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Escola Secundária Samora Moisés Machel de Mandimba

Trabalho de Português; 9ª Classe, Turma: D; C/D

Estudante: Estela Omar Alberto; Nº 19

Professor: Lourenço Narciso Brito

Mandimba, Outubro de 2022


1- Definição do Verbo

Verbo é a palavra que exprime um fato, localizando-o no tempo. Geralmente exprime


ideia de acção, estado ou fenómeno. É importante ressaltar que os verbos podem
expressar outros tipos de fatos.

 Estrutura do verbo
Os verbos, quando conjugados, são compostos por um radical, uma vogal temática, uma
desinência modo-temporal e uma desinência número-pessoal, que se encontram
estruturados na seguinte ordem:
radical + vogal temática + desinência modo-temporal + desinência número-pessoal
Radical
O radical é a parte menos variável do verbo, apresentando o seu significado lexical. 

Exemplo:

 And- é o radical do verbo andar.


 Escrev- é o radical do verbo escrever.
 Part- é o radical do verbo partir. 

 Flexão verbal

Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a


representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a:
Pessoa –  Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no
modo singular, quanto no plural.
Número –  Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas
gramaticais.

 Modos verbais

Modos Verbais são as várias maneiras em que a acção do verbo pode ser expressas.
Na gramática existem três grandes modos verbais: o indicativo, o subjuntivo e do
modo imperativo. Cada um desses modos tem uma maneira particular de conjugar o
verbo.
Os Modos Verbais indicam as maneiras como os verbos se expressam: indicativo -
exprime fatos, certezas. Exemplo: Discursa muito bem.
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Subjuntivo - exprime desejos, possibilidades, dúvidas. Exemplo: Talvez discurse
bem esta noite.

Imperativo - exprime ordens, pedidos. Exemplo: Discurse como ele!

 Tempos Verbais

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) indicam quando ocorre a acção, estado
ou fenómeno expressado pelo verbo, em suma:

Presente - não só indica o momento actual, mas acções regulares ou situações


permanentes. Exemplos:

 Tomo medicamentos.
 Estou aqui!
 Lá, neva muito.

Pretérito - indica momentos anteriores, decorridos ou acabados. Exemplos:

 Eles fizeram mesmo isso?
 Eu não acreditava no que meus olhos viam.
 Trovejou a noite toda!

Futuro - indica acontecimentos que se realizarão. Exemplos:

 Dormirei o dia todo se for preciso.


 Ficarei aqui!
 Ventará durante o dia.

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais (indicativo,
subjuntivo e imperativo) para indicar a forma como ocorrem as acções, estados ou
fenómenos expressados pelo verbo.

O modo indicativo expressa certezas. Exemplo: O aluno entendeu.

O modo subjuntivo expressa desejos e possibilidades. Exemplo: Tomara que o aluno


entenda.

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O modo imperativo expressa ordens, pedidos. Exemplo: Por favor, entenda!

 Vozes verbais

As vozes verbais, ou vozes do verbo, são a forma como os verbos se apresentam na


oração a fim de determinar se o sujeito prática ou recebe a acção. Elas podem ser de três
tipos:  activa, passiva ou reflexiva. Sujeito é o agente da acção. Exemplo: Vi a
professora.

Geralmente, por uma questão de estilo, podemos passar a voz verbal ativa para a voz
verbal passiva.

Ao fazer a transposição, o sujeito da voz activa torna-se o agente da passiva e


o objecto directo da voz activa torna-se o sujeito da voz passiva.

Exemplo na voz activa: Aspiramos a casa toda.

Sujeito da activa: Nós (oculto)


Verbo: Aspiramos (transitivo directo)
Objecto directo: a casa toda.
Exemplo na voz passiva: A casa toda foi aspirada por nós.

Sujeito: A casa toda


Verbo auxiliar: foi
Verbo principal: aspirada
Agente da passiva: por nós.
Observe que o verbo auxiliar "foi" está no mesmo tempo verbal que o verbo
"aspiramos" estava na oração cuja voz é activa. O verbo "aspiramos" na oração cuja voz
é passiva está no particípio.

Assim, a oração transposta para a voz passiva é formada da seguinte forma:

Sujeito + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) conjugado no mesmo tempo
verbal que o verbo principal da oração na voz activa + verbo principal da acção
conjugado no particípio + agente da passiva.

