Considerações Iniciais..........................................................................................................19
3.2 Do comitê gestor do programa de PPP ...............................................................................22
3.3 Do processo de deliberação dos projetos ............................................................................23
3.4 Das normas para licitações e contratos ..............................................................................25
3.5 Fundo Municipal Garantidor dos Projetos de Parceria Público-Privada - Fungep ...............29
3.6 Disposições finais ................................................................................................................31
4 Questões para fixação .............................................................................................. 31
5 Questões comentadas na aula .................................................................................. 55
6 Gabarito ................................................................................................................... 70
7 Referências............................................................................................................... 70

Olá pessoal,
Nesta aula, vamos estudar o seguinte item do edital: “Parcerias público-privadas. Lei no
11.079/2004. Lei Municipal 1.333/2009. Consórcios públicos. Lei no 11.107/2005.”.
Vamos à aula! Aproveitem e bons estudos!

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

1 CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Os consórcios públicos foram incluídos na Constituição Federal pela Emenda Constitucional
19/1998, que estabeleceu uma redação totalmente nova ao art. 241, nos seguintes termos:
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios
públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços
públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos.

A partir desse dispositivo, foi editada a Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas
gerais de contratação de consórcios públicos. Trata-se de lei de normas gerais, aplicável, portanto,
à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios.
De acordo com o art. 2º, I, do Decreto 6.017, de 17 de janeiro de 2007, o consórcio público é a:
[...] pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005,
para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum,
constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou
como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos;

Desse conceito, é possível perceber que os consórcios públicos podem ter finalidades diferentes da
gestão associada de serviços públicos. Com efeito, eles podem ser criados para o estabelecimento
de quaisquer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse
comum.
Nesse contexto, um bom exemplo de consórcio público é a Autoridade Pública Olímpica – APO,
cujo protocolo de intenções foi firmado entre a União, o estado do Rio de Janeiro e o município do
Rio de Janeiro para preparação e realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 20161.
Percebe-se que, nesse caso, o objeto do consórcio não é a gestão associada de serviços públicos,
mas sim estabelecer a cooperação entre entes da Federação para preparar e realizar os Jogos
Olímpicos.

1.1 FORMALIZAÇÃO DO CONSÓRCIO PÚBLICO

Os consórcios são formados pela associação de diversos entes da Federação (União, estados,
Distrito Federal e municípios), sejam eles de mesma espécie ou não. No entanto, a União somente
participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos
territórios estejam situados os municípios consorciados (art. 1º, §2º). Também não se admite que
um estado firme um consórcio com município localizado entre outro estado (motivo pelo qual
foram vedados os incisos III e V do art. 4º da Lei 11.107/2005), mas admite-se a celebração de um
consórcio entre o Distrito Federal e municípios (art. 4º, IV).

1
Lei 12.396/2011, que “ratifica o Protocolo de Intenções firmado entre a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município do
Rio de Janeiro, com a finalidade de constituir consórcio público, denominado Autoridade Pública Olímpica – APO”.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

1.4 CONTRATO DE RATEIO

O contrato de rateio é o “contrato por meio do qual os entes consorciados comprometem-se a


fornecer recursos financeiros para a realização das despesas do consórcio público” (Decreto
6.017/2007, art. 2º, VII). Nessa linha, a única forma dos entes consorciados entregarem recursos
ao consórcio público é mediante contrato de rateio (art. 8º).
Ademais, o contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de
vigência não será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que
tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados em
plano plurianual ou a gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outros preços
públicos (art. 8º, §1º).
Todavia, os recursos entregues por meio de contrato de rateio não podem ser utilizados para o
atendimento de despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito (art. 8º, §2º).
Nesse contexto, entende-se por despesa genérica “aquela em que a execução orçamentária se faz
com modalidade de aplicação indefinida” (Decreto 6.017/2007, art. 15, §1º).
Como o contrato de rateio é a forma de custear as atividades do consórcio, a legislação deu
especial atenção ao seu cumprimento. Assim, dispõe o §5º, art. 8º, da Lei 11.170/2005 que
“Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia suspensão, o ente consorciado que não
consignar, em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes para
suportar as despesas assumidas por meio de contrato de rateio”. Adicionalmente, a Lei dos
Consórcios Públicos realizou modificação na Lei de Improbidade Administrativa, considerando
como ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário: “celebrar contrato de rateio de
consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades
previstas na lei” (Lei 8.429/1992, art. 10, XV). Ademais, os entes consorciados, isolados ou em
conjunto, bem como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o cumprimento das
obrigações previstas no contrato de rateio (art. 8º, §3º).
Outrossim, os consórcios públicos deverão obedecer às normas de direito financeiro aplicáveis às
entidades públicas no que se refere à execução das receitas e despesas (art. 9º).
Além disso, consórcio está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal
de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do
consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos,
contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada
um dos contratos de rateio (art. 9º, parágrafo único).
Ainda no que se refere ao controle dos consórcios, deve-se ficar claro que os agentes públicos
incumbidos da gestão de consórcio não responderão pessoalmente pelas obrigações contraídas
pelo consórcio público. Contudo, eles responderão pelos atos praticados em desconformidade com
a lei ou com as disposições dos respectivos estatutos (art. 10, parágrafo único).

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

2 PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
As parcerias público-privadas são contratos de concessão de serviços públicos firmados como
forma de cooperação entre o Estado e o setor privado com o objetivo de atrair os particulares para
realizarem grandes investimentos em infraestrutura, necessários ao desenvolvimento do país, mas
que excedem a capacidade financeira do Poder Público.
Nesse contexto, a parceria permite que as empresas investidoras tenham maiores chances de
obter o retorno sobre o seu investimento, uma vez que o Poder Público se encarregará de custear
parte ou todo o valor a ser recebido pelo investidor.
As parcerias público-privadas – PPP foram disciplinadas pela Lei 11.079/2004, que estabelece
normas gerais, de caráter nacional, para licitação e contratação de parceria público-privada. A Lei
foi editada com base no art. 22, XXVII4, da Constituição da República, aplicando-se, portanto, no
âmbito dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Com efeito, as
regras da lei obrigam os órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo e
Legislativo, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as
sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela
União, estados, Distrito Federal e municípios (Lei 11.079/2004, art. 1º, caput e parágrafo único).
Todavia, vale mencionar que nem todas as regras da Lei 11.079/2004 são normas gerais, uma vez
que os artigos 14 a 22 (Capítulo VI) são aplicáveis unicamente à União.

2.1 MODALIDADES DE PARCERIAS

Conforme discutimos acima, as parcerias público-privadas são espécies de concessão de serviços


públicos. Com a edição da Lei das PPP, a forma de concessão prevista na Lei 8.987/1995 passou a
ser conhecida como “concessão comum”, enquanto as concessões previstas na Lei 11.079/2004
ficaram conhecidas como “concessões especiais”.
Nesse contexto, atualmente podemos falar em três tipos de concessão de serviços públicos: (a)
concessão comum, prevista na Lei 8.987/1995; (b) concessão patrocinada; e (c) concessão
administrativa – as duas últimas estão previstas na Lei 11.079/2004. Nessa linha, as concessões
comuns continuam regidas pela Lei no 8.987/1995, e pelas leis que lhe são correlatas, não se lhes
aplicando o disposto na Lei 11.079/2004 (art. 3º, §2º).
Assim, existem duas espécies ou modalidades de parcerias público-privadas, conforme consta no
art. 2º da Lei 11.079/2004:
a) concessão patrocinada – é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a Lei 8.987/1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado; e

4
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do
art. 173, § 1°, III;

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

b) concessão administrativa – é o contrato de prestação de serviços de que a Administração


Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
Na concessão patrocinada, combina-se o pagamento de tarifa pelo usuário com uma
contraprestação, isto é, um complemento custeado pelo Poder Público. Tal mecanismo visa a
possibilitar a modicidade das tarifas pagas pelo usuário, sem reduzir o lucro adequado pelo
investimento.
Com efeito, essa combinação de tarifa e contraprestação poderá variar conforme o caso, mas a Lei
estabelece que dependerá de autorização legislativa quando mais de 70% setenta por cento da
remuneração paga ao parceiro privado for realizada pela Administração Pública (art. 10, §3º). Não
se veda, pois, que a remuneração ultrapasse este limite, mas isso só poderá ocorrer se for
autorizado por meio de lei.
Um bom exemplo de concessão patrocinada seria um contrato de concessão de via pública, em
que parte do serviço seria paga pelo usuário (pedágio), enquanto a outra seria custeada pelo Poder
Público.
A concessão administrativa, por outro lado, ocorre quando a Administração Pública é a usuária
direta ou indireta da prestação do serviço. É difícil notar o significado que a Lei deu à concessão
administrativa, fato que enseja várias críticas ao modelo pela doutrina. O fato é que, na concessão
administrativa, a população não realizará o pagamento de tarifas, mas apenas o Poder Público se
encarregará de custear os serviços.

2.2 VEDAÇÕES E DIRETRIZES DAS PPP

O contrato de parceria público privada destina-se à realização de grandes investimentos. Assim, é


vedada a celebração de contrato de parceria público-privada quando (art. 2º, §4º):
a) o valor do contrato for inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
b) o período de prestação do serviço for inferior a 5 (cinco) anos; ou
c) quando tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
As duas primeiras regras são muito simples. Em primeiro lugar, o contrato de PPP não pode ser
inferior a R$ 10 milhões de reais. No segundo caso, veda-se que os contratos possuam prazo
inferior a cinco anos.
A terceira regra, porém, merece maiores comentários. O que a lei veda é que o único objeto do
contrato seja fornecer mão-de-obra, fornecer ou instalar equipamentos ou, então, executar uma
obra pública. Isso porque, nesses casos, teríamos apenas um contrato administrativo comum,
disciplinado pela Lei 8.666/1993. Com efeito, o objeto das parcerias público-privadas é a concessão
de serviços públicos. Logo, a execução da obra ou o fornecimento de equipamento ou mão-de-
obra deveria ser acompanhado da prestação de algum serviço público.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

Nesse contexto, o contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração


variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade
definidos no contrato (art. 6º, §1º).

2.4 SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICOS

Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,


incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria (art. 9º, caput). Essa “sociedade de propósitos
específicos” é uma nova empresa criada para desenvolver os trabalhos da parceria.
A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará condicionada à
autorização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, observado o
disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987/1995, que exige, para obtenção da anuência
de transferência, que o pretendente deverá:
a) atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e
fiscal necessárias à assunção do serviço; e
b) comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.
Vale lembrar, entretanto, que na hipótese específica prevista no art. 5º, §2º, I, da Lei
11.079/20045, não se exigirão os requisitos de capacidade técnica, idoneidade financeira e
regularidade jurídica e fiscal para fins de obtenção da autorização de transferência do controle
acionário da sociedade de propósitos específico.
A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores
mobiliários admitidos a negociação no mercado (art. 9º, §2º). Além disso, a sociedade de propósito
específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e
demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento (art. 9º, §3º).
Ademais, é vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades
de propósitos específicos (art. 9º, §4º). Contudo, essa vedação não se aplica à eventual aquisição
da maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por instituição financeira
controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento (art. 9º,
§5º).

2.5 LICITAÇÃO PRÉVIA À CONTRATAÇÃO DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de


concorrência.

5
Art. 5º. [...] § 2o Os contratos poderão prever adicionalmente:
I – os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a transferência do controle da sociedade de propósito
específico para os seus financiadores, com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da
prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de
13 de fevereiro de 1995;

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

A abertura do processo licitatório condicionada a autorização da autoridade competente,


fundamentada em estudo técnico que demonstre a conveniência e a oportunidade da contratação,
mediante identificação das razões que justifiquem a opção pela forma de parceria público-privada
(art. 10, I). Além disso, o documento deverá demonstrar que as despesas criadas ou aumentadas
atendem às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além disso, exige-se, para fins de abertura do procedimento licitatório, que seja elaborado
documento com a estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios em que deva
vigorar o contrato de parceria público-privada, juntamente com a declaração do ordenador de
despesas de que as obrigações contraídas pela Administração Pública no decorrer do contrato são
compatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual.
Exige-se ainda a demonstração da estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o
cumprimento, durante a vigência do contrato e por exercício financeiro, das obrigações contraídas
pela Administração Pública.
Ademais, o objeto do contrato deverá estar previsto no plano plurianual em vigor no âmbito onde
o contrato será celebrado.
A Lei também exige, para abertura do edital, que a minuta de edital e de contrato sejam
submetidos à consulta pública, mediante publicação na imprensa oficial, em jornais de grande
circulação e por meio eletrônico, que deverá informar a justificativa para a contratação, a
identificação do objeto, o prazo de duração do contrato, seu valor estimado, fixando-se prazo
mínimo de trinta dias para recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos sete dias
antes da data prevista para a publicação do edital.
Por fim, sempre que o objeto do contrato exigir, deverá existir a licença ambiental prévia ou
expedição das diretrizes para o licenciamento ambiental do empreendimento, na forma do
regulamento.
A Lei permite, ainda, que, em igualdade de condições, seja dada preferência à proposta
apresentada por empresa brasileira (Lei 11.079/2004, art. 11, caput; c/c Lei 8.987/1995, art. 15,
§4º).
O edital poderá prever, ainda:
a) exigência de garantia de proposta do licitante, observado o limite um por cento do valor
estimado objeto da contratação; devendo especificar, quando houver, as garantias da
contraprestação do parceiro público a serem concedidas ao parceiro privado.;
b) o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser
realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de
1996, para dirimir conflitos decorrentes ou relacionados ao contrato.
O certame para a contratação de parcerias público-privadas obedecerá ao procedimento previsto
na legislação vigente sobre licitações e contratos administrativos e às regras da Lei 11.079/2004.
Assim, o julgamento poderá ser precedido de etapa de qualificação de propostas técnicas,
desclassificando-se os licitantes que não alcançarem a pontuação mínima, os quais não
participarão das etapas seguintes.
Ademais, o julgamento poderá adotar como critérios:

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

a) o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;


b) melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço
público a ser prestado com o de melhor técnica;
c) menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública;
d) melhor proposta em razão da combinação do critério de menor valor da contraprestação
com o de melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital;
Importante notar que o edital definirá a forma de apresentação das propostas econômicas,
admitindo-se: (a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou (b) propostas escritas, seguidas de
lances em viva voz. Interessante esta última regra, pois ela permite que a “competição” continue
após a apresentação dos envelopes, com vistas a obter a melhor proposta para atender ao
interesse público.
Na hipótese de oferecimento de lances em viva voz, a Lei determina que eles serão sempre
oferecidos na ordem inversa da classificação das propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar
a quantidade de lances. No entanto, o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva
voz aos licitantes cuja proposta escrita for no máximo 20% (vinte por cento) maior que o valor da
melhor proposta.
Em qualquer caso, o edital poderá prever a possibilidade de saneamento de falhas, de
complementação de insuficiências ou ainda de correções de caráter formal no curso do
procedimento, desde que o licitante possa satisfazer as exigências dentro do prazo fixado no
instrumento convocatório.
Frisa-se, ainda, que o exame de propostas técnicas, para fins de qualificação ou julgamento, será
feito por ato motivado, com base em exigências, parâmetros e indicadores de resultado
pertinentes ao objeto, definidos com clareza e objetividade no edital.
Outrossim, vale transcrever as regras do art. 13 da Lei 11.079/2004, nos seguintes termos:
Art. 13. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que:
I – encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os
documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições
fixadas no edital;
II – verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor;
III – inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do licitante com
a proposta classificada em 2o (segundo) lugar, e assim, sucessivamente, até que um licitante classificado
atenda às condições fixadas no edital;
IV – proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e
econômicas por ele ofertadas.

Por fim, uma importante diferença nas licitações para contratação de PPP, em relação às regras
previstas para os contratos administrativos previstos na Lei 8.666/1993, é que, nas PPP, permite-se
a participação na licitação ou na execução da obra ou serviço dos autores ou responsáveis

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

economicamente pela elaboração dos projetos básico ou executivo (Lei 11.079/2004, art. 3º,
caput6; c/c Lei 9.074/1995, art. 317).

