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Aula 11
Olá pessoal,
Nesta aula, vamos estudar o seguinte item do edital: “Parcerias público-privadas. Lei no
11.079/2004. Lei Municipal 1.333/2009. Consórcios públicos. Lei no 11.107/2005.”.
Vamos à aula! Aproveitem e bons estudos!
1 CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Os consórcios públicos foram incluídos na Constituição Federal pela Emenda Constitucional
19/1998, que estabeleceu uma redação totalmente nova ao art. 241, nos seguintes termos:
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios
públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços
públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos.
A partir desse dispositivo, foi editada a Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas
gerais de contratação de consórcios públicos. Trata-se de lei de normas gerais, aplicável, portanto,
à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios.
De acordo com o art. 2º, I, do Decreto 6.017, de 17 de janeiro de 2007, o consórcio público é a:
[...] pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005,
para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum,
constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou
como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos;
Desse conceito, é possível perceber que os consórcios públicos podem ter finalidades diferentes da
gestão associada de serviços públicos. Com efeito, eles podem ser criados para o estabelecimento
de quaisquer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse
comum.
Nesse contexto, um bom exemplo de consórcio público é a Autoridade Pública Olímpica – APO,
cujo protocolo de intenções foi firmado entre a União, o estado do Rio de Janeiro e o município do
Rio de Janeiro para preparação e realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 20161.
Percebe-se que, nesse caso, o objeto do consórcio não é a gestão associada de serviços públicos,
mas sim estabelecer a cooperação entre entes da Federação para preparar e realizar os Jogos
Olímpicos.
Os consórcios são formados pela associação de diversos entes da Federação (União, estados,
Distrito Federal e municípios), sejam eles de mesma espécie ou não. No entanto, a União somente
participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos
territórios estejam situados os municípios consorciados (art. 1º, §2º). Também não se admite que
um estado firme um consórcio com município localizado entre outro estado (motivo pelo qual
foram vedados os incisos III e V do art. 4º da Lei 11.107/2005), mas admite-se a celebração de um
consórcio entre o Distrito Federal e municípios (art. 4º, IV).
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Lei 12.396/2011, que “ratifica o Protocolo de Intenções firmado entre a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município do
Rio de Janeiro, com a finalidade de constituir consórcio público, denominado Autoridade Pública Olímpica – APO”.
2 PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
As parcerias público-privadas são contratos de concessão de serviços públicos firmados como
forma de cooperação entre o Estado e o setor privado com o objetivo de atrair os particulares para
realizarem grandes investimentos em infraestrutura, necessários ao desenvolvimento do país, mas
que excedem a capacidade financeira do Poder Público.
Nesse contexto, a parceria permite que as empresas investidoras tenham maiores chances de
obter o retorno sobre o seu investimento, uma vez que o Poder Público se encarregará de custear
parte ou todo o valor a ser recebido pelo investidor.
As parcerias público-privadas – PPP foram disciplinadas pela Lei 11.079/2004, que estabelece
normas gerais, de caráter nacional, para licitação e contratação de parceria público-privada. A Lei
foi editada com base no art. 22, XXVII4, da Constituição da República, aplicando-se, portanto, no
âmbito dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Com efeito, as
regras da lei obrigam os órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo e
Legislativo, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as
sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela
União, estados, Distrito Federal e municípios (Lei 11.079/2004, art. 1º, caput e parágrafo único).
Todavia, vale mencionar que nem todas as regras da Lei 11.079/2004 são normas gerais, uma vez
que os artigos 14 a 22 (Capítulo VI) são aplicáveis unicamente à União.
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Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do
art. 173, § 1°, III;
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Art. 5º. [...] § 2o Os contratos poderão prever adicionalmente:
I – os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a transferência do controle da sociedade de propósito
específico para os seus financiadores, com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da
prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de
13 de fevereiro de 1995;
Por fim, uma importante diferença nas licitações para contratação de PPP, em relação às regras
previstas para os contratos administrativos previstos na Lei 8.666/1993, é que, nas PPP, permite-se
a participação na licitação ou na execução da obra ou serviço dos autores ou responsáveis
economicamente pela elaboração dos projetos básico ou executivo (Lei 11.079/2004, art. 3º,
caput6; c/c Lei 9.074/1995, art. 317).
3 LEI Nº 1.333/2009
Vamos começar a abordar a Lei 1.333/2009, que disciplina as parcerias público-privadas no âmbito
do município de Manaus. Conforme vimos anteriormente, a Lei 11.079/2004 estabeleceu normas
gerais de licitações e contratações no âmbito das PPPs. Consequentemente, os estados, DF e
municípios têm competência para dispor sobre normas específicas sobre este tema. É aqui que
entra a Lei 1.333/2009. Algumas disposições que serão analisadas nesta parte da aula já foram
estudadas no capítulo anterior. Porém, optamos por “duplicar o assunto”, ainda que alguns
trechos fiquem repetidos.
Além disso, não teremos muita explicação e contextualização ao longo da aula, uma vez que, por
ser uma norma municipal, a cobrança costuma ser literal. Por isso, optamos por uma aula mais
textual, mas ao final teremos questões inéditas, que ajudarão na fixação do conteúdo e também
na fixação do tema.
Vamos, então, ao conteúdo!
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Lei 11.074/2005: Art. 3o As concessões administrativas regem-se por esta Lei, aplicando-se-lhes adicionalmente o disposto nos
arts. 21, 23, 25 e 27 a 39 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e no art. 31 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995.