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É importante lembrar que somente os verbos transitivos admitem transposição de
voz. Isso porque uma vez que os verbos intransitivos não necessitam de complemento,
não tem objecto que seja transposto em sujeito.

 Conjugação dos verbos

Conjugação verbal é a flexão de um verbo em todos os seus modos, tempos, pessoas,


números e vozes. Aparece estruturada numa ordem convencionada. Existem três
conjugações principais: a 1.ª conjugação para verbos terminados em -ar, a 2.ª
conjugação para verbos terminados em -er e a 3.ª conjugação para verbos terminados
em -ir.

Exemplos de algumas conjugações:

Conjugação do verbo ler no presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós)
lemos, (vós) ledes, (eles) leem.

Pretérito
O pretérito indica passado e, no modo indicativo, ele é usado para situações acabadas,
para situações inacabadas ou para situações anteriores a outras já passadas.

Assim, existem três tipos de pretérito: pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito
mais-que-perfeito.

1. Pretérito perfeito - o pretérito perfeito do indicativo exprime uma acção concluída.


Exemplo:
Porém, ontem não li o jornal.
Conjugação do verbo ler no pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos,
(vós) lestes, (eles) leram.

2. Pretérito imperfeito - o pretérito imperfeito do indicativo exprime uma ação anterior


ao presente, mas ainda não concluída. Exemplo: Antes não lia nenhum tipo de
publicação. Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu)
lias, (ele) lia, (nós) líamos, (vós) líeis, (eles) liam.

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3. Pretérito mais-que-perfeito - o pretérito mais-que-perfeito exprime uma acção
anterior a outra já concluída. Exemplo: Quando saí para trabalhar, já lera o jornal de
hoje.

Esse tempo está em desuso, porém embora não seja empregado, é importante conhecê-
lo. É mais comum combinar dois ou mais verbos que transmitam o mesmo sentido.
Exemplo: Quando saí para trabalhar, já tinha lido o jornal de hoje.

Conjugação do verbo ler no pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera,
(nós) lêramos, (vós) lêreis, (eles) leram.

Futuro
O futuro indica algo que se realizará e, no modo indicativo, ele e é usado para situações
que se realizarão depois do momento em que falamos ou para situações que se
realizariam, se não fossem interrompidas por uma situação passada.

1. Futuro do presente - o futuro do presente exprime uma ação que irá se realizar.
Exemplo:
Amanhã lerei o jornal na hora do almoço.
Conjugação do verbo ler no futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós)
leremos, (vós) lereis, (eles) lerão.

2. Futuro do pretérito - o futuro do pretérito exprime uma ação futura em relação a


outra já concluída. Exemplo: Leria mais se houvera (ou se tivesse havido) tempo.

Conjugação do verbo ler no futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós)
leríamos, (vós) leríeis, (eles) leriam.

Tempos do modo subjuntivo

Os tempos do subjuntivo são: presente, pretérito (imperfeito) e futuro.

Presente
O presente do subjuntivo exprime uma acção na actualidade que é incerta ou duvidosa.
Exemplo:
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Que eles leiam!
Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele)
leia, (que nós) leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.

Pretérito
O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado dependente de
uma ação também já passada. Exemplo: Se eles lessem estariam informados.

Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu)
lesses, (se ele) lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.

Futuro
O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de outra ação
futura. Exemplo:
Quando eles lerem ficarão informados.
Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres,
(quando ele) ler, (quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.

 Formas Nominais

As Formas Nominais do verbo são três:  infinitivo,  gerúndio e particípio. São chamadas


de nominais pelo fato de desempenhar um papel semelhante aos dos substantivos, dos
adjectivos ou dos advérbios e, sozinhas, não serem capazes de expressar os modos e
tempos verbais.

 Infinitivo - expressa a acção em si: acordar, agradecer, esperar, sorrir, unir.


 Gerúndio – expressa o processo da acção: acordando, agradecendo, esperando,
sorrindo, unindo.
 Particípio - expressa o resultado da acção: acordado, agradecido, esperado, sorrido,
unido.

Infinitivo
O infinito pode ser pessoal e impessoal.
O infinitivo impessoal não se refere a nenhuma pessoa, de modo que simplesmente
manifesta a ação e, algumas vezes, pode ter valor de substantivo.

Exemplos:
 Ele tem um falar horrível!
 Ajudar é a melhor forma de gratidão.
 Rir é o melhor remédio.

O infinitivo pessoal é flexionado, varia em número e pessoa.