3 LEI Nº 1.333/2009
Vamos começar a abordar a Lei 1.333/2009, que disciplina as parcerias público-privadas no âmbito
do município de Manaus. Conforme vimos anteriormente, a Lei 11.079/2004 estabeleceu normas
gerais de licitações e contratações no âmbito das PPPs. Consequentemente, os estados, DF e
municípios têm competência para dispor sobre normas específicas sobre este tema. É aqui que
entra a Lei 1.333/2009. Algumas disposições que serão analisadas nesta parte da aula já foram
estudadas no capítulo anterior. Porém, optamos por “duplicar o assunto”, ainda que alguns
trechos fiquem repetidos.
Além disso, não teremos muita explicação e contextualização ao longo da aula, uma vez que, por
ser uma norma municipal, a cobrança costuma ser literal. Por isso, optamos por uma aula mais
textual, mas ao final teremos questões inéditas, que ajudarão na fixação do conteúdo e também
na fixação do tema.
Vamos, então, ao conteúdo!

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A Lei 1.333, de 19 de maio de 2009 institui, no âmbito da Administração Pública Municipal, o


Programa de Parcerias Público-Privadas - Programa PPP/Manaus.
Referida lei estabelece que o Programa será regido por suas disposições e pelas normas gerais
nacionais aplicáveis às contratações desta modalidade, especialmente a Lei Federal nº
11.079/2004 (que é a Lei geral das PPP). Destaca-se, ainda, que serão aplicadas, supletivamente e
no que couber, o disposto no Código Civil Brasileiro e nas Leis Federais nº 8.987/95 (Lei de
Concessões) e nº 8.666/93 (Lei de Licitações).
Seu âmbito de aplicação abrange os órgãos da Administração direta, os fundos especiais, as
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as
demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo Município.
A definição legal de Parceria público-privada consta do artigo 4º da Lei, vejamos:
Art. 4¼ Parceria pœblico-privada Ž o contrato administrativo de concess‹o, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legisla•‹o federal correlata, inclusive no
que diz respeito ˆs normas de licita•‹o, limites para assun•‹o de encargos e contrata•‹o e
participa•‹o tarif‡ria, celebrado entre a Administra•‹o Pœblica direta e indireta.

6
Lei 11.074/2005: Art. 3o As concessões administrativas regem-se por esta Lei, aplicando-se-lhes adicionalmente o disposto nos
arts. 21, 23, 25 e 27 a 39 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e no art. 31 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995.
7
Lei 9.074/1995: Art. 31. Nas licitações para concessão e permissão de serviços públicos ou uso de bem público, os autores ou
responsáveis economicamente pelos projetos básico ou executivo podem participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da
execução de obras ou serviços.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

Par‡grafo ònico - O per’odo para contrata•‹o das concess›es especiais previstas nesta lei n‹o
poder‡ ser inferior a cinco anos nem superior a 35 anos.

Portanto, as parcerias público-privadas são espécies de concessão de serviços públicos. Com a


edição da Lei das PPP, a forma de concessão prevista na Lei 8.987/1995 passou a ser conhecida
como “concessão comum”, enquanto as concessões decorrentes dos contratos de PPP ficaram
conhecidas como “concessões especiais”.
Nesse contexto, atualmente podemos falar em três tipos de concessão de serviços públicos: (a)
concessão comum, prevista na Lei 8.987/1995; (b) concessão patrocinada; e (c) concessão
administrativa – as duas últimas estão previstas na Lei 11.079/2004 (Lei Geral das PPP). Assim, as
concessões comuns continuam regidas pela Lei nº 8.987/1995, e pelas leis que lhe são correlatas,
não se lhes aplicando o disposto na Lei 11.079/2004 (art. 3º, §2º).
Aqui nessa parte da aula, estamos tratando da Lei das PPP aplicável no âmbito do Município de
Manaus.
Como vimos no artigo 4º acima, existem duas espécies ou modalidades de parcerias público-
privadas:
§ Concessão patrocinada – é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a Lei 8.987/1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado; e
§ Concessão administrativa – é o contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
Na concessão patrocinada, combina-se o pagamento de tarifa pelo usuário com uma
contraprestação, isto é, um complemento custeado pelo Poder Público. Tal mecanismo visa a
possibilitar a modicidade das tarifas pagas pelo usuário, sem reduzir o lucro adequado pelo
investimento.
Um bom exemplo de concessão patrocinada seria um contrato de concessão de via pública, em
que parte do serviço seria paga pelo usuário (pedágio), enquanto a outra seria custeada pelo Poder
Público.
A concessão administrativa, por outro lado, ocorre quando a Administração Pública é a usuária
direta ou indireta da prestação do serviço. É difícil notar o significado que a Lei deu à concessão
administrativa, fato que enseja várias críticas ao modelo pela doutrina. O fato é que, na concessão
administrativa, a população não realizará o pagamento de tarifas, mas apenas o Poder Público se
encarregará de custear os serviços.
Com efeito, são diretrizes que devem ser observadas pelo Programa de Parcerias Público-Privadas
(art. 2º):
a) eficiência na implementação de políticas públicas e na aplicação dos recursos públicos;
b) transparência nos procedimentos e decisões;
c) qualidade e continuidade dos serviços ofertados, para possibilitar o acesso a todos os bens e
serviços essenciais;

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

d) respeito aos interesses e direitos dos usuários e dos agentes privados investidos na prestação
do serviço público;
e) sustentabilidade financeira e socioeconômica do projeto de parceria;
f) responsabilidade fiscal na contratação e execução das parcerias;
g) indisponibilidade das funções políticas, normativa, policial reguladora, controladora e
fiscalizadora do Município;
h) responsabilidade fiscal, social e ambiental;
i) remuneração do contrato vinculada ao seu desempenho.
A Lei considera como sendo atividades de interesse público mútuo aquelas inerentes às
atribuições da Administração Pública Municipal direta ou indireta, tais como, a gestão e prestação
dos serviços públicos, de obras públicas ou de bens públicos, em cuja efetivação existe interesse de
colaboração da iniciativa privada.
Alguns exemplos são os serviços públicos que já estamos acostumados, como a concessão de uma
rodovia (que pode ocorrer também de forma patrocinada), ou ainda a operacionalização de um
presídio (que poderia ocorrer, por exemplo, mediante concessão administrativa). Nas duas
atividades, podemos ter uma atividade de interesse mútuo, com a participação do poder público e
da iniciativa privada no investimento, implementação, execução e prestação do serviço.
Ademais, cabe à Administração planejar e definir os programas prioritários com vistas à
implantação, expansão, modernização, gestão ou exploração de bens, serviços, atividades,
infraestruturas, estabelecimentos ou empreendimentos públicos.
Por outro lado, cabe à Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Tecnologia da Informação
- SEMEF o acompanhamento e a avaliação da eficiência da parceria, valendo-se, para tanto, de
critérios objetivos previamente definidos.
Mas quais são as atividades e serviços que podem ser concedidos à gestão privada?
Segundo estabelece a lei (art. 3º), poderão ser objeto de concessão à gestão privada, todas as
atividades e serviços de interesse local e de competência comum da Administração Pública
Municipal, desde que dela privativos e que não sejam normativamente definidos como
indelegáveis, especialmente:
a) a prestação de serviços públicos;
b) a construção, a ampliação, a manutenção, a reforma e a gestão de instalações de uso público
em geral, assim como de terminais municipais e de vias públicas, incluídas as recebidas em
delegação da União;
c) a instalação, a manutenção e a gestão de bens e equipamentos integrantes de infraestrutura
destinada à utilização pública;
d) a implantação e a gestão de empreendimento público, incluída a administração de recursos
humanos, materiais e financeiros;
e) a exploração de bem público;

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

f) a exploração de direitos de natureza imaterial de titularidade do Município, incluídos os de


marcas, patentes e bancos de dados, métodos e técnicas de gerenciamento e gestão.
Essas atividades deverão ser contratadas prioritariamente nas seguintes áreas:
a) educação;
b) saúde;
c) assistência social;
d) transporte;
e) saneamento básico;
f) segurança;
g) ciência, pesquisa e tecnologia;
h) agronegócio;
i) infraestrutura na área do desporto;
j) outras áreas públicas de interesse social e econômico.
Para execução dos projetos do Programa de Parcerias Público-Privadas serão observados:
a) a garantia à iniciativa privada do direito de propor à Administração Pública Municipal a
realização de projetos de parceria que compreendam a execução de atividades de interesse
público mútuo; regulamentado por decreto do Poder Executivo;
b) os projetos de financiamento privado e os planos de viabilidade econômica das parcerias;
c) os créditos e fundos orçamentários destinados ao apoio econômico-financeiro das parcerias;
d) os contratos administrativos, os convênios e os atos unilaterais que possam ser firmados pela
administração pública municipal, tendo como objeto delegação à iniciativa privada da gestão
e prestação de atividades de interesse público mútuo;
e) a criação de Sociedade de Propósito Específico - SPE - antes da contratação, composta
exclusivamente por membros indicados pelo parceiro privado ou consórcio vencedor,
cabendo ao Poder Público o papel indelegável de regulador e fiscalizador na forma
estabelecida no contrato;
f) a regulação administrativa e econômica das atividades de interesse público mútuo.
Agora, vamos ver um pouco mais sobre como são firmadas as parcerias no âmbito da Lei 1.333/09.

3.2 DO COMITÊ GESTOR DO PROGRAMA DE PPP

O Comitê Gestor do Programa - PPP/Manaus é o órgão superior de caráter normativo e


deliberativo, vinculado diretamente ao Secretário Municipal de Finanças, Planejamento e
Tecnologia da Informação – SEMEF, que será seu presidente, cabendo-lhe indicar o substituto nos
casos de ausências ou impedimentos legais.
Possui competência para:

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

a) definir os serviços prioritários para execução no regime de parceria público-privada;


b) aprovar projetos de parceria público-privadas, observadas as condições estabelecidas nesta
Lei;
c) recomendar ao Prefeito de Manaus a inclusão no PPP/Manaus de projeto aprovado, na forma
desta Lei e do Regimento do Fundo Municipal Garantidor dos Projetos de Parcerias Públicas-
Privadas Fungep;
d) autorizar abertura de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade, e aprovar seu edital;
e) fiscalizar a execução das parcerias público-privadas;
f) apreciar os relatórios de execução dos contratos, opinando sobre qualquer caso de alteração,
revisão, rescisão, prorrogação ou renovação;
g) fixar diretrizes para a atuação dos representantes do Município;
h) fazer publicar no Diário Oficial do Município, as atas de suas reuniões.
i) deliberar sobre política tarifária, reajustes, conceitos, metodologias, equilíbrio econômico-
financeiro dos contratos e casos omissos próprios dos contratos vinculados ao Programa
PPP/Manaus.
j) gerir ou, a seu rogo, indicar o gestor e administrador do Fundo Municipal Garantidor dos
Projetos de Parcerias Público-Privadas - Fungep.
São membros do Comitê Gestor:
a) Secretário Municipal de Finanças, Planejamento e Tecnologia da Informação, Presidente nato
do Comitê Gestor;
b) Secretário Municipal de Saúde, a quem competirá exercer as funções de Secretário Executivo;
c) Secretário Municipal de Administração;
d) Procurador Geral do Município;
e) Secretário-Chefe do Gabinete Civil;
f) Secretário Municipal de Limpeza Pública;
g) até 3 (três) membros de livre escolha do Prefeito de Manaus.
O suporte administrativo e financeiro ao Comitê Gestor é feito pela Secretaria Municipal de
Finanças, Planejamento e Tecnologia da Informação, a quem compete executar e coordenar as
atividades operacionais das parcerias público-privadas.
Ademais, semestralmente o Comitê deve cientificar a Câmara Municipal das atividades
desenvolvidas e a situação atual dos contratos das parcerias público-privadas.

3.3 DO PROCESSO DE DELIBERAÇÃO DOS PROJETOS

Os projetos de Parcerias Público-Privadas, sem prejuízo de matéria a ser regulamentada, deverão


ser aprovados mediante processo administrativo deliberativo prévio, perante o Comitê Gestor do
Programa PPP/Manaus, que compreenderá as seguintes fases:

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

a) análise da viabilidade do projeto;


b) consulta pública;
c) deliberação.
De acordo com a lei (art. 8º), a proposição do projeto de parceria deverá conter:
a) análise dos riscos inerentes ao desenvolvimento do projeto e especificação de sua forma de
divisão entre a Administração Pública Municipal e o proponente;
b) especificação das garantias que serão oferecidas para a concretização do financiamento
privado do projeto, se possível com indicação de uma ou mais instituições financeiras
previamente consultadas e interessadas na realização da parceria;
c) parecer jurídico sobre a viabilidade do projeto nos termos da legislação federal, estadual e
municipal vigentes;
d) todos os demais documentos que o Comitê Gestor julgue fundamental para aumentar a
clareza da análise dos projetos;
e) a vantagem econômica e operacional da proposta para o Município e a melhoria da eficiência
no emprego dos recursos públicos, relativamente a outras possibilidades de execução direta
ou indireta;
f) a viabilidade dos indicadores de resultados a serem adotados, considerando a capacidade de
aferir, de modo permanente e objetivo, o desempenho do ente privado em termos
qualitativos e quantitativos, assim como de parâmetros que vinculem o montante da
remuneração aos resultados atingidos;
g) a viabilidade de obtenção pelo ente privado, na exploração do serviço, de ganhos econômicos
suficientes para cobrir seus custos;
h) a forma e os prazos de amortização do capital investido pelo contratado;
i) a necessidade, a importância e o valor do serviço em relação ao objeto a ser executado;
j) o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados,
não inferior a cinco, nem superior a 35 anos, incluindo eventual prorrogação;
k) as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de
inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta
cometida, e às obrigações assumidas;
l) a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato
príncipe e área econômica extraordinária;
m) os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e os
prazos de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia;
n) o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiro
privado, decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo
parceiro privado;

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

o) a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos
ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente
detectadas.
As informações e dados que fundamentam os estudos técnicos mencionados são de acesso
público. Contudo, o proponente privado poderá requerer que seja feito sigilo sobre documentação
ou dados contidos em sua proposta (art. 8º, §3º). Esse sigilo, por sua vez, não se aplicará à
documentação e dados que sejam imprescindíveis à ampla compreensão do projeto na fase de
consulta pública.
Em todo caso, cabe ao Comitê Gestor do Programa PPP/Manaus, consideradas as variáveis
técnicas, econômicas e financeiras, sociais, políticas e ambientais do projeto, decidir sobre pedido
de sigilo do conteúdo das propostas de modo fundamentado (art. 9º).
Por fim, as previsões acima elencadas aplicam-se tanto no caso do proponente ser representante
de órgão, entidade ou agente da administração pública, como no caso de o proponente pertencer
à iniciativa privada.
Caso o Comitê Gestor do Programa PPP/Manaus entenda preliminarmente pela viabilidade do
projeto, este será submetido à audiência pública no prazo de trinta dias, com os dados que
permitam seu debate por todos os interessados.
Finda a consulta pública, o Comitê Gestor do Programa PPP/Manaus deliberará, por voto da
maioria absoluta de seus membros, sobre a aprovação do projeto. Essa constará de ata que será
publicada no Diário Oficial do Município, sem prejuízo da utilização de outros meios de divulgação.

3.4 DAS NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS

3.4.1 Das licitações

A Lei 1.333/09 determina que as licitações nos contratos do Programa PPP/Manaus, serão regidas
pelas normas gerais nacionais que lhes são pertinentes, assim como pelas normas específicas da
legislação municipal.
Caso julguem conveniente, as entidades que compõem a Administração Pública Municipal poderão
proceder à pré-qualificação dos interessados.
A pré-qualificação é um procedimento previsto no artigo 114 da Lei de Licitações, que prevê que:
Art. 114. O sistema institu’do nesta Lei n‹o impede a prŽ-qualifica•‹o de licitantes nas
concorr•ncias, a ser procedida sempre que o objeto da licita•‹o recomende an‡lise mais detida
da qualifica•‹o tŽcnica dos interessados.
¤ 1¼ A ado•‹o do procedimento de prŽ-qualifica•‹o ser‡ feita mediante proposta da autoridade
competente, aprovada pela imediatamente superior.
¤ 2¼ Na prŽ-qualifica•‹o ser‹o observadas as exig•ncias desta Lei relativas ˆ concorr•ncia, ˆ
convoca•‹o dos interessados, ao procedimento e ˆ analise da documenta•‹o.

