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UNIDADE CURRICULAR:

CÓDIGO: 11059

DOCENTE: Seminário de Prática Pedagógica do Grupo 530 (Educação


Tecnológica)

A preencher pelo estudante

NOME:

N.º DE ESTUDANTE:

CURSO: Curso de Profissionalização em Serviço (edição 2018/19)

DATA DE ENTREGA: 29 de março de 2019


Seminário de Prática Pedagógica do Grupo 530

Índice

Resposta 1 ___________________________________________ 2

Resposta 2 ___________________________________________ 3

Resposta 3 ___________________________________________ 3

Bibliografia ___________________________________________ 6

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Resposta 1

A gestão curricular realizada pelo professor implica uma (re)construção do currículo,


tendo em conta os seus alunos e as suas condições de trabalho. Exprime-se em dois
níveis principais: um nível “macro” que está relacionado com o currículo estabelecido
a nível nacional e um nível “micro” decisões tomadas individualmente pelo professor
na sua disciplina em contexto de sala de aula.

Exercendo a minha atividade como docente no Curso profissional de Manutenção


Industrial, tendo este como caraterística um currículo modular, permitindo assim
maior flexibilidade e respeito pelos ritmos de aprendizagens de cada um dos alunos.
Assim, todos têm a possibilidade de acederem ao currículo através de ações
pedagógicas, nas quais se tem em conta um primeiro momento, as dificuldades
especificas das aprendizagens desses alunos para, num segundo momento, poderem
concretizar as ações pedagógicas de forma a superar as suas dificuldades e
conseguirem atingir os objetivos propostos.

Como professora posso e devo fazer uma gestão curricular flexível e diferenciada do
currículo, respeitando sempre o currículo formal determinado pelo sistema de ensino,
este serve como base do conteúdo que vou ensinar em forma real. Assim, o currículo
real que é constituído pela prática do ensino do professor e o currículo formal que é
o que está a ser aprendido pelos alunos.

A minha gestão curricular parte sempre do currículo formal, onde coloco as seguintes
questões: O que ensinar e porquê? Como e quando? Com que meios? Com que
organização? Quais os resultados?

Esta gestão curricular assenta, de modo geral, em dois elementos, a realização dos
trabalhos práticos e as estratégias utilizadas. Assim, no início de cada módulo
planifica-se um conjunto de trabalhos, ao longo da sua concretização procura-se
desenvolver um caminho de aprendizagens criadas de forma a que os alunos pensem
nas ideias e consigam pô-las em prática através dos vários processos estudados, de
maneira a cumprirem os objetivos que foram propostos para a realização do módulo.
Contudo, já ocorreu várias vezes, em que determinados alunos não correspondem
ao desafio proposto, perante esta vicissitude, aos alunos que apresentam mais
dificuldades em acompanhar a trajetória vou aplicar uma nova estratégia, de maneira
a que eles consigam acompanhar o caminho das aprendizagens. Assim, pegando na
trajetória inicial, vou contruir um conjunto de ajudas (apoios individualizados),
materiais, novos trabalhos com um grau de dificuldade diferente ou passos
intermédios que permitam aos alunos envolvidos superarem os obstáculos e
conseguirem alcançar os objetivos propostos.

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Resposta 2

Na minha opinião a educação inclusiva é um modelo de Escola para todos os alunos,


independentemente das suas caraterísticas, sendo assim faz todo o sentido que
ocorra uma mudança nas práticas dos agentes educativo, tanto nas estruturas do
sistema de ensino ao nível organizacional como na flexibilidade da gestão curricular,
no sentido de adequarem o currículo às necessidades educativas de cada aluno, pois
sem ela não conseguimos proporcionar uma nova concessão de escola. Numa “Escola
Inclusiva” devemos ter respeito pelas diferenças e pela igualdade de oportunidades.
Por uma equidade educativa que garanta a igualdade no acesso e nos resultados,
sendo da responsabilidade da escola o reconhecimento e a satisfação das
necessidades dos alunos e que procure garantir o seu sucesso educativo através de
currículos diferenciados e adequados.

Os professores deverão estar atentos às dificuldades de cada aluno, só assim,


poderão promover uma adaptação dos programas para as necessidades específicas
de cada um em particular, tendo em conta precisamente a gestão flexível do
currículo. A flexibilidade do currículo não significa simplificá-lo ou reduzi-lo, mas sim
torna-lo mais atingível, tendo, como principal objetivo um ensino de qualidade para
todos. Para ir de encontro a todos os alunos, o currículo não deve ter só como base
a parte académica, mas também um desenvolvimento de competências relacionais,
comportamentais e sociais, adaptando os conteúdos e desenvolvendo estratégias que
vão de encontro às características dos alunos.

A educação inclusiva trabalha em duplo sentido, prepara o aluno para a sociedade e


prepara a sociedade para o aluno.

