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ÍNDICE PÁGINA
INTRODUÇÃO 2
LIVRO DE JÓ 2.1
LIVRO DE SALMOS 5
LIVRO DE PROVÉRBIOS 10
ECLESIASTES 15
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INTRODUÇÃO
O LIVRO DE JÓ:
O PROPÓSITO DO SOFRIMENTO
Autoria:
Há várias teorias acerca da identidade do autor do Livro de Jó. Muitos acreditam ser
o próprio Jó, outros creditam o livro a Moisés. Há ainda quem defenda que o texto foi
escrito por outras pessoas, como Salomão, Jeremias, Eliú, amigo de Jó, ou até
mesmo um anônimo.
Datação:
O livro de Jó é amplamente considerado o mais antigo de toda a Bíblia,
datando do séc. 14 a.C. por uma série de fatores, dentre os quais:
● Não há no texto menção alguma da nação de Israel, indicando que a história
narrada precede sua fundação.
● Jó é descrito fazendo sacrifícios. A partir disso, deduz-se a ausência de uma
instituição sacerdotal encarregada.
● O livro faz uso constante do termo Shaday, amplamente empregado na era
dos patriarcas.
Historicidade:
A historicidade do relato de Jó pode ser defendida se levarmos em conta os
seguintes pontos:
● A terra habitada por Jó, Uz, é uma região histórica.
● O profeta Ezequiel cita o livro de Jó de maneira histórica.
● Tiago refere-se ao livro de Jó como um relato concreto, não uma invenção
fantasiosa.
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● O modelo sociocultural descrito no livro de Jó compatível com a realidade histórica
● A idade de Jó é verossímil com a dos patriarcas.
● O apóstolo Paulo também faz referência ao livro de Jó.
Informações adicionais:
O livro de Jó possui 42 capítulos encerrando 1.070 versículos e mais de
10.000 palavras. Dos 1.070 versículos, 1066 são históricos e quatro de profecia,
sendo uma cumprida e três ainda por se cumprir. No livro são explicitados 13
mandamentos, feitas 329 perguntas e, interessantemente, nenhuma respostas é
apresentada no livro. Quanto à riqueza literária do texto, tamanha é a grandeza dos
temas abordados que há hermeneutas que propõe a tese de que o autor teve
de criar vocábulos para retratar os sentimentos do patriarca.
Esboço do livro:
1. O propósito cósmico divino do sofrimento
a. A boa reputação de Jó, atestada por Deus
b. Os diálogos entre Deus e Satanás
c. Amigos de Jó tentam consolá-lo, porém possuem uma teologia ruim
d. Os lamentos de Jó: nos quais ele não se torna pecador
3. Epílogo:
a. Auto realização de Jó
b. Oração de Jó pelos amigos
c. Restauração de Jó
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A teologia do livro de Jó:
William Albright deduz em seu livro The Archeology of Palestine que o significado m
ais profundo nome de Jó seja “Onde está o Pai? Porque é para ele que devo
voltar”. De fato, a fidelidade de Jó é demonstrada pela sua submissão a Deus.
O ponto central do livro é o amor a Deus pelo simples fato de Deus ser
Deus, e não por quaisquer benefícios que Ele possa conceder a seus servos.
Fica evidente em todo o texto que Deus não é um meio para um f im, mas o
próprio fim em si mesmo. Ora, uma vez que o amor do homem a Deus não
deve estar condicionado a bênçãos, as adversidades da vida, sejam elas quais
forem, não carregam motivos para abalar a nem nossa fé, nem nosso
relacionamento com Deus.
Até mesmo quando Jó anseia pela morte, ele ainda coloca Deus acima de si,
considerando Sua mão esmagadora uma bênção protetora. “Se tão somente fosse
a tendido o meu pedido, se Deus me concedesse o meu desejo, se Deus se
dispusesse a esmagar-me, a soltar a mão protetora e eliminar-me!” (Jó 6:8,9)
Mas quem é Deus para que exija a submissão dos homens? Jó responde a
isso também. Vide, por exemplo, o discurso Divino que se estende do capítulo
39 ao 40. Nele, Deus estabelece sua autoridade apelando para o fato de que Ele,
ele apenas Ele, é o Criador soberano.
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A cristologia em Jó:
Jó sente-se desolado, mas jamais renega a Deus. Assim, sem ter a quem
recorrer, ele clama pelo mediador e, portanto, aponta m essianicamente para a
vinda de Cristo. Vide 1Tm 2:5: Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre
Deus e os homens, Cristo Jesus.
Considerações finais:
Søren Kierkegaard vai dizer que o segredo do livro de Jó, a f orça vital, o ponto
central, a ideia é q ue apesar de tudo, Jó está certo. No fim das contas, a m
ensagem central do texto é a mesma de toda a Bíblia: Deus. É o foco na esperança
que há em Deus que dá forças ao homem, de forma que nem mesmo o diabo pode
atentar contra a salvação dos fiéis. É como dizia Lutero: o diabo é um cão selvagem
na coleira de Deus.
