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Cultura e
Medidas de
Comportamento
Organizacional
Autor:
Flavinês Rebolo
Eveli Freire de Vasconcelos
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 84
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno!
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UNIDADE 1 - COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
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Figura 1 – As três dimensões do comportamento organizacional
Fonte: Elaboração própria
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compreender o que as pessoas fazem nas organizações e como esse
comportamento afeta o desempenho e o desenvolvimento organizacional. A
aplicação dos conhecimentos obtidos nesses estudos tem por objetivo que as
organizações trabalhem de forma mais eficaz, com maior produtividade e qualidade
e, também, visam à melhoria da qualidade de vida no trabalho dos indivíduos.
Wagner e Hollenbeck (2020), também considerando as três dimensões
fundamentais do comportamento organizacional, agrupam-nas em três grandes
áreas (micro, meso e macro-organizacional).
A área do comportamento micro-organizacional
tem como foco o indivíduo, e estuda questões
relacionadas aos seguintes aspectos: aprendizagem,
motivação, emoções, satisfação, percepções, entre outros
relacionados aos modos de ser e agir dos trabalhadores e
que afetam o seu desempenho e o comportamento
organizacional como um todo.
Fonte: http://migre.me/eo8FD
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Quadro 1 – Áreas e Ciências que contribuem para o estudo do
Comportamento Organizacional
Área Foco Origens Contribuições
Aprendizagem; Motivação;
Personalidade; Emoções;
Psicologia
Comportamento Percepção; Atitudes;
experimental,
micro- Indivíduos Liderança; Satisfação com
clínica e
organizacional o trabalho; Tomada de
organizacional
decisão individual;
Desempenho.
Comunicação,
Mudança comportamental
Psicologia
e de atitude;
social,
Comportamento Comunicação; Processos
Sociologia
meso- Grupos grupais; Tomadas de
interacionista,
organizacional decisão em grupo; Poder;
mais as origens
Conflitos; Comportamento
das outras duas
intergrupal.
áreas
Teoria da organização
formal; Tecnologia e
Sociologia,
Comportamento Mudança organizacional;
Ciência política,
macro- Organizações Cultura organizacional;
Antropologia e
organizacional Valores e atitudes
Economia
comparativos; Análise
multicultural.
Fonte: Adaptado de Wagner e Hollenbeck (2020) e Robbins, et al (2010, p.10).
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Exercício 1
1.2 Os Indivíduos
A área do comportamento micro-organizacional focaliza seus estudos no
indivíduo, entendido como um ser multideterminado. Para Bock, Furtado e Teixeira
(2018),
As propriedades que fazem do homem um ser particular, que fazem
deste animal um ser humano, são um suporte biológico específico, o
trabalho e os instrumentos, a linguagem, as relações sociais e uma
subjetividade caracterizada pela consciência e identidade, pelos
sentimentos e emoções e pelo inconsciente. Com isso, queremos
dizer que o humano é determinado por todos esses elementos. Ele é
multideterminado. (p. 176)
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BIOLÓGICA
(CORPO / ÓRGÃOS
O INDIVÍDUO
E METABOLISMO)
SOCIAL
(VALORES /
CRENÇAS /
COMUNICAÇÃO /
LINGUAGEM)
PSICOLÓGICA
(RAZÃO / EMOÇÃO /
CONSCIÊNCIA /
INCONSCIENTE)
1.2.1 Aprendizagem
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necessárias para que estabeleçam relações com o meio em que vivem. Nesse
sentido, é um aspecto de fundamental importância para a vida como um todo e para
a vida no trabalho. “Assim a aprendizagem no trabalho é aquela caracterizada como
um processo individual de aquisição de CHAs, que resulta na mudança de
comportamento, decorrente da interação social, situado em locais que ocorre
trabalho (CAIRNS e MALLOCH, 2011 apud ANDRADE, 2015. p.70)”
A aprendizagem é um processo complexo, que envolve aspectos cognitivos,
emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais e pode ocorrer de várias formas,
em diferentes contextos e por meio de diferentes processos mentais e relacionais.
Vamos estudar, a seguir, algumas dessas formas e processos.
Aprendizagem Formal: é aquela que ocorre de forma programada, com
objetivos relacionados ao ensino e à aprendizagem de conteúdos sistematizados,
com a presença de um educador ou professor e em contextos específicos, como
escolas, locais de treinamento das empresas, ambientes virtuais (educação a
distância).
Aprendizagem Informal: é aquela que ocorre por meio da interação com
grupos sociais (família, igreja, amigos, colegas de trabalho, etc.) na vida cotidiana,
sem que tenham sido planejadas ou com conteúdos sistematizados.
Os processos de aprendizagem têm sido estudados a partir de diferentes
perspectivas pelas diversas correntes da Psicologia. De forma geral, identificamos
duas grandes vertentes que sustentam os modelos de aprendizagem individual:
Behaviorista e Cognitivista.
No modelo behaviorista, o foco principal é explicar o comportamento,
considerado passível de ser observado e mensurado e cuja análise implica no
estudo das relações entre os estímulos que originam os comportamentos, o próprio
comportamento (ou resposta) e as consequências do comportamento (reforço ou
punição).
As Teorias Behavioristas ou Comportamentalistas procuram estabelecer as
leis que regem o comportamento dos indivíduos por meio do estabelecimento da
relação estímulo-resposta (S-R), isto é, para os behavioristas a aprendizagem é
vista como resultado de relações entre um estímulo e uma resposta
(comportamento). Nesta abordagem a aprendizagem pode ser considerada como a
seleção de comportamentos por suas consequências, que podem ser reforçadoras
ou punitivas, e podem levar, respectivamente, à modelagem, à manutenção ou à
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extinção de comportamentos.
Consequências reforçadoras: todo estímulo que vem após um
comportamento e que aumenta a probabilidade desse comportamento voltar a
ocorrer em situações semelhantes. Os reforçadores podem ser positivos
(aumentam a probabilidade de que volte a ocorrer o comportamento que o produz,
pois oferecem algo bom ao indivíduo) ou negativos (retiram algo indesejável e
também aumentam a probabilidade de que volte a ocorrer o comportamento que
remove algo indesejável). Consequências punitivas: todo estímulo aversivo que
vem após um comportamento e faz com que esse comportamento não volte a
ocorrer ou diminua a sua frequência. A supressão total do comportamento punido
depende da história do condicionamento e da intensidade da punição.
No modelo cognitivista, o foco principal é explicar os fenômenos de
aprendizagem mais complexos, como a aprendizagem de conceitos e a solução de
problemas, a partir de análises que consideram os dados objetivos, os
comportamentais e os subjetivos, além das crenças e percepções dos indivíduos e
influenciam na percepção da realidade e na construção de novas estruturas
cognitivas.
As Teorias Cognitivistas procuram compreender os processos que ocorrem
entre a recepção de um estímulo e a execução de um comportamento. Nesta
vertente a aprendizagem é vista como um processo dinâmico de recepção,
processamento, decodificação e significação dos estímulos recebidos do meio. O
estudo da aprendizagem centra-se nos processos cognitivos que permitem que
estas operações ocorram e nas condições (internas e externas) que as facilitam ou
dificultam.
O conhecimento dos processos envolvidos na aprendizagem ajuda na
otimização da tarefa do desenvolvimento das pessoas no trabalho. Conhecer esses
processos ajuda a encontrar as estratégias e as soluções adequadas às diferentes
necessidades de aprendizagem, a escolher os tipos de aprendizagem mais úteis e
ajustados aos objetivos pretendidos e a criar condições de aprendizagem que
facilitem o aprimoramento dos trabalhadores.
As organizações devem ser capazes de criar situações que favoreçam a
aprendizagem, pois é ela que auxilia a desenvolver capacidades para responder
adequadamente às diferentes solicitações e desafios que são colocados na
interação do indivíduo com o meio e, nesse sentido, são essenciais para o bom
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desempenho das tarefas e exigências do trabalho.