Resposta 3

Diário Aula: Dia onze de março de 2019 lecionei a aula da disciplina de Desenho
Técnico – Módulo 3. A aula teve uma duração de noventa minutos, apoiada num
plano de aula com os seguintes objetivos: conhecer as normas utilizadas em desenho
técnico, compreender as projeções ortogonais de um objeto dado em perspetiva e
desenvolver uma autonomia pessoal alicerçada a aprendizagem técnica, utilizando
como prática pedagógica uma aula expositiva apoiada com recursos audiovisuais e
computacionais e no final da exposição os alunos tinham de realizar uma ficha de
trabalho para consolidar a matéria dada.

No início da aula os alunos entraram muito agitados, acalmei-os e só depois deixei


que eles fossem buscar o material ao armário. Após terem todo o material preparado
em cima da mesa, liguei o projetor e projetei e expliquei as normas necessárias para
realizar o módulo 3, no entanto verifiquei que um conjunto de alunos (Miguel, João,
Daniel, André e Marco) estavam constantemente à conversa e a mexer no telemóvel,

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adverti os alunos mais que uma vez. O ambiente em sala de aula melhorou e comecei
a explicar as projeções ortogonais e aí sim iniciaram os meus problemas, verifico que
os alunos estavam com dificuldades na visualização espacial das projeções utilizando
o método europeu. Tentei explicar de várias formas, mas não consegui que os alunos
compreendessem a matéria.

Olhando para o relógio verifiquei que faltava vinte minutos para a aula terminar e
que não valia a pena distribuir a ficha de trabalho. De seguida fui à minha biblioteca
digital e jogamos um jogo no Kahoot com o objetivo de consolidar a matéria dada
em aulas anteriores. Tocou para saída e os alunos arrumaram os seus materiais e
saíram calmamente da sala.

Ao refletir sobre as situações apercebi-me que os alunos tinham tido algumas


dificuldades, tais como, na aquisição e aplicação dos conhecimentos a nível das
aprendizagens e revelaram atitudes menos corretas a nível do comportamento, como
por exemplo conversas paralelas e a utilização indevida dos telemóveis.

Apesar da aula ter sido bem planeada e com uma boa organização, não consegui que
os objetivos fossem alcançados de forma satisfatória, tendo que alterar o plano de
aula. Perante estas dificuldades tive a necessidade de planear uma nova aula, criando
novas estratégias para superar estes dilemas.

Ao fazer um novo plano de aula com outros objetivos, mas mantendo as projeções
ortogonais, tive em conta a reformulação da minha prática letiva com esta turma a
nível da aprendizagem e do comportamento.

Diário Aula: Na aula do dia 15 de março de 2019, iniciei a aula com regras novas, os
alunos colocaram os telemóveis dentro de uma caixa até ao final da aula, resolvendo
assim o problema do comportamento com sucesso.

A nível das aprendizagens optei por uma aula expositiva recorrendo a exemplos
palpáveis e de fácil visualização e compreensão. Para isso foi construído um cubo de
acrílico com as faces transparente e coloquei no seu centro um dado e desenhei em
cada face do cubo a respetiva vista ortogonal e ao abrir o cubo os alunos visualizaram
a projeção das seis vistas. De seguida, os alunos realizaram um exercício prático
escolhendo um protótipo de peças feitas por mim em esferovite e que cada vista tem
uma cor diferente, para se tornar mais fácil a sua visualização.

Com estas medidas adotadas consegui alcançar com satisfação os objetivos


propostos, captando atenção dos alunos de forma positiva, tornando-os mais
participativos e interessados na matéria de forma a prosseguirem o seu curso com o
sucesso pretendido.

Estando a falar de um curso profissional, cujo um dos objetivos é preparar os alunos


para o mercado de trabalho e para isso devemos trabalhar várias competências, tais

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como, o saber técnico, científico e tecnológico, mas também e de grande relevância


o relacionamento interpessoal, o desenvolvimento pessoal e autonomia. Estas são
fundamentais para a sua formação profissional, que por sua vez este processo é
considerado uma ferramenta importante na inclusão social dos jovens, visando a
independência económica, valorização e realização pessoal, uma vez que fomenta a
integração dos alunos no mercado de trabalho. Na formação profissional não se
trabalha só as competências profissionais, mas também relacionais,
comportamentais e sociais.

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Bibliografia

Decreto-Lei n.º 54/2018 - Diário da República n.º 129/2018, Série I de 2018-07-06,


Educação - Gabinete do Secretário de Estado da Educação, Portugal

Decreto-Lei n.º 55/2018 - Diário da República n.º 129/2018, Série I de 2018-07-06,


Educação - Gabinete do Secretário de Estado da Educação, Portugal

Roldão, M. C., & Almeida, S. (2018). Gestão curricular para a autonomia das
escolas e professores. Lisboa: Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação.to
Editora.

Roldão, M. C. (1999). Os professores e a gestão do currículo. Porto: Porto Editora.

Mónica, M. F. (Coord.) (2014). Mais diários de uma sala de aula: quatro


professoras. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Zabalza, M. A. (1994). Diários de aula: contributo para o estudo dos dilemas práticos
dos professores. Porto: Porto Editora.

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