Dessa forma, a pré-qualificação é um instrumento em que a administração analisará com mais


cautela os requisitos técnicos das empresas para aferir a capacidade de executar o objeto do
futuro contrato. A pré-qualificação não substitui a fase de qualificação das licitações, mas permite

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

que a administração possa dedicar mais tempo para a avaliação da capacidade técnica dos
licitantes.
Além disso, entendendo ser conveniente à Administração Pública Municipal, o edital poderá fazer
a inversão das fases da licitação, julgando em primeiro lugar o preço, para só após a definição do
vencedor efetuar a fase da qualificação, na forma prevista no art. 12, da Lei 11.079/04.
Referido art. 12 diz o seguinte:
Art. 12. O certame para a contrata•‹o de parcerias pœblico-privadas obedecer‡ ao procedimento
previsto na legisla•‹o vigente sobre licita•›es e contratos administrativos e tambŽm ao seguinte:
I Ð o julgamento poder‡ ser precedido de etapa de qualifica•‹o de propostas tŽcnicas,
desclassificando-se os licitantes que n‹o alcan•arem a pontua•‹o m’nima, os quais n‹o
participar‹o das etapas seguintes;
II Ð o julgamento poder‡ adotar como critŽrios, alŽm dos previstos nos incisos I e V do art. 15 da
Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, os seguintes:
a) menor valor da contrapresta•‹o a ser paga pela Administra•‹o Pœblica;
b) melhor proposta em raz‹o da combina•‹o do critŽrio da al’nea a com o de melhor tŽcnica, de
acordo com os pesos estabelecidos no edital;
III Ð o edital definir‡ a forma de apresenta•‹o das propostas econ™micas, admitindo-se:
a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou
b) propostas escritas, seguidas de lances em viva voz;
IV Ð o edital poder‡ prever a possibilidade de saneamento de falhas, de complementa•‹o de
insufici•ncias ou ainda de corre•›es de car‡ter formal no curso do procedimento, desde que o
licitante possa satisfazer as exig•ncias dentro do prazo fixado no instrumento convocat—rio.
¤ 1¼ Na hip—tese da al’nea b do inciso III do caput deste artigo:
I - os lances em viva voz ser‹o sempre oferecidos na ordem inversa da classifica•‹o das
propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar a quantidade de lances;
II Ð o edital poder‡ restringir a apresenta•‹o de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta
escrita for no m‡ximo 20% (vinte por cento) maior que o valor da melhor proposta.
¤ 2¼ O exame de propostas tŽcnicas, para fins de qualifica•‹o ou julgamento, ser‡ feito por ato
motivado, com base em exig•ncias, par‰metros e indicadores de resultado pertinentes ao objeto,
definidos com clareza e objetividade no edital.

Continuando, a previsão legal é de que a licitação para os contratos de PPP/Manaus, quando não
dispensada ou declarada inexigível, será obrigatoriamente pela modalidade concorrência, com
prazo mínimo de 45 dias para oferecimento de proposta, contados do edital de convocação de
todos os eventuais interessados.
Vale lembrar que, a despeito da previsão legal, não existe, tecnicamente, dispensa de licitação para
concessão. A Constituição Federal é expressa ao determinar que as concessões e permissões
sempre serão precedidas de licitação. Por isso, o legislador não pode criar situações de dispensa.
No entanto, no caso de inviabilidade de competição, é possível que exista inexigibilidade. Mas isso
não é porque o legislador “criou” a situação, mas simplesmente por causa da inviabilidade. Vimos
essa situação na aula em que estudamos os serviços públicos.

3.4.2 Dos contratos e seus instrumentos

As parcerias público-privadas terão como instrumentos, na forma da Lei 11.079/2004:

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

a) a concessão especial de serviço público, precedida ou não de obra pública;


b) a concessão especial para construção e gestão de obra pública;
c) a permissão especial de serviço público;
d) a subconcessão;
e) a identificação dos gestores responsáveis pela execução e fiscalização.
Esses instrumentos devem observar as normas gerais do regime de concessão e permissão de
serviços públicos e de licitações, e contratos previstos nas Leis nº 8.666/93 e especial nos termos
da Lei nº 11.079/04, atendendo às seguintes exigências:
a) o alcance de metas e os resultados, cronograma de execução e prazos estimados, assim como
os critérios objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante adoção de
indicadores capazes de avaliar quantitativa e qualitativamente o resultado;
b) fixação de critérios objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante
adoção de indicadores capazes de aferir a qualidade do serviço;
c) estabelecimento de prazo vinculado à amortização dos investimentos, quando for o caso, e
remuneração do contratado pelos serviços oferecidos;
d) demonstração, pelo poder concedente, do impacto orçamentário e financeiro do contrato
até sua completa execução;
e) cláusulas que prevejam, dependendo da modalidade escolhida:
1. obrigação do contratado de obter recursos financeiros necessários à execução do objeto
e de sujeitar-se aos riscos do negócio, assim como as hipóteses de exclusão de sua
responsabilidade;
2. possibilidade de término do contrato, não só pelo tempo decorrido ou pelo prazo
estabelecido, mas também pelo montante financeiro retornado ao contratado em função
do investimento realizado.
f) identificação dos gestores responsáveis pela execução e fiscalização.
A lei determina, ainda, que os editais e contratos de parceria público-privada serão submetidos à
consulta pública.
Aqui vale fazer a diferenciação entre audiência pública e consulta pública.

a) Consulta pública: por meio dela, a Administração procura obter a opinião pública de
pessoas e entidades sobre determinado assunto discutido no processo, formalizando-se
as manifestações através de peças formais escritas, para oferecimento das quais deve
ser fixado prazo.
b) Audiência pública: é modalidade de consulta que se destina a obter manifestações
orais e provocar debates em sessão pública especificamente designada para o debate
acerca de determinada matéria.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

Portanto, os editais de PPP submetem-se à consulta pública, ou seja, a administração deverá


instituir meios para que os membros da sociedade formulem opiniões escritas sobre a licitação e
concessão. Por exemplo, um órgão público pode deixar a minuta do edital disponível no portal na
internet para que a população apresente a sua opinião.
Continuando no assunto, os contratos de parceria público-privada deverão prever que, no caso de
seu objeto se reportar a setores regulados, as regras de desempenho das atividades e serviços
deverão ficar submetidas àquelas determinadas pela agência reguladora correspondente. Por
exemplo, se houver uma agência reguladora sobre transporte público, uma eventual PPP sobre
transporte público municipal deverá observar as regras instituídas pela agência reguladora do
setor.
Subsequentemente, com a implantação completa do projeto, incluindo o tempo de gestão, o
objeto da concessão passará a ser propriedade da Administração Pública Municipal.
Compete ao Poder Público declarar de utilidade pública os bens que, por suas características,
sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao
objeto do contrato, assim como à implementação de projetos associados, podendo promover as
requisições e as desapropriações diretamente ou mediante outorga de poderes ao contratado.
Ademais, os instrumentos de parceria público-privada poderão prever mecanismos amigáveis de
solução das divergências contratuais, inclusive por meio de arbitragem, nos termos da legislação
em vigor, sendo que, na hipótese de arbitramento, os árbitros deverão ser escolhidos dentre os
vinculados a instituições especializadas na matéria e de reconhecida idoneidade (art. 18).
O concessionário tem as seguintes obrigações na parceria público-privada (art. 19):
a) demonstrar capacidade econômica e financeira para a execução do contrato;
b) assumir compromisso de resultados definido pela Administração Pública, facultada a escolha
dos meios para a execução do contrato, nos limites previstos no instrumento;
c) submeter-se ao controle estatal permanente dos resultados;
d) submeter-se à fiscalização da Administração Pública, sendo livre o acesso dos agentes
públicos às instalações, informações e documentos relativos ao contrato, incluídos os
registros contábeis;
e) sujeitar-se aos riscos do empreendimento, salvo nos casos expressos previstos no contrato e
no edital de licitação, modalidade concorrência;
f) incumbir-se de atos delegáveis da desapropriação, quando prevista no contrato e mediante
outorga de poderes pelo Poder Público, caso em que será do contratado a responsabilidade
pelo pagamento das indenizações cabíveis.
Já a remuneração do concessionário, tendo em vista natureza jurídica do instituto escolhido para
tornar possível a contratação, poderá ser feita utilizando-se de forma isolada ou combinada as
seguintes alternativas (art. 20):
a) tarifas cobradas dos usuários;
b) pagamento com recursos orçamentários;

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) cessão de créditos do Município, excetuados os relativos a impostos, e das entidades da


Administração Municipal;
d) cessão de direitos relativos à exploração comercial de bens públicos materiais ou imateriais;
e) transferência de bens móveis e imóveis;
f) títulos da dívida pública, emitidos com observância da legislação aplicável; e
g) outras receitas alternativas, complementares, acessórias, ou de projetos associados.
Quanto à remuneração do contratado, esta será variável, vinculada ao seu desempenho na
execução do contrato, e se dará a partir do momento em que o serviço, obra ou empreendimento
contratado estiver disponível para utilização.
Ademais, desde que haja previsão expressa no contrato de parceria público-privada, o Município
poderá efetuar o pagamento das parcelas devidas ao contratado, diretamente em favor da
instituição que financiar o objeto do contrato.
Os créditos do contratado poderão ser protegidos por meio de (art. 21):
a) garantia real, pessoal, fidejussória ou seguro;
b) atribuição ao concessionário do encargo de faturamento e cobrança de crédito do
concedente em relação a terceiros, salvo os relativos a impostos, prevista a forma de
compensação dos créditos recíprocos de contratante e contratado;
c) vinculação de recursos do Município, inclusive por meio de fundos específicos.
Ainda, o contrato e o edital de licitação poderão prever, para a hipótese de inadimplemento da
obrigação pecuniária a cargo do Município, sem prejuízo das demais sanções estabelecidas na
legislação federal aplicável, que (art. 22):
a) o débito seja acrescido de multa de dois por cento e juros, segundo a taxa em vigor para a
mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Municipal;
b) o atraso superior a noventa dias conferirá ao contratado a faculdade de suspensão dos
investimentos em curso, assim como a suspensão da atividade que não seja estritamente
necessária à continuidade de serviços públicos essenciais ou à utilização pública de
infraestrutura existente, sem prejuízo do direito à rescisão judicial;
c) o débito poderá ser pago ou amortizado com os valores designados para este fim em fundo
específico a ser criado ou outro meio designado no contrato.

3.5 FUNDO MUNICIPAL GARANTIDOR DOS PROJETOS DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA -


FUNGEP

A Lei criou o Fundo Municipal Garantidor dos Projetos de Parceria Público-Privada - Fungep -,
entidade contábil com personalidade jurídica, destinado a viabilizar e conferir sustentabilidade ao
Programa PPP/Manaus e a prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas
pelos parceiros públicos municipais, em virtude das parcerias de que trata a Lei.
O patrimônio do Fungep será composto pelas seguintes fontes de recursos, listados no art. 24:

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

I - dota•›es or•ament‡rias espec’ficas e crŽditos adicionais;


II - receitas patrimoniais:
a) produto de aliena•‹o de bens moveis e im—veis;
b) provenientes dos resultados das parcerias com o setor privado, seja qual for sua modalidade;
c) extraor•ament‡rias.
III - transfer•ncias de ativos n‹o financeiros;
IV - transfer•ncia de bens m—veis e im—veis;
V - contribui•›es e doa•›es de entidades pœblicas e privadas;
VI - rendimentos de aplica•›es no mercado financeiro;
VII - repasses da Uni‹o e outros entes federados, mediante conv•nio ou cons—rcio;
VIII - a•›es de sociedade de economia mista municipal excedentes ao necess‡rio para
manuten•‹o de seu controle pelo Munic’pio, ou outros direitos com valor patrimonial;
IX - outros recursos a ele destinados compat’veis com sua finalidade.
Par‡grafo ònico - O aporte de bens de uso especial ou de uso comum no Fungep, ser‡
condicionado a sua desafeta•‹o de forma individualizada.

Ademais, a lei determina que o órgão gestor do Fungep será o Comitê Gestor das Parcerias
Público-Privadas, ou entidade financeira por ele delegada, ao qual caberá, inclusive, a
representação judicial do mesmo (art. 25).
A garantia do Fungep será prestada nas seguintes modalidades (art. 27):
a) fiança, sem benefício de ordem para o fiador;
b) penhor de bens móveis ou de direitos integrantes do patrimônio do Fungep, sem
transferência da posse da coisa empenhada antes da execução da garantia;
c) hipoteca de bens imóveis do patrimônio do Fungep;
d) alienação fiduciária, permanecendo a posse direta dos bens com o Fungep ou com agente
fiduciário por ele contratado antes da execução da garantia;
e) outros contratos que produzam efeito de garantia, desde que não transfiram a titularidade
ou posse direta dos bens ao parceiro privado antes da execução da garantia;
f) garantia, real ou pessoal, vinculada a um patrimônio de afetação constituído em decorrência
da separação de bens e direitos pertencentes ao Fungep.
Por fim, o Fungep poderá prestar contragarantias a seguradoras, instituições financeiras e
organismos internacionais que garantirem o cumprimento das obrigações pecuniárias dos cotistas
em contratos de parceria público-privadas. Ademais, o Fungep é o responsável, com seus próprios
recursos, pela garantia das obrigações pecuniárias assumidas pelo Município, em face da
formulação de projetos de Parcerias Público-Privadas, respondendo por essas obrigações com os
bens e direitos integrantes de seu patrimônio.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

3.6 DISPOSIÇÕES FINAIS

Os bens imóveis utilizados em projetos do Programa PPP/Manaus, poderão ser isentos do Imposto
Predial e Territorial Urbano - IPTU - mediante lei específica (art. 28).
Além disso, os bens imóveis alienados em função da realização dos projetos do Programa
PPP/Manaus, mediante Lei específica, poderão ser isentos do Imposto sobre Transmissão Inter-
Vivos a qualquer título, por ato oneroso (art. 29).
O Comitê Gestor, além das obrigações dispostas no art. 14 da Lei Federal nº 11.079/2004,
remeterá, ainda, ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, relatório das parcerias
contratadas a cada exercício (art. 30).

4 QUESTÕES PARA FIXAÇÃO


1. (FCC – Analista/DPE-RS/2017)
Considere que os municípios de uma região metropolitana pretendam uniformizar e alinhar
os serviços de abastecimento de água em seus territórios, de forma a possibilitar que
eventuais deficiências estruturais em uma localidade sejam compensadas pelas facilidades
existentes em outra, garantindo assim a qualidade e continuidade da prestação do serviço,
pelo menor custo possível para a população atendida. Como forma de implementação da
política desses municípios, está a
a) celebração de um convênio administrativo, por meio do qual os entes estabelecerão
direitos e obrigações recíprocos, com desenho dos custos, desembolsos e remunerações a
que farão jus, assim como a divisão de área em que cada ente prestará o serviço,
desconsiderando-se os limites territoriais originais.
b) constituição de um consórcio público, acordo de vontades firmado entre os entes públicos,
por meio do qual se estabelecem as obrigações e contrapartidas para cada um dos entes
públicos que o integra e as atribuições que cada qual deve desempenhar na execução da
prestação dos serviços comuns.
c) constituição de um consórcio público para prestação dos serviços públicos, sob a forma de
associação pública, com personalidade jurídica própria, de direito público, que passará a
integrar a Administração indireta de cada um dos entes que o instituíram, devidamente
autorizados por lei.
d) formação de uma empresa pública, constituída sob personalidade jurídica de direito
público, da qual participarão como acionistas, em igual proporção, todos os entes públicos
interessados na outorga da titularidade e da execução dos serviços públicos na região
metropolitana.
e) instituição de uma autarquia por todos os entes interessados na unificação dos serviços,
mediante autorizações legislativas próprias, para a qual poderá ser delegada a titularidade e a
execução do serviço público em questão, sem prejuízo daquela pessoa jurídica poder ser
contratada por outros municípios para a mesma finalidade.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

Comentário: no caso do enunciado, temos uma associação de Municípios querendo cooperar


entre si para uma finalidade comum. Nesse sentido, os consórcios são formados pela associação de
diversos entes da Federação (União, estados, Distrito Federal e municípios), sejam eles de mesma
espécie ou não, que podem possuir personalidade jurídica de direito público, caso em que serão
constituídos na forma de associação pública, com natureza autárquica, integrando a administração
indireta de todos os entes da Federação consorciados (art. 6º, §1º).
Gabarito: alternativa C.