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Lei 9.074/1995: Art. 31. Nas licitações para concessão e permissão de serviços públicos ou uso de bem público, os autores ou
responsáveis economicamente pelos projetos básico ou executivo podem participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da
execução de obras ou serviços.
Par‡grafo ònico - O per’odo para contrata•‹o das concess›es especiais previstas nesta lei n‹o
poder‡ ser inferior a cinco anos nem superior a 35 anos.
d) respeito aos interesses e direitos dos usuários e dos agentes privados investidos na prestação
do serviço público;
e) sustentabilidade financeira e socioeconômica do projeto de parceria;
f) responsabilidade fiscal na contratação e execução das parcerias;
g) indisponibilidade das funções políticas, normativa, policial reguladora, controladora e
fiscalizadora do Município;
h) responsabilidade fiscal, social e ambiental;
i) remuneração do contrato vinculada ao seu desempenho.
A Lei considera como sendo atividades de interesse público mútuo aquelas inerentes às
atribuições da Administração Pública Municipal direta ou indireta, tais como, a gestão e prestação
dos serviços públicos, de obras públicas ou de bens públicos, em cuja efetivação existe interesse de
colaboração da iniciativa privada.
Alguns exemplos são os serviços públicos que já estamos acostumados, como a concessão de uma
rodovia (que pode ocorrer também de forma patrocinada), ou ainda a operacionalização de um
presídio (que poderia ocorrer, por exemplo, mediante concessão administrativa). Nas duas
atividades, podemos ter uma atividade de interesse mútuo, com a participação do poder público e
da iniciativa privada no investimento, implementação, execução e prestação do serviço.
Ademais, cabe à Administração planejar e definir os programas prioritários com vistas à
implantação, expansão, modernização, gestão ou exploração de bens, serviços, atividades,
infraestruturas, estabelecimentos ou empreendimentos públicos.
Por outro lado, cabe à Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Tecnologia da Informação
- SEMEF o acompanhamento e a avaliação da eficiência da parceria, valendo-se, para tanto, de
critérios objetivos previamente definidos.
Mas quais são as atividades e serviços que podem ser concedidos à gestão privada?
Segundo estabelece a lei (art. 3º), poderão ser objeto de concessão à gestão privada, todas as
atividades e serviços de interesse local e de competência comum da Administração Pública
Municipal, desde que dela privativos e que não sejam normativamente definidos como
indelegáveis, especialmente:
a) a prestação de serviços públicos;
b) a construção, a ampliação, a manutenção, a reforma e a gestão de instalações de uso público
em geral, assim como de terminais municipais e de vias públicas, incluídas as recebidas em
delegação da União;
c) a instalação, a manutenção e a gestão de bens e equipamentos integrantes de infraestrutura
destinada à utilização pública;
d) a implantação e a gestão de empreendimento público, incluída a administração de recursos
humanos, materiais e financeiros;
e) a exploração de bem público;
o) a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos
ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente
detectadas.
As informações e dados que fundamentam os estudos técnicos mencionados são de acesso
público. Contudo, o proponente privado poderá requerer que seja feito sigilo sobre documentação
ou dados contidos em sua proposta (art. 8º, §3º). Esse sigilo, por sua vez, não se aplicará à
documentação e dados que sejam imprescindíveis à ampla compreensão do projeto na fase de
consulta pública.
Em todo caso, cabe ao Comitê Gestor do Programa PPP/Manaus, consideradas as variáveis
técnicas, econômicas e financeiras, sociais, políticas e ambientais do projeto, decidir sobre pedido
de sigilo do conteúdo das propostas de modo fundamentado (art. 9º).
Por fim, as previsões acima elencadas aplicam-se tanto no caso do proponente ser representante
de órgão, entidade ou agente da administração pública, como no caso de o proponente pertencer
à iniciativa privada.
Caso o Comitê Gestor do Programa PPP/Manaus entenda preliminarmente pela viabilidade do
projeto, este será submetido à audiência pública no prazo de trinta dias, com os dados que
permitam seu debate por todos os interessados.
Finda a consulta pública, o Comitê Gestor do Programa PPP/Manaus deliberará, por voto da
maioria absoluta de seus membros, sobre a aprovação do projeto. Essa constará de ata que será
publicada no Diário Oficial do Município, sem prejuízo da utilização de outros meios de divulgação.
A Lei 1.333/09 determina que as licitações nos contratos do Programa PPP/Manaus, serão regidas
pelas normas gerais nacionais que lhes são pertinentes, assim como pelas normas específicas da
legislação municipal.
Caso julguem conveniente, as entidades que compõem a Administração Pública Municipal poderão
proceder à pré-qualificação dos interessados.
A pré-qualificação é um procedimento previsto no artigo 114 da Lei de Licitações, que prevê que:
Art. 114. O sistema institu’do nesta Lei n‹o impede a prŽ-qualifica•‹o de licitantes nas
concorr•ncias, a ser procedida sempre que o objeto da licita•‹o recomende an‡lise mais detida
da qualifica•‹o tŽcnica dos interessados.
¤ 1¼ A ado•‹o do procedimento de prŽ-qualifica•‹o ser‡ feita mediante proposta da autoridade
competente, aprovada pela imediatamente superior.
