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N-2056 FEV / 85

DETERMINAÇÃO DE TEOR DE C3 E C4
EM NAFTA LEVE POR CROMOTOGRAFIA

Método

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
Recomendada].
SC - 20
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Técnicas Analíticas
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
de Laboratório
Autora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS
N-2056
Fev 85

DETERMINAÇÃO DE TEOR DE C3 E C4 EM NAFTA


LEVE POR CROMOTOGRAFIA
(método)

1 OBJETIVO

Esta Norma fixa o procedimento para determinação, por


cromatografia com fase gasosa, do teor de C3 e C4 presentes em nafta
leve.

2 RESUMO DO ENSAIO

A amostra é injetada em uma coluna cromatográfica, onde a


separação é realizada por partição. As substâncias eluídas são
detectadas e os sinais correspondentes registrados e integrados. Após
a eluição do último pico, da faixa C4, faz-se a reversão de fluxo na
coluna para que todos os demais hidrocarbonetos sejam eluídos em
conjunto. As concentrações, em percentual de volume líquido dos
hidrocarbonetos integrantes das faixas C3 e C4, são obtidas
multiplicando-se o percentual em massa de cada componente pela razão
entre as densidades da amostra e a do componente.

3 APARELHAGEM

3.1 Cromatógrafo a Gás

Qualquer cromatógrafo a gás dotado de detector de ionização por


chama de hidrogênio e válvula de reversão de fluxo.

3.2 Registrador

Qualquer registrador potenciométrico apropriado para com


cromatógrafo a gás, com faixa de operação de 0-1 mV.

________________________
Propriedade da PETROBRAS Palavras-chaves:C3 - C4 - Nafta-leve.
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3.3 Integrador

Qualquer integrador eletromecânico ou eletrônico, analógico


digital.

3.4 Microseringa

De 10 microlitros de capacidade, com agulha adequada para


penetrar septos de borracha.

4 MATERIAIS E REAGENTES

Todos os gases devam ser de alta pureza e livres de contaminantes


que afetem a estabilidade do detector cromatográfico.

4.1 Ar comprimido.

4.2 Hidrogênio.

4.3 Nitrogênio.

4.4 Recheio da coluna contendo 30 % em massa de silicone DC-200


sobre Chromosorb P, 60-80 mash (Ver Anexo I).

Nota - Outras fases estacionárias apolares podem ser utilizadas no


preparo do recheio da coluna, tais como Apiezon L, OV-101 e SE-30,
sendo que o percentual dessas fases deve ser tal que ofereça uma
separação adequada para os componentes de interesse.

4.5 Tubo de Cobre ou Aço Inoxidável

De 0,32 cm (1/8”) de diâmetro externo e 9,0 m de comprimento.

5 EXECUÇÃO

5.1 Preparo da Coluna

5.1.1 Cortar um tubo de cobre ou aço-inoxidável de 9,0 m de


comprimento e 0,32 cm (1/8”) de diâmetro externo. Para eliminar subs-
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tâncias ou detritos aderidos às paredes internas do tubo, lavá-lo


sucessivamente com benzeno e mistura de álcool e éter etílico. Secar
com ar comprimido, isento de umidade, e introduzir um tampão de lã de
vidro em uma das extremidades do tubo. Enrolar o tubo de acordo com a
geometria do compartimento de colunas do cromatógrafo a ser
empregado, procurando adotar o maior raio possível e evitando que o
diâmetro do tubo seja deformado. Adaptar a extremidade do tubo
boqueado pela lã de vidro a uma linha de vácuo através de um
Kitasato e a outra a um funil, conforme mostrado na figura do Anexo
II. Encher a coluna com o recheio de silicone DC-200, vertendo-o
através do funil e vibrando o tubo durante esta operação, de modo a
assegurar uma compactação uniforme.

5.1.2 Quando a coluna estivar cheia, o que pode ser observado pelo
nível do recheio na haste do funil, deixá-la sob vácuo durante alguns
minutos e verificar se o nível se altera. Em caso afirmativo,
acrescentar mais recheio, repetindo esta operação tantas vezes
quantas foram necessárias, até que a altura do recheio permaneça
constante sob ação do vácuo. Desligar o vácuo, destacar a coluna do
funil e ajustar nesta extremidade um tampão de lã de vidro.

5.2 Condicionamento da Coluna

5.2.1 Instalar a coluna no cromatógrafo deixando desligada a


extremidade que vai ao detector, a fim de evitar sua contaminação
durante o período de condicionamento da coluna.

5.2.2 Usando nitrogênio como gás de arraste, ajustar a vazão para


17 ml/min. e programar a temperatura até 2000C, mantendo a coluna
nesta temperatura num tempo mínimo de 6 horas.

5.3 Ajuste das Condições de Análise

5.3.1 Terminado o período de condicionamento, deixar esfriar


aparelhagem e ajustar as seguintes condições de análise:

- temperatura da coluna: 300C;


- temperatura do injetor: 2200C;
- temperatura do detector: 2200C;
- gás de arraste: Nitrogênio;
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- pressão de gás de arraste: 60 psig;


- vazão do gás de arraste: 17 ml/min.;
- vazão de hidrogênio: 30 ml/min.;
- vazão de ar: 300 ml/min.

