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O planeamento do terminal de carga geral

As actividades de um terminal de carga geral como qualquer outra atividade precisam ser
planificadas atempadamente de modo a garantir que os recursos necessários para a sua
operacionalização estejam disponíveis na hora da realização da tarefa, o que pode vir a
contribuir o alcance com eficiência das suas metas e objetivos (Spiegel, 2011).
Para Pires & Mauro (2010) O planeamento de um terminal de carga geral, é feito de três
formas a saber: O planeamento estratégico, o Planeamento tático e o Planeamento
operacional/específico.
Planeamento estratégico aquele que é realizado pela liderança do topo ou seja é o
planeamento estratégico feito pelos PCAs, Diretores, destinado para estabelecimento de
metas, missão, visão, valores e objetivos do terminal.
O planeamento tático que é feito a nível dos departamentos visando a aplicação racional dos
recursos, trabalham em consonância com os objetivos e metas já estabelecidas no nível
estratégico.
O planeamento operacional & específico, como o nome sugere, visa estabelecer estratégias
específicas para uma dada operação, sendo o terminal um complexo enorme que movimenta
vários tipos de carga, precisa estar organizado e estruturado de forma a contribuir para
melhoramento do funcionamento dos sistemas de transportes envolvidos.
O planeamento de um terminal de carga geral, por ser bastante complexo, além de envolver
questões específicas, também deve ser planeado de forma a considerar as outras modalidades,
possibilitando a transferência das cargas entre os mesmos, da forma mais eficiente possível.
Como é feito um planeamento num terminal de carga geral.
O planeamento de um terminal de carga geral obedece alguns passos a saber:
1 – Análise criteriosa do terminal
O primeiro passo de qualquer planeamento sempre deve ser uma análise criteriosa do terminal
como um todo, levantando as necessidades, além de identificar os fraquezas e demais pontos
que necessitam de melhorias.
Só assim será possível definir um plano de ação, mudando o que precisa ser mudado e
otimizando o que já vem dando certo.
Uma ótima forma de fazer essa análise é utilizando a matriz SWOT
2 – Definição de metas e objetivos
Após uma profunda análise do terminal, será possível identificar falhas e pontos de gargalo
que prejudicam a produtividade e elevam os custos da operação. Com esses dados, define-se
os objetivos para eliminar esses problemas e melhorar o desempenho.
Esses objetivos servirão para guiar os próximos passos do planeamento, com a definição de
metas que se aproximem cada vez mais dos objetivos definidos anteriormente.

É claro que essas definições irão variar de acordo com cada tipo de operação, já que o
terminal é multiuso mas alguns exemplos de metas podem ser:
 Reduzir o tempo de carga/descarga;
 Reduzir os custos;
 Reduzir os riscos envolvidos
 Aumentar o número de entregas em determinado período;
 Otimização do sistema de armazenamento.

3 – Implementação
Com objetivos e metas definidos, o próximo passo é identificar o que precisa fazer para
alcançá-los e então, implementar. É neste momento que se irá colocar em prática todas as
medidas definidas, visando atingir as metas e objetivos estabelecidos.

4 – Monitoramento das ações implementadas


Nesta etapa, faz-se o acompanhamento dos resultados das intervenções realizadas, por meio
do monitoramento dos indicadores de desempenho (KPIs) mais importantes para o seu
negócio. Alguns deles podem ser:

Número de entregas realizadas em determinado período;


Número de entregas realizadas dentro do prazo;
Tempo médio de deslocamento;

5 – Intervenções e reajustes
A partir do constante monitoramento das ações implementadas, é possível identificar pontos
que podem ser melhorados, eliminando falhas e otimizando a operação.

Vale ressaltar que este não é um ponto final no processo, uma vez que o terminal de carga
geral alberga diferentes tipos de cargas, exige que o planeamento seja revisto sempre que
necessário tendo em conta o tipo da operação ( Carga & Descarga, armazenamento, ou
expedição da mercadoria), buscando novas metas e objetivos para um melhor desempenho.

Referencia bibliografica
Spiegel T. (2011) Análise da movimentação de carga em uma operação portuária: um estudo
de caso, Rio de Janeiro, Brazil:

PIRES, S. R. I. & Mauro 2010, Operadores Logísticos – Integrando Operações em Cadeias


de Suprimentos. Atlas, São Paulo: Brazil.

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