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MANUTENÇÃO INDUSTRIAL (Questões e Exercícios de Exame)

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1. Defina fiabilidade e taxa de falhas de um equipamento, mostrando como se relacionam entre si.

2. a) Comente a seguinte frase: "Fazer manutenção significa executar preventiva a todo o custo".
b) Caracterize as diferentes formas de manutenção preventiva que conhece, indicando as suas
vantagens e inconvenientes. Considere as suas dependências em relação à necessidade do
conhecimento da lei de degradação ou do MTBF.

3. Diga o que entende por disponibilidade de um equipamento e como se pode quantificar. De que
forma a manutenibilidade e a fiabilidade influenciam a disponibilidade de um equipamento?
Justifique. Quando é que se diz que um equipamento é confiável?

4. Numa população de 1000 órgãos observamos 5 falhas num intervalo de tempo de 100 h. Qual a
taxa de falhas e o MTBF se os órgãos são prontamente substituídos após falha?

5. Uma empresa possui uma frota de 15 carrinhas de distribuição. Os seus pneus atingem o seu
limite de desgaste em média aos 30.000 km, circunstância que implica a sua imediata
substituição. Do cadastro da frota constata-se que 12 pneus do total (15 x 4 = 60) falham em
média ao fim de 18.000 km. Estas duas médias (30.000 km e 18.000 km) são médias móveis dos
últimos 2 anos conforme norma adotada pela empresa. Estas falhas devem-se a causas díspares
e imprevisíveis, tais como rebentamento, furos, desgaste heterogéneo devido a travagens
bruscas, choques em acidentes, etc. Determine a taxa de falhas e o MTBF.

6. Definindo os termos que a constituem, descreva a importância da equação seguinte:


t


  ( t ).dt
R(t )  e 0

7. Na exploração dos dados de falhas de equipamentos industriais, o analista do serviço métodos


manutenção socorre-se de diversas ferramentas de gestão, entre as quais os chamados
diagramas de Pareto em n.t*. Descreva-os e descreva a sua importância na orientação das ações
de manutenção.

8. Um conjunto de geradores portáteis apresenta uma taxa de falhas constante. Determine o tempo
para que 50% destas unidades falhem, sabendo que, de ensaios anteriores, sob fortes condições
de sobrecarga, 20% dos geradores falharam ao fim de 50 h.

9. Um módulo apresenta um comportamento de falha de acordo com uma função de Weibull. Qual
a probabilidade de falhar durante a sua vida característica (i.e., quando t = ).

10. Um determinado componente mecânico apresenta um modo de falha que se distribui de


acordo com uma lei de Weibull com os seguintes parâmetros = 2 e  = 2.900 h.
a. Qual o MTBF desta distribuição?
b. Qual o tempo ao fim do qual o órgão apresenta uma probabilidade acumulada de falha
igual a 0,5?

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11. No histórico de um equipamento observaram-se os seguintes tempos entre avarias (Time
Between Failures (TBF [h])) para um dado órgão. Usando o modelo de Weibull:

3121 3710 3305 4001 2870 2080 3490 2560

a) Determine os valores do MTBF e do desvio padrão.


b) Em que fase da vida estará este órgão e qual a causa provável das avarias? Justifique.
c) Calcule o intervalo de substituição que se deve utilizar para este órgão de forma a garantir
uma fiabilidade de 85%. Qual o valor da taxa de falhas esperada nesse período?

12. Considere os seguintes tempos entre avarias (TBF (h)), registados no histórico de uma máquina:

4120 2000 3760 5420 4430 6175 3100 5820 4965 4710

Analisando os dados pelo modelo de Weibull determine:


a) Os valores de e.
b) A que fases da vida correspondem as falhas? Existe alguma causa ou causas principais?
Porquê?
c) Determine o período de intervenção de manutenção sistemática que se deve utilizar para
este equipamento, para que a manutenção corretiva residual não ultrapasse 15%.

13. Um conjunto de geradores portáteis apresenta uma taxa de falhas constante. Determine o
tempo para que 50% destas unidades falhem, sabendo que, de ensaios anteriores, sob fortes
condições de sobrecarga, 20% dos geradores falharam ao fim de 50 h.

14. Um módulo apresenta um comportamento de falha de acordo com uma função de Weibull.
Qual a probabilidade de falhar durante a sua vida característica (i.e., quando t = ).

15. Um determinado componente mecânico apresenta um modo de falha que se distribui de


acordo com uma lei de Weibull com os seguintes parâmetros = 2 e  = 2.900 h.
a. Qual o MTBF desta distribuição?
b. Qual o tempo ao fim do qual o órgão apresenta uma probabilidade acumulada de falha igual
a 0,5?

16. Discuta as formas de como se pode implementar a manutenção condicionada de uma máquina
rotativa com base na análise de vibrações.

17. Na análise espetral de vibrações de uma máquina rotativa, indique as zonas do equipamento e
os cuidados que consideraria para efetuar as medições. Na análise dos resultados como poderia
distinguir falhas devido a desequilíbrios de falhas devido a desalinhamentos? Justifique.

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18. Na revisão anual de um dado equipamento industrial a função planeamento prevê ser
necessário executar o seguinte conjunto de tarefas, com as precedências indicadas.
a. Desenhe a rede de PERT correspondente à execução desta revisão e determine o caminho
crítico.
b. Calcule a duração prevista para a revisão e as margens totais e livres das tarefas.

Tarefa Duração (horas) Tarefas Precedentes


A 10 -
B 7 -
C 16 A
D 12 B
E 5 B
F 12 E,D
G 8 F,E,D
H 10 G,H

19. Na revisão anual de um grupo moto-bomba é necessário proceder ao seguinte conjunto de


tarefas, com as ligações indicadas. Indique a duração prevista, o caminho crítico e faça um
estudo das margens relativas à execução das diferentes tarefas.