2. (FCC – Analista/PGE-MT/2016)
Município mato-grossense pretende celebrar ajuste com o Estado do Mato Grosso, por meio
do qual lhe transfira os encargos de regulação e prestação dos serviços públicos municipais
de coleta e destinação final ambientalmente adequada de resíduos sólidos urbanos, sem
qualquer criação de pessoa jurídica para tal fim. Para tanto, os instrumentos jurídicos
adequados são o
a) termo de fomento e o termo de colaboração, tal como disciplinados pela Lei nº
13.019/2014.
b) convênio de cooperação e o contrato de programa, tal como disciplinados pela Lei nº
11.107/2005, e pela legislação específica sobre os serviços públicos em questão.
c) consórcio público de direito público e o contrato de programa, tal como disciplinados pela
Lei nº 11.107/2005, e pela legislação específica sobre os serviços públicos em questão.
d) convênio administrativo e o contrato de repasse, tal como disciplinados pela Lei nº
8.666/1993, e pelo Decreto nº 6.170/2007.
e) contrato de empreitada de obra pública e o contrato de prestação de serviços, tal como
disciplinados pela Lei nº 8.666/1993.
Comentário: na forma do art. 241 da CF, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou
parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
No âmbito da Lei dos Consórcios Públicos, o contrato de programa é o instrumento pelo qual
devem ser constituídas e reguladas as obrigações que um ente da Federação, inclusive sua
administração indireta, tenha para com outro ente da Federação, ou para com consórcio público,
no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa. Assim, o ajuste a
ser firmado pelo Estado de Mato Grosso com um município mato-grossense pode se dar por meio
de convênio de cooperação ou contrato de programa, conforme alternativa B.
Gabarito: alternativa B.

3. (FCC – Direito/AL-MS/2016)
Considere:
I. Poder de promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de
utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

II. Possibilidade de ser contratado pela Administração direta ou indireta dos entes da
Federação consorciados, com dispensa de licitação.
III. Limites mais elevados para fins de escolha da modalidade de licitação.
IV. Poder de dispensar a licitação na celebração de contrato de programa com ente da
Federação ou com entidade de sua Administração indireta, para a prestação de serviços
públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou
em convênio de cooperação. São privilégios dos consórcios públicos o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e IV, apenas.
Comentário: para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá, na forma do art.
2º, §1º da Lei 11.107/05:
I Ð firmar conv•nios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber aux’lios, contribui•›es e
subven•›es sociais ou econ™micas de outras entidades e —rg‹os do governo;
II Ð nos termos do contrato de cons—rcio de direito pœblico, promover desapropria•›es e instituir
servid›es nos termos de declara•‹o de utilidade ou necessidade pœblica, ou interesse social,
realizada pelo Poder Pœblico; [alternativa I Ð CORRETA]
III Ð ser contratado pela administra•‹o direta ou indireta dos entes da Federa•‹o consorciados,
dispensada a licita•‹o. [alternativa II Ð CORRETA]

Assim, já percebemos que as alternativas I e II são corretas. Vamos analisar as demais:


III. Limites mais elevados para fins de escolha da modalidade de licitação – de fato, há a previsão
na Lei 8.666/93, no art. 23, §8º, que diz que no caso de consórcios públicos, quando formados por
até três entes da Federação, aplicar-se-á o dobro dos valores previstos normalmente. Quando
formados por maior número de entes, aplicar-se-á o triplo dos referidos valores – CORRETA;
IV. Poder de dispensar a licitação na celebração de contrato de programa com ente da Federação
ou com entidade de sua Administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma
associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de
cooperação – essa hipótese de dispensa está prevista expressamente no art. 24, XXVI da Lei de
Licitações – CORRETA.
Portanto, as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
Gabarito: alternativa B.

4. (FCC – Analista/Prefeitura de Teresina-PI/2016)


Município da capital de determinado Estado-membro da federação e outros dois Municípios
que lhe são limítrofes pretendem promover a destinação final ambientalmente adequada de
resíduos sólidos urbanos produzidos em seus territórios. Para tanto, cogitam contratar a
construção e operação de um único aterro sanitário, que sirva, simultaneamente, à
destinação final de resíduos produzidos em cada uma das três localidades, pelo prazo

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

estimado de até vinte anos. Solução juridicamente possível para que realizem tal pretensão,
de mútuo interesse, envolve a
a) realização de licitação pública pelo Município da capital, para contratação da construção e
operação do aterro sanitário intermunicipal, impondo-se aos dois últimos, no instrumento
convocatório do certame, a obrigação de também destinarem os resíduos sólidos produzidos
em seus territórios ao aterro sanitário licitado, para fins de promoção de economia de escala.
b) constituição de associação pública entre os Municípios, na forma da Lei no 11.107, de 6 de
abril de 2005, mediante protocolo de intenções ratificado por lei de cada um dos Municípios
consorciados, seguida da celebração de contrato de rateio de despesas entre os Municípios
consorciados e, ainda, da celebração de contrato de programa entre a associação pública e a
empresa estatal municipal de saneamento básico de um dos Municípios consorciados,
ficando esta empresa responsável pela construção e operação do aterro sanitário.
c) celebração de contratos de programa entre cada um dos Municípios e empresa do setor
privado, não estatal, de saneamento básico, necessariamente precedidos de licitação pública,
pelos quais seja delegada a esta empresa a construção e operação do aterro sanitário
intermunicipal.
d) constituição de associação pública entre os Municípios, na forma da Lei no 11.107, de 06
de abril de 2005, convidando-se a integrar tal associação, também, empresa do setor privado,
não estatal, de notória especialização no setor de saneamento básico, ficando esta empresa
responsável pela construção e operação do aterro sanitário intermunicipal.
e) realização de licitação pública pelo Município da capital, pela qual seja selecionada
empresa do setor privado, não estatal, para a construção e operação do aterro sanitário
intermunicipal, de tal modo que a esse resultado manifestem sua adesão os outros dois
Municípios, gerando a celebração de distintos contratos de concessão entre cada Município e
a empresa.
Comentário: percebe-se do enunciado a intenção dos entes públicos de gerir em conjunto um
serviço público de interesse comum a todos. Para esses casos, é possível a instituição de um
consórcio público, que pode ter personalidade de direito público ou privado. Quando com
personalidade de direito público, são denominadas “associações públicas”. Ademais, quando os
entes firmam o acordo, celebram um protocolo de intenções, que deverá conter as diversas
condições previstas na lei (art. 4º). O contrato de programa, por sua vez, define as obrigações que
um ente da Federação vai constituir com outro ente ou para com o consórcio, podendo conter
previsão quanto à realização de obras e forma de gestão do serviço público prestado.
Gabarito: alternativa B.

5. (FCC – Analista/Prefeitura de Teresina-PI/2016)


Três Municípios do Estado do Piauí celebraram entre si importante consórcio público e,
posteriormente, entregaram recursos ao mencionado consórcio mediante contrato de rateio.
Nos termos da Lei no 11.107/2005,

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

a) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem prévia dotação orçamentária


caracteriza ato de improbidade administrativa na modalidade “ato que importa
enriquecimento ilícito”.
b) os entes consorciados, apenas isoladamente, podem exigir o cumprimento das obrigações
previstas no contrato de rateio.
c) é vedada a aplicação de recursos entregues por meio de contrato de rateio para o
atendimento de despesas genéricas, exceto para operações de crédito.
d) os entes consorciados poderão entregar recursos ao consórcio público mediante outros
meios, distintos do contrato de rateio, como, por exemplo, o denominado protocolo de
intenções.
e) os recursos destinados ao consórcio público devem ser devidamente previstos na lei
orçamentária de cada consorciado ou em seus créditos adicionais, sob pena de exclusão do
consórcio, após prévia suspensão.
Comentário:
a) esse é realmente um ato de improbidade, mas que causa prejuízo ao erário (art. 10, XV), e não
enriquecimento ilícito (art. 9º) – ERRADA;
b) qualquer dos contratantes tem o direito de exigir, quando adimplente com suas obrigações, o
pleno cumprimento das cláusulas do contrato de consórcio público – ERRADA;
c) é vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o atendimento
de despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito (art. 8º, §2º) – ERRADA;
d) na verdade, os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante
contrato de rateio (art. 8º) – ERRADA;
e) o consórcio público deve fornecer as informações necessárias para que sejam consolidadas, nas
contas dos entes consorciados, todas as despesas realizadas com os recursos entregues em virtude
de contrato de rateio, de forma que possam ser contabilizadas nas contas de cada ente da
Federação na conformidade dos elementos econômicos e das atividades ou projetos atendidos.
Ademais, a Lei 11.107/05 prevê que poderá ser excluído do consórcio público, após prévia
suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei orçamentária ou em créditos
adicionais, as dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de contrato de
rateio (art. 8º, §§4º e 5º) – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

6. (FCC – Procurador/PGE-MT/2016)
A Administração Pública adota várias modalidades de ajustes administrativos para poder
executar suas tarefas. Nesse sentido, segundo a legislação vigente,
a) o contrato de parceria público-privada não é compatível com a cobrança de tarifas dos
usuários do serviço público, sendo suportado exclusivamente pela contrapartida do parceiro
público.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

b) é denominado contrato de gestão o ajuste celebrado com as organizações da sociedade


civil de interesse público, visando à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público.
c) o regime de empreitada integral, também denominado de turn key, não é admissível,
conforme entendimento do Tribunal de Contas da União, por impedir o adequado controle
do dispêndio de recursos públicos.
d) o chamado contrato de programa é o contrato administrativo em que a Administração
defere a terceiro a incumbência de orientar e superintender a execução de obra ou serviço,
mediante pagamento de importância proporcional ao seu custo total.
e) é denominado contrato de rateio o ajuste celebrado, em cada exercício financeiro, entre
entes participantes de consórcio público, para fins de alocação de recursos necessários ao
desempenho das atividades do consórcio.
Comentário:
a) nos contratos de PPP há sim a possibilidade de cobrança de tarifas, na modalidade concessão
patrocinada (art. 2º, §1º da Lei 11.079/04) – ERRADA;
b) os contratos de gestão são firmados com as Organizações Sociais, e discrimina as atribuições,
responsabilidades e obrigações do Poder Público e da organização social (art. 6º, Lei 9.63798) –
ERRADA;
c) o regime de empreitada integral é admitido e previsto na Lei 8.666/93 (art. 6º, VIII, ‘e’) –
ERRADA;
d) o contrato de programa é firmado no âmbito dos consórcios públicos, sendo aquele que prevê
as obrigações de um ente para com outro ou para com o próprio consórcio. Pode ser celebrado,
também, por entidades de direito público ou privado que integrem a Administração Indireta de
qualquer dos entes da Federação conveniados ou consorciados – ERRADA;
e) o contrato de rateio é aquele que define a parcela de contribuição de cada ente formador do
consórcio, juntamente com o protocolo de intenções. A lei prevê que deve ser formalizado em
cada exercício financeiro, e seu prazo de vigência não será superior ao das dotações que o
suportam (art. 8º, §1º) – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

7. (FCC – Auditor/TCE-AM/2015)
Os entes federados relacionam-se entre si de variadas maneiras. É comum a
instrumentalização de Protocolos de Intenção, convênios, contratos, convênios de
cooperação e de consórcios públicos. A disciplina deste último, por meio da Lei n°
11.107/2005, permitiu avanços nesse modelo de atuação integrada, pois os consórcios
públicos
a) tal como os convênios de cooperação, têm personalidade jurídica, mas passaram a lhes
serem outorgadas competências dos entes federativos, além de serem dotados de poderes
mais amplos, como para desapropriação de bens.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

b) substituíram os protocolos de intenção e os convênios, na medida em que passaram a ser


instrumentos mais dinâmicos e eficazes para a viabilização de repasses de recursos entre os
entes federativos, porque não se submetem a prévias dotações orçamentárias ou
suplementares, possuindo controle autônomo dos contratos de rateio.
c) são constituídos sob a forma de associação, com personalidade jurídica própria, a qual,
portanto, é permitida a delegação de competências dos entes federativos que o compõem,
com outorga de poderes para prestação de serviços públicos, inclusive expropriatórios e para
cobrança de tarifas, além de celebrar contratos e ser contratado com dispensa de licitação.
d) concentram as atividades de prestação, gestão, fiscalização e regulação de serviços
públicos numa só figura jurídica, devidamente autorizado pelos entes consorciados,
possibilitando ganho de eficiência e agilidade, porque, especialmente, foi afastado o controle
externo de sua atuação, embora remanesça a competência do Judiciário para apreciação de
seus atos.
e) substituíram os contratos de gestão firmados com organizações sociais e organizações da
sociedade civil de interesse público, porque, assim como essas pessoas jurídicas, possuem
natureza jurídica de direito público, não estão sujeitos a lei de licitações e não integram a
Administração pública indireta, mas podem receber poderes e competências dos entes
federativos.
Comentário: os consórcios públicos podem possuir personalidade jurídica de direito público, caso
em que serão constituídos na forma de associação pública, com natureza autárquica; ou podem
possuir personalidade jurídica de direito privado sem fins lucrativos, quando formarão associação
civil, que deverá seguir as regras previstas na legislação civil. Na Lei 11.107/05 há a previsão de
que, para cumprir seus objetivos, o consórcio poderá:
I Ð firmar conv•nios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber aux’lios, contribui•›es e
subven•›es sociais ou econ™micas de outras entidades e —rg‹os do governo;
II Ð nos termos do contrato de cons—rcio de direito pœblico, promover desapropria•›es e instituir
servid›es nos termos de declara•‹o de utilidade ou necessidade pœblica, ou interesse social,
realizada pelo Poder Pœblico; e
III Ð ser contratado pela administra•‹o direta ou indireta dos entes da Federa•‹o consorciados,
dispensada a licita•‹o.

Com isso, percebemos que a alternativa C está correta, listando essas possibilidades, sendo o
nosso gabarito.
Gabarito: alternativa C.

8. (FCC – Juiz de Direito/TJ-SC/2015)


Um consórcio público de direito público poderá expedir declaração de utilidade ou
necessidade pública para fim de desapropriação PORQUE a pessoa jurídica em que consiste o
consórcio público de direito público integra a administração indireta dos entes federativos
consorciados. Analisando as duas asserções acima, é correto afirmar que
a) a primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda asserção é uma proposição
falsa.
b) a primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira.
Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) as duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da


primeira.
d) as duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta
da primeira.
e) as duas asserções são proposições falsas.
Comentário: vamos por partes:
“Um consórcio público de direito público poderá expedir declaração de utilidade ou necessidade
pública para fim de desapropriação” – essa frase é falsa. Não é o consórcio que emite a declaração
de utilidade pública, mas sim o ente federativo correspondente. Ao consórcio público é autorizada
a possibilidade de executar essas desapropriações.
"A pessoa jurídica em que consiste o consórcio público de direito público integra a administração
indireta dos entes federativos consorciados” – essa é a exata previsão do art. 6º, §1º da Lei
11.107/05. Afirmativa verdadeira, portanto.
Assim, temos que a primeira afirmativa é falsa, enquanto a segunda é verdadeira.
Gabarito: alternativa B.

