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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
Diretor-Geral
Silvinei Vasques
Diretor de Operações
SPO s/nº, Quadra 3, Lote 5 - Setor Policial Sul - Complexo Sede da PRF
CEP 70610-200 - Brasília/DF
ORGANIZAÇÃO:
Coordenação-Geral de Segurança Viária - CGSV
Coordenação de Prevenção e Atendimento de Acidentes - CPAA
Divisão de Prevenção de Acidentes - DPA
RESPONSÁVEIS:
Aliathar Gibson Tavares de Lima
Anselmo Antonio Blom Margotto
Eliel de Oliveira
Fabio André Sagati
Gleidson Rogério da Silva
Guilherme Braga Werneck
Ilnah Marianne Preira Melo
João Marcos Frutuoso Azevedo
José Araken Cirino Filho
Juliana Meira Diniz
Keila Guimarães Barreto Barcellos
Leonardo Onofre Moreno
Márcio Oliveira do Nascimento
Moacir Viana dos Santos Júnior
Nizandro Martins Ramos
Pablo Peres da Silva
Raimundo Gerson Bezerra dos Santos
Reginaldo Galdino da Silva
Ricardo Alexandre da Silva
Tiago Borges de Campos
Tony de Souza Conrado
Vinicius de Resende Pedroso Schmeil
Zaqueu Veloso da Silva
DIAGRAMAÇÃO TEXTUAL:
Leila Jooris Dutton
ARTE DA CAPA:
Anderson Andrade Barbosa
Conforme preconizado no art. 144 da Constituição Federal, a PRF tem como atribuição
o dever de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas.
O Decreto nº 1.655/1955, que define as competências da PRF, em seu art. 1º,
estabelece como uma das atribuições da PRF o salvamento de vítimas nas rodovias
federais. Já a Lei nº 9.503/1997, que institui o CTB, em seu art. 20, define que, dentre outras
atribuições, compete a PRF “efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos
serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas”.
O atendimento em primeiros socorros pela PRF, portanto, responde às necessidades
da sociedade com transparência, respeito, integridade, profissionalismo e excelência.
Nesse sentido, o presente manual visa reunir, racionalizar e atualizar as diversas fontes
de conhecimento existentes na área de atendimento em primeiros socorros, facilitando a
operacionalização por parte dos policiais em suas atividades ordinárias.
Para tanto, este instrumento está dividido em 2 (partes) partes. A primeira aborda as
orientações gerais no atendimento em primeiros socorros, tendo como base o PHTLS. Nesta
parte, há links de vídeos gravados em ambiente controlado para ilustrar o procedimento
descrito.
A segunda (anexo I) parte do Manual contempla Protocolo de Evacuação.
1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
68. Recomenda-se que a Mochila (MFAK) de uso coletivo, específica de APS, esteja em
local de fácil acesso para atender situações de emergência, contendo:
- 1 Kit parto;
- 1 Maca tática;
- 1 Caixa de Luvas (tamanho M);
- 1 Caixa de Luvas (tamanho G);
- 1 Caixa de máscaras de proteção individual;
- 4 Torniquetes táticos;
- 4 Gaze com agente hemostático (fechada a vácuo);
- 6 Gaze sem agente hemostático (fechada a vácuo);
- 4 Bandagens triangulares (tamanho M:1,40 X 1,00 X 1,00);
- 6 Ataduras tamanho 15cm x 180cm;
- 2 Bandagens do tipo israelense ou Olaes;
- 4 Mantas térmicas aluminizadas;
- 1 Tesoura ponta romba;
- 2 Selos de tórax valvulados;
- 4 Cânula nasofaríngea nº28.
70. Considerando a possibilidade de contágios por agentes patogênicos que possam pôr
em risco a saúde e a integridade do policial, é necessário ter atenção aos cuidados de
biossegurança quanto ao uso correto dos equipamentos de proteção individual - EPI’s (luvas,
óculos de proteção, máscara e utilizando preferencialmente combat shirt estendida).
71. Chegando ao local do evento o policial deverá, antes de qualquer atitude relativa ao
atendimento do vitimado, atuar nos seguintes procedimentos:
3.1.1.1 Da Cena:
3.1.1.2 Do veículo:
- Buscar abrigo seguro, responder agressão ou neutralizar a ameaça (não existe ordem
de preferência, as circunstâncias definirão).
- Solicitar reforço (C3R).
- Realizar auto check e check da equipe buscando por mais feridos.
- Orientar policial vitimado para que busque abrigo, realize autoatendimento e responda
à ameaça (auxílio remoto).
- Avaliar geometria de combate e segurança do perímetro (controle das ameaças
primárias e cobertura para surgimento de ameaças secundárias).
- Planejamento da extração do ferido para abrigo seguro (estudo do lanço).