É importante notar que os “cânticos” dos Salmos não são apenas músicas ou
cantigas, mas sim orações e profundas expressões de louvor da alma.
Autoria:
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● Salomão: escreveu os salmos de número 72 e 127. Algo interessante a se notar é
que há poucos salmos de sua autoria, apesar de seu conhecimento e sabedoria.
● Filhos de Coré: autores de dez salmos (Sl 42, 44, 45, 47, 49, 84, 85, 87 e 88).
Datação:
É interessante notar que uma quantidade tão ampla de autores vindos dos mais
variados períodos e contextos gerar um texto não uníssono é por si só atestado da
veracidade do relato bíblico. Em cada um dos autores a mensagem doca na mesma
pessoa: o messias.
Especificações técnicas:
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● Mizmor: vem do termo Zamar que significa cantar. No livro, 57 salmos
recebem esse título.
● Shir: significa cântico ou, mais especificamente, ode. 30 salmos carregam esse
título. Shir pode aparecer em combinação com Mizmor (Sl 46) ou Maaloh
(degraus) nos Cânticos de Rom agem (Sl 120-134).
● Tephillah: significa “oração”, mas indica algo mais complexo que uma simples
reza. O termo implica uma oração poética, racional e profunda e aparece em
cinco salmos (Sl 17, 86, 90, 102, 142).
● Apontam a autoria
● Alamot: plural da palavra hebraica Almar que significa virgem, o que indica um
coral feminino ou vozes de soprano. (Sl 41:6).
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Aqui, colheita também pode ter um significado alegórico. (Sl 57, 59 e 75).
● Jitit: acredita-se que o termo faça referência a “alguém natural de Gate” ou,
talvez, aos instrumentos típicos da região ou seu estilo musical. (Sl 81, 84 e 88).
possa sinalizar uma pausa na música. Aparece cerca de 70 vezes nos salmos.
(Sl 45 e 69). Cada uma dessas especificações técnicas serve para nos dar uma
noção mais ampla e completa do contexto original no qual os salmos foram
apresentados.
Categorização:
● Salmos históricos
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● Salmos proféticos
● Salmos messiânicos
Salmos messiânicos apontam, como o nome sugere, para o messias até então ainda
vindouro. Nesses textos podemos encontrar descrições do ministério de Cristo
enquanto rei, sacerdote e justo sofredor.
● Salmos imprecatórios:
Salmos que evidenciam a ira justa contra o mal. O termo significa “maldizer”,
o que revela certo grau de imaturidade teológica por Jesus no Novo
Testamento. Salmos desse tipo são a expressão de indignação de homens e
mulheres levada a Deus, posta sobre o altar para que haja a possibilidade de
perdão.
Estrutura do livro:
● Livro III: cont ém os Salmos de número 73 a 89. Tanto o tetragrama YHWH (44
vezes) quanto o nome Elohim (57 vezes) aparecem com mais ou m enos a m esma
frequência.
● Livro IV: contém os Salmos de número 90 a 106. Aqui o tetragrama YHWH (103
vezes) é novamente predominante ao termo Elohim (19 vezes).
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Tamanha densidade de termos de referência a Deus não podem significar outra
coisa que não seu papel de centralidade no Livro dos Salmos. Todo salmo aponta
pra Deus.
LIVRO DE PROVÉRBIOS:
A BELEZA DA SABEDORIA
Sobre o título:
Autoria:
É dito que Salomão escreveu cerca de 3000 provérbios, mas apenas os que estão
na Bíblia chegaram até nós. Certamente isso serve para nos mostrar que não
é o acúmulo de conhecimentos que nos torna sábios.
Datação:
Acredita-se que o Livro dos Provérbios tenha sido escrito num longo intervalo
de tempo, desde 950 a.C. a cerca de 725 a.C.
Objetivos do livro:
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Estrutura literária:
● Disposição em pares:
● Disposição em grupos:
Acontece quando o texto tece uma série de ideias acerca do mesmo tema, formando
pequenos grupos referentes ao mesmo assunto. Ex: Pv 25:2-7 (a Glória de Deus),
Pv 26:1-12 (o insensato), Pv 26:13-16 (o preguiçoso), Pv 31 (a mulher
extraordinária).
