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Aula 2

Agentes causais
Ciclo de relações Patógeno – Hospedeiro
Triângulo da doença
Suscetibilidade, abundância,
estágio de desenvolvimento, etc.

Quantidade de inóculo,
Virulência, etc. Temperatura, humidade
Agentes causais

Abióticos Bióticas

1. Fungos
1. Temperatura
2. Bactérias
2. [CO2]
3. Fitoplasmas
3. Poluição
4. Nematodos
4. Excesso de água
5. Vírus
5. pH inadequado...
6. Viróides
7. Oomicetos
Doenças não-infecciosas
8. Protozoários
9. Plantas superiores

Doenças infecciosas
Agentes causais: Fungos (Revisão)
Características dos Fungos
Estruturas somática = hifas septadas ou não septadas
Micélio = conjunto de hifa

Parede celular = quitina e glucano


Reprodução = esporos seuais ou assexuais

Principais grupos de fungos:


Zygomicetos
Ascomicetos Reprodução sexuada e assexuada
Basidiomicetos

Fungos mitospóricos: reprodução assexuada


Chromistas: Oomicetos

Ex: phytophthora infestans, Míldio da videira,

➢Hifas não septadas


➢Parede celular = celulose e glucano
➢Esporos assexuais móveis (zoósporos) + esporos seuais
Características dos procariotos: Bactérias e Molicutes
Bactérias (Revisão)
❖Procariotos unicelulares com parede celular, desprovidos de organelas
protegidas por membrana (núcleo e mitocóndria).

❖Material genético constituido por um cromossomo: algumas possuem


plasmideo.

❖Muitas bactérias possuem flagelo.

❖Muitas bactérias secretam polissacarídeos


- EPS (cápsula) que estão envolvidos no processo da doença.
❖Reproduzem por fisaaão binaria
Molicutes
❖Procariotos uncelulares, Sem parede celular, desprovidos de organelas protegidas por
membrana (núcleo e mitocóndria)
❖Pleomórficos - Sem forma definida
❖Fastidiosa: não crescem em meio de cultura ou necessita de meio complexo para tal
❖Reproduzem por fissão binária

Principais molicutes:

Fitoplasmas Espiroplasmas
O que é parasitismo?

E patogenicidade?
Quais são as fases de vida de um fitopatógeno parasita não obrigatório?
Quais são as fases de vida de um fitopatógeno parasita não obrigatório?

Patogênese

Saprogênese
Parasitismo e patogenicidade

O patógeno da mancha amarela do trigo, Drechslera tritici-


repentis, sobrevive em restos culturais. Massua população
declina rapidamente quando há incorporação dos restos ao solo.

Rhizoctonia solani é basidiomiceto habitante do solo que causa


doença em centenas de espécies plantas.

Quanto à forma de nutrição predominante durante o ciclo de vida, em que se diferem


D. tritici-repentis e R. solani?
Parasitismo e patogenicidade
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro
Cancro cítrico: Xanthhomonas citri subs. citri
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro
Formas de sobrevivência: Fungos e Procariotos

1 . Estruturas de resistência
a) Escleródios – enovelados de hifas

Sclerotinia sclerotiorum. Morfo branco

b) Clamidosporos – células da hifa ou esporos com parede celular espessa.


( Exserohilum turcicum: mancha foliar do milho)
(Fusarim spp. Podridão da espiga do milho)
Formas de sobrevivência: Fungos e Procariotos

1 . Estruturas de resistência

c) Oósporo e) Ascocarpos

Esporo sexual de Oomiceto co parede espessa

d) Teliósporos Procariotos
Esporos de resistência de bactérias: Streptomices scabies:
sarna da batata
2. Plantas hospedeiras
Tecido doente 3. Atividade saprofiticas
Sementes

Cancro cítrico
Algumas bactérias Peritécio de Fusarium
Carvão do trigo
Fungos, oomicetos, bactérias, nematóides*[biotróficos]

4. Vetor
Ferrugem do cafeeiro

Cigarrinhas
Psilídeo (Diaphorina citri)

Greening Bactérias, vírus

Fungos, oomicetos, bactérias,nematodos, vírus


Ciclo das relações patógeno-hospedeiro
Disseminação

Vento Chuva Vento-Chvas: aerossol Inseto irrigação

Faca
Sementes Mudas infectadas Roupa - botas Implementos agricols Tesoura-poda
Disseminação por Aerossol: Bactérias
Disseminação por vetores: procariotos

Habitantes do Xilema
Xylella fastidiosa
- vetor: cigarrinhas –transmissão persistente
2h período aquisição e transmissão- toda vida
Xylella/ xilema

Habitantes do floema
Fitoplasmas e espiroplasmas.
- Vetor cigarrinha Cigarrinha
- Transmissão persistente propagativa toda a vida

Candidatos liberbacter
- Vetor: Psilideo
- Transmissão persistente propagativa - toda vida Psilideo(Diaphorina citri)
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro
Infecção - penetração

• Fungos e oomicetos podem ‘forçar a entrada’ no tecido vegetal, ou


aproveitar aberturas naturais e ferimentos

Penetração direta

Penetração indireta
Penetração de fungos

Penetração direta
Penetração através de aberturas naturais: Estômatos, hidatódios, estigmas e lentcelas

Uredósporo do fungo da ferrugem do feijoeiro formando apressório

Uredósporo, tubo germinativo e apressório sobre estomato fechado

Apressório sore estomato aberto


Penetração de Procariotos
Bactérias se movimentam e são carreadas em meio aquoso e penetram por aberturas
no tecido vegetal.