¤ 2¼ Na prŽ-qualifica•‹o ser‹o observadas as exig•ncias desta Lei relativas ˆ concorr•ncia, ˆ
convoca•‹o dos interessados, ao procedimento e ˆ analise da documenta•‹o.
que a administração possa dedicar mais tempo para a avaliação da capacidade técnica dos
licitantes.
Além disso, entendendo ser conveniente à Administração Pública Municipal, o edital poderá fazer
a inversão das fases da licitação, julgando em primeiro lugar o preço, para só após a definição do
vencedor efetuar a fase da qualificação, na forma prevista no art. 12, da Lei 11.079/04.
Referido art. 12 diz o seguinte:
Art. 12. O certame para a contrata•‹o de parcerias pœblico-privadas obedecer‡ ao procedimento
previsto na legisla•‹o vigente sobre licita•›es e contratos administrativos e tambŽm ao seguinte:
I Ð o julgamento poder‡ ser precedido de etapa de qualifica•‹o de propostas tŽcnicas,
desclassificando-se os licitantes que n‹o alcan•arem a pontua•‹o m’nima, os quais n‹o
participar‹o das etapas seguintes;
II Ð o julgamento poder‡ adotar como critŽrios, alŽm dos previstos nos incisos I e V do art. 15 da
Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, os seguintes:
a) menor valor da contrapresta•‹o a ser paga pela Administra•‹o Pœblica;
b) melhor proposta em raz‹o da combina•‹o do critŽrio da al’nea a com o de melhor tŽcnica, de
acordo com os pesos estabelecidos no edital;
III Ð o edital definir‡ a forma de apresenta•‹o das propostas econ™micas, admitindo-se:
a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou
b) propostas escritas, seguidas de lances em viva voz;
IV Ð o edital poder‡ prever a possibilidade de saneamento de falhas, de complementa•‹o de
insufici•ncias ou ainda de corre•›es de car‡ter formal no curso do procedimento, desde que o
licitante possa satisfazer as exig•ncias dentro do prazo fixado no instrumento convocat—rio.
¤ 1¼ Na hip—tese da al’nea b do inciso III do caput deste artigo:
I - os lances em viva voz ser‹o sempre oferecidos na ordem inversa da classifica•‹o das
propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar a quantidade de lances;
II Ð o edital poder‡ restringir a apresenta•‹o de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta
escrita for no m‡ximo 20% (vinte por cento) maior que o valor da melhor proposta.
¤ 2¼ O exame de propostas tŽcnicas, para fins de qualifica•‹o ou julgamento, ser‡ feito por ato
motivado, com base em exig•ncias, par‰metros e indicadores de resultado pertinentes ao objeto,
definidos com clareza e objetividade no edital.
Continuando, a previsão legal é de que a licitação para os contratos de PPP/Manaus, quando não
dispensada ou declarada inexigível, será obrigatoriamente pela modalidade concorrência, com
prazo mínimo de 45 dias para oferecimento de proposta, contados do edital de convocação de
todos os eventuais interessados.
Vale lembrar que, a despeito da previsão legal, não existe, tecnicamente, dispensa de licitação para
concessão. A Constituição Federal é expressa ao determinar que as concessões e permissões
sempre serão precedidas de licitação. Por isso, o legislador não pode criar situações de dispensa.
No entanto, no caso de inviabilidade de competição, é possível que exista inexigibilidade. Mas isso
não é porque o legislador “criou” a situação, mas simplesmente por causa da inviabilidade. Vimos
essa situação na aula em que estudamos os serviços públicos.
a) Consulta pública: por meio dela, a Administração procura obter a opinião pública de
pessoas e entidades sobre determinado assunto discutido no processo, formalizando-se
as manifestações através de peças formais escritas, para oferecimento das quais deve
ser fixado prazo.
b) Audiência pública: é modalidade de consulta que se destina a obter manifestações
orais e provocar debates em sessão pública especificamente designada para o debate
acerca de determinada matéria.
A Lei criou o Fundo Municipal Garantidor dos Projetos de Parceria Público-Privada - Fungep -,
entidade contábil com personalidade jurídica, destinado a viabilizar e conferir sustentabilidade ao
Programa PPP/Manaus e a prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas
pelos parceiros públicos municipais, em virtude das parcerias de que trata a Lei.
O patrimônio do Fungep será composto pelas seguintes fontes de recursos, listados no art. 24:
Ademais, a lei determina que o órgão gestor do Fungep será o Comitê Gestor das Parcerias
Público-Privadas, ou entidade financeira por ele delegada, ao qual caberá, inclusive, a
representação judicial do mesmo (art. 25).
A garantia do Fungep será prestada nas seguintes modalidades (art. 27):
a) fiança, sem benefício de ordem para o fiador;
b) penhor de bens móveis ou de direitos integrantes do patrimônio do Fungep, sem
transferência da posse da coisa empenhada antes da execução da garantia;
c) hipoteca de bens imóveis do patrimônio do Fungep;
d) alienação fiduciária, permanecendo a posse direta dos bens com o Fungep ou com agente
fiduciário por ele contratado antes da execução da garantia;
e) outros contratos que produzam efeito de garantia, desde que não transfiram a titularidade
ou posse direta dos bens ao parceiro privado antes da execução da garantia;
f) garantia, real ou pessoal, vinculada a um patrimônio de afetação constituído em decorrência
da separação de bens e direitos pertencentes ao Fungep.