Veja, no quadro a seguir, os processos e as ações, dos indivíduos e do
meio, que levam à aprendizagem, segundo as vertentes comportamentalistas e
cognitivistas. Essas ações podem auxiliar no planejamento de muitas atividades de
aprendizagem nas organizações.
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Exercício 2
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5. A respeito da integração de atividades de experimentação e/ou prática
nos programas formais de treinamento e desenvolvimento, é correto
afirmar que:
a) é um processo de mudanças, relativamente duradouro, que ocorre no
indivíduo, envolvendo três dimensões: afetiva, motora e cognitiva.
b) subdivide-se em: controle emocional, controle motivacional e monitoramento
da compreensão.
c) é de grande contribuição para a eficácia dos processos de aprendizagem, na
medida em que constituem estratégias preferencialmente adotadas pelos
adultos para aprenderem em seu dia a dia de trabalho.
1.2.2 Percepção
Tudo o que fazemos, todos os nossos comportamentos são resultantes da
forma como percebemos o mundo. Mas o que é percepção?
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Encontre Mulher idosa...
três ou
rostos jovem garota?
de perfil.
Um
rosto?
Encontre os
10
Golfinhos ou
na figura
Trinta
animais?
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Quadro 3 – Filtros Perceptivos
Os filtros da percepção são: Os filtros da percepção produzem:
• Limites culturais: cada povo aprende • Generalizações: verdades que
a observar o que tem valor e é confirmam nossas crenças. Mecanismo
reconhecido socialmente. “O pescador útil no processo de aprendizagem.
conhece o mar”. Geradoras de preconceitos
• Limites sociais: dependendo da • Omissões: captar parcialmente o
posição do indivíduo na sociedade, ele mundo externo. Defesa da sobrecarga
desenvolve a percepção de uma de estímulos. Seleção com critérios
determinada forma. nem sempre conscientes.
• Limites individuais: a história de vida • Distorções: Preenchimento das
de cada pessoa influencia a maneira de lacunas da comunicação com registros
ver, ouvir e sentir o mundo e a si mentais anteriores. Princípios de
mesmo. planejamento. Origem das “fofocas”.
Fonte: Adaptado de Wagner e Hollenbeck (2020)
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Quadro 4 – Síntese do processo perceptivo e de medidas para acurar a percepção
AMBIENTE
P E R C E P Ç Ã O
Filtros
Esquemas Disponibilidade
consonância cognitiva /
scripts / protótipos exemplos / probabilidade
expectativas / necessidades /
interesses
R E T R A T O I M P R E C I S O DO A M B I E N T E
Exercícios de auto-
Aumentar o tempo de Aumentar o número Enfrentar dissonância
conhecimento /
observação de observadores cognitiva
exercícios perceptivos
Técnicas coletivas: Brainstorming; Delphi; TRIZ....
NOVA SIGNIFICAÇÃO / NOVO COMPORTAMENTO / COMPORTAMENTO
CRIATIVO / INOVAÇÃO
1.2.3 Motivação
A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg: Para Herzberg dois fatores são
responsáveis por colocar os indivíduos em movimento: os higiênicos e os
motivacionais. Os fatores higiênicos são considerados muito limitados na sua
capacidade de motivar os indivíduos, mas têm a importante função de evitar que
fatores do meio produzam a insatisfação. Os fatores motivacionais são
considerados fonte de satisfação e têm um efeito duradouro sobre os
comportamentos produtivos.
• Fatores Higiênicos: condições físicas e ambientais de trabalho, salário,
benefícios sociais, políticas da empresa, tipo de supervisão recebido, clima
de relações entre a direção e os funcionários, regulamentos internos,
oportunidades existentes, etc.
• Fatores Motivacionais: conteúdo do cargo, tarefas e deveres relacionados
com as atividades do trabalho em si, tarefas e atividades que ofereçam
desafio e tenham significado para o trabalhador.
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Teoria dos dois fatores, de
Frederick Herzberg
HERZBERG
Herzberg pesquisou as fontes de motivação diretamente
relacionadas com a realização do trabalho.
Fatores Fatores
Higiênicos Motivacionais
* Qua lida de da s
* N e ce ssida de s
r e la çõe s
Socia is
in t e r pe ssoa is ( com
che fe s, cole ga s e
su bor dina dos)
* N e ce ssida de s de Fatores
Se gu r a n ça higiênicos * Polít ica s da
e m pr e sa
Necessidades
básicas
* N e ce ssida de s * Con diçõe s de
in fr a e st r u t ur a pa r a o
Fisiológica s
t r a ba lho
Sa lá r io
Teoria da Expectativa de Vroom: Esta teoria foi criada por Victor Vroom e é
baseada na hipótese de que o esforço realizado pelo indivíduo para realizar uma
tarefa de forma satisfatória deve ser recompensado de modo que o faça perceber
que o esforço valeu a pena. É uma teoria ampla e de base cognitiva, que explica o
comportamento como uma função de expectativas, instrumentalidades e valores.
• Expectativa: é o que o indivíduo espera como resultado pelo esforço
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empreendido para realizar bem uma tarefa. O comportamento é afetado
não só pelas preferências entre os resultados possíveis, mas também pelo
grau em que o indivíduo acredita que eles são prováveis de serem
alcançados.
• Instrumentalidade: é a crença que o indivíduo tem sobre a relação
existente entre a realização de um comportamento e o resultado
decorrente dele. Partindo dessa crença, o indivíduo avalia se vale a pena
ou não realizar o comportamento. Se a avaliação for alta, isto é, o
resultado é considerado satisfatório pelo indivíduo, a probabilidade do
comportamento acontecer é alta.
• Valor: é a preferência para receber uma determinada recompensa em
um determinado momento. O resultado esperado, valorizado por cada
indivíduo, para cada comportamento pode variar de acordo com as suas
necessidades, desejos e interesses mais intensos naquele momento.
Teoria da Expectativa
Expectativas
Instrumentalidades
Valores
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ESTILO MOTIVACIONAL
PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
NECESSIDADES
SATISFAÇÃO
direção
OBJETOS
DE
e das condutas
intensidade
Exercício 3
Marque na lista abaixo as OITO ações Marque na lista abaixo as OITO ações que
que mais lhe proporcionam mais lhe proporcionam INSATISFAÇÃO:
SATISFAÇÃO:
17- Tratamento impessoal;
1- Consultar pessoas e ser 18- Ser forçado(a) a desenvolver
consultado(a) por elas; atividades sem significado;
2- Usar seus talentos pessoais para o 19- Sentir que as suas intenções não são
desenvolvimento da organização; reconhecidas;
3- Promover o desenvolvimento dos 20- Ter que conviver em meio a um clima
talentos daqueles com os quais de falsidade em que as pessoas não são
trabalho; levadas a sério;
4- Realizar trabalhos em equipe; 21- Sentir-se cerceado(a) na sua ação e
5- Sentir-se desafiado(a) a comprovar preso(a) a rotinas desinteressantes;
a sua eficiência; 22- Falta de objetivos claramente fixados;
6- Poder dirigir-se com autonomia; 23- Quando há falta de responsabilidade
7- Desenvolver atividades variadas; dos demais;
8- Ser tratado(a) de igual para igual, 24- Sentir que é impossível controlar as
sem medo; variáveis que afetam os resultados;
9- Ter oportunidade de usar lógica e 25- Trabalhar com informações confusas
organização; e incompletas;
10- Contar com tempo suficiente para 26- Estar sujeito a um clima de
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garantir a boa qualidade daquilo que constantes mudanças;
está sendo feito; 27- Conviver com pessoas dadas a
11- Dispor de fontes confiáveis de explosões emocionais;
consulta; 28- Tratar os assuntos de forma
12- Sentir que há coerência e justiça no incompleta e superficial;
trato com as pessoas; 29- Ser colocado em ridículo perante o
13- Desfrutar de uma convivência social grupo;
harmônica; 30- Precisar seguir normas e horários
14- Contar com um ambiente flexível rígidos;
onde seja possível fazer concessões; 31- Sentir-se socialmente colocado de
15- Reconhecer-se importante dentro do lado;
grupo; 32- Estar num ambiente sério demais em
16- Conhecer a repercussão social das que as pessoas se atritam
suas ações. constantemente.