79. Havendo vítimas em confronto armado, após cessada a ameaça, o policial realizará
o arrasto do vitimado para um local em que os operadores estão relativamente protegidos
para realização do atendimento ao vitimado de forma rápida, conhecida como zona tática de
campo.
80. Durante o atendimento deve-se sempre manter a segurança do perímetro.
81. Caso o policial vitimado esteja inconsciente, deve ser removido o armamento, pois,
ao recobrar parcialmente a consciência, pode efetuar disparos contra a própria equipe.
83. Diante de situações que envolvam múltiplas vítimas e os recursos presentes não
sejam suficientes, devem ser observados critérios para o atendimento das vítimas e tomada
de decisão (triagem start) otimizando os meios disponíveis, aumentando as chances de
sobrevida.
84. O policial atuará de forma coordenada apoiando outros órgãos e equipes
especializadas.
5. TIPOS DE ATENDIMENTO
85. O policial intervirá com o intuito de identificar e corrigir problemas que ameaçam a
vida em curto prazo buscando minimizar sequelas, primando sempre pela segurança
individual e da equipe.
86. O atendimento deve seguir com prioridade o controle de hemorragias massivas,
seguindo pela preservação e estabilização de vias aéreas.
89. Deve ser utilizado o torniquete emergencial, que tem por fundamentos ser o mais alto
e apertado possível, ou seja, próximo da raiz do membro, sobre a roupa, evitando
desperdício de tempo.
90. O torniquete pode permanecer aplicado por período de até 120 minutos sem riscos
de lesões ao membro onde foi aplicado. Por esse motivo, deve-se registrar o horário de
aplicação, sendo imprescindível que a equipe médica tenha conhecimento de quanto tempo
a circulação local está contida.
91. Deve-se observar a presença de objetos como celular, caneta ou carteira próximo às
áreas juncionais que possam inviabilizar a efetividade da aplicação deste dispositivo.
92. Pode-se realizar outros tipos de aplicação por meio do torniquete duplo e deliberado,
como também as manobras de aproximação e reversão, visando minimizar danos.
93. Torniquete Duplo: utilizado quando o uso de apenas um torniquete não for suficiente
para parar o sangramento massivo. Nesse caso, para aumentar a área de compressão,
devemos utilizar um segundo torniquete próximo ao primeiro colocado de forma paralela,
com as hastes de tração desalinhadas para facilitar o giro.
(A não utilização de EPI se deu pois o vídeo foi gravado em ambiente controlado)
(A não utilização de EPI se deu pois o vídeo foi gravado em ambiente controlado)
(A não utilização de EPI se deu pois o vídeo foi gravado em ambiente controlado)
107. Estando a vítima inconsciente ou com a consciência reduzida, deve-se proceder com
as manobras de preservação de vias aéreas.
108. Inicialmente, antes de realizar a manobra de abertura das vias aéreas, é
recomendado visualizar se há objetos estranhos ou líquidos que dificultem ou obstruem a
passagem de ar e removê-los com cuidado para não provocar OVACE.
110. Nas demais situações, em que não há suspeita de traumas, pode-se realizar a
simples inclinação da cabeça com elevação do mento ou lateralização de segurança.
111. Em casos de inconsciência, ou consciência reduzida, recomenda-se a lateralização do
vitimado, durante buscas e procedimentos.
112. Havendo necessidade de lateralização da vítima, para evitar engasgo, e/ou a suspeita
de traumas cervical, recomenda-se que seja feita em bloco.
(A não utilização de EPI se deu pois o vídeo foi gravado em ambiente controlado)
(A não utilização de EPI se deu pois o vídeo foi gravado em ambiente controlado)
112. A utilização de cânulas pode ser realizada em qualquer das situações para
permeabilidade das vias aéreas.
113. A cânula nasofaríngea, pode ser autoaplicável nos casos que o agente sofrer
hemorragia massiva provocada por arma de fogo e considere o risco de vir a ficar
inconsciente, garantindo a permeabilidade da via aérea, até a chegada do resgate.
114. Para evitar o agravamento das lesões, não se faz o uso da cânula nasofaríngea
quando há: suspeita de traumas de base de crânio e/ou laceração facial que impossibilita a
identificação do canal nasal.
115. Este equipamento possui vários tamanhos e, para a utilização adequada, deve-se
considerar a medição da ponta do nariz até o lóbulo da orelha, possuindo geralmente como
tamanho padrão o nº 28.
117. Nos casos de obstrução de vias aéreas por corpo estranho, recomenda-se realizar
varredura na boca a fim de visualizar o objeto que esteja obstruindo as vias aéreas e se
possível pinçá-lo.
118. Nos casos em que a vítima apresentar obstrução parcial das vias aéreas, deve-se
prioritariamente estimular a tosse, mecanismo natural do corpo para desobstrução. Contudo,
constando-se que o atendido não possui mais forças para tossir ou que se trata de obstrução
total das vias aéreas por corpo estranho (OVACE), deve-se utilizar a manobra de Heimlich.