Por fim, o Fungep poderá prestar contragarantias a seguradoras, instituições financeiras e
organismos internacionais que garantirem o cumprimento das obrigações pecuniárias dos cotistas
em contratos de parceria público-privadas. Ademais, o Fungep é o responsável, com seus próprios
recursos, pela garantia das obrigações pecuniárias assumidas pelo Município, em face da
formulação de projetos de Parcerias Público-Privadas, respondendo por essas obrigações com os
bens e direitos integrantes de seu patrimônio.
Os bens imóveis utilizados em projetos do Programa PPP/Manaus, poderão ser isentos do Imposto
Predial e Territorial Urbano - IPTU - mediante lei específica (art. 28).
Além disso, os bens imóveis alienados em função da realização dos projetos do Programa
PPP/Manaus, mediante Lei específica, poderão ser isentos do Imposto sobre Transmissão Inter-
Vivos a qualquer título, por ato oneroso (art. 29).
O Comitê Gestor, além das obrigações dispostas no art. 14 da Lei Federal nº 11.079/2004,
remeterá, ainda, ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, relatório das parcerias
contratadas a cada exercício (art. 30).
2. (FCC – Analista/PGE-MT/2016)
Município mato-grossense pretende celebrar ajuste com o Estado do Mato Grosso, por meio
do qual lhe transfira os encargos de regulação e prestação dos serviços públicos municipais
de coleta e destinação final ambientalmente adequada de resíduos sólidos urbanos, sem
qualquer criação de pessoa jurídica para tal fim. Para tanto, os instrumentos jurídicos
adequados são o
a) termo de fomento e o termo de colaboração, tal como disciplinados pela Lei nº
13.019/2014.
b) convênio de cooperação e o contrato de programa, tal como disciplinados pela Lei nº
11.107/2005, e pela legislação específica sobre os serviços públicos em questão.
c) consórcio público de direito público e o contrato de programa, tal como disciplinados pela
Lei nº 11.107/2005, e pela legislação específica sobre os serviços públicos em questão.
d) convênio administrativo e o contrato de repasse, tal como disciplinados pela Lei nº
8.666/1993, e pelo Decreto nº 6.170/2007.
e) contrato de empreitada de obra pública e o contrato de prestação de serviços, tal como
disciplinados pela Lei nº 8.666/1993.
Comentário: na forma do art. 241 da CF, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou
parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
No âmbito da Lei dos Consórcios Públicos, o contrato de programa é o instrumento pelo qual
devem ser constituídas e reguladas as obrigações que um ente da Federação, inclusive sua
administração indireta, tenha para com outro ente da Federação, ou para com consórcio público,
no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa. Assim, o ajuste a
ser firmado pelo Estado de Mato Grosso com um município mato-grossense pode se dar por meio
de convênio de cooperação ou contrato de programa, conforme alternativa B.
Gabarito: alternativa B.
3. (FCC – Direito/AL-MS/2016)
Considere:
I. Poder de promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de
utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público.
II. Possibilidade de ser contratado pela Administração direta ou indireta dos entes da
Federação consorciados, com dispensa de licitação.
III. Limites mais elevados para fins de escolha da modalidade de licitação.
IV. Poder de dispensar a licitação na celebração de contrato de programa com ente da
Federação ou com entidade de sua Administração indireta, para a prestação de serviços
públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou
em convênio de cooperação. São privilégios dos consórcios públicos o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e IV, apenas.
Comentário: para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá, na forma do art.
2º, §1º da Lei 11.107/05:
I Ð firmar conv•nios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber aux’lios, contribui•›es e
subven•›es sociais ou econ™micas de outras entidades e —rg‹os do governo;
II Ð nos termos do contrato de cons—rcio de direito pœblico, promover desapropria•›es e instituir
servid›es nos termos de declara•‹o de utilidade ou necessidade pœblica, ou interesse social,
realizada pelo Poder Pœblico; [alternativa I Ð CORRETA]
III Ð ser contratado pela administra•‹o direta ou indireta dos entes da Federa•‹o consorciados,
dispensada a licita•‹o. [alternativa II Ð CORRETA]
estimado de até vinte anos. Solução juridicamente possível para que realizem tal pretensão,
de mútuo interesse, envolve a
a) realização de licitação pública pelo Município da capital, para contratação da construção e
operação do aterro sanitário intermunicipal, impondo-se aos dois últimos, no instrumento
convocatório do certame, a obrigação de também destinarem os resíduos sólidos produzidos
em seus territórios ao aterro sanitário licitado, para fins de promoção de economia de escala.
b) constituição de associação pública entre os Municípios, na forma da Lei no 11.107, de 6 de
abril de 2005, mediante protocolo de intenções ratificado por lei de cada um dos Municípios
consorciados, seguida da celebração de contrato de rateio de despesas entre os Municípios
consorciados e, ainda, da celebração de contrato de programa entre a associação pública e a
empresa estatal municipal de saneamento básico de um dos Municípios consorciados,
ficando esta empresa responsável pela construção e operação do aterro sanitário.
c) celebração de contratos de programa entre cada um dos Municípios e empresa do setor
privado, não estatal, de saneamento básico, necessariamente precedidos de licitação pública,
pelos quais seja delegada a esta empresa a construção e operação do aterro sanitário
intermunicipal.
d) constituição de associação pública entre os Municípios, na forma da Lei no 11.107, de 06
de abril de 2005, convidando-se a integrar tal associação, também, empresa do setor privado,
não estatal, de notória especialização no setor de saneamento básico, ficando esta empresa
responsável pela construção e operação do aterro sanitário intermunicipal.
e) realização de licitação pública pelo Município da capital, pela qual seja selecionada
empresa do setor privado, não estatal, para a construção e operação do aterro sanitário
intermunicipal, de tal modo que a esse resultado manifestem sua adesão os outros dois
Municípios, gerando a celebração de distintos contratos de concessão entre cada Município e
a empresa.