MATRIZ DE AVALIAÇAO
Marque os números correspondentes às ações que você assinalou na tabela anterior.
(1 / 2 / 3 / 4 – 17 / 18 / 19 / 20) (5 / 6 / 7 / 8 – 21 / 22 / 23 / 24)
ORIENTAÇÃO PARTICIPATIVA ORIENTAÇÃO ATIVA
(9 / 10 / 11 / 12 – 25 / 26 / 27 / 28) (13 / 14 / 15 / 16 – 29 / 30 / 31 / 32)
ORIENTAÇÃO CONSERVADORA ORIENTAÇÃO CONCILIATÓRIA
A sua orientação predominante de comportamento é aquela na qual você marcou mais
pontos.
Dicas de Aprofundamento
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1.3 Os Grupos
Fonte: http://migre.me/erCzP
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As diferenças entre grupo e equipe, para Dubrin (2003, p. 234), são:
GRUPO EQUIPE
• tem um líder forte e focado, que • tem um líder que compartilha a
decide e comanda; liderança;
• é caracterizado pela responsabilidade • tem responsabilidade individual e
individual; mútua;
• apresenta resultados (produtos) que • apresenta resultados (produtos) de
são a soma dos trabalhos trabalhos realizados em
realizados individualmente. conjunto.
GRUPO EQUIPE
• Definem a si mesmos como grupo; Além das 10 características do
• São definidos pelos outros como grupo, nas equipes temos ainda:
membros;
• Identificam-se uns com os outros; • Os membros da equipe são
• Envolvem-se em interações altamente interdependentes;
frequentes; • Os membros de uma equipe são
• Participam de um sistema de papéis responsáveis pelo desempenho
interdependentes; de diversas funções diferentes;
• Compartilham normas comuns; • Aptidões, conhecimento,
• Buscam metas comuns, experiência e informação
interdependentes; geralmente se distribuem de
• Sentem que sua filiação ao grupo é forma desigual entre os
gratificante; membros de uma equipe.
• Tem uma percepção coletiva de Wagner e Hollenbeck (2020, p. 280)
unidade;
• Unem-se em todo confronto com
outros grupos.
Wagner e Hollenbeck (2020, p. 237)
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Vejamos, a seguir, quais são essas características.
Para Wagner e Hollenbeck (2020, p. 263), “os grupos em geral são menos
produtivos do que os indivíduos que trabalham sozinhos, os gestores precisam
prestar atenção particular nos seguintes aspectos”:
• estrutura de tarefas: diz respeito à interdependência das tarefas de
cada membro da equipe, isto é, o grau de interação e cooperação
necessário para a realização das tarefas.
• estrutura da comunicação: diz respeito à forma como se dá a
comunicação entre os membros, nos seguintes aspectos: a velocidade
da transmissão da informação, a precisão com que a informação é
transmitida; a distribuição equitativa da informação entre os membros; a
satisfação dos membros com os processos de comunicação.
• tamanho e composição da equipe: diz respeito ao número e às
características dos membros. Quanto ao número de membros, não
existe um número ideal, pois depende do tipo de trabalho que
realizarão, mas há um consenso entre os autores que grupos menores
são mais produtivos. Quanto à composição devem ser considerados os
seguintes aspectos: diversidade funcional (relacionada aos
conhecimentos, habilidades e experiências dos membros); diversidade
de personalidade (relacionada aos traços e tipos de personalidade). A
heterogeneidade da diversidade funcional e da diversidade de
personalidade pode ser, a longo prazo, um valor em termos de
viabilidade e desempenho da equipe.
• as metas e os incentivos: diz respeito ao estabelecimento claro e
objetivo de metas, à realização das metas tendendo a aumentar a auto
eficácia coletiva do grupo, à possibilidade de autoavaliação e
recebimento de feedback.
• a coesão: diz respeito, principalmente, ao grau em que o grupo se
mantém unido, compartilhando as mesmas atitudes, valores ou
interesses, concordando quanto às metas do grupo, tendo interações
frequentes e próximas, unindo-se para enfrentar conflitos com outros
grupos.
O cuidado com esses aspectos certamente garantirá a eficácia das equipes,
que pode ser aferida pelos seguintes critérios:
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Para Wagner e Hollenbeck (2020), a eficácia é avaliada em função de três
critérios importantes:
• Produção: O produto do trabalho do grupo deve atender ou superar
os padrões de quantidade e qualidade definidos pela organização. A
produtividade de grupo é uma medida dessa produção.
• Satisfação dos membros. A filiação ao grupo deve propiciar às
pessoas satisfação a curto prazo e facilitar seu crescimento e
desenvolvimento a longo prazo. Se não o faz, os membros sairão e o
grupo deixará de existir.
• Capacidade para cooperação contínua. Os processos interpessoais
que o grupo utiliza para concluir uma tarefa devem manter ou ampliar
a capacidade dos membros de trabalhar juntos. Grupos que não
cooperam não conseguem permanecer viáveis.
1.3.2 Liderança
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O que faz de uma pessoa um líder eficaz? A experiência? Os traços
individuais? As habilidades e conhecimentos? Os comportamentos e as ações?
Vejamos:
A experiência, sem dúvida, é um fator importante na atuação de um líder,
mas não é garantia de uma liderança eficaz. As situações e os ambientes variam
muito, às vezes em pequenos detalhes imperceptíveis, que podem tornar as ações
já internalizadas (os scripts), pouco eficientes. Assim, é preciso considerar a
experiência passada em relação à nova situação em que o líder atuará, pois
dependendo das semelhanças e das diferenças entre as situações passadas e as
futuras, que se poderá ter uma perspectiva da relevância da experiência para o
desempenho do líder.
Os traços, entendidos como características intelectuais ou de
personalidade, segundo Newstrom (2008), “ajudam a distinguir os líderes dos não
líderes, mas não garantem, necessariamente uma liderança bem-sucedida” (p.
158). Para o autor, existem traços primários e secundários, conforme quadro
abaixo, que podem ser vistos como “competências ou recursos pessoais” que, se
forem desenvolvidos e utilizados, poderão contribuir para a eficiência dos líderes.
Quando:
• têm tempo adequado para realizar o trabalho
ou encontrar a solução do problema; Os líderes devem agir de
• precisam de mais informações para resolver o modo a aumentar a
problema; participação dos membros do
• o problema não está bem delineado ou claro; grupo.
• precisa da aceitação dos grupos para a
implementação das soluções.
Quando:
• a decisão tem que ser rápida, não há tempo
suficiente para uma participação efetiva do grupo;
• tem todas as informações necessárias e o
Os líderes podem agir com a
problema está bem delineado e claro;
participação menor dos
• está seguro e confiante sobre o
membros do grupo.
encaminhamento ou a solução do problema;
• a aceitação, pelo grupo, do encaminhamento
ou da solução proposta pelo líder é altamente
provável.
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Há que se pensar ainda na liderança como um fenômeno contingencial, ou
seja, é necessário abordar múltiplas variáveis para que se possa compreender o
panorama da organização de trabalho e as necessidades de liderança que ela
apresenta. Assim sendo, entre as variáveis necessárias para esta análise estão: a
relação entre os líderes e os liderados, a estrutura da tarefa e o poder da posição.
Por fim, ao refletir-se sobre as questões de liderança, aponta-se como um
movimento de grande impacto no cenário, o “modelo de participação”, a partir do
qual, os funcionários da organização estariam aptos a participar ativamente dos
processos decisórios da empresa. Assim, estimula-se o posicionamento político dos
funcionários e o engajamento desses nos detalhes e planejamentos da
organização, compartilhando problemas e decidindo através do consenso. Dessa
forma tanto os sucessos como fracassos são compartilhados por todos.
Entre os conceitos consagrados do campo do Comportamento
Organizacional, passa-se necessariamente pelos de liderança e comunicação. São
elementos constitutivos deste campo e que devem ser estudados e geridos. No
entanto, os próprios gestores devem estar atentos para a maneira como seu
comportamento influencia e organiza a gestão destes elementos na organização.