Penetração indireta
Infecção
Em função as relações nutricionais estabelecidas pelo hospedeiro pode-se classificar o
patógeno em três grupos(luttrell, 1974; Parbery, 1996): Biotróficos, Necotróficos e
Hemibiotróficos

1. Biotróficos – fontes de nutrientes são tecidos vivos do seu hospedeiro.

❖Fazem parte todos os vírus, viroides, e os fitoplasmas, algumas bactérias, fungs


causadors de ferrugens, carvões, oídios e oomicetos causadores de míldios.

❖Extraem o seu alimento de celulas vivas com auxílio de uma estrutura especializada o
haustório(ex: Fungos e oomicetos), micelios inter ou intracelular (Ex: carvão) e por
indução da celulas para replicar a particula viral (ex: Virus).
Infecção –fungos parasitas obrigatórios biotróficos

❖Urediniósporo inoculado na folha -> absorção de água, fixação e germinação ->


extensão do tubo germinativo -> formação do apressório sobre o estômato ou célula
epidérmica.

❖ Hifa infectiva ou de penetração atravessa a epiderme - > hifas crescem entre as


células e emitem haustórios - > patógeno inicia a comunicação bioquímica com o
hospedeiro e sua nutrição.

Fungos causadores de ferrugens


Infecção –fungos parasitas obrigatórios biotróficos

❖ Conídio inoculado na folha -> absorção de humidade, fixação e germinação -> extensão
do tubo germinativo -> formação do apressório sobre uma célula epidérmica

❖Hifa infectiva penetra diretamente a célula epidérmica e emite um haustório - > patógeno
inicia a comunicação bioquímica com o hospedeiro e sua nutrição - > hifas crescem na
superfície do tecido vegetal.

Digestão pontual da parede


celular e força mecânica

Célula epidérmica responde


formando uma papila

Fungos causadores de oídios


Infecção – fungos parasitas não obrigatórios necrotróficos

2. Necotróficos – fontes de nutrientes são tecidos mortos.

❖ Caracterizam-se por apresentar importante actividade enzimática e


mesmo toxicogénica.

❖ No processo de patogénese dos necotróficos, quantidades


expressivas de enzimas extracelulares são liberadas de modo a
causar a maceração de tecidos localizados dentro do raio de acção
do organismo.
Infecção – fungos parasitas não obrigatórios necrotróficos

❖Ascósporo inoculado na folha - > absorção de água, fixação e germinação - > extensão
do tubo germinativo e formação de hifas - > degradação enzimática da epiderme e
invasão do tecido vegetal

Sclerotinia sclerotiorum – causa mofo branco


Infecção – fungos parasitas não obrigatórios hemibiotróficos

Hemibiotróficos- inicia a infecção como biotrófico, mas colonizam o


hospedeiro como necotróficos.

❖Retiram os nutrientes por meio de uma estrutura especializada,


denominada de Visícula.

❖Após o estabelecmento das relações parasitárias estáveis, o patógeno


produz hifas secundárias, que passam a colonizar as células adjacentes à
infectadas de forma necotróficas.
Infecção – fungos parasitas não obrigatórios hemibiotróficos
❖ Conídio inoculado na folha -> absorção de água, fixação e germinação -> extensão do
tubo germinativo -> formação do apressório melanizado sobre uma célula
epidérmica.
❖Hifa infectiva penetra diretamente a célula epidérmica e forma uma hifa primária
intracelular - > patógeno inicia a comunicação bioquímica com o hospedeiro e sua
nutrição - > hifas secundárias são formadas e passam a invadir o tecido e induzir a sua
morte.