Nota - Utilizar as vazões para hidrogênio e ar recomendadas no manual


do fabricante do cromatógrafo.

5.3.2 Aguardar até que a aparelhagem alcance o equilíbrio, o que


será evidenciado por uma linha-base estável em condições de maior
sensibilidade.

5.4 Análise da Amostra

Injetar, no cromatógrafo, com microseringa refrigerada, cerca de


2 µl da amostra. Após a eluição do último pico de C4 (vide
cromatogramas-padrão, figuras 1 e 2 do Anexo III), reverter o fluxo e
aguardar a completa eluição da amostra. Obter as áreas de todos os
picos e efetuar os cálculos conforme indicado no item 6.

6 CÁLCULO

6.1 Empregar a fórmula a seguir, para calcular a porcentagem em


massa de cada componente.

Concentração, % massa = Ac x fc
At

onde: Ac = área do pico do componente multiplicada pela


respectiva atenuação;
fc = fator de resposta, em massa, para o detector de
ionização por chama de hidrogênio, específico para
cada componente;
At = soma das áreas de todos os componentes da amostra
multiplicadas pelos respectivos fatores e
atenuações

Nota - Uma vez que, para o detector de ionização por chama de


hidrogênio, os fatores de resposta, em massa, são semelhantes (quando
se trata de hidrocarbonetos não aromáticos presentes em nafta) eles
podem ser considerados iguais a 1,00.
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6.2 Para calcular o % vol-liq. dos hidrocarbonetos das faixas C3 e C4


empregar a fórmula a seguir:

% mc x d A
Concentração, % vol-liq. =
dC

onde mc = massa do componente;


dA = densidade da amostra, determinada experimentalmente;
dc = densidade do componente (Tabela I).

Tabela I
(Do Manual de Dados Técnicos da PETROBRAS)

Componentes Densidade relativa 60°F/60°F

propano 0,5077
propeno 0,5218
iso-butano 0,5631
n-butano 0,5844
isobuteno+buteno-1 0,6007*
buteno-2-cis 0,6272
buteno-2-trans 0,6100

(*) Média das densidades dos dois componentes.

Nota - No caso de nafta craqueada, para o cálculo do percentual


vol-liq. do propano+propeno, deve ser utilizada a densidade média dos
dois componentes.

7 PRECISÃO

Os dados obtidos na análise de uma amostra de nafta de destilação


direta e de uma nafta craqueada, realizando-se 12 determinações em
replicata para cada uma, encontram-se relacionadas nas Tabelas II e
III, respectivamente.
As áreas dos picos foram obtidas utilizando-se integrador
eletrônico.
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Dois resultados obtidos por um mesmo operador, pelo emprego deste


procedimento, não devem diferir em mais de que os valores listados na
coluna “Diferença Máxima”, no nível de concentração indicado e com
95 % de confiança.

Tabela II

Nafta de Destilação Direta

Componente % Massa Desvio Padrão Diferença Máxima


Propano 0,03 0,003 0,01
Isobutano 0,09 0,008 0,02
Butano Normal 1,47 0,031 0,10

Tabela III

Nafta Craqueada

Componente % Massa Desvio Padrão Diferença Máxima

Isobutano 1,05 0,027 0,09


Isobuteno+Buteno-1 1,24 0,030 0,09
Butano Normal 0,99 0,024 0,06
Buteno 2 Trans 1,26 0,036 0,12
Buteno 2 Cis 1,09 0,038 0,12

8 ANEXOS

Esta Norma possui 3 (três) Anexos.

__________________________
CONTEC - Subcomissão n° 20 - Técnicas Analítica de Laboratório.

Esta Norma reproduz dados do Manual de Dados Técnicos da


PETROBRAS.
Toda norma é dinâmica, estando sujeita a revisões. Comentários e
sugestões para seu aprimoramento devem ser encaminhados à Comissão de
Normas Técnicas da PETROBRAS - CONTEC - RJ.
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ANEXO I

PREPARO DO RECHEIO CE DC-200

Pesar 21,0 g de Chromosorb P, AW, 60/80 mesh, em cápsula de


porcelana com capacidade de 150 ml aproximadamente. Pesar, em becher
de 100 ml 9,0 g de silicone DC-200 e adicionar 50 ml de clorofórmio
p.a. agitando até completa dissolução. Verter a solução da fase
estacionária de uma só vez sobre o suporte. Colocar a cápsula de
porcelana sobre a chapa aquecida, de modo a evaporar o solvente
lentamente, agitando sempre, a fim de que o depósito da fase
estacionária sobre os grânulos do suporte seja o mais homogêneo
possível.
Quando tiver sido eliminado todo o solvente, levar o recheio a
uma estufa a vácuo, aquecida à temperatura de 500 C, por seis horas,
no mínimo.
Deixar esfriar em dessecador.

Nota - O preparo do recheio pode ser feito em um evaporador rotativo


com resultados equivalentes.

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