Exemplos:

 Ouvi eles levantarem devagarinho.
 Unirem esforços é o que têm de fazer.
 Por serem vocês não quer dizer que aceite o convite.

Gerúndio

O gerúndio caracteriza-se pela terminação -ndo. Ele não se flexiona e pode exercer o


papel de advérbio e de adjectivo.

Exemplos:

 Estava falando pelos cotovelos quando eu cheguei.


 Acenando, disse adeus.
 Passarinhos cantando era o que eu precisava para relaxar.

Particípio

O particípio, finalmente, pode ser regular e irregular.

O particípio regular se caracteriza pela terminação -ado, -ido.

Exemplos:

 Tinha fritado batatas para o jantar.


 Tenho aceitado todos os presentes com carinho.
 A água tinha sido benzida há minutos.

O particípio irregular pode exercer o papel de adjetivo.


Exemplos:

 Adoro batatas fritas!
 Aqui tudo é aceito com carinho.
 Bebeu água benta.

Pelo fato de apresentar mais do que uma forma, o particípio é classificado como verbo
abundante. Importa referir que nem todos os verbos apresentem duas formas de
particípio: (aberto, coberto, escrever).

 Locuções Verbais

As locuções verbais são uma sequência de dois ou mais verbos, os quais, juntos,


exercem a função morfológica de um verbo.

São compostas por um verbo principal em um das suas formas nominais + um verbo
auxiliar.

Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, sempre é empregado em uma das
formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos
auxiliares.

Exemplos:

 Nenhuma pessoa poderá sair após o fechamento dos portões.


 Está havendo uma revolução silenciosa.
 É provável que ele seja convocado para a Copa.
 Começou a gritar sem nenhuma explicação.

2. Conjunções

Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor
gramatical, estabelecendo uma relação entre elas.

Tipos de Conjunções
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. São
divididas em cinco tipos:

1. Conjunções aditivas
E, nem, não só...mas também, não só... como também.

As conjunções aditivas exprimem soma, adição de pensamentos, por exemplo:

 Ana não fala nem ouve.


 Na festa, comeu e bebeu à vontade.
 Trabalha muito,  mas também se diverte.

2. Conjunções adversativas
Mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante.

As conjunções adversativas exprimem oposição, contraste, compensação de


pensamentos, por exemplo:

 Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.


 Telefonei, mas ninguém atendeu.
 Tentou falar, contudo ele não quis ouvir.

Veja também: Conjunções Adversativas


3. Conjunções alternativas
Ou, Ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, seja... seja.

As conjunções alternativas exprimem escolha de pensamentos, por exemplo:

 Ou você vem conosco ou você não vai.


 Não viu ou fingiu que não viu.
 Ora ria, ora chorava.

4. Conjunções conclusivas
Logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

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As conjunções conclusivas exprimem conclusão de pensamento, por exemplo:


 Chove bastante, portanto a colheita está garantida.
 Consegui falar com ele, pois esperei à sua porta.
 Almoçarei antes de sair, logo não ficarei com fome.

5. Conjunções explicativas
Que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por conseguinte.

As conjunções explicativas exprimem razão, motivo, por exemplo:

 Não choveu, porque nada está molhado.


 Vem aqui, pois preciso falar com você.
 Era o sorvete mais gostoso, assim foi o primeiro a acabar.

 Conjunções subordinativas

As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da outra e


são divididas em dez tipos:

1. Conjunções integrantes
Que, se.

As conjunções integrantes introduzem orações subordinadas com função substantiva,


por exemplo:

 Quero que você volte já.


 Não sei se devo voltar lá.
 Você disse que me ligava...

2. Conjunções causais
Que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que.

As conjunções causais introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa, por
exemplo:

 Não fui à aula, porque choveu.


 Como fiquei doente, não pude ir à aula.
 Uma vez que os alunos não compareceram, o evento foi cancelado.

3. Conjunções comparativas
Que, do que, como.

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As conjunções comparativas introduzem orações subordinadas que dão ideia de
comparação, por exemplo:

 Meu professor é mais inteligente do que o seu.


 Agiam como anjinhos.
 Dançava como uma bailarina.

4. Conjunções concessivas
Embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por
melhor que, nem que.

As conjunções concessivas iniciam orações subordinadas que exprimem um fato


contrário ao da oração principal, por exemplo:

 Vou à praia, embora esteja chovendo.


 Não vou nem que me paguem.
 Por mais que lia, menos entendia.