9. (FCC – Técnico de Administração/TCE-CE/2015-adaptada)


Quanto aos Consórcios Públicos, a Lei no 11.107/2005 preceitua:
a) Todo consórcio, de direito público ou de direito privado, pode ser contratado diretamente,
com dispensa de licitação, pela Administração direta ou indireta dos entes consorciados.
b) A formação de consórcio público exige a ratificação, pelos entes federativos consorciados,
do protocolo de intenções, não se fazendo possível, nos termos da lei, o consorciamento
parcial ou condicional do ente federativo, mesmo que aceito pelos demais subscritores do
protocolo de intenções.
c) O consórcio de direito público, instituído na forma de associação pública, integra a
administração direta de todos os entes da federação associados.
d) Os consórcios de direito público podem ser contratados diretamente, com dispensa de
licitação, pela Administração direta ou indireta dos entes consorciados, o que não se aplica
aos consórcios de direito privado, que, em regra, devem ser contratados pelos entes
consorciados por meio de procedimento licitatório.
Comentário:
a) para o cumprimento dos objetivos dos consórcios públicos, o art. 2º, §1º, III da Lei prevê que o
consórcio poderá ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação
consorciados, dispensada a licitação – CORRETA;
b) a lei autoriza que o contrato de consórcio público, caso assim preveja cláusula, possa ser
celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de
intenções (art. 5º, §1º) – ERRADA;

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) o consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração


indireta de todos os entes da Federação consorciados – ERRADA;
d) a lei não faz essa distinção entre a personalidade jurídica do consórcio para ser possível a
dispensa de licitação – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

10. (FCC – Auditor/TCE-CE/2015)


A disciplina legal dos consórcios públicos, alicerçada na Lei no 11.107/2005, estabelece a
a) aplicação do referido regime jurídico, em caráter subsidiário, aos consórcios de empresas
privadas que participam de licitações públicas.
b) obrigatoriedade de lei autorizando o contrato de consórcio, a qual poderá ser dispensada
quando existente prévio protocolo de intenções.
c) possibilidade de contratação direta do consórcio, com dispensa de licitação, por entidades
da Administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados.
d) obrigatoriedade de participação do Estado membro, como ente consorciado, quando
participem do consórcio público três municípios ou mais.
e) obrigatoriedade de participação da União, como interveniente, quando participem do
consórcio mais de um Estado membro.
Comentário:
a) não há essa previsão na Lei – ERRADA;
b) na forma do art. 3º da Lei 11.107/04, o consórcio público será constituído por contrato cuja
celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções – ERRADA;
c) para o cumprimento dos objetivos dos consórcios públicos, o art. 2º, §1º, III da Lei prevê que o
consórcio poderá ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação
consorciados, dispensada a licitação – CORRETA;
d) não há essa previsão na Lei – ERRADA;
e) a União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os
Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados (art. 1º, §2º) – ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

11. (FCC – Contador/Prefeitura de Teresina-PI/2016)


Nos termos da Lei n⁰ 11.079/2004, constitui diretriz a ser seguida na conformação dos ajustes
de Parceria Público-Privada−PPP a
a) repartição objetiva de riscos entre as partes.
b) assunção dos riscos exclusivamente pelo parceiro privado, porque explora o negócio por
sua conta e risco.
c) vedação de remuneração atrelada ao desempenho do parceiro privado.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

d) disponibilização, pelo parceiro privado, de garantias às contraprestações devidas pelo


parceiro público.
e) delegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e
de outras atividades exclusivas, mas não privativas do Estado.
Comentário: na contratação de parceria público-privada serão observadas algumas diretrizes,
dentre elas, a de que haverá a repartição objetiva de riscos entre as partes (art. 4º, VI, Lei
11.079/04). Portanto, nosso gabarito está logo na alternativa A. A alternativa B está incorreta, pois
fala exatamente o contrário da alternativa A. Agora vamos analisar as demais alternativas:
c) o art. 6º, §2º da Lei 11.079/04 diz que “o contrato poderá prever o pagamento ao parceiro
privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de
qualidade e disponibilidade definidos no contrato” – ERRADA;
d) na verdade, a Lei diz que o edital deverá especificar, quando houver, as garantias da
contraprestação do parceiro público a serem concedidas ao parceiro privado, e não o contrário,
como diz a alternativa – ERRADA;
e) a diretriz prevista na Lei (art. 4º, III) é quanto à indelegabilidade das funções de regulação,
jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado –
ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

12. (FCC – Analista/Prefeitura de Teresina-PI/2016)


As concessões de serviço público regidas pela Lei no 8.987/1995, chamadas concessões
comuns, e as parcerias público-privadas, sob as modalidades de concessão administrativa e
concessão patrocinada, regidas pela Lei no 11.079/2004 são formas de delegação de serviços
públicos para a iniciativa privada. Há semelhanças e distinções entre elas, como a
a) possibilidade de cobrança de tarifa do usuário pela utilização do serviço público, tanto na
concessão comum, como nas modalidades de parceria público-privada.
b) possibilidade do poder público aportar recursos na obra, para aquisição de bens
reversíveis, nas parcerias público-privadas, o que não encontra previsão legal nas concessões
comuns.
c) possibilidade do parceiro privado, na concessão patrocinada e na concessão administrativa,
efetuar desapropriações, o que não está autorizado ao concessionário na concessão comum,
cabendo ao poder público o fornecimento das áreas.
d) transferência da titularidade do serviço público para os concessionários, que continua a ser
prestado, contudo, sob regime de direito público, com todas as prerrogativas a ele inerentes.
e) previsão de reequilíbrio econômico-financeiro feito exclusivamente por meio da tarifa nas
concessões comuns, enquanto que nas parcerias público-privadas também pode ser
implementado por meio de indenização e majoração das contraprestações.
Comentário:

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

a) realmente, tanto nas concessões comuns quanto nas PPP é possível a cobrança de tarifas. Mas
no caso das PPP, as tarifas podem ser cobradas dos usuários, na modalidade “concessão
patrocinada” ou do próprio parceiro público, na modalidade “concessão administrativa”. Isso
porque, nesse último caso, a própria administração é a usuária do serviço – ERRADA;
b) de fato, o contrato de PPP poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado
para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, na forma do art. 6º, §2º - CORRETA;
c) na lei 8.987/95, há a previsão de que o concessionário pode promover as desapropriações
necessárias à execução dos serviços – ERRADA;
d) não há que se falar em transferência da titularidade, apenas da execução do serviço – ERRADA;
e) na lei 8.987/95, é autorizada a previsão, no contrato, de mecanismos de revisão das tarifas, a
fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. Mas esse não é o único mecanismo previsto
na lei. Nesse sentido, o art. 11 dispõe que “no atendimento às peculiaridades de cada serviço
público, poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a
possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias
ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das
tarifas”. Esses fatores também são considerados para aferição da manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

13. (FCC – Direito/AL-MS/2016)


Em determinada licitação, promovida pelo Estado de Mato Grosso do Sul, para a contratação
de parceria público-privada, o edital definiu a forma de apresentação das propostas
econômicas, admitindo propostas escritas, seguidas de lances em viva voz. A propósito do
tema e nos termos da Lei n°11.079/2004,
a) os lances em viva voz serão sempre oferecidos na ordem inversa da classificação das
propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar a quantidade de lances.
b) o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta
escrita for no mínimo 20% maior que o valor da melhor proposta.
c) os lances em viva voz podem ser oferecidos na ordem inversa da classificação das
propostas escritas, cabendo ao edital limitar a quantidade de lances.
d) o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta
escrita for no máximo 30% maior que o valor da melhor proposta.
e) o edital não poderá restringir a apresentação de lances em viva voz a qualquer licitante,
independentemente do valor de sua proposta escrita.
Comentário: no procedimento licitatório previsto para os contratos de Parceria público-privada, é
admitida a apresentação da proposta econômica através de propostas escritas, seguidas de lances
em viva voz (art. 12, III, b). Nesses casos, os lances em viva voz serão sempre oferecidos na ordem
inversa da classificação das propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar a quantidade de
lances. Ademais, o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

proposta escrita for no máximo 20% (vinte por cento) maior que o valor da melhor proposta.
Assim, nosso gabarito está logo na alternativa A.
Gabarito: alternativa A.

14. (FCC – Analista de Orçamento/Prefeitura de Teresina-PI/2016)


A Prefeitura de Teresina, hipoteticamente, celebrou contrato de parceria público-privada
para o gerenciamento de resíduos sólidos e do aterro sanitário do Município. Nos termos da
Lei nº 11.079/2004, antes da celebração do contrato, foi constituída sociedade de propósito
específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Admite-se, desde que
preenchidos os requisitos legais, a administração temporária da sociedade de propósito
específico, pelos financiadores e garantidores. Referida administração temporária, autorizada
pelo poder concedente,
a) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder
concedente ou empregados.
b) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder
concedente ou empregados.
c) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
d) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
e) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores somente em relação aos
compromissos com terceiros, cabendo ao poder concedente disciplinar sobre o prazo da
administração temporária.
Comentário: a lei prevê que a PPP deve ser gerida por uma sociedade de propósito específico,
criada previamente à celebração do contrato, responsável pela gestão e implantação da parceria.
Em relação à administração temporária dessa sociedade, a lei dispõe que, autorizada pelo poder
concedente, não acarretará a responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à
tributação, encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o
poder concedente ou empregados (art. 5º, §1º).
Gabarito: alternativa D.

15. (FCC – Auditor Fiscal/Prefeitura de Teresina-PI/2016 – adaptada)


Suponha que o Município de Teresina, no exercício de sua competência para organizar e
prestar serviços de iluminação pública, pretenda delegar a sua exploração à iniciativa privada.
Para tanto, a Prefeitura Municipal estuda a viabilidade jurídica de sua delegação nos termos
da Lei no 11.079, de 30 de dezembro de 2004, que “institui normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da Administração pública”. É

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

característica relevante do regime das parcerias público-privadas estabelecido na referida Lei,


a ser considerada no estudo municipal de viabilidade, entre outras, a
a) vedação à celebração de contrato de parceria público-privada cujo valor seja inferior a R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais), cujo período de prestação do serviço seja inferior a
cinco anos, ou que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento
e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
b) mitigação da responsabilidade fiscal na sua execução e celebração, sendo permitido, sem
maiores consequências, um elevado grau de comprometimento da receita corrente líquida
do Município com o cumprimento das obrigações derivadas de parcerias contratadas.
c) contratação mediante licitação na modalidade de concorrência, porém com algumas
peculiaridades, como a obrigatoriedade da inversão da ordem das fases da habilitação e
julgamento.
d) obrigatoriedade de vinculação de receitas municipais à finalidade de garantia das
obrigações pecuniárias contratadas pela Administração Pública Municipal.
e) ausência de contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Comentário:
a) a lei das PPP, de fato, veda a celebração de contrato de parceria público-privada em alguns
casos. Assim, é vedada a celebração do contrato de PPP (art. 2º, §4º): cujo valor do contrato seja
inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); cujo período de prestação do serviço seja
inferior a 5 (cinco) anos; que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública – CORRETA;
b) a observância da responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias é uma das
diretrizes previstas na legislação (art. 4º, IV), devendo ser observada, não havendo que se falar em
mitigação – ERRADA;
c) trata-se, na verdade, de uma faculdade, e não de uma obrigação. O art. 13 da lei das PPP dispõe
que o edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento – ERRADA;
d) também é uma faculdade trazida pela lei (art. 8º, I), e não uma obrigação – ERRADA;
e) a presença da contraprestação do parceiro público é uma das características básicas das PPP –
ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

16. (FCC – Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015-Adaptada)


O Município X pretende construir um grande ginásio poliesportivo para sediar as olimpíadas.
Entretanto, não possui recursos para custear a totalidade da obra e nem know-how para gerir
adequadamente o ginásio. A forma de contratação que deverá ser utilizada para concretizar o
projeto municipal é
a) a Parceria Público-Privada − PPP.
b) o Regime Diferenciado de Contratação − RDC.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) a Permissão de serviço público.


d) a Contratação integrada.
Comentário: as parcerias público-privadas são contratos de concessão de serviços públicos
firmados como forma de cooperação entre o Estado e o setor privado com o objetivo de atrair os
particulares para realizarem grandes investimentos em infraestrutura, necessários ao
desenvolvimento do país, mas que excedem a capacidade financeira do Poder Público. Esse é
exatamente o caso narrado no enunciado, em que o Município deseja construir um estádio para a
população, mas não possui recursos financeiros suficientes, podendo então firmar esse contrato
com uma empresa privada.
Gabarito: alternativa A.

17. (FCC – Analista Judiciário/TRT-3ª Região (MG)/2015)


Até a edição da Lei no 11.079/2004, a maior parte das delegações de serviço público eram
feitas por meio das concessões regidas pela Lei no 8.987/1995. Dentre as vantagens ou
desvantagens que predicam os dois modelos de delegação de serviço público,
a) a concessão de serviço público regida pela Lei no 8.987/1995 permite que o poder
concedente seja o captador do financiamento para os investimentos necessários, quando há
prévia realização de obra pública, acrescendo ao objeto do contrato uma espécie de
parcelamento, acrescido de taxa de remuneração, que a concessionária deve acrescer aos
pagamentos que faz ao poder concedente.
b) a possibilidade de, por meio de uma concessão administrativa, transferir ao setor privado,
mediante contraprestação do parceiro público e sem prejuízo de eventual aporte, a
realização de obras e a prestação de serviços que não sejam economicamente
autossuficientes, o que afastaria interesse em uma licitação para outorga de concessão nos
moldes anteriormente vigentes.
c) a possibilidade de, com a instituição das parcerias público-privadas, cessar a prática de
remuneração variável arraigada para as concessões anteriores, cujos critérios de avaliação de
desempenho se mostraram ineficientes e encareceram demasiadamente os custos do poder
concedente, especialmente nos casos em que os serviços eram prestados pelo regime de
gratuidade.
d) na concessão patrocinada, cabe ao parceiro privado estabelecer o valor da tarifa na fase de
licitação, sendo vedado o estabelecimento de aportes de qualquer natureza pelo poder
concedente, o que o obriga a proceder a minucioso trabalho técnico para cálculo da taxa de
retorno interno.
e) em ambos os modelos o poder concedente é dispensado da elaboração de projeto básico,
mas no caso das concessões regidas pela Lei no 8.987/1995, a remuneração do privado é
integralmente custeada pela tarifa, enquanto nas parcerias público-privadas a tarifa foi
substituída pela contraprestação.
Comentário: existem duas modalidades de PPP previstas na Lei 11.079/04: a concessão
patrocinada, que é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei
no 8.987/95, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

pecuniária do parceiro público ao parceiro privado; e a concessão administrativa, que é o contrato


de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda
que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Vamos analisar cada
alternativa:
a) o que ocorre, na verdade, é uma possibilidade de aporte de recursos em favor do parceiro
privado para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos dos incisos X e XI
do caput do art. 18 da Lei de Concessões (8.987/95), desde que autorizado no edital de licitação, se
contratos novos, ou em lei específica, se contratos celebrados até 8 de agosto de 2012 (art. 6º, §2º
da Lei das PPP) – ERRADA;
b) apesar de não estar muito adequada, essa foi a alternativa considerada correta pela banca. A
alternativa menciona uma concessão administrativa, quando a prestação de serviços públicos se
daria por uma PPP na modalidade patrocinada – CORRETA;
c) não há, na lei, previsão nesse sentido. Quanto à remuneração variável, há a previsão de sua
possibilidade, vinculada ao desempenho do parceiro privado (art. 6º, §1º) – ERRADA;
d) no caso das PPP patrocinadas, além das tarifas, há a contraprestação do poder público, ou seja,
há a possibilidade de aportes pelo poder concedente – ERRADA;
e) no caso das PPP, há a possibilidade de que haja, além das tarifas, a contraprestação do parceiro
público privado – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

18. (FCC – Auditor/TCM-GO/2015)


Para implementação de projetos de infraestrutura o Município pode lançar mão de parcerias
com a iniciativa privada. O ordenamento jurídico pátrio estabelece diversos instrumentos
para tanto, dentre eles, os contratos de concessão disciplinados pela Lei n° 8.987/1995 e os
denominados contratos de parceria público-privada, disciplinados pela Lei n° 11.079/2004.
Quanto a estes instrumentos, é correto afirmar
a) Em razão da disciplina normativa incidente nos contratos de PPP, os parceiros privados
devem assumir, obrigatoriamente, o financiamento de todos os investimentos necessários à
implementação da infraestrutura, que são concentrados no início da execução dos contratos.
b) O aporte de recursos públicos na fase de investimento do projeto, a despeito de
juridicamente viável, não integra a equação econômico-financeira do ajuste, daí porque não é
considerado para efeito de eventual pleito de restabelecimento da equação originária.
c) É possível o contrato de PPP prever aporte de recursos públicos em favor do contratado,
tanto ao longo da denominada fase de investimento como após a disponibilização do serviço
em condições de fruição, desde que, no primeiro caso, se destinem à construção ou aquisição
de bens reversíveis, haja previsão no edital e guarde proporcionalidade com as etapas
efetivamente executadas.
d) Os aportes de recursos públicos em favor do parceiro privado são admissíveis, em
referidos contratos, após a disponibilização da obra, na denominada fase de investimento,