● Epigrama:
● Soneto:
● Monólogo dramático:
Acontece quando o autor personif ica objetos ou ideias abstratas e faz deles o
narrador do texto. Ex. “Grita na rua a Sabedoria, nas praças, levanta a voz; do alto
dos muros clama, à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras: Até
quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedor es, desejareis o
escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?” (Pv 1:20-22)
● Acróstico:
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importância do alfabeto de do conhecimento gramatical na cultura hebraica. Ex: O
trecho da Mulher Virtuosa (Pv 31:10-31)
Breve esboço:
1. Primeira parte:
2. Segunda parte:
3. Terceira parte:
4. Quarta parte:
A sabedoria em Provérbios:
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Quanto mais buscamos o conhecimento de Deus, mais nos aperfeiçoamos na
caminhada da fé. Aperfeiçoamento é o termo principal. Aperfeiçoar invoca a
ideia de santificar-se. O termo é o mesmo empregado em Efésios como objetivo
dos dons ministeriais.
A terminologia de Provérbios:
● O insensato: o termo aqui não trata de uma vítima ingênua que acaba caindo na
falta de conhecimento, mas sim de uma escolha racional e deliberada de se
tornar um princípio de desunião entre as pessoas.
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● Escarnecedor (lits): termo atribuído ao desordeiro, alguém q ue zomba – ou
escarnece -da correção.
● Ambos fazem parte do conjunto de livros poéticos: fica evidente na leitura dos dois
textos a beleza artística e poética da qual os autores fazem uso para transmitir seus
ensinamentos.
● Salmos versa sobre o relacionamento do homem com Deus, isto é, algo orientado
na verticalidade. Já Provérbios trata sobre as relações dos homens com os homens,
num plano horizontal. Provérbios nos mostra que o cristão não pode cometer o erro
de tentar se isolar, uma vez que o cristianismo é uma fé comunicativa.
Considerações finais:
ECLESIASTES:
POESIA E FILOSOFIA DE UM PREGADOR
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Título:
Autoria:
Em seu tempo, o povo de Israel foi liderado por t rês tipos de líderes
espirituais: os sacerdotes, os profetas e os sábios, dentre os quais havia
Salomão. A época de Salomão é conhecida como o início do período áureo da
literatura de sabedoria hebraica.
Datação:
Conteúdo:
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vê o fim de todos os homens, e os vivos o
alegria.”
(Eclesiastes 7:2-4)
O autor versa sobre tudo o que encontre debaixo do Sol, e admite em toda a
sabedoria e humildade que a vida não tem sentido fora de Deus. Não faz
sentido viver a vida por si mesma, é apenas vaidade, é correr atrás do
vento. Viver só pode fazer sentido quando se vive em Cristo. Novamente, Ele é
a solução para o problema.
A Teologia em Eclesiastes:
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Eclesiastes também evidencia o caráter criador de Deus: o texto f az referência
a Gênesis quando diz: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes
que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: não tenho neles
prazer;” (Ec 12:1).
Título:
Autoria:
O autor mais provável para o livro de Cantares é o rei Salomão. Há quem diga que
o texto foi escrito acerca de Salomão, e não sobre ele, uma vez que o escritor
emprega termos estrangeiros em sua obra.
Há ainda outros pontos que implicam a autoria de Salomão: 1 Reis 4:32 nos
mostra que ele compôs mil e cinco cânticos. O autor também demonstra
conhecimento sobre diversos tipos de plantas, animais e saberes geográficos
apontam para um autor versado em questões intelectuais. A tradição judaica
também considera Salomão como o autor, e seu estilo literário remete
assemelha-se muito ao de Eclesiastes e Provérbios.
Datação:
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Conteúdo:
Interpretação:
Contribuições singulares:
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Breve esboço:
2. Dia do casamento:
3. Eventos posteriores:
Relações intertextuais:
Deus cria adão e percebe que “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18),
fazendo-o (e a partir dele) uma companheira e ajudadora.
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● O Livro de Mateus: o Novo Testamento, iniciado em Mateus, começa com a
genealogia de Jesus, passando por inúmeros casamentos que se estendem até a
época de Abraão.
● O Livro de Apocalipse: passando para o livro final da Bíblia Sagrada, podemos ver
o amor e o casamento retratados em Apocalipse na união cósmica do Cordeiro e
Sua Noiva, a Igreja.
● A Lição de Jó: Jó nos ensina que j amais estamos distantes do olhar de Deus.
Este é um livro que nos trás conforto e esperança. Nele percebemos que o
próprio Deus é testemunha de nossas vidas, que e é Ele quem est á no controle.
Com Deus no centro de nossas vidas, a existência humana não é um
constante desespero. A segurança de se estar sob cuidado divino possibilita que
resistamos a qualquer tipo de crise que possa se levantar. Ao olhar do Senhor,
nossas vidas são como poesias que cantam Sua glória.
● A Lição de Cantares: não é digno ao homem viver sem amor. O Cântico dos
Cânticos de Salomão transpira amor em cada página. Figurada ou literalmente,
o texto versa sobre a mais pura e bela expressão de amor e afeto.
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