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O sistema de contabilização por cargas e descargas tem esse nome porque diz respeito ao ciclo em

que alguém é encarregado de dar uso aos bens/dinheiro (cargas) e dar o fim a esse bem/dinheiro
que lhe foi encarregado, seja utilizando-o por inteiro OU entregando-o para um próximo (descargas).

Algumas características desse sistema que PODEM ser comparadas com as organizações do clero
regular católico são:

Segregação de tarefas – as congregações do clero eram caracterizadas por terem uma regra onde
tipicamente eram descritas cada uma das funções que um mosteiro deve ter e disposições quanto a
organização da vida (espiritual e temporal).

Responsabilidade individual – cada função com responsabilidade de movimentação de dinheiro ou


bens teria que estar detalhadamente escrita e se falhas fossem detectadas, os responsáveis
deveriam sofrer punições espirituais e temporais.

Segregação de funções - quem recebe nunca paga, quem armazena nunca paga nem recebe, rotação
de funções obrigatória e sempre haviam comunidades religiosas suficientes para seguir essa
segregação de funções.

Prestação regular de contas – contas depois de apuradas eram tornadas públicas aos membros da
comunidade e com certa periodicidade.

Rastreabilidade de todas as operações - existiam livros de recibos para todas transações ou


transferência de ativos.

Trabalho contabilístico dividido por várias pessoas - não havia especialização em nenhuma área e o
registro daquilo que se recebe e que se entrega era natural e de fácil disseminação.

Livros de contas com formato pré-determinado – formato dos livros de contas era pré-determinado,
sendo proibido inovações para facilitar a comparação de contas entre vários mosteiros diferentes.

Ausência dos conceitos de lucro e capital – como essas comunidades tinham vinculo vitalício e
objetivos de longo prazo, não fazia sentido haver distribuição de lucros individuais. Princípio da
sustentabilidade era muito utilizado, solidariedade entre mosteiros era muito comum.

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