119. Para realizá-la, o socorrista deve posicionar-se por trás da vítima consciente,
comprimindo-a na região abdominal no formato em “J”, com ambas as mãos, no ponto médio
entre o umbigo e o apêndice xifóide.
120. Esta técnica pode ser realizada revezando 5 (cinco) golpes na região dorsal, entre as
escapulas, com a parte hipotenar da mão, seguindo com 5 (cinco) compressões abdominais.
Manobra de Heimlich
(https://youtu.be/v8beebl2aXQ)
(A não utilização de EPI se deu pois o vídeo foi gravado em ambiente controlado)
122. Nestes casos, deverá ser praticada tapotagens nas costas alternando com as
compressões torácicas. Este procedimento deverá ser realizado durante o deslocamento
para o hospital caso a respiração não retorne.
5.3 Respiração
134. O policial realizará o resgate veicular de vítimas (extricação) que estejam em iminente
risco de morte.
135. O policial poderá realizar o desencarceramento leve, rebatendo bancos, volante e
demais itens dos compartimentos internos do veículo com a finalidade de acessar a vítima
e corrigir problemas que possam ameaçar a vida a curto prazo.
136. Poderá ser realizada utilizando a auto-extricação assistida (orientação dada pelo
operador à vítima para que saia) ou a “Chave de Rauteck”.
137. Nesta técnica o socorrista, ao mesmo tempo em que acessa a vítima, também realiza
sobre ela o controle da cervical, com a estabilização da cabeça, sem o auxílio de
ferramentas.
(A não utilização de EPI se deu pois o vídeo foi gravado em ambiente controlado)
138. Poderá ser realizada para proporcionar maior sensação de conforto e permeabilidade
das vias aéreas evitando situações que possam ocasionar engasgo.
(https://youtu.be/IGQH2U2umy4)
(A não utilização de EPI se deu pois o vídeo foi gravado em ambiente controlado)
5.5 Parto
139. O policial, ao abordar gestante com sinais ou sintomas de parto iminente, deverá
adotar as seguintes condutas:
140. A entrevista busca colher informações para identificar se o caso se trata de parto
convencional ou emergencial (iminente), devendo questioná-la acerca de:
- Nome; idade da parturiente e tempo gestacional;
- Se possui outros filhos;
- Se possui pré-natal ou acompanhamento;
- Se houve perda de líquidos pelo canal vaginal;
- Tempo de duração e intervalo entre as contrações;
5.5.2 Convencional
142. Identificando que não se trata de parto iminente, o policial deverá informar a equipe
especializada do fato e/ou realizar o transporte de urgência o mais breve possível para o
hospital.
5.5.3 Emergencial
143. Durante a entrevista ou no deslocamento, caso se constate, por meio dos sinais e
sintomas (como tempo entre as contrações e coroamento), que o parto está na iminência de
ocorrer, o policial deverá:
a) Parar a viatura de imediato, em local seguro, caso esteja em deslocamento;
b) Informar a equipe especializada do fato e circunstâncias;
c) Solicitar o consentimento da parturiente para realizar os procedimentos, mantendo-
a próxima de um familiar sempre que possível, garantindo a sua privacidade.
d) Acomodar a parturiente em local adequado e seguro (preferencialmente deitada com
as pernas fletidas e joelhos afastados);
d) Acompanhar o parto utilizando-se dos recursos disponíveis (kit parto).
149. Diante de parto emergencial, o policial deve adotar cuidados específicos com o
recém-nascido como:
- Limpeza e permeabilidade de vias aéreas;
- Manutenção de temperatura e proteção, entregando-o a mãe;
6. TRANSPORTE DE VÍTIMAS
153. Em se tratando de retirada de ferido de zona hostil para encaminhamento para centro médico
especializado, tal pode ser realizada com um operador, com dois operadores ou Seal’s.
154. Com um operador: o policial realiza o arrastamento por trás do vitimado puxando-o
pelo antebraço, na altura do tórax.
155. Com dois operadores: o policial realiza o arrastamento por trás do vitimado
puxando-o pelo antebraço, na altura do tórax, enquanto o segundo estará segurando a vítima
pelas pernas, que deverão estar cruzadas.
157. No caso de transporte da vítima em viaturas que não seja ambulância, o vitimado
deve ser posicionado de forma mais confortável, preferencialmente lateralizado, voltado para
direção do banco dianteiro, para que possa ser monitorado.
158. Deve-se priorizar a manutenção da temperatura corporal deste, mantendo os vidros
fechados, cobrindo o corpo com manta térmica, ligando o ar quente e revisando as etapas
já realizadas do protocolo.
164. O C3R deve possuir acesso ao plano de evacuação de forma integrada a fim de
viabilizar orientação adequada às equipes sempre que necessário.
BRASIL. Constituição (1988), CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA, Art. 144. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 08 de abril 2021
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SOCORRISTAS
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