Comentário: percebe-se do enunciado a intenção dos entes públicos de gerir em conjunto um
serviço público de interesse comum a todos. Para esses casos, é possível a instituição de um
consórcio público, que pode ter personalidade de direito público ou privado. Quando com
personalidade de direito público, são denominadas “associações públicas”. Ademais, quando os
entes firmam o acordo, celebram um protocolo de intenções, que deverá conter as diversas
condições previstas na lei (art. 4º). O contrato de programa, por sua vez, define as obrigações que
um ente da Federação vai constituir com outro ente ou para com o consórcio, podendo conter
previsão quanto à realização de obras e forma de gestão do serviço público prestado.
Gabarito: alternativa B.
6. (FCC – Procurador/PGE-MT/2016)
A Administração Pública adota várias modalidades de ajustes administrativos para poder
executar suas tarefas. Nesse sentido, segundo a legislação vigente,
a) o contrato de parceria público-privada não é compatível com a cobrança de tarifas dos
usuários do serviço público, sendo suportado exclusivamente pela contrapartida do parceiro
público.
7. (FCC – Auditor/TCE-AM/2015)
Os entes federados relacionam-se entre si de variadas maneiras. É comum a
instrumentalização de Protocolos de Intenção, convênios, contratos, convênios de
cooperação e de consórcios públicos. A disciplina deste último, por meio da Lei n°
11.107/2005, permitiu avanços nesse modelo de atuação integrada, pois os consórcios
públicos
a) tal como os convênios de cooperação, têm personalidade jurídica, mas passaram a lhes
serem outorgadas competências dos entes federativos, além de serem dotados de poderes
mais amplos, como para desapropriação de bens.
Com isso, percebemos que a alternativa C está correta, listando essas possibilidades, sendo o
nosso gabarito.
Gabarito: alternativa C.
a) realmente, tanto nas concessões comuns quanto nas PPP é possível a cobrança de tarifas. Mas
no caso das PPP, as tarifas podem ser cobradas dos usuários, na modalidade “concessão
patrocinada” ou do próprio parceiro público, na modalidade “concessão administrativa”. Isso
porque, nesse último caso, a própria administração é a usuária do serviço – ERRADA;
b) de fato, o contrato de PPP poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado
para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, na forma do art. 6º, §2º - CORRETA;
c) na lei 8.987/95, há a previsão de que o concessionário pode promover as desapropriações
necessárias à execução dos serviços – ERRADA;
d) não há que se falar em transferência da titularidade, apenas da execução do serviço – ERRADA;
e) na lei 8.987/95, é autorizada a previsão, no contrato, de mecanismos de revisão das tarifas, a
fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. Mas esse não é o único mecanismo previsto
na lei. Nesse sentido, o art. 11 dispõe que “no atendimento às peculiaridades de cada serviço
público, poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a
possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias
ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das
tarifas”. Esses fatores também são considerados para aferição da manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
proposta escrita for no máximo 20% (vinte por cento) maior que o valor da melhor proposta.
Assim, nosso gabarito está logo na alternativa A.
Gabarito: alternativa A.
III Ð que tenha como objeto œnico o fornecimento de m‹o-de-obra, o fornecimento e instala•‹o
de equipamentos ou a execu•‹o de obra pœblica.
Além disso, o art. 5º, I prevê que o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização
dos investimentos realizados, deve ser não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco)
anos, incluindo eventual prorrogação. No caso, não há que se falar em cobrança de tarifas para a
utilização da creche, razão pela qual não poderia se tratar da concessão patrocinada. Então, seria
viável através da concessão administrativa, em que a Administração Pública é a usuária direta ou
indireta da prestação do serviço.
Gabarito: alternativa C.
Dessa forma, a única alternativa que não apresenta um critério de julgamento é a letra C.
Gabarito: alternativa C.
c) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois tem por objeto
exclusivamente fornecimento de mão de obra.
d) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois não inclui nenhum aspecto
de execução de obra.
e) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pela conjugação dos elementos
prazo e valor.
Comentário: apenas para complemento.
Temos que a Administração está contratando a mão de obra de um serviço, com um valor
compatível e num prazo compatível. Contudo, como se trata de um objeto único (sem a execução
da obra em questão), esse contrato não é enquadrável nas espécies de concessão. Portanto, nossa
alternativa é a C.
Gabarito: alternativa C.
c) qualidade e continuidade dos serviços ofertados, para possibilitar o acesso a todos os bens e
serviços essenciais (inciso III) – ERRADA;
d) responsabilidade fiscal na contratação e execução das parcerias (VI) – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.
Dessa forma, o contrato de PPP é celebrado entre a Administração Pública direta e indireta, motivo
pelo qual as alternativas A e B estão erradas.
Já o erro da alternativa C foi excluir a modalidade “administrativa” do conceito.
Portanto, a alternativa que trouxe o conceito correto de PPP segundo a Lei 1.333/09 foi a D.
Gabarito: alternativa D.