5. Conjunções condicionais
Caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.

As conjunções condicionais iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou


condição para que o fato da oração principal se realize ou não, por exemplo:

 Se não chover, irei à praia.


 Caso decida ir, estarei à espera.
 Desde que ele explique, ouvirei com atenção.

6. Conjunções consecutivas
Que, de forma que, de modo que, de maneira que.

As conjunções consecutivas iniciam orações subordinadas que exprimem a


consequência ou o efeito do que se declara na oração principal, por exemplo:

 Foi tamanho o susto que ela desmaiou.


 Adiantou os estudos, de modo que ficou com a tarde livre.
 Perdeu a hora, de maneira que perdeu a consulta.

8. Conjunções temporais
Logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto.

As conjunções temporais iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo, por
exemplo:

 Quando as férias chegarem, viajaremos.


 Sempre que posso, vou à biblioteca.
 Dou o recado logo que ele chegue.

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9. Conjunções finais
A fim de que, para que.

As conjunções finais iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade, por
exemplo:

 Estamos aqui para que ele fique tranquilo.


 Tirou fotos a fim de que acreditassem no que havia acontecido.
 Manteremos segredo para que ela não descubra a surpresa.

3. Adjectivos

O adjectivo é uma classe de palavras que atribui características aos substantivos, ou


seja, ele indica suas qualidades e estados.

Essas palavras variam em género (feminino e masculino), número (singular e plural) e


grau (comparativo e superlativo).

Exemplos de adjetivos:

 garota bonita
 garotas bonitas
 criança obediente
 crianças obedientes

 Os tipos de adjectivos

O género dos adjectivos

Em relação aos géneros (masculino e feminino), os adjectivos são divididos em dois


tipos:

1. Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e


masculino). Exemplo: menino feliz; menina feliz.
2. Adjetivos Biformes - a forma varia conforme o gênero (masculino e feminino).
Exemplo: homem carinhoso; mulher carinhosa.

O número dos adjectivos

Os adjectivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o número do

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substantivo a que se referem. Assim, a sua formação se assemelha à dos substantivos.

Exemplos:

 Pessoa feliz - pessoas felizes


 Vale formoso - vales formosos
 Casa enorme - casas enormes
 Problema socioeconómico - problemas socioeconómicos
 Menina afro-brasileira - meninas afro-brasileiras
 Estudante mal-educado - estudantes mal-educados

O grau dos adjectivos

Quanto ao grau, os adjectivos são classificados em dois tipos:

1. Comparativo: utilizado para comparar qualidades.


2. Superlativo: utilizado para intensificar qualidades.

1. Grau comparativo

 Comparativo de Igualdade - O professor de matemática é tão bom quanto o de


geografia.
 Comparativo de Superioridade - Marta é mais habilidosa do que a Patrícia.
 Comparativo de Inferioridade - João é menos feliz que Pablo.

2. Grau superlativo
 Superlativo Absoluto: refere-se a um substantivo somente, sendo classificados em:

o Analítico - A moça é extremamente organizada.


o Sintético - Luiz é inteligentíssimo.

 Superlativo Relativo: refere-se a um conjunto, sendo classificados em:

o Superioridade - A menina é a mais inteligente da turma.


o Inferioridade - O garoto é o menos esperto da classe.

3. Substantivos

Substantivo é a classe de palavras usada para dar nome aos seres, objectos, fenómenos,
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lugares, qualidades, acções, dentre outros.

 Tipos de Substantivos

Os substantivos são classificados em: comum, próprio, simples, composto, concreto,


abstracto, primitivo, derivado e colectivo.

1. Substantivos comuns

Os substantivos são comuns se eles dão nome a seres de forma genérica.

Exemplos: pessoa, gente, país.

2. Substantivos próprios

Os substantivos são próprios quando eles dão nome a seres de forma particular. Eles são
escritos com letra maiúscula.

Exemplos: Maria, São Paulo, Brasil.

3. Substantivos simples

Os substantivos simples são formados por apenas um radical (radical é a parte da


palavra que contém o seu significado básico).

Exemplos: casa, carro, camiseta.

4. Substantivos compostos

Os substantivos compostos são formados por mais de um radical (radical é a parte da


palavra que contém o seu significado básico).

Exemplos: guarda-chuva, passatempo, beija-flor.

5. Substantivos concretos

Os substantivos concretos designam as palavras reais, concretas, sejam elas pessoas,


objetos, animais ou lugares.