Ou seja, entre os executivos, é de extrema importância a figura de liderança, bem
como a comunicação e capacidade de manter boas relações interpessoais. Estas
características confluem em comportamentos como a capacidade de lidar com
problemas, negociar, gerenciar e empreender.
O estudo do comportamento organizacional, apesar de amplo, visa, em
especial, compreender e gerir os processos que desencadeiam as variáveis, que
são: produtividades, rotatividade, absenteísmo e satisfação. Os fenômenos por trás
dessas são justamente aqueles que levam ou desencadeiam outras variáveis
dependentes. Podem ser de nível individual, grupal ou mesmo sistêmico. Entre as
principais variáveis independentes, ressalta-se: capacitação, valores, atitudes,
personalidade, aprendizagem, motivação, liderança, poder, conflitos, política,
prática de recursos humanos e cultura.
Apesar desta breve apresentação do panorama e da importância do
comportamento organizacional e deste campo de atuação, julga-se válido
aprofundar minimamente alguns destes conceitos, para que se possam
compreender estes processos e as particularidades dessa estrutura.
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Valores
Os valores são princípios orientadores das pessoas, com base neles
tomamos nossas decisões e fazemos os julgamentos. Apesar de não ser algo
estático, ou seja, nossos valores podem ser incrementados, minimizados ou
enrijecidos ao longo da vida, porém, os valores são construtos mais arraigados, que
tendem a uma continuidade.
Com base nas pesquisas de Tamayo e Schswartz (1993), compreende-se
que os valores são representantes cognitivos dos motivos e das necessidades do
indivíduo, bem como das contingências ambientais e sociais que possam agir no
indivíduo. Portanto há uma cadeia entre motivos e necessidades → valores
→intenções e metas → ações. São os valores as unidades de sentido e significado
cognitivo e cultural envolvidos nos processos de motivação e atitude.
Para Robbins (2005, p.54), “os valores são importantes no estudo do
comportamento organizacional porque estabelecem a base para a compreensão
das atitudes e da motivação, além de influenciar nossas percepções”.
Atitudes
Como dito anteriormente, valores e atitudes possuem um vínculo de
proximidade, porém, não podem ser entendidas como a mesma coisa. As atitudes
são ações que refletem como a pessoa ou funcionário se percebe em relação a
algo, ou seja, são afirmações em relação a algo que expressam uma avaliação
favorável ou desfavorável.
As atitudes com relação ao trabalho podem ser inúmeras, no entanto,
elegem-se três delas na literatura que são primordiais para a compreensão do
Comportamento Organizacional e que revelam atitudes positivas ou negativas com
relação ao trabalho, bem como suas implicações, são elas: satisfação com o
trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional.
Uma das maneiras de se compreender como as atitudes dos funcionários
estão ligadas ao comportamento organizacional, é quando observamos a forma
como se comportam os funcionários satisfeitos em relação ao atendimento e
preocupação com a satisfação dos clientes. Assim, como aponta Robbins (2005,
p.70), “funcionários satisfeitos costumam ser mais amáveis, alegres e atentos –
traços apreciados pelos clientes”. Compreende-se então que a satisfação do
funcionário faz com que este tenha atitudes mais alinhadas com a empresa, a fim
de oferecer uma experiência também satisfatória ao cliente.
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1.4 As organizações
M EI O M EI O
ORGANI ZAÇÃO
SI STEM A SOCI AL
GI CA
BI OL Ó ESTRUTURADO
PSI COLÓGI CA
SE
/ Ó RG Ã
O (RAZÃO / EMOÇÃO)
(CORPO OLISMO)
METAB
DELI M I TAÇÃO
TECNOLÓGI CA E FI NS E
I NSTRUM ENTAL; OBJETI VOS
DE TEM PO E DE ESPECÍ FI COS
ESPAÇO.
M EI O M EI O
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A partir dessas estratégias, as organizações adotam modelos e práticas de
gestão em função das necessidades de superação e resolução de problemas
concretos relacionados à produção e ao trabalho. “As organizações que lideram
esse processo de mudança normalmente são aquelas que estão no enfrentamento
de novos desafios a partir de ambientes competitivos e novas tecnologias.
Entretanto, não vamos esquecer que organizações tradicionais também utilizam
inovações gerenciais para resolução de seus problemas” (SOUZA; PEIXOTO, 2013,
p.123).
As empresas que investem na gestão através da criação e aquisição do
conhecimento têm mais chances de conseguir bons resultados e maiores
possibilidades de serem líderes no mercado. Princípios sobre aprendizado,
criatividade e conhecimento devem fazer parte das práticas gerenciais de todas as
empresas dos mais diversos setores e tamanhos. Assim, na visão de Terra (2000),
a gestão do conhecimento envolve planos e dimensões da prática gerencial, que
podem ser descritas em três níveis. São eles:
a) Nível estratégico: do qual fazem parte a visão estratégica e a alta
administração, as quais definem os campos do conhecimento onde os funcionários
da organização focalizam seus esforços de aprendizado, além de atuarem no papel
de definir metas desafiadoras e motivantes.
b) Nível Organizacional: envolve a cultura organizacional. A estrutura
organizacional e as políticas de recursos humanos estão baseadas no trabalho de
equipes multidisciplinares, com alto grau de autonomia, voltadas à inovação,
aprendizado contínuo e comprometidas com todas as áreas da empresa, com seus
resultados e desenvolvimento estratégico.
c) Infraestrutura: composta pelos sistemas de informação, pela
mensuração de resultados e pelo aprendizado com o ambiente. Os avanços
tecnológicos estão afetando os processos de geração, difusão e armazenamento do
conhecimento nas organizações, mas os melhores sistemas de informações e
ferramentas de comunicação dependem do contato pessoal e do conhecimento
tácito para se desenvolver os processos de aprendizado organizacional, assim
como a manutenção de um ambiente de elevada confiança.
A gestão parte da premissa de que todo o conhecimento existente na
cabeça das pessoas, nas veias dos processos e no coração dos departamentos,
pertence também à organização. Em contrapartida, todos os colaboradores podem
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usufruir de todo o conhecimento presente na organização. Para o alcance de
resultados, as empresas devem estar plenamente ancoradas pelas decisões e
compromissos da alta administração a respeito das iniciativas necessárias em
termos de desenvolvimento estratégico e organizacional, investimento em
infraestrutura tecnológica e cultura organizacional, que celebre o trabalho em
conjunto e o compartilhamento.
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL - DO
O desenvolvimento organizacional cria métodos para encarar as ameaças e
solucionar difíceis situações ou ocorrências, compartilhando o modelo de gestão
com os colaboradores através do relacionamento entre indivíduos com cargos de
chefia e com os demais, qualificando as equipes para desempenhar suas funções e
gerenciá-las, transformar gerentes e supervisores em orientadores e estimuladores,
empregar pesquisas internas para conhecer as reais dificuldades e necessidades
enfrentadas pelos funcionários e partir daí melhorar a organização.
Muitos autores e praticantes do DO possuem a sua própria definição.
Apesar de algumas formulações específicas apresentarem diferenças, existem
pontos de concordância na essência, conforme se pode observar nas definições
apresentadas a seguir.
Para Chiavenato (2020a), o desenvolvimento organizacional é um programa
educacional de longo prazo, orientado no sentido de melhorar os processos de
resolução de problemas e de renovação de uma organização, mediante uma
administração mais colaborativa e efetiva da cultura dessa organização com
assistência de um agente de mudança catalisador, e com o uso de teoria e da
tecnologia de ciência do comportamento organizacional. O DO tem como
fundamento ajudar os membros de uma organização a remover as barreiras que
impedem a liberação do seu potencial humano.