Tarefa Descrição Duração (horas) Precedentes


A Desmontagem do grupo 6 -
B Desmontagem da bomba 7 A
C Diagnóstico 3 B
D Ligações eléctricas 1 C
E Substituição acessórios bomba 3 C
F Desmontagem do motor 5 D
G Visita rolamento motor 5 F
H Montagem do motor 3 G
I Montagem da bomba 8 E
J Montagem e ensaio grupo 8 I,H

20. Defina custo médio anual de manutenção (Cma) de um equipamento e mostre graficamente
como pode ser determinada a sua duração de vida económica ou o momento da sua
substituição.

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21. Discuta a importância do custo do ciclo de vida de um equipamento em gestão de manutenção.

22. Sejam dados os custos totais da manutenção corretiva (CT1) e sistemática (CT2) de um
equipamento industrial, referentes a um dado período de tempo T:
CT 1  C Mc  C P . .T ;

C Ms  C Mc  C P . '.T ;
T
CT 2 
t

onde CMc é o custo direto da intervenção corretiva, Cp o custo indireto (perda de produção), CMs
o custo da sistemática,  a taxa de falhas (suposta constante) e ´ a taxa de falhas residual.
Mostre que economicamente a manutenção preventiva só será rentável se a periocidade das
C Ms 1
intervenções preventivas t ultrapassar um valor dado por: 
C Mc  C p   - ' .
23. O serviço métodos pretende minimizar os custos de manutenção de um determinado
equipamento. Os dados de histórico do equipamento permitem descrever a sua fiabilidade
operacional com base num modelo de distribuição de probabilidade de Weibull com os
seguintes parâmetros: = 0, = 2 e  = 3.500 h. Os valores anuais relacionados com os custos
diretos e indiretos de manutenção foram avaliados e constatou-se que os custos indiretos são
20 vezes superiores aos custos diretos de manutenção. Determine:
a. O tempo médio entre avarias (MTBF);
b. O tempo entre avarias correspondente a uma fiabilidade de 90% e a taxa de falhas
instantânea correspondente. Neste período, a taxa de falhas aumenta, decresce ou
é constante?
c. Tendo em consideração os dados técnicos e económicos referidos anteriormente, é
economicamente viável a implementação de sistemática? Justifique. Qual o valor do
rácio entre o custo de manutenção preventiva do tipo sistemático e de manutenção
corretiva que minimiza os custos de manutenção?
d. Determine o tempo ótimo de intervenção para a manutenção sistemática a
implementar que minimizam os custos de manutenção.

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Formulário
Taxa de falhas
Média Média
Instantânea
(subst.ou rep.) (não reparados ou substituídos)
C t  N t   N s t  t  dN dN f t 
 (t )   (t )  s com  t   0  (t )     (t ).d (t )    (t ) 
N 0 .t N s t .t N t .dt N (t ) R t 
Aproximação à função de repartição (empírica):
N  20 20 < N  50 N > 50
FA FA  0,3 𝐹𝐴
F (i )  F (i )  𝐹(𝑡) =
N 1 N  0,4 𝑁
Média: Desvio padrão:
K
1
 n .t  n t 
K
1 2
t i i  i i t
N i 1 N i 1 com ni = 1 se não existirem classes
Nota:
𝐹𝐴 = 𝐹𝐴(𝑖) = 𝑖 (𝑛º 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚) 𝑜𝑢 𝑛 (𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒𝑠)
Modelos de distribuição de probabilidade:
Exponencial Negativa Weibull Normal e Lognormal
 t  

F (t )   (u )
  

R (t )  e   .( t  ) R(t )  e   
u
tm

f t  
1  1
MTBF  E (T )   t. f (t ) dt  t  
  (t )     𝑡−𝑚
Rt     
𝑅(𝑡) = 1 − Φ
𝜎
𝜎=λ
MTBF  A   𝑀𝑇𝐵𝐹 = 𝑒
  B 𝜎= 𝑒 ∙ ∙ 𝑒 −1

Reta exponencial negativa (cálculo de e ) Y = a.X, com:


𝑌 = ln(1/𝑅(𝑡)) ; 𝑋 = (𝑡 − 𝛾) 𝑐𝑜𝑚 (𝑡 − 𝛾) > 0
Reta de Weibull (cálculo de e ) Y = a.X+b, com:
1 1
𝑌 = ln(𝑡 − 𝛾) ; 𝑋 = ln ln ; 𝑎 = ; 𝑏 = ln(𝜂)
𝑅(𝑡) 𝛽
Regressão linear simples (método dos mínimos quadrados):
Y  aX b

 
 Y   X 2   X  XY  
b 
n  X 2   X 
2


 n  XY   X  Y 
a 
n  X 2   X 
2



r 
 Yˆ  Y
2
 
 Y  Y 
2

Onde Y e X são valores observados, n o número de observações (tamanho da amostra (N)), Ŷ o
valor estimado (previsto) e r o coeficiente de correlação ou de determinação (R2).

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Tabela para a Lei de Weibull

Distribuição Normal (ou lognormal) padrão: Tabela Z (acima)

𝑡−𝑚 𝑡−𝑚
𝐹(𝑡) = 𝛷 = 𝑃 𝑍 ≥ 𝑧(𝛼) =
𝜎 𝜎

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Ábacos C, tempo ótimo  para sistemática – gestão individual

Razão entre o custo de sistemática e corretiva (fiabilidade prevista por Weibull):

x = / e r = P/p = CP/CM

 1

C2 ( ) 1  1  e
 x
 x

.r
1  
 
 Depende essencialmente de r e .
C1 1 r


e t .dt
0

MI_EX.7

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