Exemplos: menina, homem, cachorro.

6. Substantivos abstractos

Os substantivos abstractos são aqueles relacionados aos sentimentos, estados,


qualidades e acções.
Exemplos: beleza, alegria, bondade.

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7. Substantivos primitivos

Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não derivam
de outras palavras.

Exemplos: casa, folha, chuva.

8. Substantivos derivados

Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de outras.

Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado de folha), chuvarada


(derivado de chuva).

9. Substantivos colectivos

Os substantivos colectivos são aqueles que se referem a um conjunto de seres.

Exemplos: flora (conjunto de plantas), álbum (conjunto de fotos), colmeia (conjunto de


abelhas).

Flexão de género dos substantivos

De acordo com o género (feminino e masculino) dos substantivos, eles são classificados
em: biforme e uniforme.

Substantivos biformes - apresentam duas formas, ou seja, uma para o masculino e


outra para o feminino. Exemplos: professor e professora; amigo e amiga.

Substantivos uniformes - somente um termo especifica os dois gêneros (masculino e


feminino), sendo classificados em: epiceno, sobrecomum e comum de dois gêneros.

 Epicenos: apresenta somente um gênero e refere-se aos animais. Exemplo: foca


(macho ou fêmea).
 Sobrecomum: apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas. Exemplo: criança
(masculino e feminino).
 Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêneros (masculino e feminino),
identificado por meio do artigo que o acompanha. Exemplo: "o artista" e "a artista".

Os substantivos de origem grega terminados em "ema" e "oma" são masculinos, por


exemplo: teorema, poema.

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Há os substantivos chamados de "gênero duvidoso ou incerto", ou seja, aqueles


utilizados para os dois gêneros sem alteração do significado, por exemplo: o
personagem e a personagem.

Existem alguns substantivos que, variando de gênero, mudam seu significado, por
exemplo: "o cabeça" (líder), "a cabeça" (parte do corpo humano).

Flexão de número dos substantivos

De acordo com o número do substantivo, eles são classificados em: singular e plural.

Singular - designa uma única coisa, pessoa ou um grupo. Exemplo: bola, mulher.

Plural - designa várias coisas, pessoas ou grupos. Exemplo: bolas, mulheres.

Flexão de grau dos substantivos

De acordo com o grau dos substantivos, eles são classificados em: aumentativo e
diminutivo.

Aumentativo - indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma coisa.

Diminutivo - indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa.

Os graus aumentativo e diminutivo podem ser analíticos e sintéticos.

O aumentativo analítico é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza.


Exemplo: casa grande.

O aumentativo sintético recebe o acréscimo de um sufixo indicador de aumento.


Exemplo: casarão.

O diminutivo analítico é acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Exemplo:


casa pequena.
O diminutivo sintético recebe o acréscimo de um sufixo indicador de diminuição.
Exemplo: casinha.

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4. Advérbios

O advérbio é a palavra que indica uma circunstância (modo, lugar, tempo). Ele pode
modificar um verbo, um adjectivo ou outro advérbio.

Tipos de Advérbios

 Advérbio de modo

Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, adrede, debalde, e grande
parte das palavras que terminam em "-mente", como cuidadosamente, calmamente,
tristemente.

O advérbio de modo indica a forma como algo aconteceu ou foi feito, por exemplo:

 Fui bem na prova.
 Estava andando depressa por causa da chuva.
 Colocou os copos cuidadosamente na pia.

 Advérbio de intensidade

Muito, demais, pouco, mais, menos, bastante, tão, quão, demasiado, imenso, quanto,
quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.

O advérbio de intensidade reforça algo, por exemplo:

 Comeu demasiado naquele almoço.
 Ela gosta bastante dele.
 A mãe é muito atenciosa.

 Advérbio de lugar

Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora,
atrás, detrás, além, aquém, defronte, antes, aonde, longe, perto, algures, nenhures,
alhures.

O advérbio de lugar indica um espaço ou uma posição, por exemplo:

 Minha casa é ali.


 O livro está embaixo da mesa.
 As notas estão bem abaixo do esperado.

 Advérbio de tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois,
enfim, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente, imediatamente,
antigamente, provisoriamente, sucessivamente, constantemente, entrementes.

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O advérbio de tempo indica um momento, um período, por exemplo:

 Ontem estivemos numa reunião de trabalho.


 Sempre estamos juntos.
 Já chegou?