Os elementos essenciais de qualquer esforço de DO são:
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De forma geral, os pontos de convergência das diversas definições de DO
fluem para seis aspectos centrais: (1) mudança planejada; (2) processos de solução
de problemas advindos das ameaças e oportunidades conferidas pelo ambiente; (3)
necessidade de melhoria dos processos internos e de autorrenovação; (4)
perspectiva de administração participativa por meio do compartilhamento da gestão
com os colaboradores; (5) desenvolvimento e fortalecimento (empowerment) de
equipes no sentido de dotá-las de liberdade de atuação, de participação nas
decisões, plena autonomia no desempenho das tarefas e responsabilidade total
pelos resultados (equipe autogerenciada); (6) a perspectiva de pesquisa-ação, ou
seja, utilizar a pesquisa para o diagnóstico e a ação para a mudança.
Chiavenato (2020a) aponta quatro etapas para a realização do
desenvolvimento organizacional:
Etapa 1 (colheita e análise de dados): consiste na determinação dos
dados necessários e dos métodos utilizáveis para sua colheita dentro da
organização.
Etapa 2 (Diagnóstico Organizacional): após a análise dos dados colhidos,
passa-se à sua interpretação e diagnóstico: procura-se identificar preocupações e
problemas.
Etapa 3 (ação de intervenção): seleciona-se a intervenção mais
apropriada para solucionar um problema particular organizacional.
Etapa 4 (avaliação): é a etapa que fecha o processo, o qual funciona como
um circuito fechado.
Para o autor, após a etapa dos processos, é necessário conhecer as técnicas
de intervenção do DO, que podem ser utilizadas pelos agentes de mudança:
a) treinamento de sensibilização;
b) feedback: ferramenta para avaliar atitudes dos membros da organização,
identificar discrepâncias entre as percepções das pessoas e solucionar essas
diferenças;
c) consultoria no processo;
d) construção de equipes;
e) desenvolvimento intergrupal: visa à mudança de atitudes, de estereótipos
e de percepções que os grupos têm uns em relação aos outros;
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f) investigação apreciativa: visa a identificar as qualidades e forças especiais
da organização, que podem servir como ponto de partida para a melhoria do
desempenho.
O processo de DO pode ser efetuado por abordagens e técnicas de
diferentes intervenções.
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UNIDADE 2 – CULTURA ORGANIZACIONAL
• Inovação
• Ajuste pessoa/organização
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administração se concentra em resultados ou produção mais do que
em técnicas e processos usados para atingir esses resultados.
• Orientação para as pessoas: refere-se ao grau em que as decisões
da administração levam em consideração o efeito dos resultados das
pessoas dentro da organização.
• Orientação para a equipe: refere-se ao grau em que as atividades de
trabalho estão organizadas mais em torno de equipes do que em torno
de indivíduos.
• Agressividade: refere-se ao grau em que as pessoas são agressivas
e competitivas mais do que sociáveis.
• Estabilidade: refere-se ao grau em que as atividades organizacionais
dão ênfase à manutenção da imagem em relação ao crescimento.
As Histórias:
que se referem a eventos ocorridos com os fundadores da empresa,
com quebras de regras, com sucessos estrondosos, com reduções
de força de trabalho, recolocações de funcionários, reações a
antigos erros e às estratégias organizacionais, que são contadas e
recontadas nas organizações, vinculam o presente ao passado e
oferecem explicação e legitimidade para as práticas vigentes.
(ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 513)
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Os Rituais:
são sequências repetitivas de atividades que expressam e reforçam
os valores fundamentais da organização: quais objetivos são mais
importantes, que pessoas são importantes e quais são dispensáveis.
(ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 513)
Os Símbolos Materiais:
uniformes, carros disponibilizados para os funcionários, tamanho da
sede, mobiliário, aparência e vestuário dos gestores, são símbolos
materiais que representam a cultura das organizações, aumentam a
identificação que seus funcionários têm com ela, sinalizam quem é
importante, o tipo de comportamento considerado apropriado (como
assunção de riscos, conservadorismo, autoritarismo, participação,
individualismo e socialização). (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL,
2010, p. 514)
A Linguagem:
Muitas organizações e unidades dentro delas utilizam a linguagem
para ajudar seus membros a identificar sua cultura, demonstrar que
a aceitam e ajudar a preservá-la. Um exemplo disso são os jargões
que incluem termos específicos e/ou técnicos relacionados ao ramo
de atividade da empresa. (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p.
514)
Dica de Aprofundamento
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2.2.1 Cultura dominante e subculturas
A cultura organizacional não é necessariamente única e, embora haja uma
cultura dominante, que caracteriza a empresa como única e diferenciada das
demais, também podem existir várias subculturas.
A cultura organizacional dominante é aquela que “expressa os valores
essenciais compartilhados pela maioria dos membros da organização”. Isto é, todos
os membros, com “diferentes históricos e níveis diversos dentro da organização,
descrevem a cultura organizacional em termos semelhantes” (ROBBINS, JUDGE e
SOBRAL, 2010, p. 503). Para esses autores,
Exercício 4
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A partir da leitura, analise os enunciados a seguir:
O clima ético é um tipo particular de clima organizacional, que pode ser
definido como um componente da cultura organizacional que:
PARA REFLETIR
Quantas mudanças você já fez em sua vida? Faça uma
lista com os aspectos positivos e negativos dessas mudanças na
sua vida, no seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Mesmo as mudanças sendo uma constante em nossas vidas... nem por isso
deixam de gerar desconforto, tristeza, medo, insegurança, luto…
Por isso, toda mudança gera resistência, tanto individual como
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organizacional.
Resistência Individual:
Os cinco motivos pelos quais os indivíduos podem resistir à mudança,
segundo Robbins (2010, p. 263), são: Hábitos, Segurança, Fatores Econômicos,
Medo do Desconhecido e Processamento Seletivo das Informações.
• Hábito: Para lidar com as complexidades da vida cotidiana,
recorremos a hábitos ou respostas programadas. Quando somos
confrontados pela mudança, essa tendência de reagir de acordo com
modos habituais torna-se fonte de resistência.
• Segurança: Os indivíduos têm necessidade de segurança e resistem
à mudança porque ela representa uma ameaça ao seu sentimento de
segurança.
• Fatores Econômicos: Outra fonte de resistência individual é o medo
de que as mudanças reduzam nossa renda.
• Medo do Desconhecido: As mudanças substituem o conhecido pela
ambiguidade e pela incerteza.
• Processamento Seletivo das Informações: Os indivíduos moldam o
mundo por meio de suas percepções. Uma vez que eles tenham
criado esse mundo, resistem às mudanças para manter suas
percepções intatas.
Ainda segundo Robbins (2010, p. 264), a resistência às mudanças nas
organizações, além dos fatores que levam à resistência dos indivíduos, também tem
fatores que são responsáveis pela resistência organizacional. O autor apresenta
seis fontes de resistência nas organizações que são: Inércia Estrutural, Foco
Limitado de Mudança, Inércia de Grupo, Ameaça à Especialização, Ameaça às
Relações de Poder e Ameaça às Distribuições de Recursos.
• Inércia Estrutural: As organizações dispõem de mecanismos
embutidos de produção de estabilidade: o processo de seleção, por
exemplo, treinamento, socialização, descrições de cargos, regras e
procedimentos. Quando uma organização precisa passar por
mudanças, essa inércia estrutural atua como um contrapeso para
manter a estabilidade.
• Foco Limitado de Mudança: As organizações são compostas de
subsistemas interdependentes e, por isso, não se pode mudar um
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deles sem afetar os demais. Dessa forma, o sistema mais amplo tende
a anular as mudanças limitadas a subsistemas.
• Inércia de Grupo: Mesmo quando os indivíduos desejam a mudança,
as normas do grupo podem agir como barreiras.
• Ameaça à Especialização: Mudanças nos padrões organizacionais
podem ameaçar a experiência de grupos especializados.
• Ameaça às Relações Estabelecidas de Poder: Qualquer
redistribuição de autoridade para a tomada de decisões pode ameaçar
as relações de poder estabelecidas durante muito tempo na
organização.
• Ameaça às Distribuições Estabelecidas de Recursos: Os que se
beneficiam com a atual alocação de recursos muitas vezes são os
mais ameaçados por mudanças que possam afetar as distribuições
futuras.
