Diante de um mercado cada vez mais dinâmico e exigente, as empresas são obrigadas a encontrar novas soluções que
garantam a longevidade e o crescimento dos negócios. Neste sentido, o desenvolvimento de competências tem sido
adotado por muitas organizações, que enxergam nos profissionais um diferencial competitivo.
E o que é uma competência? Para Rabaglio, competência é um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e
comportamentos que permitem ao indivíduo desempenhar com eficácia determinadas tarefas.
É importante ressaltar também que através da gestão por competências a avaliação de desempenho de cada
colaborador fica muito mais eficiente.
Uma gestão empenhada no desenvolvimento de competências está baseada na identificação e no gerenciamento das
competências organizacionais e individuais mais relevantes para o sucesso da empresa. Paralelamente, encontra-se o
alinhamento do perfil dos colaboradores a essas expectativas e necessidades.
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Em resumo, como afirma Tanmay Vora, autor de livros sobre liderança: “uma equipe é tão boa quanto as pessoas que a
compõem”. Portanto, ao cultivar as competências dos colaboradores você também cultiva a imagem que se forma sobre
o próprio negócio. E isso é um diferencial — uma vantagem sobre os outros competidores do mercado.
Pode-se destacar também que quando existe uma política consistente de desenvolvimento de competências, isso facilita
a manutenção da qualidade mesmo quando o negócio começa a se expandir. Para entender melhor, considere uma
situação hipotética.
Uma empresa pequena tem colaboradores que não são muito competentes no uso de tecnologias para a produtividade.
Não sabem, por exemplo, usar uma planilha do Excel ou um sistema informatizado de gestão.
Enquanto a empresa mantém um porte reduzido, isso pode ser contornado usando métodos analógicos. Porém,
conforme a empresa cresce, será inviável fazer controles financeiros ou registro de clientes à mão. Assim, cultivar a
competência dos colaboradores no uso de tecnologias é necessário para manter os processos funcionando mesmo em
maior escala.
Impactos positivos também podem ser percebidos em alguns indicadores, como nas taxas de absenteísmo e
rotatividade, diminuindo assim prejuízos e despesas desnecessárias.
Várias empresas já adotam esse modelo. As pioneiras no Brasil foram Unilever, Siemens, Nestlé, Monsanto, Avon,
Citibank e Itaú, apenas para citar algumas.
Depois vieram muitas outras, como a Magazine Luiza, a Bosch e Fiat, comprovando que as práticas para o
desenvolvimento de competências podem ser implementadas, independentemente do segmento ou das peculiaridades
do negócio.
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As competências mais requisitadas pelas empresas
Engana-se quem pensa que as competências técnicas são as mais valorizadas. Essa pesquisa do Fórum Econômico
Mundial projetou as competências mais importantes no cenário da 4ª Revolução Industrial, onde a tecnologia e as
inteligências artificiais terão cada vez mais espaço dentro das empresas.
Todas essas características são o que podemos chamar de soft skills: habilidades e competências não ligadas a
conhecimentos técnicos, mas atributos relacionados à personalidade.
Veja, em ordem de importância segundo o Fórum Econômico Mundial, o que um profissional vai precisar ter e saber para
se destacar e manter no mercado de trabalho. Ressaltamos as cinco principais competências citadas:
2. Pensamento crítico
Um profissional que exercita o senso crítico quase sempre se destaca. É importante que o RH e a diretoria valorize os
colaboradores que têm pensamento autônomo e sabem tomar decisões de forma independente.
Hoje, empresas conhecidas como B2C (business to consumer, as empresas para consumidor); também precisam se
preocupar com posicionamento. O público tem cobrado, cada vez mais, marcas transparentes e que demonstrem
preocupação com questões sociais, representatividade e sustentabilidade.
3. Criatividade
Ser criativo não é só para publicitários ou designers. A maior parte dos profissionais, em diferentes áreas, pode atuar de
forma criativa. Usar a criatividade diz respeito a conhecer o seu campo de atuação e saber como fazer as demandas de
formas diferentes e inovadoras.
Colaboradores que conseguem trazer novas ideias são muito valorizados e podem se tornar possíveis líderes no futuro.
Para o RH, o desafio pode ser como manter esses funcionários motivados e oferecer um ambiente favorável à
criatividade. É importante oferecer sempre novos desafios para que essa pessoa não se sinta desmotivada ou
estagnada.
Usar perguntas situacionais nos processos seletivos também cabe aqui para identificar candidatos criativos.
4. Gestão de pessoas
Outra grande preocupação daqui pra frente será encontrar funcionários que se relacionem bem e saibam lidar com
pessoas. Com tantos processos automatizados, é fundamental valorizar os colaboradores, se preocupar em desenvolvê-
los e estar atento às suas necessidades.
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As empresas precisam saber lidar com diferentes questões e oferecer ambientes que prezam pela qualidade de vida dos
funcionários. Profissionais mais confortáveis se tornam mais motivados e têm mais disposição para cumprir as
demandas do trabalho.
É necessário que o departamento de pessoal se prenda cada vez menos a tarefas burocráticas e assumam a posição
de RH estratégico.
5. Colaboração
Por mais brilhante que pareça o currículo de um colaborador, o desempenho dele será bem melhor a partir do trabalho
em grupo. Dessa forma, é indispensável que os funcionários da empresa saibam trabalhar de forma colaborativa,
aceitem sugestões de outros membros e, assim, desenvolvam um trabalho mais completo.
Uma empresa que pretende fazer uma gestão de competências realista e aplicável dos colaboradores precisa definir
alguns passos. Eles ajudam a guiar o trabalho de forma consistente.
2- Planejar
Agora que o panorama já é de conhecimento da diretoria da empresa e da equipe de RH, é hora de planejar o que será
feito para desenvolver as competências de cada colaborador, da melhor maneira.
As ações não precisam envolver coisas como palestras e cursos, às vezes, fazer reuniões de acompanhamento ou se
sentar mais perto de outro colaborador que tem mais domínio daquela competência já vai ajudar. Nesse momento,
desenvolver PDIs pode ajudar.
Nesta fase de planejamento é importante definir orçamento, cronograma, um plano de ação detalhado.
3- Execução
Agora é hora de colocar a mão na massa. Um detalhe importante acerca do desenvolvimento de competências é que as
ações devem ser muito bem alinhadas entre RH, diretoria e colaborador para que tenham aderência e sejam efetivos.
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Um funcionário pode não levar a sério um curso online proposto pelo gestor se não compreender como ele precisa
desenvolver essa competência. Por isso, é preciso que os líderes mostrem aos liderados a necessidade e a
oportunidade de crescimento.
Usar uma ferramenta para PDIs pode ajudar no processo de monitoramento. É importante definir datas para o
cumprimento de cada tarefa para que não caiam no esquecimento. O processo de desenvolvimento varia para cada
pessoa, por isso é necessário ter paciência e empatia: cada colaborador se desenvolve de forma diferente e em um
tempo diferente.
Uso de softwares
Encontrar uma plataforma que reúna e centralize o processo de gestão por competências é benéfico porque centraliza
os dados e dá uma continuidade para os processos
Atividade de Fixação
1) Como as competências profissionais são fatores decisivos na contratação de um novo colaborador para uma empresa?
2) Após contratado porque é importante o desenvolvimento de novas habilidades para continuar no quadro da empresa?