 Advérbio de negação

Não, nem, tampouco, nunca, jamais.

O advérbio de negação serve para negar ou dizer que algo não é verdade, por exemplo:

 Jamais reatarei meu namoro com ele.


 Não saiu de casa naquela tarde.
 Sequer pensou para falar.

 Advérbio de afirmação

Sim, certo, certamente, realmente, decididamente, efetivamente, deveras,


indubitavelmente, decerto.

O advérbio de afirmação serve para afirmar ou confirmar, por exemplo:

 Certamente passearemos nesse domingo.


 Ele gostou deveras do presente de aniversário.
 Sim, vou.

 Advérbio de dúvida

Talvez, possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, casualmente.

O advérbio de dúvida serve para indicar incerteza, por exemplo:

 Provavelmente irei ao banco.
 Quiçá chova hoje.
 Talvez o cumprimente.

 Advérbio interrogativo

Quando, como, onde, aonde, donde, por que.

O advérbio interrogativo pode indicar circunstâncias de modo, tempo, lugar e causa. É


usado apenas em orações interrogativas diretas ou indiretas, por exemplo:

 Por que vendeu o livro? (oração interrogativa direta, que indica causa)


 Quando posso sair? (oração interrogativa direta, que indica tempo)
 Explica como você fez isso. (oração interrogativa indireta, que indica modo)

 Advérbio de ordem

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Depois, após, ultimamente, primeiramente.

O advérbio de ordem serve para indicar ou colocar em ordem, por exemplo:

 Depois vou à praia.
 Ultimamente acordo cedo.
 Primeiramente cumprimentou os presentes.

Advérbio de inclusão

Também, inclusive, ainda, mesmo, até.

O advérbio de inclusão serve para incluir, acrescentar algo, por exemplo:

 Até ele tirou boas notas.


 As joias também sumiram.
 Inclusive, ele fala alemão.

 Advérbio de exclusão

Só, somente, salvo, exclusivamente, apenas.

O advérbio de exclusão serve para excluir, deixar algo de fora, por exemplo:

 Só foi à escola hoje.


 Come somente vegetais.
 Está estudando apenas para o Enem.

5. Preposições

Preposição é a palavra que tem a função de conectivo. Ela pode ser usada para ligar um
termo a outro (por exemplo: dente de leite), ou uma oração a outra (por exemplo:
Chegarei daqui a uma hora.)

 Tipos de Preposições

De acordo com o sentido que as preposições apresentam, em contextos diferentes,


podemos identificar alguns tipos de preposição. Os tipos mais comuns são: lugar, modo,
tempo, distância, causa, instrumento e finalidade.

Exemplos de preposição de lugar:


 O navio veio de São Paulo.
 Fui à praça.
 Sairemos ao amanhecer.

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Exemplos de preposição de modo:

 Os prisioneiros eram colocados em fila.


 As testemunhas estavam contra ele.
 A floresta estava em chamas.

Exemplos de preposição de tempo:

 Por dois anos ele viveu aqui.


 Após alguns minutos, fui atendido.
 O dia do folclore é em 22 de Agosto.

Exemplos de preposição de distância:

 A cinco quilômetros passa uma estrada.


 Correu até onde conseguiu.
 Vá até ali!

Exemplos de preposição de causa:

 Com a seca, o gado começou a morrer.


 Meu coração está doendo de saudade.
 Morre de desgosto.

Exemplos de preposição de instrumento:

 Ele cortou a árvore com o machado.


 Abriu a embalagem com a boca.
 Já tentou com o abridor de lata?

Exemplos de preposição de finalidade:

 A praça foi enfeitada para a festa.


 Tirei férias para descansar.
 Eles saíram para tomar ar fresco.

Combinação e contracção de preposições

Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Assim, quando
não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma combinação. É o que acontece
entre a preposição A e o artigo O:

 ao (a + o)
 aos (a + os)
Locuções prepositivas

A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de preposição,
sempre terminando por uma preposição.

Exemplos: abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés
de, ao lado de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a par de,
perto de, por causa de, através de, etc.

6. Pronomes
Os pronomes são palavras que indicam pessoas do discurso, posse e posições. Eles
acompanham ou substituem os substantivos.

Tipos de Pronomes

 Pronome pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam o sujeito ou complemento da oração.
Eles são classificados em pronomes pessoais do caso reto e pronomes pessoais do caso
oblíquo.