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

não se admitindo que recursos públicos, de qualquer espécie, sejam disponibilizados ao


parceiro privado na fase de implementação da infraestrutura.
e) É legítimo que aportes de recursos públicos, de qualquer espécie, sejam integrados na
remuneração do parceiro privado ao longo do desenvolvimento do contrato de PPP, em
qualquer de suas fases, tendo o parceiro privado, nestes casos, dada a natureza do ajuste,
ampla liberdade para decidir onde e como empregá-los.
Comentário:
a) no caso das PPP, uma vantagem é justamente a possibilidade de o poder público se encarregar
de custear parte ou todo o valor a ser recebido pelo investidor, sendo firmados como uma forma
de cooperação entre o Estado e o setor privado – ERRADA;
b) e d) o contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado para a
realização de obras e aquisição de bens reversíveis. Esse aporte deve guardar proporcionalidade
com as etapas efetivamente executadas, podendo ser feito na fase de investimentos do projeto
e/ou após a disponibilização dos serviços – ERRADAS;
c) essa é a previsão exata da Lei 11.079/04, em seu art. 6º, §2º - CORRETA;
e) não há ampla liberdade. O aporte deverá estar autorizado no edital de licitação, se contratos
novos, ou em lei específica, se contratos celebrados até 8 de agosto de 2012 – ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

19. (FCC – Auditor de Controle Externo/TCM-GO/2015 – adaptada)


Determinado Município comprometeu-se a ampliar a oferta de vagas em creches à
população, necessitando construir novas unidade e dotá-las dos serviços necessários.
Pretende utilizar, como modalidade contratual para a consecução de tal objeto, a parceria
público-privada - PPP, disciplinada pela Lei federal no 11.079/2004. Tal pretensão, do ponto
de vista jurídico, se afigura
a) viável, desde que o valor da contraprestação pública não supere R$ 10.000.000,00 e seja
obtida autorização legislativa específica.
b) inviável, eis que a PPP pressupõe a cobrança de tarifa do usuário, complementada por
contraprestação pecuniária a cargo da Administração contratante.
c) viável, se o prazo do contrato for superior a 5 e inferior a 35 anos, e no valor mínimo R$
10.000.000,00, adotando-se a modalidade concessão administrativa.
d) viável, desde que adotada a modalidade concessão patrocinada e obtida autorização
legislativa específica para aporte de recursos públicos.
e) inviável, por envolver prestação de serviço precedida de obra pública, podendo, todavia,
ser desmembrada a contratação de forma que a PPP envolva apenas a obra.
Comentário: a Lei 11.079/04 diz que é vedada a celebração de contrato de parceria público-
privada:
I Ð cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dinte milh›es de reais);
II Ð cujo per’odo de presta•‹o do servi•o seja inferior a 5 (cinco) anos; ou

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

III Ð que tenha como objeto œnico o fornecimento de m‹o-de-obra, o fornecimento e instala•‹o
de equipamentos ou a execu•‹o de obra pœblica.

Além disso, o art. 5º, I prevê que o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização
dos investimentos realizados, deve ser não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco)
anos, incluindo eventual prorrogação. No caso, não há que se falar em cobrança de tarifas para a
utilização da creche, razão pela qual não poderia se tratar da concessão patrocinada. Então, seria
viável através da concessão administrativa, em que a Administração Pública é a usuária direta ou
indireta da prestação do serviço.
Gabarito: alternativa C.

20. (FCC – Juiz Substituto/TJ-PI/2015)


A Lei Federal n° 11.079/2004 instituiu o regime das Parcerias Público-Privadas. A propósito,
considere as seguintes afirmações:
I. Parceria Público-Privada é o contrato administrativo de concessão na modalidade
patrocinada ou administrativa.
II. Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a Lei n° 8.987/1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
III. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
Está correto o que consta em
a) I, apenas.
b) I, II e III.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) II e III, apenas.
Comentário: excelente questão para fixar bem os conceitos trazidos pela lei, pois cobrou a
literalidade do art. 2º, que assim dispõe:
Art. 2o Parceria pœblico-privada Ž o contrato administrativo de concess‹o, na modalidade
patrocinada ou administrativa. [afirmativa I Ð CORRETA]
¤ 1o Concess‹o patrocinada Ž a concess‹o de servi•os pœblicos ou de obras pœblicas de que trata
a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente ˆ tarifa cobrada dos
usu‡rios contrapresta•‹o pecuni‡ria do parceiro pœblico ao parceiro privado. [afirmativa II Ð
CORRETA]
¤ 2o Concess‹o administrativa Ž o contrato de presta•‹o de servi•os de que a Administra•‹o
Pœblica seja a usu‡ria direta ou indireta, ainda que envolva execu•‹o de obra ou fornecimento e
instala•‹o de bens. [afirmativa III Ð CORRETA]

Portanto, todas as afirmativas estão corretas, conforme alternativa B.


Gabarito: alternativa B.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

21. (FCC - DP SP/DPE-SP/2012)


Nos termos da legislação em vigor sobre as parcerias público-privadas, a modalidade de
concessão de serviços públicos ou obras públicas, que envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, é
denominada concessão
a) comum.
b) administrativa.
c) ordinária.
d) tradicional.
e) patrocinada.
Comentário: quando o Poder Público arca com parte dos custos, mas a população auxilia com o
pagamento de tarifas temos a concessão patrocinada. Por outro lado, a administrativa caracteriza
o Poder Público como o único pagante para fornecimento do serviço.
Finalizando, temos a concessão comum (ordinária), que se refere àquela disposta na Lei
8.987/1995, e pelas leis que lhe são correlatas. Essa não mantém relação com a Lei 11.079/1995, e
não apresenta contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Gabarito: alternativa E.

22. (FCC - Aud/TCE-SP/2008)


Nas licitações para a contratação de parceria público-privada sob a modalidade de concessão
patrocinada, NÃO é possível a adoção de critério de julgamento consistente na
a) menor tarifa a ser cobrada do usuário pelo parceiro privado.
b) menor contraprestação a ser paga pelo poder público.
c) maior oferta a ser paga pelo parceiro privado a título de outorga, caso em que não se
aplica a futura contraprestação a ser paga pelo poder público.
d) melhor proposta, combinando-se a melhor técnica com a menor tarifa a ser cobrada do
usuário pelo parceiro privado.
e) melhor proposta, combinando-se a melhor técnica com a menor contraprestação a ser
paga pelo poder público.
Comentário: vamos relembrar os critérios para julgamento:
® o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado; (alternativa A)
® melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço
público a ser prestado com o de melhor técnica; (alternativa E)
® menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública; (alternativa B)
® melhor proposta em razão da combinação do critério de menor valor da contraprestação com
o de melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital (alternativa D)

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

Dessa forma, a única alternativa que não apresenta um critério de julgamento é a letra C.
Gabarito: alternativa C.

23. (FCC - DP MT/DPE-MT/2009 – adaptada)


Considere as seguintes assertivas, completando a frase inicial:
“É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I. cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)”.
II. cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos”.
III. que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.”

Nos termos da Lei nº 11.079/04, é correto o que se afirma em


a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Comentário: as vedações de celebração de contrato de parceria público privada estão descritas no
art. art. 2º, §4º. São elas:
® o valor do contrato for inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
® o período de prestação do serviço for inferior a 5 (cinco) anos; ou
® quando tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Assim, podemos perceber que as afirmativas I, II e III apresentam exatamente o texto da Lei, e,
portanto, devem ser consideradas corretas. Dessarte, nossa alternativa é a letra E.
Gabarito: alternativa E.

24. (FCC - AFRE RJ/SEFAZ-RJ/2014)


A Administração celebrou contrato pelo qual ela própria é usuária direta de um serviço. Esse
contrato, com valor de R$ 30 milhões, prevê prazo de prestação de serviços de 8 anos. O
serviço em questão consiste em fornecimento de mão de obra, não havendo nenhum
aspecto de execução de obra. Nos termos da Lei no 11.079/2004, que trata das parcerias
público-privadas, esse contrato
a) é enquadrado como concessão administrativa.
b) é enquadrado como concessão patrocinada.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois tem por objeto
exclusivamente fornecimento de mão de obra.
d) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois não inclui nenhum aspecto
de execução de obra.
e) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pela conjugação dos elementos
prazo e valor.
Comentário: apenas para complemento.
Temos que a Administração está contratando a mão de obra de um serviço, com um valor
compatível e num prazo compatível. Contudo, como se trata de um objeto único (sem a execução
da obra em questão), esse contrato não é enquadrável nas espécies de concessão. Portanto, nossa
alternativa é a C.
Gabarito: alternativa C.

25. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


Conforme estabelece a Lei Complementar nº 1.333/2009, suas disposições alcançam:
a) somente os órgãos da Administração Indireta;
b) aos órgãos da Administração direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações
públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades
controladas direta ou indiretamente pelo Município.
c) apenas às autarquias e fundações municipais.
d) somente às empresas estatais.
Comentário: na forma do art. 1º, parágrafo único, a Lei 1.333/09 se aplica “aos órgãos da
Administração direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas
públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou
indiretamente pelo Município”.
Gabarito: alternativa B.

26. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


São diretrizes do Programa de Parceria Público-privada, dentre outras:
a) eficiência na implementação de políticas públicas e na aplicação dos recursos públicos;
b) ausência de transparência.
c) qualidade, mas sem continuidade, dos serviços ofertados;
d) responsabilidade penal.
Comentário: as diretrizes das PPP estão listadas no art. 2º. A alternativa A está correta, pois
corresponde ao exato texto do inciso I. As demais alternativas estão erradas, na forma que
demonstraremos a seguir, respectivamente:
b) transparência nos procedimentos e decisões (inciso II) – ERRADA;

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) qualidade e continuidade dos serviços ofertados, para possibilitar o acesso a todos os bens e
serviços essenciais (inciso III) – ERRADA;
d) responsabilidade fiscal na contratação e execução das parcerias (VI) – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

27. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


Podem ser objeto de concessão à gestão privada todas as atividades e serviços de interesse
local e de competência comum da Administração Pública Municipal, desde que dela
privativos e que não sejam normativamente definidos como indelegáveis, EXCETO:
a) a prestação de serviços públicos;
b) construção, a ampliação, a manutenção, a reforma e a gestão de instalações de uso
público em geral, assim como de terminais municipais e de vias públicas, incluídas as
recebidas em delegação da União;
c) a exploração de atividade econômica;
d) a exploração de bem público.
Comentário: vamos aproveitar essa questão para relembrar as atividades que podem ser
exploradas pelas PPP:
Art. 3¼ Poder‹o ser objeto de concess‹o ˆ gest‹o privada, todas as atividades e servi•os de
interesse local e de compet•ncia comum da Administra•‹o Pœblica Municipal, desde que dela
privativos e que n‹o sejam normativamente definidos como indeleg‡veis, especialmente:
I - a presta•‹o de servi•os pœblicos;
II - a constru•‹o, a amplia•‹o, a manuten•‹o, a reforma e a gest‹o de instala•›es de uso pœblico
em geral, assim como de terminais municipais e de vias pœblicas, inclu’das as recebidas em
delega•‹o da Uni‹o;
III - a instala•‹o, a manuten•‹o e a gest‹o de bens e equipamentos integrantes de infraestrutura
destinada ˆ utiliza•‹o pœblica;
IV - a implanta•‹o e a gest‹o de empreendimento pœblico, inclu’da a administra•‹o de recursos
humanos, materiais e financeiros;
V - a explora•‹o de bem pœblico;
VI - a explora•‹o de direitos de natureza imaterial de titularidade do Munic’pio, inclu’dos os de
marcas, patentes e bancos de dados, mŽtodos e tŽcnicas de gerenciamento e gest‹o.

Dessa forma, as alternativas A, B e D estão de acordo com os incisos I, II e V, respectivamente. Já a


alternativa C não encontra amparo legal.
Gabarito: alternativa C.

28. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


O art. 4º da Lei 1.333/09 traz o conceito legal de Parceria público-privada. Assinale a
alternativa que descreve corretamente esse conceito:
a) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legislação federal correlata,
inclusive no que diz respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

contratação e participação tarifária, celebrado entre órgãos da Administração Pública direta,


apenas.
b) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legislação federal correlata,
inclusive no que diz respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e
contratação e participação tarifária, celebrado entre entidades da Administração Pública
indireta, apenas.
c) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada, na forma estabelecida por legislação federal correlata, inclusive no que diz
respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e contratação e
participação tarifária, celebrado entre a Administração Pública direta e indireta.
d) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legislação federal correlata,
inclusive no que diz respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e
contratação e participação tarifária, celebrado entre a Administração Pública direta e
indireta;
Comentário: o art. 4º mencionado no enunciado diz o seguinte:
Art. 4¼ Parceria pœblico-privada Ž o contrato administrativo de concess‹o, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legisla•‹o federal correlata, inclusive no
que diz respeito ˆs normas de licita•‹o, limites para assun•‹o de encargos e contrata•‹o e
participa•‹o tarif‡ria, celebrado entre a Administra•‹o Pœblica direta e indireta.

Dessa forma, o contrato de PPP é celebrado entre a Administração Pública direta e indireta, motivo
pelo qual as alternativas A e B estão erradas.
Já o erro da alternativa C foi excluir a modalidade “administrativa” do conceito.
Portanto, a alternativa que trouxe o conceito correto de PPP segundo a Lei 1.333/09 foi a D.
Gabarito: alternativa D.

29. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


O período para contratação das concessões especiais previstas nesta lei não poderá ser:
a) inferior a cinco anos nem superior a 35 anos;
b) inferior a dez anos nem superior a 35 anos;
c) inferior a cinco nem superior a 25 anos;
d) inferior quinze nem superior a 35 anos.
Comentário: as contratações das PPP não poderão ser inferiores a cinco anos nem superiores a 35
anos, na forma do art. 4º, parágrafo único da Lei.
Gabarito: alternativa A.

30. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


São atribuições do Comitê Gestor do Programa - PPP/Manaus, dentre outras:

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

I - definir os serviços prioritários para execução no regime de parceria público-privada;


II - aprovar projetos de parceria público-privadas, observadas as condições estabelecidas
nesta Lei;
III - recomendar ao Prefeito de Manaus a inclusão no PPP/Manaus de projeto aprovado, na
forma desta Lei e do Regimento do Fundo Municipal Garantidor dos Projetos de Parcerias
Públicas-Privadas Fungep;
IV - autorizar abertura de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade, e aprovar seu edital;
Estão corretos os itens:
a) I e II, apenas;
b) I, II e III, apenas;
c) I e III, apenas;
d) I, II, III, IV.
Comentário: o art. 6º prevê as competências do Comitê Gestor. As quatro afirmativas acima estão
corretas e representam os quatro primeiros incisos do artigo. Vamos relembrar as demais
competências desse órgão?
Art. 6¼ Fica criado o Comit• Gestor do Programa - PPP/Manaus, —rg‹o superior de car‡ter
normativo e deliberativo, vinculado diretamente ao Secret‡rio Municipal de Finan•as,
Planejamento e Tecnologia da Informa•‹o - SEMEF, com compet•ncia para: (Reda•‹o dada pela
Lei n¼ 1597/2011)
I - definir os servi•os priorit‡rios para execu•‹o no regime de parceria pœblico-privada;
II - aprovar projetos de parceria pœblico-privadas, observadas as condi•›es estabelecidas nesta
Lei;
III - recomendar ao Prefeito de Manaus a inclus‹o no PPP/Manaus de projeto aprovado, na forma
desta Lei e do Regimento do Fundo Municipal Garantidor dos Projetos de Parcerias Pœblicas-
Privadas Fungep;
IV - autorizar abertura de licita•‹o, sua dispensa ou inexigibilidade, e aprovar seu edital;
V - fiscalizar a execu•‹o das parcerias pœblico-privadas;
VI - apreciar os relat—rios de execu•‹o dos contratos, opinando sobre qualquer caso de altera•‹o,
revis‹o, rescis‹o, prorroga•‹o ou renova•‹o;
VII - fixar diretrizes para a atua•‹o dos representantes do Munic’pio;
VIII - fazer publicar no Di‡rio Oficial do Munic’pio, as atas de suas reuni›es.
IX - deliberar sobre pol’tica tarif‡ria, reajustes, conceitos, metodologias, equil’brio econ™mico-
financeiro dos contratos e casos omissos pr—prios dos contratos vinculados ao Programa
PPP/Manaus.
X - gerir ou, a seu rogo, indicar o gestor e administrador do Fundo Municipal Garantidor dos
Projetos de Parcerias Pœblico-Privadas Ð Fungep.