A gestão da mudança, nas organizações, envolve 4 momentos diferentes:
• Constatar a necessidade de mudança;
• Definir uma mudança que satisfaça as necessidades e estabelecer a
Visão de Futuro clara;
• Identificar os impactos da mudança planejada;
• Planejar como as mudanças serão efetuadas.
No entanto, apenas a gestão da mudança, por si só, não é suficiente para
garantir o sucesso do processo, porque trata dos aspectos humanos apenas
indiretamente.
A mudança é uma alteração de uma situação ou de um processo, que exige
mudança também dos indivíduos.
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Fonte: Elaboração própria
Geralmente os indivíduos resistem à transição, e não à mudança em si!
A mudança é a alteração na situação externa e a transição é o período
entre “o que era” e “o que deverá ser, mas ainda não é”. É o período em que ocorre
a reorientação psicológica interna, o período em que os indivíduos vivenciam três
fases: a de conclusão, ou fim da situação anterior, a da transição em si, que
podemos chamar de "região neutra", na qual o velho já ficou para trás e o novo
ainda não chegou, e o reinício de uma nova fase.
Para que os processos de mudança sejam exitosos é preciso, também,
planejar e gerir a transição. A administração da transição envolve cinco passos:
• 1° Passo: Desenvolver e colocar em prática um plano de gestão da
mudança eficaz.
• 2° Passo: Identificar onde grupos e indivíduos-chave se encontram no
processo de transição de três fases.
• 3° Passo: Desenvolver e implementar estratégias para gerenciar
finalizações e perdas.
• 4° Passo: Desenvolver e pôr em prática estratégias para guiar as
pessoas através da região neutra e aproveitá-la.
• 5° Passo: Desenvolver e colocar em prática estratégias para ajudar as
pessoas a criar um novo começo.
As mudanças podem até acontecer rápido, mas as transições têm que ser
compreendidas e administradas.
AM BI EN TE
PESSOAS
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Mudando a estrutura organizacional: Em resposta à mudança, os
gerentes podem precisar modificar a estrutura da organização. A estrutura é o modo
como as tarefas são formalmente divididas, agrupadas e coordenadas. Os gerentes
podem alterar um ou mais elementos fundamentais no desenho da organização.
Também podem modificar o desenho estrutural atual.
Mudando a cultura organizacional: Mudar a estrutura ou tecnologia de
uma organização é muito mais fácil do que mudar sua cultura. Entre as condições
que favorecem as mudanças culturais, encontram-se as seguintes: uma crise grave,
uma nova liderança na direção da empresa, uma organização muito nova e
pequena e uma cultura fraca.
Mudando a tecnologia: Hoje, as principais mudanças tecnológicas
normalmente envolvem a introdução de novos equipamentos, ferramentas ou
métodos, automação e informatização. Fatores competitivos ou inovações dentro de
um setor exigem frequentemente que os gerentes introduzam novos equipamentos,
ferramentas ou métodos operacionais. A automação é uma mudança tecnológica
que substitui pessoas por máquinas.
Mudando o ambiente: Diversos elementos devem ser considerados
quando a administração projeta o espaço de trabalho: as demandas de trabalho, as
exigências de interação formal e as necessidades sociais. Mudanças no ambiente
físico podem agilizar ou bloquear as atividades cotidianas de trabalho; dessa forma,
essas mudanças podem melhorar ou retardar o desempenho.
Mudando as pessoas: Por meio de processos de comunicação,
treinamentos, tomada de decisões e solução de problemas, a administração ou os
agentes de mudança podem influenciar as atitudes e comportamentos de membros
da organização.
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PARA REFLETIR
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UNIDADE 3 – MEDIDAS DA CULTURA DO COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL: INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA
DIAGNÓSTICOS
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
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importantes: a identificação do material necessário para análise e a escolha de um
modelo teórico capaz de ser explicativo da situação avaliada (PUENTES-
PALACIOS; PEIXOTO, 2015).
Ajustar as ferramentas de análise ou diagnóstico ao modelo teórico e a
escolha de ferramentas dentro desse modelo teórico, ou seja, o alinhamento entre
os dois é de extrema importância para um bom diagnóstico, bem como, a
identificação do fenômeno que despertou a atenção para o diagnóstico. Assim,
observa-se a existência de uma ferramenta e um modelo teórico de avaliação,
aplica-se e trata os dados levantados (ZANELLI, 2002).
Ao se iniciar um diagnóstico, há que se atentar para a decisão de intervir, já
que uma avaliação sem intervenção pode se mostrar uma conduta danosa à
organização. Toda avaliação, portanto, subentende uma intervenção, caso
contrário, uma série de sentimento de frustração pode ser levantado no grupo
avaliado ou nos trabalhadores de uma organização.
Entre as ações, propostas ou caminhos possíveis após uma avaliação,
destaca-se o treinamento e desenvolvimento profissional ao se identificar carência
na competência em executar tarefas ou ainda, se esta é uma necessidade sentida
pelos trabalhadores. Outra opção de destaque seria voltada para o desenvolvimento
de habilidades sociais e comunicação, uma vez identificado falha ou fragilidade na
comunicação eficaz, trabalho em grupo, saber dar e receber críticas, etc. Ou ainda,
redefinição dos processos de trabalho, uma vez identificado falhas na forma como o
trabalho está organizado e/ou na forma como o executam. Por fim, pode-se pensar
em uma intervenção mais ampliada, que vise a necessidade de modificação de
práticas e estratégias organizacionais.
Uma ressalva sempre válida é a de que antes da aplicação com o público-
alvo total é necessário que se possa fazer um teste preliminar, a fim de assegurar a
eficácia e concordância em avaliar aquilo que se pretende. E, que no diagnóstico, é
necessário planejar o cenário futuro, pensar nas múltiplas consequências de cada
ação, a fim de antecipá-las e poder lidar com elas da melhor forma, sem prejudicar
o processo e seus interesses.
Destaca-se ainda, que a escolha dos instrumentos a serem aplicados,
dentro do escopo teórico-epistêmico-metodológico, é etapa fundamental para o
desenvolvimento de uma pesquisa diagnóstica, bem como para o planejamento de
uma ação ou projeto (ZANELLI, 2002). Por isso mesmo, segue abaixo um
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levantamento e exposição de algumas ferramentas estudadas durante o processo
de escolha dos instrumentos a serem utilizados no diagnóstico, bem como do
construto por eles avaliado.
NOTA IMPORTANTE
Os instrumentos apresentados a seguir, de forma resumida, tem como
objetivo oferecer uma primeira aproximação a esses instrumentos e vale
lembrar que deverão ser estudados com mais profundidade caso você se
interesse em utilizá-los para pesquisa ou aplicação em suas atividades
profissionais dentro das organizações.
Consulte as referências indicadas no final de cada instrumento e bom
estudo!
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3.2.2 Escala de Avaliação do Contexto de Trabalho (EACT) de Ferreira e
Mendes.
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3.2.3 Escala de Clima Organizacional (ECO) de Martins e colaboradores
A Escala de Clima Organizacional (ECO), construída por Maria do Carmo
Fernandes Martins e colaboradores tem como objetivo avaliar a percepção dos
trabalhadores sobre várias dimensões do clima organizacional.
A escala é composta por 63 itens agrupados em 5 fatores: apoio da chefia e
da organização (com 21 itens), recompensa (com 13 itens), conforto físico (com 13
itens), controle/pressão (com 9 itens) e coesão entre colegas (com 7 itens).
A aplicação da escala pode ser individual ou coletiva. Deve-se tomar
cuidado com as instruções sobre o modo de assinalar as respostas. Deve ser
aplicada em ambiente tranquilo e confortável.
A apuração deve ser por cada fator, separadamente. Os valores marcados
pelos respondentes, para cada fator, devem ser somados e divididos pelo número
de itens do fator. Depois, somam-se as médias de cada respondente em cada fator
e divide-se pelo número de respondentes.