Pronomes pessoais do Caso Recto - exercem a função de sujeito. Exemplos:

 Eu gosto muito da Ana. (Quem gosta da Ana? Eu.)


 Eles saíram? (Quem chegou? Eles.)
 Nós vamos sair também? (Quem vai sair? Nós)

Pronomes pessoais do Caso Oblíquo - substituem os substantivos e complementam os


verbos. Exemplos:

 Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note que para além de
identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o verbo “estar”.)
 A carta? Fechei-a e coloquei no correio. (Fechei a carta, ou seja, o pronome "a"
completa o sentido do verbo.)
 Deu-lhe um abraço. (Deu um abraço em alguém, ou seja, o pronome "lhe" completa o
sentido do verbo.)

 Pronome de tratamento
Os pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados normalmente
em situações formais. Mas, como toda regra tem exceção, “você” é o único pronome
de tratamento utilizado em situações informais.

Exemplos de pronomes de tratamento:


 Você deve seguir as regras impostas pelo governo.
 A senhora deixou o casaco cair na rua.
 Vossa Magnificência irá assinar os diplomas dos formandos.
 Vossa Santidade é muito querido, disse o sacerdote ao Papa.

 Pronome possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.

Exemplos de pronomes possessivos:

 Essa caneta é minha? (o objecto possuído é a caneta, que pertence à 1ª pessoa do


singular)
 O computador que está em cima da mesa é meu. (o objecto possuído é o computador,
que pertence à 1ª pessoa do singular)
 A sua bolsa ficou na escola. (o objecto possuído é a bolsa, que pertence à 3ª pessoa do
singular)
 Nosso trabalho ficou muito bom. (o objecto possuído é o trabalho, que pertence à 1ª
pessoa do plural).

 Pronome demonstrativo
Os pronomes demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum
elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo ou no espaço.

Eles reúnem algumas palavras variáveis - em gênero (masculino e feminino) e número


(singular e plural) - e as invariáveis.

Os pronomes demonstrativos variáveis são aqueles flexionados (em número ou gênero),


ou seja, são os que sofrem alterações na sua forma. Por exemplo: esse, este, aquele,
aquela, essa, esta.

Já os pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que nunca
sofrem alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.
Pronome indefinido
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os pronomes
indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa.

Exemplos de pronomes indefinidos:

 Nenhum vestido serviu na Antônia. (o termo “nenhum” acompanha o substantivo


“vestido” de maneira vaga, pois não sabemos de que vestido se fala)
 Outras viagens virão. (o termo “outras” acompanha o substantivo “viagens” sem
especificar quais viagens serão)
 Alguém deve me explicar a matéria. (o termo “alguém” significa “uma pessoa cuja
identidade não é especificada ou definida” e, portanto, substitui o substantivo da frase)
 Cada pessoa deve escolher seu caminho. (o termo “cada” acompanha o substantivo da
frase “pessoa” sem especificá-lo).

 Pronome relativo
Os pronomes relativos se referem a um termo já dito anteriormente na oração,
evitando sua repetição. Esses termos podem ser palavras variáveis e invariáveis:
substantivo, adjectivo, pronome ou advérbio.

Exemplos de pronomes relativos:

 Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos. (“os quais” faz referência
ao substantivo dito anteriormente “temas”)
 São plantas cuja raiz é muito profunda. (“cuja” aparece entre dois substantivos
“plantas” e “raiz” e faz referência àquele dito anteriormente “plantas”)
 Daniel visitou o local onde nasceu seu avô. (“onde” faz referência ao substantivo
“local”)
 Tive as férias que sonhava. (“que” faz referência ao substantivo “férias”)

 Pronome interrogativo
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis empregadas para
formular perguntas diretas e indiretas.

Exemplos de pronomes interrogativos:

 Quanto custa a entrada para o cinema? (oração interrogativa direta)


 Informe quanto custa a entrada para o cinema. (oração interrogativa indireta)
 Quem estava com Maria na festa? (oração interrogativa direta)

7. Numeral

Numeral é a classe de palavra variável que indica um número exacto ou a posição que
tal coisa ocupa numa série.

 Tipos de Numerais

Os numerais podem ser: cardinais (um dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro),
fraccionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos (dobro, triplo, quádruplo).

Cardinais

Os numerais cardinais são as formas básicas dos números (um, dois, três…) que
indicam quantidades. Alguns deles variam em gênero (um/uma, dois/duas,
trezentos/trezentas, etc.).
Além disso, alguns números cardinais variam em número, como é o caso:
milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.