Portanto, nosso gabarito é a alternativa D.


Gabarito: alternativa D.

31. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

O Comitê Gestor é formado por Secretários de diversas áreas, pelo Procurador Geral do
Município e por até _________ membros de livre escolha do Prefeito de Manaus. Assinale a
alternativa que completa a previsão legal:
a) até 2 (dois) membros;
b) até 3 (três) membros;
c) até 4 (quatro) membros;
d) até 5 (cinco) membros.
Comentário: na forma do art. 6º, § 2º, o Comitê Gestor será formado pelos seguintes membros ou
substitutos por eles indicados: [...] VII - até 3 (três) membros de livre escolha do Prefeito de
Manaus.
Gabarito: alternativa B.

32. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


São fases do processo de deliberação do processo administrativo deliberativo necessário aos
projetos de PPP:
a) somente a análise da viabilidade do projeto e envio ao setor competente;
b) uma consulta pública, para posterior aprovação;
c) livre deliberação da Administração;
d) análise da viabilidade do projeto; consulta pública; deliberação.
Comentário: os projetos de Parcerias Público-Privadas, sem prejuízo de matéria a ser
regulamentada, deverão ser aprovados mediante processo administrativo deliberativo prévio,
perante o Comitê Gestor do Programa PPP/Manaus, que compreenderá as seguintes fases (art.
7º):
I - an‡lise da viabilidade do projeto;
II - consulta pœblica;
III - delibera•‹o.

Correta a alternativa D, portanto.


Gabarito: alternativa D.

33. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


A modalidade licitatória a ser observada das PPP, quando esta não for dispensada ou
declarada inexigível, é:
a) de livre escolha do administrador;
b) preferencialmente concorrência;
c) obrigatoriamente concorrência;
d) tomada de preços ou concorrência.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

Comentário: a licitação para os contratos de PPP/Manaus, quando não dispensada ou declarada


inexigível, será obrigatoriamente pela modalidade concorrência, com prazo mínimo de 45 dias
para oferecimento de proposta, contados do edital de convocação de todos os eventuais
interessados (art. 14).
Gabarito: alternativa C.

34. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


A remuneração do concessionário poderá ser feita utilizando-se de forma isolada ou
combinada as seguintes alternativas, dentre outras:
a) tarifas e taxas cobradas dos usuários;
b) tarifas cobradas dos usuários e pagamento com recursos orçamentários;
c) cessão de quaisquer créditos do Município;
d) transferência somente de bens móveis.
Comentário:
a) a remuneração pode ser feita por tarifas, mas não taxas (inciso I) – ERRADA;
b) essas são duas formas de remuneração previstas, respectivamente, nos incisos I e II do art. 20 –
CORRETA;
c) a cessão pode ser feita, mas são excetuados os relativos a impostos, e das entidades da
Administração Municipal (inciso III) – ERRADA;
d) a transferência pode ser tanto de bens móveis quanto de imóveis (inciso V) – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

Concluímos por hoje. Em nossa próxima aula, vamos falar sobre o controle da Administração
Pública.
Espero por vocês!
Bons estudos.
HERBERT ALMEIDA.
http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/

@profherbertalmeida

/profherbertalmeida

/profherbertalmeida

5 QUESTÕES COMENTADAS NA AULA


1. (FCC – Analista/DPE-RS/2017)

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

Considere que os municípios de uma região metropolitana pretendam uniformizar e alinhar


os serviços de abastecimento de água em seus territórios, de forma a possibilitar que
eventuais deficiências estruturais em uma localidade sejam compensadas pelas facilidades
existentes em outra, garantindo assim a qualidade e continuidade da prestação do serviço,
pelo menor custo possível para a população atendida. Como forma de implementação da
política desses municípios, está a
a) celebração de um convênio administrativo, por meio do qual os entes estabelecerão
direitos e obrigações recíprocos, com desenho dos custos, desembolsos e remunerações a
que farão jus, assim como a divisão de área em que cada ente prestará o serviço,
desconsiderando-se os limites territoriais originais.
b) constituição de um consórcio público, acordo de vontades firmado entre os entes públicos,
por meio do qual se estabelecem as obrigações e contrapartidas para cada um dos entes
públicos que o integra e as atribuições que cada qual deve desempenhar na execução da
prestação dos serviços comuns.
c) constituição de um consórcio público para prestação dos serviços públicos, sob a forma de
associação pública, com personalidade jurídica própria, de direito público, que passará a
integrar a Administração indireta de cada um dos entes que o instituíram, devidamente
autorizados por lei.
d) formação de uma empresa pública, constituída sob personalidade jurídica de direito
público, da qual participarão como acionistas, em igual proporção, todos os entes públicos
interessados na outorga da titularidade e da execução dos serviços públicos na região
metropolitana.
e) instituição de uma autarquia por todos os entes interessados na unificação dos serviços,
mediante autorizações legislativas próprias, para a qual poderá ser delegada a titularidade e a
execução do serviço público em questão, sem prejuízo daquela pessoa jurídica poder ser
contratada por outros municípios para a mesma finalidade.
2. (FCC – Analista/PGE-MT/2016)
Município mato-grossense pretende celebrar ajuste com o Estado do Mato Grosso, por meio
do qual lhe transfira os encargos de regulação e prestação dos serviços públicos municipais
de coleta e destinação final ambientalmente adequada de resíduos sólidos urbanos, sem
qualquer criação de pessoa jurídica para tal fim. Para tanto, os instrumentos jurídicos
adequados são o
a) termo de fomento e o termo de colaboração, tal como disciplinados pela Lei nº
13.019/2014.
b) convênio de cooperação e o contrato de programa, tal como disciplinados pela Lei nº
11.107/2005, e pela legislação específica sobre os serviços públicos em questão.
c) consórcio público de direito público e o contrato de programa, tal como disciplinados pela
Lei nº 11.107/2005, e pela legislação específica sobre os serviços públicos em questão.
d) convênio administrativo e o contrato de repasse, tal como disciplinados pela Lei nº
8.666/1993, e pelo Decreto nº 6.170/2007.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

e) contrato de empreitada de obra pública e o contrato de prestação de serviços, tal como


disciplinados pela Lei nº 8.666/1993.
3. (FCC – Direito/AL-MS/2016)
Considere:
I. Poder de promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de
utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público.
II. Possibilidade de ser contratado pela Administração direta ou indireta dos entes da
Federação consorciados, com dispensa de licitação.
III. Limites mais elevados para fins de escolha da modalidade de licitação.
IV. Poder de dispensar a licitação na celebração de contrato de programa com ente da
Federação ou com entidade de sua Administração indireta, para a prestação de serviços
públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou
em convênio de cooperação. São privilégios dos consórcios públicos o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e IV, apenas.
4. (FCC – Analista/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
Município da capital de determinado Estado-membro da federação e outros dois Municípios
que lhe são limítrofes pretendem promover a destinação final ambientalmente adequada de
resíduos sólidos urbanos produzidos em seus territórios. Para tanto, cogitam contratar a
construção e operação de um único aterro sanitário, que sirva, simultaneamente, à
destinação final de resíduos produzidos em cada uma das três localidades, pelo prazo
estimado de até vinte anos. Solução juridicamente possível para que realizem tal pretensão,
de mútuo interesse, envolve a
a) realização de licitação pública pelo Município da capital, para contratação da construção e
operação do aterro sanitário intermunicipal, impondo-se aos dois últimos, no instrumento
convocatório do certame, a obrigação de também destinarem os resíduos sólidos produzidos
em seus territórios ao aterro sanitário licitado, para fins de promoção de economia de escala.
b) constituição de associação pública entre os Municípios, na forma da Lei no 11.107, de 6 de
abril de 2005, mediante protocolo de intenções ratificado por lei de cada um dos Municípios
consorciados, seguida da celebração de contrato de rateio de despesas entre os Municípios
consorciados e, ainda, da celebração de contrato de programa entre a associação pública e a
empresa estatal municipal de saneamento básico de um dos Municípios consorciados,
ficando esta empresa responsável pela construção e operação do aterro sanitário.
c) celebração de contratos de programa entre cada um dos Municípios e empresa do setor
privado, não estatal, de saneamento básico, necessariamente precedidos de licitação pública,

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

pelos quais seja delegada a esta empresa a construção e operação do aterro sanitário
intermunicipal.
d) constituição de associação pública entre os Municípios, na forma da Lei no 11.107, de 06
de abril de 2005, convidando-se a integrar tal associação, também, empresa do setor privado,
não estatal, de notória especialização no setor de saneamento básico, ficando esta empresa
responsável pela construção e operação do aterro sanitário intermunicipal.
e) realização de licitação pública pelo Município da capital, pela qual seja selecionada
empresa do setor privado, não estatal, para a construção e operação do aterro sanitário
intermunicipal, de tal modo que a esse resultado manifestem sua adesão os outros dois
Municípios, gerando a celebração de distintos contratos de concessão entre cada Município e
a empresa.
5. (FCC – Analista/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
Três Municípios do Estado do Piauí celebraram entre si importante consórcio público e,
posteriormente, entregaram recursos ao mencionado consórcio mediante contrato de rateio.
Nos termos da Lei no 11.107/2005,
a) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem prévia dotação orçamentária
caracteriza ato de improbidade administrativa na modalidade “ato que importa
enriquecimento ilícito”.
b) os entes consorciados, apenas isoladamente, podem exigir o cumprimento das obrigações
previstas no contrato de rateio.
c) é vedada a aplicação de recursos entregues por meio de contrato de rateio para o
atendimento de despesas genéricas, exceto para operações de crédito.
d) os entes consorciados poderão entregar recursos ao consórcio público mediante outros
meios, distintos do contrato de rateio, como, por exemplo, o denominado protocolo de
intenções.
e) os recursos destinados ao consórcio público devem ser devidamente previstos na lei
orçamentária de cada consorciado ou em seus créditos adicionais, sob pena de exclusão do
consórcio, após prévia suspensão.
6. (FCC – Procurador/PGE-MT/2016)
A Administração Pública adota várias modalidades de ajustes administrativos para poder
executar suas tarefas. Nesse sentido, segundo a legislação vigente,
a) o contrato de parceria público-privada não é compatível com a cobrança de tarifas dos
usuários do serviço público, sendo suportado exclusivamente pela contrapartida do parceiro
público.
b) é denominado contrato de gestão o ajuste celebrado com as organizações da sociedade
civil de interesse público, visando à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) o regime de empreitada integral, também denominado de turn key, não é admissível,


conforme entendimento do Tribunal de Contas da União, por impedir o adequado controle
do dispêndio de recursos públicos.
d) o chamado contrato de programa é o contrato administrativo em que a Administração
defere a terceiro a incumbência de orientar e superintender a execução de obra ou serviço,
mediante pagamento de importância proporcional ao seu custo total.
e) é denominado contrato de rateio o ajuste celebrado, em cada exercício financeiro, entre
entes participantes de consórcio público, para fins de alocação de recursos necessários ao
desempenho das atividades do consórcio.
7. (FCC – Auditor/TCE-AM/2015)
Os entes federados relacionam-se entre si de variadas maneiras. É comum a
instrumentalização de Protocolos de Intenção, convênios, contratos, convênios de
cooperação e de consórcios públicos. A disciplina deste último, por meio da Lei n°
11.107/2005, permitiu avanços nesse modelo de atuação integrada, pois os consórcios
públicos
a) tal como os convênios de cooperação, têm personalidade jurídica, mas passaram a lhes
serem outorgadas competências dos entes federativos, além de serem dotados de poderes
mais amplos, como para desapropriação de bens.
b) substituíram os protocolos de intenção e os convênios, na medida em que passaram a ser
instrumentos mais dinâmicos e eficazes para a viabilização de repasses de recursos entre os
entes federativos, porque não se submetem a prévias dotações orçamentárias ou
suplementares, possuindo controle autônomo dos contratos de rateio.
c) são constituídos sob a forma de associação, com personalidade jurídica própria, a qual,
portanto, é permitida a delegação de competências dos entes federativos que o compõem,
com outorga de poderes para prestação de serviços públicos, inclusive expropriatórios e para
cobrança de tarifas, além de celebrar contratos e ser contratado com dispensa de licitação.
d) concentram as atividades de prestação, gestão, fiscalização e regulação de serviços
públicos numa só figura jurídica, devidamente autorizado pelos entes consorciados,
possibilitando ganho de eficiência e agilidade, porque, especialmente, foi afastado o controle
externo de sua atuação, embora remanesça a competência do Judiciário para apreciação de
seus atos.
e) substituíram os contratos de gestão firmados com organizações sociais e organizações da
sociedade civil de interesse público, porque, assim como essas pessoas jurídicas, possuem
natureza jurídica de direito público, não estão sujeitos a lei de licitações e não integram a
Administração pública indireta, mas podem receber poderes e competências dos entes
federativos.
8. (FCC – Juiz de Direito/TJ-SC/2015)
Um consórcio público de direito público poderá expedir declaração de utilidade ou
necessidade pública para fim de desapropriação PORQUE a pessoa jurídica em que consiste o

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

consórcio público de direito público integra a administração indireta dos entes federativos
consorciados. Analisando as duas asserções acima, é correto afirmar que
a) a primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda asserção é uma proposição
falsa.
b) a primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira.
c) as duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da
primeira.
d) as duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta
da primeira.
e) as duas asserções são proposições falsas.
9. (FCC – Técnico de Administração/TCE-CE/2015-adaptada)
Quanto aos Consórcios Públicos, a Lei no 11.107/2005 preceitua:
a) Todo consórcio, de direito público ou de direito privado, pode ser contratado diretamente,
com dispensa de licitação, pela Administração direta ou indireta dos entes consorciados.
b) A formação de consórcio público exige a ratificação, pelos entes federativos consorciados,
do protocolo de intenções, não se fazendo possível, nos termos da lei, o consorciamento
parcial ou condicional do ente federativo, mesmo que aceito pelos demais subscritores do
protocolo de intenções.
c) O consórcio de direito público, instituído na forma de associação pública, integra a
administração direta de todos os entes da federação associados.
d) Os consórcios de direito público podem ser contratados diretamente, com dispensa de
licitação, pela Administração direta ou indireta dos entes consorciados, o que não se aplica
aos consórcios de direito privado, que, em regra, devem ser contratados pelos entes
consorciados por meio de procedimento licitatório.
10. (FCC – Auditor/TCE-CE/2015)
A disciplina legal dos consórcios públicos, alicerçada na Lei no 11.107/2005, estabelece a
a) aplicação do referido regime jurídico, em caráter subsidiário, aos consórcios de empresas
privadas que participam de licitações públicas.
b) obrigatoriedade de lei autorizando o contrato de consórcio, a qual poderá ser dispensada
quando existente prévio protocolo de intenções.
c) possibilidade de contratação direta do consórcio, com dispensa de licitação, por entidades
da Administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados.
d) obrigatoriedade de participação do Estado membro, como ente consorciado, quando
participem do consórcio público três municípios ou mais.
e) obrigatoriedade de participação da União, como interveniente, quando participem do
consórcio mais de um Estado membro.
11. (FCC – Contador/Prefeitura de Teresina-PI/2016)