Fungos causadores de antracnose:


Gênero Colletotrichum
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro
Clonização dos fungos

b) Sub-cuticular. Ex: Sarna da macieira


a) Superfície. Ex: Oídio
e) Xilema.
Ex: murcha de Fusarium

c) Intracelular d) Intercelular. Ex: Ferrugens


Colonização: Procariotos
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro

Reprodução
➢ Externamente
➢ No interior de tecidos

Fungos:
micélio, esporos sexuais e
assexuais
Bactérias: fissão binária
Colonização e Reprodução
• No caso de doenças de parte aérea causadas por fungos, oomicetos, podemos
definir alguns termos:
Período latente Vs Período de incubação

Perído de Latência
NB: O período latente de um patógeno pode estar relacionado à resistência do
hospedeiro. Quando em condições favoráveis de ambiente e sob pressão de raças
agressivas do patógeno, diferentes variedades de uma espécie vegetal podem ser
classificadas em diferentes níveis de resistência, de acordo com duração da latência do
patógeno em questão.
Doenças mono e policíclicas

Ciclo primário - > inóculo que sobreviveu na ausência do


hospedeiro é disseminado e inicia as primeiras infecções.

❖ Ao fim da reprodução - > patógeno pode passar


para a fase de sobrevivência até a próxima safra.

❖ Doenças caracterizadas pela predominância


apenas do ciclo primário durante a safra são
chamadas monocíclicas, ex: mofo branco.
Doenças mono e policíclicas

❖ Há casos onde o inóculo gerado na fase de


reprodução (sinais) é disseminado e infecta
outros tecidos, originando ciclos
secundários.
❖ Doenças caracterizadas pela ocorrência de
ciclos secundários durante a safra são
chamadas policíclicas, ex: ferrugem asiática
da soja.

Inóculo primário Inóculo secundário

Fonte de inóculo
Fonte de inóculo
Doenças mono e policíclicas

Em geral, doenças monocíclicas são:


❖ Causadas por patógenos habitantes do solo [murchas, podridões].
❖ Ou patógenos que só infectam os hospedeiros durante um curto período de tempo
[ex:. durante o florescimento].
❖ Ou doenças onde o período latente seja muito extenso em relação à duração do ciclo
da cultura.

As doenças policíclicas são:


❖ Geralmente causadas por patógenos de parte aérea [manchas foliares, antracnoses,
oídios, ferrugens, míldios].
❖ Patógenos capazes de infectar os hospedeiros durante amaior parte do ciclo da cultura
❖ Ou doenças onde o período latente é bem inferior à duração do ciclo da cultura.
MANCHAS FOLIARES E DE FRUTOS
Importância
❖Ocorrem em folhas, ramos, flores e frutos

DANOS

Quantitativos Qualitativo

Redução da área Aparência do


fotossintética e desfolha produto (frutos)
Importância

❖ Destruição do tecido Folhas, caules, ramos, flores e frutos

❖ Interferência na fotossíntese

❖ Redução do desenvolvimento vegetativo e reprodutivo

❖ Desfolha
Etiologia

Bactéria: Método de exsudação microscópica em gota

Fungos ascomicetos: estruturas assexuais e sexuais


❖ Patógenos necrotróficos

❖ Saprotróficos facultativos

❖ Patógenos com ou sem especificidade pelo hospedeiro


Sintomatologia

Sintomas
❖ Manchas necróticas: variações quanto ao tamanho, formato e coloração

Sinais
❖ Importantes para a diagnose: estruturas variam conforme o patógeno
Doenças, sintomas e sinais

Varíola do Papaeira (Asperisporium caricae)


Doenças, sintomas e sinais

Brusone do arroz (Pyricularia oryzae)


Doenças, sintomas e sinais
Mancha parda do arroz (Bipolaris oryzae)
Doenças, sintomas e sinais

Mancha alvo da soja (Corynespora cassiicola)


Doenças, sintomas e sinais

Alternariose ou Pinta Preta do Tomateiro (Alternaria linariae)


Doenças, sintomas e sinais

Alternariose ou Pinta preta da batateira (Alternaria grandis)


Doenças, sintomas e sinais
Alternariose ou Mancha púrpura do alho e da cebola (Alternaria porri)
Doenças, sintomas e sinais
Septoriose do tomateiro (Septoria lycopersici)
Doenças, sintomas e sinais

Sarna da macieira (Venturia inaequalis)


Doenças, sintomas e sinais

Mancha angular do feijoeiro (Pseudocercospora griseola)


Doenças, sintomas e sinais

Sigatoka Amarela (Pseudocercospora musae)


Doenças, sintomas e sinais

Sigatoka negra (Pseudocercospora fijiensis)


Epidemiologia

❖ Doenças policíclica

❖ Condições que favorecem as epidemias:


- Temperaturas altas e elevada humidade relativa
- Fontes de inóculo: restos culturais, sementes e mudas, hospedeiros alternativos

❖ Dispersão de inóculo: vento, água, insetos, animais e sementes


Controlo

❖ Uso de variedades resistentes

❖ Uso de material propagativo sadio

❖ Aplicação de fungicidas
- protetores (cúpricos, ditiocarbamatos, clorotalonil) e
- sistêmicos (benzimidazóis, triazóis, estrobilurinas)

❖ Controlo cultural
- Maneio da irrigação, densidade de plantas, rotaçãode culturas, eliminação de
restos culturais, nutrição mineral e podas em frutíferas

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