Os resultados são interpretados conforme a média fatorial. Para os fatores:
1- apoio da chefia e da organização, 2- recompensa, 3- conforto físico, e 5- coesão
entre colegas, quanto maior for o valor da média fatorial, melhor é o clima
organizacional. Para o fator 4- controle/pressão é o contrário, pois quanto maior for
a média fatorial, maior será o controle/pressão e pior será o clima organizacional.
Considerando que o clima organizacional é um importante fator da dinâmica
organizacional e influencia a qualidade de vida no trabalho e o desempenho dos
indivíduos, medir o clima e implementar ações para os aspectos que são percebidos
como ausentes na organização pode melhorar significativamente a vida da
organização.
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3.2.4 Escala de Percepção de Comportamentos Éticos Organizacionais
(EPCEO), de Gomide Jr. e colaboradores
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3.2.5 Escala de Estilos de Funcionamento Organizacional (EEFO) de Paz e
Mendes
PAZ, M. Das Graças T. e TAMAYO, A. Perfil cultural das organizações. In: TAMAYO,
A. (Org.). Cultura e saúde nas organizações. Porto Alegre: Artmed, 2004, p. 19-38.
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3.2.6 Escala de Valores Relativos ao Trabalho (EVT) de Porto e Tamayo
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3.2.7 Escala de Valores Organizacionais (EVO) de Tamayo e Gondim
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3.2.8 Escala de Envolvimento com o Trabalho (EET), de Siqueira
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Para saber mais sobre a EET, consulte:
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relação a sua carreira e às organizações compete administrar um leque de
possibilidades de atuação, possibilitando maior movimentação horizontal dos seus
funcionários e múltiplas perspectivas de atuação e encarreiramento.
Ao se falar, no entanto, de autopercepção de empregabilidade, uma
definição mais simples, porém básica para as explorações analíticas deste campo,
sustenta que é “a habilidade de manter o emprego que se tem ou de obter um novo
emprego” (PEIXOTO; JENISSEK; AGUIAR; 2015 p. 180). Ao se trabalhar no nível
da autopercepção, é válido destacar que se está operando em um nível mais
individual, a partir de um construto cognitivo, afetivo e comportamental, abarcando
um sujeito psicossocial na relação com as organizações.
A Escala de Autopercepção de Empregabilidade (EAE), foi desenvolvida
então a partir de dois fatores de avaliação. O primeiro em torno da manutenção do
emprego, enquanto o outro, em torno da aquisição de um novo emprego. A escala é
composta de 10 itens (6 referentes à aquisição e 4 referentes à manutenção)
mensurados por uma medida de tipo likert.
Ao se falar em empregabilidade, é válido destacar a observação feita por
Peixoto, Jenissek e Aguiar (2015, p.183)
A escala pode ser utilizada para apontar, entre outras coisas, se há e/ou se
estão coerentes as oportunidades de desenvolvimento que a empresa ou
organização oferece a seus funcionários. Além disso, pode ser cruzada com outras
variáveis para tentar encontrar correlações, como por exemplo: empregabilidade e
comprometimento afetivo do trabalhador. Sendo que para esta última já foi
investigado, tendo resultado positivo (PEIXOTO; JENISSEK; AGUIAR; 2015).
Não é necessário fazer nenhuma observação ou orientação particular
quanto à aplicação da escala, segue-se o padrão geral para escalas ou pesquisas
tipo survey. Recomenda-se apenas um breve esclarecimento acerca da escala, o
que se pretende e a importância de uma resposta comprometida na mesma. Por
fim, devido ser uma escala sucinta, de fácil e rápida aplicação, pode ser utilizada
em uma investigação ou pesquisa prévia maior, que englobe outros fatores a serem
avaliados ou mesmo em uma bateria de avaliação e/ou pesquisa.
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Após a aplicação, a correção segue o seguinte procedimento: com os
valores atribuídos (de 1 a 6, sendo 1 discordo totalmente e 6 concordo totalmente) a
cada um dos 10 itens que compõem a Escala, realiza-se a soma dos 6 primeiros
itens e divide-se por 6, com isso tem-se o resultado do primeiro fator (aquisição);
depois soma-se o valor dos 4 últimos itens e divide-se por 4 para obter o valor do
segundo fator (manutenção) e; por fim, soma-se o valor de todos os itens e divide-
se por 10 para obter um escore geral sobre a autopercepção de empregabilidade.
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refere à falta de visão acerca do entorno mais amplo do emprego e do trabalho, a
autopercepção de obsolescência, de falta de habilidade e treinamento necessário
para a função, o avanço da idade e restrições de possibilidade de avanços e
oportunidades (MAGALHÃES, 2015).
Assim como a medida anterior, segue-se uma medida tipo likert de 1 a 5 e
com a mesma chave de correção, sendo os 4 primeiros itens correspondentes ao
investimento na carreira, do 5 ao 8 relaciona-se à dimensão de custos emocionais e
por fim, os itens de 9 a 12 relacionados à falta de alternativa. Somam-se e divide-se
pelo número de itens.
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reatualizado de acordo com as tecnologias e conhecimentos implementados ou
desenvolvidos na área. Sendo assim, acaba sendo um foco constante das
empresas a fim de alinhar inclusive o treinamento dos seus trabalhadores.
Os investimentos nesse sentido têm sido cada vez maiores, tanto em nível
nacional como internacional. Para situar-nos claramente com relação a esta
perspectiva, ao falarmos em desenvolvimento profissional, designamos aquele
investimento no desenvolvimento e aquisição de habilidades, atitudes e
conhecimentos, não se referindo, por exemplo, a questões como identidade de
carreira, entrando, portanto, em um nível de desenvolvimento de carreira. Assim, ao
se referir aos conhecimentos, habilidade e atitudes desenvolvidos e adquiridos por
um trabalhador, envolve também aprendizagem informal. Dessa forma, até mesmo
a experiência e conhecimentos adquiridos junto a colegas de trabalho e da própria
organização são relevantes. A organização passa a ser compreendida como um
fulcro espaço de desenvolvimento profissional. É necessário estar atento a esta
perspectiva, a fim de desenvolver a empresa para que essa possa, por sua vez,
desenvolver o trabalhador.
Com base nessas perspectivas, foram desenvolvidas duas escalas, a fim de
mensurar dois fatores distintos com relação ao desenvolvimento profissional, a
primeira com relação ao nível de desenvolvimento atual, a percepção que o
trabalhador tem com relação a seu nível de desenvolvimento atual. E uma segunda
com relação à percepção evolutiva do nível de desenvolvimento profissional, ou
seja, um comparativo entre o desenvolvimento profissional ao ingressar no mundo
do trabalho e atualmente.
A Escala de Percepção Atual do Desenvolvimento Profissional (EPADP), é
composta por 8 itens, respondidos de acordo com uma escala tipo likert de 11
pontos, que variam de “discordo totalmente” até “concordo totalmente”, a partir das
respostas dos itens, elabora-se a média dos resultados, somam-se e divide-se pelo
número de itens. Já a Escala de Percepção Evolutiva do Desenvolvimento
Profissional (EPEDP) é composta de 13 itens, associados a uma escala de resposta
tipo likert, também de 11 pontos, na qual 0 corresponde a “nenhum preparo” e 10 a
“totalmente preparado”. A correção segue da seguinte forma, os resultados das
respostas obtidos nos itens referentes ao ingresso no mercado de trabalho são
subtraídos dos resultados obtidos nos itens referentes ao estado atual de
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desenvolvimento profissional. Assim, os resultados finais podem variar de -10 até
10. (MOURÃO; PUENTES-PALACIOS; PORTO; MONTEIRO, 2015).
Algumas observações importantes com relação às escalas é que ambas
não necessitam de tempo limite; não devem ser aplicadas em indivíduos com
escolaridade abaixo de ensino médio, devido ao uso de termos técnicos.
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Enquanto que o ambiente investigativo se caracterizaria pelo uso de
habilidades analíticas e verbais, observação e sistematicidade a fim de investigar
fenômenos sociais, biológicos e físicos, atraindo pessoas que buscam praticar
atividades intelectuais com o objetivo de resolver problemas, em geral, pessoas de
estilo reflexivo e introspectivo.