A palavra ambos (as) pode ser considerada numeral, uma vez que indica “os dois” ou
“as duas”. Por exemplo: Joana e Beatriz adoram andar. Ambas gostam de caminhar
ouvindo música.

Exemplos de numeral cardinal: um, dois, doze, vinte, cem, mil.

Ordinais

Os numerais ordinais Indicam ordem de uma sequência, ou seja, representam a ordem


de sucessão e uma série, seja de seres, coisas ou objetos (primeiro, segundo, terceiro,
quarto, quinto…).

São palavras que variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e


plural). Por exemplo: primeiro/primeira, primeiros/primeiras, terceiro/terceira,
terceiros/terceiras, etc.

Exemplos de numeral ordinal: primeiro, segundo, décimo, vigésimo primeiro,


centésimo, milésimo.

Fracionários

Os numerais fracionários indicam a diminuição das proporções numéricas, ou seja,


representam uma parte de um todo. Por exemplo, ¼ (lê-se um quarto), ½ (lê-se meio ou
metade), ¾ (lê-se três quartos).

Eles flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural): um


quarto de queijo, duas quartas partes de queijo.

Exemplos de numeral fracionário: meio ou metade, quarto, quinto, undécimo, treze


avos, vinte e um avos,

Numerais coletivos

Existem substantivos que indicam quantidades exatas, como dúzia (12 unidades) ou
dezena (10 unidades). Esses substantivos também podem ser chamados de numerais
coletivos.

Os numerais coletivos sofrem a flexão de número (singular e plural): dúzia/dúzias,


dezena/dezenas, centena/centenas.

8. Artigos
Artigos são palavras que vêm antes dos substantivos e servem para especificar ou
generalizar o seu sentido.

 Classificação dos artigos

Os artigos podem ser classificados em definidos e indefinidos.


Artigo definido

Os artigos definidos (o, a, os, as) definem ou individualizam, de forma precisa, os


substantivos, que podem ser uma pessoa, objecto ou lugar.

Artigo indefinido

Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) determinam de maneira vaga,


indeterminada ou imprecisa, uma pessoa, objecto ou lugar ao qual não se fez menção
anterior no texto.

9. Interjeição

A interjeição é uma palavra que transmite emoção, e é sempre acompanhada de um


ponto de exclamação (!).

As interjeições são consideradas “palavras-frases” pois representam frases-resumidas,


formadas por sons vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por
um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções interjectivas (Meu Deus! Ora
bolas!).

Tipos de interjeições

Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma interjeição
pode expressar sentimentos ou sensações distintas, as interjeições ou locuções
interjectivas são classificadas em:

 Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!, Devagar!,
Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui!
 Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!, Rua!,
Cai fora!, Vaza!
 Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!, Valeu!,
Valeu a pena!
 Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!, Que
bom!
 Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!
 Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!, Inteirinho!, Bora!
 Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!
 Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, Boa!,
Apoiado!, Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!
 Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!
 Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!, Tá!,
Hã-hã!
 Contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!
 Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal!
 Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera!
 Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
 Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim!
 Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa!
 Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, Xi!, Meu
Deus!, Senhor Jesus!, Ui!, Crê em Deus pai!
Conclusão

Neste trabalho chegamos a uma conclusão de que verbo é a palavra que exprime um
fato, localizando-o no tempo. Geralmente exprime ideia de acção, estado ou fenómeno.
É importante ressaltar que os verbos podem expressar outros tipos de fatos. Por outro
lado vimos que a Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de
mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação entre elas. O adjectivo é uma classe
de palavras que atribui características aos substantivos, ou seja, ele indica suas
qualidades e estados. Dizemos também que o advérbio é a palavra que indica uma
circunstância (modo, lugar, tempo). Ele pode modificar um verbo, um adjectivo ou
outro advérbio. Preposição é a palavra que tem a função de conectivo. Ela pode ser
usada para ligar um termo a outro (por exemplo: dente de leite), ou uma oração a outra
(por exemplo: Chegarei daqui a uma hora.). Numeral é a classe de palavra variável que
indica um número exacto ou a posição que tal coisa ocupa numa série. Artigos são
palavras que vêm antes dos substantivos e servem para especificar ou generalizar o seu
sentido. Por ultimo a interjeição é uma palavra que transmite emoção, e é sempre
acompanhada de um ponto de exclamação (!).

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