O Comitê Gestor é formado por Secretários de diversas áreas, pelo Procurador Geral do
Município e por até _________ membros de livre escolha do Prefeito de Manaus. Assinale a
alternativa que completa a previsão legal:
a) até 2 (dois) membros;
b) até 3 (três) membros;
c) até 4 (quatro) membros;
d) até 5 (cinco) membros.
Comentário: na forma do art. 6º, § 2º, o Comitê Gestor será formado pelos seguintes membros ou
substitutos por eles indicados: [...] VII - até 3 (três) membros de livre escolha do Prefeito de
Manaus.
Gabarito: alternativa B.
Concluímos por hoje. Em nossa próxima aula, vamos falar sobre o controle da Administração
Pública.
Espero por vocês!
Bons estudos.
HERBERT ALMEIDA.
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pelos quais seja delegada a esta empresa a construção e operação do aterro sanitário
intermunicipal.
d) constituição de associação pública entre os Municípios, na forma da Lei no 11.107, de 06
de abril de 2005, convidando-se a integrar tal associação, também, empresa do setor privado,
não estatal, de notória especialização no setor de saneamento básico, ficando esta empresa
responsável pela construção e operação do aterro sanitário intermunicipal.
e) realização de licitação pública pelo Município da capital, pela qual seja selecionada
empresa do setor privado, não estatal, para a construção e operação do aterro sanitário
intermunicipal, de tal modo que a esse resultado manifestem sua adesão os outros dois
Municípios, gerando a celebração de distintos contratos de concessão entre cada Município e
a empresa.
5. (FCC – Analista/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
Três Municípios do Estado do Piauí celebraram entre si importante consórcio público e,
posteriormente, entregaram recursos ao mencionado consórcio mediante contrato de rateio.
Nos termos da Lei no 11.107/2005,
a) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem prévia dotação orçamentária
caracteriza ato de improbidade administrativa na modalidade “ato que importa
enriquecimento ilícito”.
b) os entes consorciados, apenas isoladamente, podem exigir o cumprimento das obrigações
previstas no contrato de rateio.
c) é vedada a aplicação de recursos entregues por meio de contrato de rateio para o
atendimento de despesas genéricas, exceto para operações de crédito.
d) os entes consorciados poderão entregar recursos ao consórcio público mediante outros
meios, distintos do contrato de rateio, como, por exemplo, o denominado protocolo de
intenções.
e) os recursos destinados ao consórcio público devem ser devidamente previstos na lei
orçamentária de cada consorciado ou em seus créditos adicionais, sob pena de exclusão do
consórcio, após prévia suspensão.
6. (FCC – Procurador/PGE-MT/2016)
A Administração Pública adota várias modalidades de ajustes administrativos para poder
executar suas tarefas. Nesse sentido, segundo a legislação vigente,
a) o contrato de parceria público-privada não é compatível com a cobrança de tarifas dos
usuários do serviço público, sendo suportado exclusivamente pela contrapartida do parceiro
público.
b) é denominado contrato de gestão o ajuste celebrado com as organizações da sociedade
civil de interesse público, visando à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para
o fomento e a execução das atividades de interesse público.
consórcio público de direito público integra a administração indireta dos entes federativos
consorciados. Analisando as duas asserções acima, é correto afirmar que
a) a primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda asserção é uma proposição
falsa.
b) a primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira.
c) as duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da
primeira.
d) as duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta
da primeira.
e) as duas asserções são proposições falsas.
9. (FCC – Técnico de Administração/TCE-CE/2015-adaptada)
Quanto aos Consórcios Públicos, a Lei no 11.107/2005 preceitua:
a) Todo consórcio, de direito público ou de direito privado, pode ser contratado diretamente,
com dispensa de licitação, pela Administração direta ou indireta dos entes consorciados.
b) A formação de consórcio público exige a ratificação, pelos entes federativos consorciados,
do protocolo de intenções, não se fazendo possível, nos termos da lei, o consorciamento
parcial ou condicional do ente federativo, mesmo que aceito pelos demais subscritores do
protocolo de intenções.
c) O consórcio de direito público, instituído na forma de associação pública, integra a
administração direta de todos os entes da federação associados.
d) Os consórcios de direito público podem ser contratados diretamente, com dispensa de
licitação, pela Administração direta ou indireta dos entes consorciados, o que não se aplica
aos consórcios de direito privado, que, em regra, devem ser contratados pelos entes
consorciados por meio de procedimento licitatório.
10. (FCC – Auditor/TCE-CE/2015)
A disciplina legal dos consórcios públicos, alicerçada na Lei no 11.107/2005, estabelece a
a) aplicação do referido regime jurídico, em caráter subsidiário, aos consórcios de empresas
privadas que participam de licitações públicas.
b) obrigatoriedade de lei autorizando o contrato de consórcio, a qual poderá ser dispensada
quando existente prévio protocolo de intenções.
c) possibilidade de contratação direta do consórcio, com dispensa de licitação, por entidades
da Administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados.
d) obrigatoriedade de participação do Estado membro, como ente consorciado, quando
participem do consórcio público três municípios ou mais.
e) obrigatoriedade de participação da União, como interveniente, quando participem do
consórcio mais de um Estado membro.