O artístico, por sua vez, envolve um trabalho criativo, intelectual
desestruturado, música, artes em geral, locais onde se possa expressar
emocionalmente, de forma libertadora e inovadora. Na concepção de ambiente
social, envolve empatia, humanitarismo, intuito de ajudar outras pessoas, atraindo
pessoas com intuito gregário, com habilidades sociais e mesmo pedagógicas. Um
ambiente empreendedor é compreendido como envolvendo atividades
motivacionais, de liderança, visando alcance de metas, prestígio, lucros e status,
atraindo em geral pessoas com estilo assertivo, autoconfiantes e ambiciosas, sendo
necessárias habilidades de manipulação, comunicação e organização
(MAGALHÃES; TEIXEIRA, 2015).
Com base nessa perspectiva, foram elaboradas as Escalas de Interesse
Vocacional – EIV (TEIXEIRA, CASTRO E CAVALHEIRO, 2008). Cada um dos
fatores que compõem é investigado na escala a partir de 8 itens, que por sua vez
são respondidos a partir de uma escala tipo likert de 1 a 7. A partir das respostas é
elaborado o cômputo a partir da média de cada uma das 6 dimensões, podendo
cada um variar e 8 a 56. A pesar da escala ser desenvolvida inicialmente para
auxiliar estudantes do ensino médio, sua aplicabilidade no contexto organizacional
tem sido rica e com resultados publicados em diversas pesquisas.
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3.3 Intervenções na realidade das organizações e do trabalho no
contexto contemporâneo
FOTOGRAFI A 3X4
FOTOGRAFI A 3X4
O tempo trouxe mudanças para o mundo das
organizações e para os indivíduos... I sso mudou e pertence
apenas ao passado. As
O ambient e era calmo, empresas estão diante de
chamávamos os concorrentes novo desafio: gerenciar
de colegas, a palavra valia mudanças e ideias. . .
mais que o crédito bancário e
cada entrega terminava com
um ritual “até a próxima Para ist o necessitam
vez”... na certeza de que ajustar expectativas,
realmente haveria uma tomar as decisões cert as,
próxima vez.
igre
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desenvolver a criat ividade
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(BRABANDERE, 2006) ttp :/ (passo individual) e invest ir em
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y inovação (processo coletivo).
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3.3.1 Ajustando expectativas: o Contrato Psicológico de Trabalho
Toda organização tem objetivos que deseja alcançar e, para isso recruta e
seleciona indivíduos que contribuirão para o alcance desses objetivos. Ao agregar
esses indivíduos, a organização tem um conjunto de expectativas em relação ao
seu comportamento e suas atitudes no ambiente de trabalho. Por outro lado, o
indivíduo contratado também tem uma série de objetivos que pretende alcançar e
expectativas em relação à organização que vai trabalhar.
Todo processo de agregar pessoas à organização é um processo de
reciprocidade e é feito por meio de contratos:
• Contrato formal e escrito: é o mais tradicional e conhecido, onde o
indivíduo assume a responsabilidade de cumprir determinadas
tarefas e a organização de oferecer condições e retribuição pela
realização dessas tarefas. O contrato formal prevê os direitos e os
deveres de ambas as partes, os aspectos que regularão a relação
indivíduo-organização e as formas como os objetivos de ambos
serão atendidos.
• Contrato Psicológico: está implícito no contrato formal, pois diz
respeito às expectativas, tanto do indivíduo quanto da organização,
que vão muito além daquilo que está escrito. É um acordo que,
embora não esteja escrito, tem um peso muito grande na qualidade e
na permanência da relação que será estabelecida entre indivíduo e
organização.
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organização, diminuição do desempenho, desconfiança e falta de iniquidade,
rotatividade, absenteísmo, etc.
Nesse sentido, podemos perceber a importância de se realizar um contrato
psicológico que preencha as lacunas e que deixe explícito o que está implícito no
contrato formal.
QUANDO é feito o contrato psicológico de trabalho?
• Durante o processo seletivo;
• Nos processos de promoção e/ou mudança de cargo;
• No feedback de avaliação de desempenho;
• Outros momentos de crise ou de mudanças.
COMO é feito o contrato psicológico de trabalho?
• Com questões abertas, em modalidade de entrevista
semiestruturada (sobre as necessidades, expectativas,
responsabilidades e obrigações recíprocas –
indivíduo/organização);
• Com uma listagem sobre as expectativas e prioridades (do
indivíduo e da organização);
• Com uma discussão dos contrastes entre necessidades,
expectativas e prioridades do indivíduo e da organização.
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3.3.2 Tomando decisões: o modelo racional e a criatividade
Tomar decisões é um elemento crítico da vida organizacional (e pessoal). É
o processo de coleta e avaliação das informações para a escolha de um curso de
ação, entre vários possíveis. Mas nem sempre temos acesso a todas as
informações necessárias ou conhecemos todos os cursos de ação possíveis. Veja o
exemplo abaixo:
Os sapos
Se existem três sapos numa folha e um deles decide saltar da
folha para a água, quantos sapos ficam na folha?
Claro que a resposta não é tão simples como pode parecer a
princípio...
A resposta certa é: Restam três
sapos. Porque o sapo apenas decidiu
pular. Ele não pulou!!.
Isso nos faz pensar que nem
sempre temos todas as informações
necessárias para tomar uma decisão
e resolver um problema...
Fonte: http://migre.me/esm4w
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Quadro 6 - Contornando a Racionalidade Delimitada
TRIZ
DELPHI
SCRIPTS
PROTÓTIPOS
INTUIÇÃO
ECONOMIA
PSÍQUICA
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Criatividade significa procurar novas formas, novas soluções.... significa
procurar ver as coisas de forma diferente. É a capacidade de ver qualquer assunto
sob um ângulo diferente, novo; a capacidade de ver o que ninguém viu antes; a
habilidade para pensar diferente.
Quanto mais criativa for a solução para um problema ou para desenvolver
uma oportunidade, mais competitivos você e sua empresa estarão no mercado.
Para as organizações, a criatividade é uma ferramenta que auxilia a:
encontrar maneiras de fazer mais com menos, reduzir custos, simplificar processos
e sistemas, aumentar a lucratividade, encontrar novos usos para produtos,
encontrar novos segmentos de mercado, desenvolver novos produtos, etc.
Para os indivíduos, a criatividade auxilia a: diferenciar o currículo, ter um
diferencial profissional, gerenciar as finanças pessoais, educar os filhos, etc.
Princípios básicos do pensamento criativo e alguns processos
organizacionais que podem facilitá-los:
• Real interesse pelo assunto ou necessidade de resolver uma questão
(clima organizacional, motivação, comprometimento);
• Conhecimento específico sobre o assunto (seleção; treinamentos);
• Suspensão do julgamento crítico (treinamentos; cultura organizacional);
• Liberdade para pensar sem limites lógicos (clima organizacional,
treinamentos);
• Força para imaginar (utopia/ficção) (treinamentos, incentivo à cultura e
lazer, programas de QVT);
• Coragem para enfrentar o medo do ridículo ou as consequências
desastrosas da experiência (clima e cultura organizacional, critérios de
avaliação e promoção).
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Chegamos ao final do nosso estudo!!
Exercício 5
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REFERÊNCIAS
FISCHER, André Luiz; DUTRA, Joel Souza; AMORIM, Wilson Aparecido Costa de
(Org.). Gestão de pessoas: desafios estratégicos das organizações
contemporâneas. São Paulo: Atlas, 2009.
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NEWSTROM, John W. Comportamento Organizacional: o comportamento
humano no trabalho. São Paulo: McGraw-Hill, 2008.
SILVA, Narbal; ZANELLI, José Carlos. Cultura Organizacional. In: ZANELLI, José
Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antonio Virgílio Bittencourt
(Org.) Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,
2014. pp. 407-442.
ZANELLI, José Carlos; SILVA, Narbal; TOLFO, Suzana da Rosa (Org.). Processos
psicossociais nas organizações e no trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2011.
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