URBANIZAÇÃO E PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Até meados do século XX, grande parte da
população brasileira vivia nos campos (zonas rurais). Com a expansão da Industrialização esses dados foram se modificando ao longo do tempo. “Marcha para o Oeste” como processo de interiorização e urbanização do centro do país Assim, com a mecanização de máquinas, as quais já substituíam o homem do campo, o êxodo rural aumenta consideravelmente a partir de 1950. Vargas e seus diligentes no início do projeto da Marcha do Oeste POLÍTICA DESENVOLVIMENTISTA
Esse fator foi influenciado pelos governos de
Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek com sua Política Desenvolvimentista e sua famosa frase “50 anos em 5”. Vale ressaltar que a urbanização foi muito notória no sudeste do país onde a infraestrutura apresentava melhores condições. E, a partir de 1960 e a construção de Brasília no governo de JK que a região centro-oeste começa a apresentar sinais de urbanização. CRESCIMENTO URBANO
Atualmente, cerca de 80% da população
brasileira vive nas zonas urbanas. No entanto, as possibilidades, a infraestrutura e os serviços diferem bastante de uma região para a outra. A região sudeste, onde está localizada São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (que concentram a maior parte das Indústrias no país), são as que mais têm crescido nas últimas décadas. DESIGUALDADE SOCIAL Por outro lado, as regiões norte e nordeste ainda sofrem com carências e aumento da violência nas grandes cidades. Assim, o aumento acelerado da industrialização e, consequentemente da urbanização, não foi acompanhada por políticas públicas de melhorias e oportunidades para as pessoas. Isso gerou uma forte desigualdade social e diversos problemas urbanos (desemprego, violência, favelização, poluição, etc.) que atualmente o Brasil vem enfrentando. Anteriormente, as regiões norte e nordeste (as primeiras a serem colonizadas no pais) possuíam sinais de urbanização. ÊXODO RURAL
Porém, aos poucos, foram sendo enfraquecidas
com o processo de êxodo rural dos habitantes que buscavam melhores qualidades de vida em outras partes do país. Na década de 60, a construção de Brasília motivou diversos trabalhadores dessas regiões a migrarem para o centro-oeste. AS CIDADES E A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA O que consideramos cidades? Atualmente há cidades de diferentes tamanhos e densidades demográficas, de diversas condições socioeconômicas e ambientais. Algumas desempenham apenas a função urbana enquanto outras tem múltiplas atividades. Há aquelas que apresentam grande desigualdade social e aquelas nas quais as desigualdades são pequenas. Favela x Condomínio CONCEITO DE CIDADE
Na maioria dos países, tanto desenvolvidos
quanto subdesenvolvidos, a classificação de uma aglomeração humana como cidade costuma levar em consideração algumas variáveis básicas: densidade demográfica, número de habitantes, localização e presença de equipamentos urbanos, como comercio variado, escolas, atendimento médico, correio e serviço bancário. DENSIDADE DEMOGRÁFICA
Densidade demográfica corresponde
à distribuição da população em uma determinada área. Também chamado de densidade populacional ou população relativa, esse índice demográfico representa, portanto, uma média entre a área de um determinado lugar e o total de habitantes que nela se encontram. IBGE
No Brasil o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estática (IBGE), órgão ligado ao governo federal e responsável pela realização dos censos demográficos e econômicos, considera população urbana as pessoas que residem no interior do perímetro urbano de cada município e população rural as que residem fora desse perímetro. POPULAÇÃO URBANA E RURAL De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015 a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Já 15,28% dos brasileiros vivem em áreas rurais. A Grande Região com maior percentual de população urbana é o Sudeste, com 93,14% das pessoas vivendo em áreas urbanas. A Região Nordeste é a que conta com o maior percentual de habitantes vivendo em áreas rurais, 26,88%. METRÓPOLES Nas décadas de 1970 e 1980 o Brasil sofreu um intenso processo de êxodo rural. A mecanização da produção agrícola expulsou trabalhadores do campo que se deslocaram para as cidades em busca de oportunidades de trabalho. Hoje, o deslocamento do campo para a cidade continua, porém, em percentuais menores. O intenso processo de urbanização no Brasil gerou o fenômeno da metropolização (ocupação urbana que ultrapassa os limites das cidades) e, consequentemente, o desenvolvimento de grandes centros metropolitanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Manaus, entre outros. INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
A industrialização no Brasil foi historicamente
tardia ou retardatária. Enquanto na Inglaterra acontecia a Primeira Revolução Industrial, o Brasil vivia sob o regime colonial e escravista. Desta maneira, as primeiras fábricas só puderam ser abertas com a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808. Interior de uma fábrica no Brasil, 1880. FASES DA INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
1530 – 1808: período colonial, quando as indústrias estavam
proibidas 1808 – 1930: compreende O Período Joanino, o Primeiro e o Segundo Reinado, e a Primeira República. Surgem as primeiras fábricas, mas o café era o grande produto de exportação. 1930 – 1956: alguns assinalam que nestas décadas se deu a Revolução Industrial Brasileira. O governo Vargas passa a ser o grande investidor e formador da indústria pesada no País. 1956 – até os dias de hoje: começa com o estímulo à indústria de automóveis por JK, a abertura da economia ao capital estrangeiro e a globalização.