11. (FCC – Contador/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
Nos termos da Lei n⁰ 11.079/2004, constitui diretriz a ser seguida na conformação dos ajustes
de Parceria Público-Privada−PPP a
a) repartição objetiva de riscos entre as partes.
b) assunção dos riscos exclusivamente pelo parceiro privado, porque explora o negócio por
sua conta e risco.
c) vedação de remuneração atrelada ao desempenho do parceiro privado.
d) disponibilização, pelo parceiro privado, de garantias às contraprestações devidas pelo
parceiro público.
e) delegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e
de outras atividades exclusivas, mas não privativas do Estado.
12. (FCC – Analista/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
As concessões de serviço público regidas pela Lei no 8.987/1995, chamadas concessões
comuns, e as parcerias público-privadas, sob as modalidades de concessão administrativa e
concessão patrocinada, regidas pela Lei no 11.079/2004 são formas de delegação de serviços
públicos para a iniciativa privada. Há semelhanças e distinções entre elas, como a
a) possibilidade de cobrança de tarifa do usuário pela utilização do serviço público, tanto na
concessão comum, como nas modalidades de parceria público-privada.
b) possibilidade do poder público aportar recursos na obra, para aquisição de bens
reversíveis, nas parcerias público-privadas, o que não encontra previsão legal nas concessões
comuns.
c) possibilidade do parceiro privado, na concessão patrocinada e na concessão administrativa,
efetuar desapropriações, o que não está autorizado ao concessionário na concessão comum,
cabendo ao poder público o fornecimento das áreas.
d) transferência da titularidade do serviço público para os concessionários, que continua a ser
prestado, contudo, sob regime de direito público, com todas as prerrogativas a ele inerentes.
e) previsão de reequilíbrio econômico-financeiro feito exclusivamente por meio da tarifa nas
concessões comuns, enquanto que nas parcerias público-privadas também pode ser
implementado por meio de indenização e majoração das contraprestações.
13. (FCC – Direito/AL-MS/2016)
Em determinada licitação, promovida pelo Estado de Mato Grosso do Sul, para a contratação
de parceria público-privada, o edital definiu a forma de apresentação das propostas
econômicas, admitindo propostas escritas, seguidas de lances em viva voz. A propósito do
tema e nos termos da Lei n°11.079/2004,
a) os lances em viva voz serão sempre oferecidos na ordem inversa da classificação das
propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar a quantidade de lances.
b) o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta
escrita for no mínimo 20% maior que o valor da melhor proposta.
c) os lances em viva voz podem ser oferecidos na ordem inversa da classificação das
propostas escritas, cabendo ao edital limitar a quantidade de lances.
d) o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta
escrita for no máximo 30% maior que o valor da melhor proposta.
e) o edital não poderá restringir a apresentação de lances em viva voz a qualquer licitante,
independentemente do valor de sua proposta escrita.
14. (FCC – Analista de Orçamento/Prefeitura de Teresina-PI/2016)
A Prefeitura de Teresina, hipoteticamente, celebrou contrato de parceria público-privada
para o gerenciamento de resíduos sólidos e do aterro sanitário do Município. Nos termos da
Lei nº 11.079/2004, antes da celebração do contrato, foi constituída sociedade de propósito
específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Admite-se, desde que
preenchidos os requisitos legais, a administração temporária da sociedade de propósito
específico, pelos financiadores e garantidores. Referida administração temporária, autorizada
pelo poder concedente,
a) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder
concedente ou empregados.
b) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder
concedente ou empregados.
c) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
d) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
e) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores somente em relação aos
compromissos com terceiros, cabendo ao poder concedente disciplinar sobre o prazo da
administração temporária.
15. (FCC – Auditor Fiscal/Prefeitura de Teresina-PI/2016 – adaptada)
Suponha que o Município de Teresina, no exercício de sua competência para organizar e
prestar serviços de iluminação pública, pretenda delegar a sua exploração à iniciativa privada.
Para tanto, a Prefeitura Municipal estuda a viabilidade jurídica de sua delegação nos termos
da Lei no 11.079, de 30 de dezembro de 2004, que “institui normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da Administração pública”. É
característica relevante do regime das parcerias público-privadas estabelecido na referida Lei,
a ser considerada no estudo municipal de viabilidade, entre outras, a
a) vedação à celebração de contrato de parceria público-privada cujo valor seja inferior a R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais), cujo período de prestação do serviço seja inferior a
cinco anos, ou que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento
e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
b) mitigação da responsabilidade fiscal na sua execução e celebração, sendo permitido, sem
maiores consequências, um elevado grau de comprometimento da receita corrente líquida
do Município com o cumprimento das obrigações derivadas de parcerias contratadas.
c) contratação mediante licitação na modalidade de concorrência, porém com algumas
peculiaridades, como a obrigatoriedade da inversão da ordem das fases da habilitação e
julgamento.
d) obrigatoriedade de vinculação de receitas municipais à finalidade de garantia das
obrigações pecuniárias contratadas pela Administração Pública Municipal.
e) ausência de contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
16. (FCC – Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015-Adaptada)
O Município X pretende construir um grande ginásio poliesportivo para sediar as olimpíadas.
Entretanto, não possui recursos para custear a totalidade da obra e nem know-how para gerir
adequadamente o ginásio. A forma de contratação que deverá ser utilizada para concretizar o
projeto municipal é
a) a Parceria Público-Privada − PPP.
b) o Regime Diferenciado de Contratação − RDC.
c) a Permissão de serviço público.
d) a Contratação integrada.