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

Nos termos da Lei n⁰ 11.079/2004, constitui diretriz a ser seguida na conformação dos ajustes
de Parceria Público-Privada−PPP a
a) repartição objetiva de riscos entre as partes.
b) assunção dos riscos exclusivamente pelo parceiro privado, porque explora o negócio por
sua conta e risco.
c) vedação de remuneração atrelada ao desempenho do parceiro privado.
d) disponibilização, pelo parceiro privado, de garantias às contraprestações devidas pelo
parceiro público.
e) delegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e
de outras atividades exclusivas, mas não privativas do Estado.
12. (FCC – Analista/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
As concessões de serviço público regidas pela Lei no 8.987/1995, chamadas concessões
comuns, e as parcerias público-privadas, sob as modalidades de concessão administrativa e
concessão patrocinada, regidas pela Lei no 11.079/2004 são formas de delegação de serviços
públicos para a iniciativa privada. Há semelhanças e distinções entre elas, como a
a) possibilidade de cobrança de tarifa do usuário pela utilização do serviço público, tanto na
concessão comum, como nas modalidades de parceria público-privada.
b) possibilidade do poder público aportar recursos na obra, para aquisição de bens
reversíveis, nas parcerias público-privadas, o que não encontra previsão legal nas concessões
comuns.
c) possibilidade do parceiro privado, na concessão patrocinada e na concessão administrativa,
efetuar desapropriações, o que não está autorizado ao concessionário na concessão comum,
cabendo ao poder público o fornecimento das áreas.
d) transferência da titularidade do serviço público para os concessionários, que continua a ser
prestado, contudo, sob regime de direito público, com todas as prerrogativas a ele inerentes.
e) previsão de reequilíbrio econômico-financeiro feito exclusivamente por meio da tarifa nas
concessões comuns, enquanto que nas parcerias público-privadas também pode ser
implementado por meio de indenização e majoração das contraprestações.
13. (FCC – Direito/AL-MS/2016)
Em determinada licitação, promovida pelo Estado de Mato Grosso do Sul, para a contratação
de parceria público-privada, o edital definiu a forma de apresentação das propostas
econômicas, admitindo propostas escritas, seguidas de lances em viva voz. A propósito do
tema e nos termos da Lei n°11.079/2004,
a) os lances em viva voz serão sempre oferecidos na ordem inversa da classificação das
propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar a quantidade de lances.
b) o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta
escrita for no mínimo 20% maior que o valor da melhor proposta.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) os lances em viva voz podem ser oferecidos na ordem inversa da classificação das
propostas escritas, cabendo ao edital limitar a quantidade de lances.
d) o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta
escrita for no máximo 30% maior que o valor da melhor proposta.
e) o edital não poderá restringir a apresentação de lances em viva voz a qualquer licitante,
independentemente do valor de sua proposta escrita.
14. (FCC – Analista de Orçamento/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
A Prefeitura de Teresina, hipoteticamente, celebrou contrato de parceria público-privada
para o gerenciamento de resíduos sólidos e do aterro sanitário do Município. Nos termos da
Lei nº 11.079/2004, antes da celebração do contrato, foi constituída sociedade de propósito
específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Admite-se, desde que
preenchidos os requisitos legais, a administração temporária da sociedade de propósito
específico, pelos financiadores e garantidores. Referida administração temporária, autorizada
pelo poder concedente,
a) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder
concedente ou empregados.
b) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder
concedente ou empregados.
c) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
d) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
e) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores somente em relação aos
compromissos com terceiros, cabendo ao poder concedente disciplinar sobre o prazo da
administração temporária.
15. (FCC – Auditor Fiscal/Prefeitura de Teresina-PI/2016 – adaptada)
Suponha que o Município de Teresina, no exercício de sua competência para organizar e
prestar serviços de iluminação pública, pretenda delegar a sua exploração à iniciativa privada.
Para tanto, a Prefeitura Municipal estuda a viabilidade jurídica de sua delegação nos termos
da Lei no 11.079, de 30 de dezembro de 2004, que “institui normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da Administração pública”. É
característica relevante do regime das parcerias público-privadas estabelecido na referida Lei,
a ser considerada no estudo municipal de viabilidade, entre outras, a
a) vedação à celebração de contrato de parceria público-privada cujo valor seja inferior a R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais), cujo período de prestação do serviço seja inferior a

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

cinco anos, ou que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento
e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
b) mitigação da responsabilidade fiscal na sua execução e celebração, sendo permitido, sem
maiores consequências, um elevado grau de comprometimento da receita corrente líquida
do Município com o cumprimento das obrigações derivadas de parcerias contratadas.
c) contratação mediante licitação na modalidade de concorrência, porém com algumas
peculiaridades, como a obrigatoriedade da inversão da ordem das fases da habilitação e
julgamento.
d) obrigatoriedade de vinculação de receitas municipais à finalidade de garantia das
obrigações pecuniárias contratadas pela Administração Pública Municipal.
e) ausência de contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
16. (FCC – Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015-Adaptada)
O Município X pretende construir um grande ginásio poliesportivo para sediar as olimpíadas.
Entretanto, não possui recursos para custear a totalidade da obra e nem know-how para gerir
adequadamente o ginásio. A forma de contratação que deverá ser utilizada para concretizar o
projeto municipal é
a) a Parceria Público-Privada − PPP.
b) o Regime Diferenciado de Contratação − RDC.
c) a Permissão de serviço público.
d) a Contratação integrada.
17. (FCC – Analista Judiciário/TRT-3ª Região (MG)/2015)
Até a edição da Lei no 11.079/2004, a maior parte das delegações de serviço público eram
feitas por meio das concessões regidas pela Lei no 8.987/1995. Dentre as vantagens ou
desvantagens que predicam os dois modelos de delegação de serviço público,
a) a concessão de serviço público regida pela Lei no 8.987/1995 permite que o poder
concedente seja o captador do financiamento para os investimentos necessários, quando há
prévia realização de obra pública, acrescendo ao objeto do contrato uma espécie de
parcelamento, acrescido de taxa de remuneração, que a concessionária deve acrescer aos
pagamentos que faz ao poder concedente.
b) a possibilidade de, por meio de uma concessão administrativa, transferir ao setor privado,
mediante contraprestação do parceiro público e sem prejuízo de eventual aporte, a
realização de obras e a prestação de serviços que não sejam economicamente
autossuficientes, o que afastaria interesse em uma licitação para outorga de concessão nos
moldes anteriormente vigentes.
c) a possibilidade de, com a instituição das parcerias público-privadas, cessar a prática de
remuneração variável arraigada para as concessões anteriores, cujos critérios de avaliação de
desempenho se mostraram ineficientes e encareceram demasiadamente os custos do poder
concedente, especialmente nos casos em que os serviços eram prestados pelo regime de
gratuidade.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

d) na concessão patrocinada, cabe ao parceiro privado estabelecer o valor da tarifa na fase de


licitação, sendo vedado o estabelecimento de aportes de qualquer natureza pelo poder
concedente, o que o obriga a proceder a minucioso trabalho técnico para cálculo da taxa de
retorno interno.
e) em ambos os modelos o poder concedente é dispensado da elaboração de projeto básico,
mas no caso das concessões regidas pela Lei no 8.987/1995, a remuneração do privado é
integralmente custeada pela tarifa, enquanto nas parcerias público-privadas a tarifa foi
substituída pela contraprestação.
18. (FCC – Auditor/TCM-GO/2015)
Para implementação de projetos de infraestrutura o Município pode lançar mão de parcerias
com a iniciativa privada. O ordenamento jurídico pátrio estabelece diversos instrumentos
para tanto, dentre eles, os contratos de concessão disciplinados pela Lei n° 8.987/1995 e os
denominados contratos de parceria público-privada, disciplinados pela Lei n° 11.079/2004.
Quanto a estes instrumentos, é correto afirmar
a) Em razão da disciplina normativa incidente nos contratos de PPP, os parceiros privados
devem assumir, obrigatoriamente, o financiamento de todos os investimentos necessários à
implementação da infraestrutura, que são concentrados no início da execução dos contratos.
b) O aporte de recursos públicos na fase de investimento do projeto, a despeito de
juridicamente viável, não integra a equação econômico-financeira do ajuste, daí porque não é
considerado para efeito de eventual pleito de restabelecimento da equação originária.
c) É possível o contrato de PPP prever aporte de recursos públicos em favor do contratado,
tanto ao longo da denominada fase de investimento como após a disponibilização do serviço
em condições de fruição, desde que, no primeiro caso, se destinem à construção ou aquisição
de bens reversíveis, haja previsão no edital e guarde proporcionalidade com as etapas
efetivamente executadas.
d) Os aportes de recursos públicos em favor do parceiro privado são admissíveis, em
referidos contratos, após a disponibilização da obra, na denominada fase de investimento,
não se admitindo que recursos públicos, de qualquer espécie, sejam disponibilizados ao
parceiro privado na fase de implementação da infraestrutura.
e) É legítimo que aportes de recursos públicos, de qualquer espécie, sejam integrados na
remuneração do parceiro privado ao longo do desenvolvimento do contrato de PPP, em
qualquer de suas fases, tendo o parceiro privado, nestes casos, dada a natureza do ajuste,
ampla liberdade para decidir onde e como empregá-los.
19. (FCC – Auditor de Controle Externo/TCM-GO/2015 – adaptada)
Determinado Município comprometeu-se a ampliar a oferta de vagas em creches à
população, necessitando construir novas unidade e dotá-las dos serviços necessários.
Pretende utilizar, como modalidade contratual para a consecução de tal objeto, a parceria
público-privada - PPP, disciplinada pela Lei federal no 11.079/2004. Tal pretensão, do ponto
de vista jurídico, se afigura

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

a) viável, desde que o valor da contraprestação pública não supere R$ 10.000.000,00 e seja
obtida autorização legislativa específica.
b) inviável, eis que a PPP pressupõe a cobrança de tarifa do usuário, complementada por
contraprestação pecuniária a cargo da Administração contratante.
c) viável, se o prazo do contrato for superior a 5 e inferior a 35 anos, e no valor mínimo R$
10.000.000,00, adotando-se a modalidade concessão administrativa.
d) viável, desde que adotada a modalidade concessão patrocinada e obtida autorização
legislativa específica para aporte de recursos públicos.
e) inviável, por envolver prestação de serviço precedida de obra pública, podendo, todavia,
ser desmembrada a contratação de forma que a PPP envolva apenas a obra.
20. (FCC – Juiz Substituto/TJ-PI/2015)
A Lei Federal n° 11.079/2004 instituiu o regime das Parcerias Público-Privadas. A propósito,
considere as seguintes afirmações:
I. Parceria Público-Privada é o contrato administrativo de concessão na modalidade
patrocinada ou administrativa.
II. Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a Lei n° 8.987/1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
III. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
Está correto o que consta em
a) I, apenas.
b) I, II e III.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) II e III, apenas.
21. (FCC - DP SP/DPE-SP/2012)
Nos termos da legislação em vigor sobre as parcerias público-privadas, a modalidade de
concessão de serviços públicos ou obras públicas, que envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, é
denominada concessão
a) comum.
b) administrativa.
c) ordinária.
d) tradicional.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

e) patrocinada.
22. (FCC - Aud/TCE-SP/2008)
Nas licitações para a contratação de parceria público-privada sob a modalidade de concessão
patrocinada, NÃO é possível a adoção de critério de julgamento consistente na
a) menor tarifa a ser cobrada do usuário pelo parceiro privado.
b) menor contraprestação a ser paga pelo poder público.
c) maior oferta a ser paga pelo parceiro privado a título de outorga, caso em que não se
aplica a futura contraprestação a ser paga pelo poder público.
d) melhor proposta, combinando-se a melhor técnica com a menor tarifa a ser cobrada do
usuário pelo parceiro privado.
e) melhor proposta, combinando-se a melhor técnica com a menor contraprestação a ser
paga pelo poder público.
23. (FCC - DP MT/DPE-MT/2009 – adaptada)
Considere as seguintes assertivas, completando a frase inicial:
“É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I. cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)”.
II. cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos”.
III. que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.”

Nos termos da Lei nº 11.079/04, é correto o que se afirma em


a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
24. (FCC - AFRE RJ/SEFAZ-RJ/2014)
A Administração celebrou contrato pelo qual ela própria é usuária direta de um serviço. Esse
contrato, com valor de R$ 30 milhões, prevê prazo de prestação de serviços de 8 anos. O
serviço em questão consiste em fornecimento de mão de obra, não havendo nenhum
aspecto de execução de obra. Nos termos da Lei no 11.079/2004, que trata das parcerias
público-privadas, esse contrato
a) é enquadrado como concessão administrativa.
b) é enquadrado como concessão patrocinada.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

c) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois tem por objeto
exclusivamente fornecimento de mão de obra.
d) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois não inclui nenhum aspecto
de execução de obra.
e) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pela conjugação dos elementos
prazo e valor.
25. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
Conforme estabelece a Lei Complementar nº 1.333/2009, suas disposições alcançam:
a) somente os órgãos da Administração Indireta;
b) aos órgãos da Administração direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações
públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades
controladas direta ou indiretamente pelo Município.
c) apenas às autarquias e fundações municipais.
d) somente às empresas estatais.
26. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
São diretrizes do Programa de Parceria Público-privada, dentre outras:
a) eficiência na implementação de políticas públicas e na aplicação dos recursos públicos;
b) ausência de transparência.
c) qualidade, mas sem continuidade, dos serviços ofertados;
d) responsabilidade penal.
27. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
Podem ser objeto de concessão à gestão privada todas as atividades e serviços de interesse
local e de competência comum da Administração Pública Municipal, desde que dela
privativos e que não sejam normativamente definidos como indelegáveis, EXCETO:
a) a prestação de serviços públicos;
b) construção, a ampliação, a manutenção, a reforma e a gestão de instalações de uso
público em geral, assim como de terminais municipais e de vias públicas, incluídas as
recebidas em delegação da União;
c) a exploração de atividade econômica;
d) a exploração de bem público.
28. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
O art. 4º da Lei 1.333/09 traz o conceito legal de Parceria público-privada. Assinale a
alternativa que descreve corretamente esse conceito:
a) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legislação federal correlata,
inclusive no que diz respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

contratação e participação tarifária, celebrado entre órgãos da Administração Pública direta,


apenas.
b) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legislação federal correlata,
inclusive no que diz respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e
contratação e participação tarifária, celebrado entre entidades da Administração Pública
indireta, apenas.
c) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada, na forma estabelecida por legislação federal correlata, inclusive no que diz
respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e contratação e
participação tarifária, celebrado entre a Administração Pública direta e indireta.
d) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legislação federal correlata,
inclusive no que diz respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e
contratação e participação tarifária, celebrado entre a Administração Pública direta e
indireta;
29. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
O período para contratação das concessões especiais previstas nesta lei não poderá ser:
a) inferior a cinco anos nem superior a 35 anos;
b) inferior a dez anos nem superior a 35 anos;
c) inferior a cinco nem superior a 25 anos;
d) inferior quinze nem superior a 35 anos.
30. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
São atribuições do Comitê Gestor do Programa - PPP/Manaus, dentre outras:
I - definir os serviços prioritários para execução no regime de parceria público-privada;
II - aprovar projetos de parceria público-privadas, observadas as condições estabelecidas
nesta Lei;
III - recomendar ao Prefeito de Manaus a inclusão no PPP/Manaus de projeto aprovado, na
forma desta Lei e do Regimento do Fundo Municipal Garantidor dos Projetos de Parcerias
Públicas-Privadas Fungep;
IV - autorizar abertura de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade, e aprovar seu edital;
Estão corretos os itens:
a) I e II, apenas;
b) I, II e III, apenas;
c) I e III, apenas;
d) I, II, III, IV.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

31. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)


O Comitê Gestor é formado por Secretários de diversas áreas, pelo Procurador Geral do
Município e por até _________ membros de livre escolha do Prefeito de Manaus. Assinale a
alternativa que completa a previsão legal:
a) até 2 (dois) membros;
b) até 3 (três) membros;
c) até 4 (quatro) membros;
d) até 5 (cinco) membros.
32. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
São fases do processo de deliberação do processo administrativo deliberativo necessário aos
projetos de PPP:
a) somente a análise da viabilidade do projeto e envio ao setor competente;
b) uma consulta pública, para posterior aprovação;
c) livre deliberação da Administração;
d) análise da viabilidade do projeto; consulta pública; deliberação.
33. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
A modalidade licitatória a ser observada das PPP, quando esta não for dispensada ou
declarada inexigível, é:
a) de livre escolha do administrador;
b) preferencialmente concorrência;
c) obrigatoriamente concorrência;
d) tomada de preços ou concorrência.
34. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
A remuneração do concessionário poderá ser feita utilizando-se de forma isolada ou
combinada as seguintes alternativas, dentre outras:
a) tarifas e taxas cobradas dos usuários;
b) tarifas cobradas dos usuários e pagamento com recursos orçamentários;
c) cessão de quaisquer créditos do Município;
d) transferência somente de bens móveis.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
Aula 11
8

MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.

Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital


www.estrategiaconcursos.com.br

Você também pode gostar