Período Joanino - refere-se ao momento da história da colonização
brasileira marcado pela presença da família real portuguesa no Brasil (1808 – 1821). PERÍODO COLONIAL
1ª fase: período colonial
Durante o período colonial, a metrópole portuguesa proibia a manufatura, pois os produtos iriam concorrer com os do reino e, com o fortalecimento da economia, a colônia poderia se tornar independente, o que não interessava a Portugal. PRIMEIRAS FÁBRICAS NO BRASIL 2ª fase: primeiras fábricas no Brasil Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, o Príncipe-regente D. João tomou algumas medidas que favoreceram o desenvolvimento industrial, entre elas: extinção da lei que proibia a instalação de indústrias de tecidos na colônia; liberação da importação de matéria prima para abastecer as fábricas, sem a cobrança da taxa de importação. Essas medidas não surtiram o efeito esperado, pois o mercado interno ainda era pequeno. A maior parte da população era escravizada e não poderia comprar estes artigos. FATORES DA INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL Fatores da industrialização no Brasil A exportação de café gerou lucros que permitiram o investimento na indústria; Os imigrantes estrangeiros traziam consigo as técnicas de fabricação de diversos produtos; A formação de uma classe média urbana consumidora. A passagem de uma sociedade agrária para uma urbano industrial mudou a paisagem de algumas cidades brasileiras, principalmente das capitais dos estados. INDUSTRIALIZAÇÃO NO GOVERNO VARGAS 3ª fase: industrialização no governo Vargas O primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) foi decisivo para a industrialização brasileira. Com o governo Vargas, o Estado passa a investir e abrir empresas públicas. Ele privilegia a indústria pesada, ou seja, aquela que transforma a matéria- prima e fabrica bens de grande porte. O contexto exterior também ajudou, pois era complicado importar máquinas num momento em que os países europeus se preparavam para a guerra. Curiosamente, a Alemanha nazista tornou- se compradora do algodão brasileiro a fim de vestir seus soldados. GOVERNO JK
Governo JK até os dias de hoje
Com a chegada de Juscelino Kubitschek à presidência, se
observa o crescimento da indústria de bens intermediários. JK privilegiou a indústria automobilística em detrimento do transporte ferroviário e a fabricação de autopeças conheceu um grande impulso. Para isso, abriu a economia brasileira ao capital estrangeiro. A construção de Brasília garantiu o fomento da indústria nacional, pois era preciso muito material para levantar a nova capital. QUESTÕES SOBRE URBANIZAÇÃO BRASILEIRA Questões sobre Urbanização Brasileira (Enem-2011) O Centro-Oeste apresentou-se como extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização, já que era praticamente virgem, não possuindo infraestrutura de monta, nem outros investimentos fixos vindos do passado. Pôde, assim, receber uma infraestrutura nova, totalmente a serviço de uma economia moderna. SANTOS, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo: EdUSP, 2005 (adaptado).
O texto trata da ocupação de uma parcela do território brasileiro.
O processo econômico diretamente associado a essa ocupação foi o avanço da: a) industrialização voltada para o setor de base. b) economia da borracha no sul da Amazônia. c) fronteira agropecuária que degradou parte do cerrado. d) exploração mineral na Chapada dos Guimarães. e) extrativismo na região pantaneira. RESPOSTA
ALTERNATIVA C - Fronteira agropecuária que
degradou parte do cerrado.
A questão retoma os conhecimentos de
ocupação territorial do centro oeste, trazendo a principal infraestrutura produtiva que a ocupava, anteriormente à construção de Brasília. Apesar de ter havido muita exploração mineral nas áreas de cerrado do centro oeste, o avanço da fronteira agropecuária vindo principalmente do sul, abriu a frente de degradação do bioma, norteando por si a ocupação da região. QUESTÕES SOBRE URBANIZAÇÃO BRASILEIRA (UFRN) “[...] Há algumas décadas, a pobreza no Brasil se concentrava no campo e em pequenas e médias cidades desprovidas de iniciativas empresarias. Atualmente, ela se concentra em grandes cidades, onde se acentuaram os contrastes sociais.”
O texto apresenta uma das faces do processo de urbanização
brasileiro. Sobre esse processo, é correto afirmar que a) promoveu a redução do comércio e dos serviços devido à absorção de mão-de-obra no setor industrial. b) iniciou a partir de núcleos urbanos localizados nas áreas interioranas do país. c) acentuou a elevação das taxas de natalidade ao favorecer a concentração de pessoas nas cidades. d) decorreu da industrialização e modernização do campo que acelerou a migração rural-urbana. RESPOSTA
ALTERATIVA C - decorreu da industrialização e
modernização do campo que acelerou a migração rural-urbana.
O campo brasileiro passou por inúmeras
transformações ao decorrer do longo dos anos, primeiro com o esvaziamento devido as inúmeras oportunidades que foram encontradas nas grandes cidades e depois pela modernização do campo. Cada vez mais máquinas passaram a ser utilizadas no campo e as agroindústrias começaram a chegar, fazendo com que o campo tenho um aspecto muito mais industrializado do que tínhamos no passado.