17. (FCC – Analista Judiciário/TRT-3ª Região (MG)/2015)
Até a edição da Lei no 11.079/2004, a maior parte das delegações de serviço público eram
feitas por meio das concessões regidas pela Lei no 8.987/1995. Dentre as vantagens ou
desvantagens que predicam os dois modelos de delegação de serviço público,
a) a concessão de serviço público regida pela Lei no 8.987/1995 permite que o poder
concedente seja o captador do financiamento para os investimentos necessários, quando há
prévia realização de obra pública, acrescendo ao objeto do contrato uma espécie de
parcelamento, acrescido de taxa de remuneração, que a concessionária deve acrescer aos
pagamentos que faz ao poder concedente.
b) a possibilidade de, por meio de uma concessão administrativa, transferir ao setor privado,
mediante contraprestação do parceiro público e sem prejuízo de eventual aporte, a
realização de obras e a prestação de serviços que não sejam economicamente
autossuficientes, o que afastaria interesse em uma licitação para outorga de concessão nos
moldes anteriormente vigentes.
c) a possibilidade de, com a instituição das parcerias público-privadas, cessar a prática de
remuneração variável arraigada para as concessões anteriores, cujos critérios de avaliação de
desempenho se mostraram ineficientes e encareceram demasiadamente os custos do poder
concedente, especialmente nos casos em que os serviços eram prestados pelo regime de
gratuidade.
a) viável, desde que o valor da contraprestação pública não supere R$ 10.000.000,00 e seja
obtida autorização legislativa específica.
b) inviável, eis que a PPP pressupõe a cobrança de tarifa do usuário, complementada por
contraprestação pecuniária a cargo da Administração contratante.
c) viável, se o prazo do contrato for superior a 5 e inferior a 35 anos, e no valor mínimo R$
10.000.000,00, adotando-se a modalidade concessão administrativa.
d) viável, desde que adotada a modalidade concessão patrocinada e obtida autorização
legislativa específica para aporte de recursos públicos.
e) inviável, por envolver prestação de serviço precedida de obra pública, podendo, todavia,
ser desmembrada a contratação de forma que a PPP envolva apenas a obra.
20. (FCC – Juiz Substituto/TJ-PI/2015)
A Lei Federal n° 11.079/2004 instituiu o regime das Parcerias Público-Privadas. A propósito,
considere as seguintes afirmações:
I. Parceria Público-Privada é o contrato administrativo de concessão na modalidade
patrocinada ou administrativa.
II. Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a Lei n° 8.987/1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
III. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
Está correto o que consta em
a) I, apenas.
b) I, II e III.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) II e III, apenas.
21. (FCC - DP SP/DPE-SP/2012)
Nos termos da legislação em vigor sobre as parcerias público-privadas, a modalidade de
concessão de serviços públicos ou obras públicas, que envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, é
denominada concessão
a) comum.
b) administrativa.
c) ordinária.
d) tradicional.
e) patrocinada.
22. (FCC - Aud/TCE-SP/2008)
Nas licitações para a contratação de parceria público-privada sob a modalidade de concessão
patrocinada, NÃO é possível a adoção de critério de julgamento consistente na
a) menor tarifa a ser cobrada do usuário pelo parceiro privado.
b) menor contraprestação a ser paga pelo poder público.
c) maior oferta a ser paga pelo parceiro privado a título de outorga, caso em que não se
aplica a futura contraprestação a ser paga pelo poder público.
d) melhor proposta, combinando-se a melhor técnica com a menor tarifa a ser cobrada do
usuário pelo parceiro privado.
e) melhor proposta, combinando-se a melhor técnica com a menor contraprestação a ser
paga pelo poder público.
23. (FCC - DP MT/DPE-MT/2009 – adaptada)
Considere as seguintes assertivas, completando a frase inicial:
“É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I. cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)”.
II. cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos”.
III. que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.”
c) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois tem por objeto
exclusivamente fornecimento de mão de obra.
d) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois não inclui nenhum aspecto
de execução de obra.
e) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pela conjugação dos elementos
prazo e valor.
25. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
Conforme estabelece a Lei Complementar nº 1.333/2009, suas disposições alcançam:
a) somente os órgãos da Administração Indireta;
b) aos órgãos da Administração direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações
públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades
controladas direta ou indiretamente pelo Município.
c) apenas às autarquias e fundações municipais.
d) somente às empresas estatais.
26. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
São diretrizes do Programa de Parceria Público-privada, dentre outras:
a) eficiência na implementação de políticas públicas e na aplicação dos recursos públicos;
b) ausência de transparência.
c) qualidade, mas sem continuidade, dos serviços ofertados;
d) responsabilidade penal.
27. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
Podem ser objeto de concessão à gestão privada todas as atividades e serviços de interesse
local e de competência comum da Administração Pública Municipal, desde que dela
privativos e que não sejam normativamente definidos como indelegáveis, EXCETO:
a) a prestação de serviços públicos;
b) construção, a ampliação, a manutenção, a reforma e a gestão de instalações de uso
público em geral, assim como de terminais municipais e de vias públicas, incluídas as
recebidas em delegação da União;
c) a exploração de atividade econômica;
d) a exploração de bem público.
28. (Estratégia Concursos – Inédita – 2019)
O art. 4º da Lei 1.333/09 traz o conceito legal de Parceria público-privada. Assinale a
alternativa que descreve corretamente esse conceito:
a) Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa, na forma estabelecida por legislação federal correlata,
inclusive no que diz respeito às normas de licitação, limites para assunção de encargos e
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.