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Hoje o assunto é voltado ao título da série - Harmonia das cores. Acompanhem mais esta série pois temos ainda muitos
posts sobre o assunto e alguns deles pretendemos colocar em nosso Ciclo de Palestras Técnicas do próximo ano.
Então vamos...
Harmonia
A harmonia é essencial no sentido de relacionar entre si todas as cores de uma composição, ajustando-as a um todo
unificado. Uma cor depende grandemente do contexto no espaço e no tempo.
Cada cor se altera pela colocação de outras de modo que o que era quente pode se tornar frio, colocando uma cor mais
quente mais próxima, e o que estava em harmonia se faz discordante aproximando-se novas cores.
As cores parecem mais escuras sobre o branco, mais claras sobre o preto e sobre um cinza de igual valor se fundem
com este e têm pouco destaque. Os valores claros parecem aumentar o tamanho dos objetos, o preto e os valores
escuros dão impressão que os diminuem. O branco e os valores claros refletem a cor e parece que intensificam as cores
que estão sobre elas e o preto e as cores escuras absorvem e reduzem a potência das cores que são superpostas.
Branco e cores claras sugerem distância, as mais escuras, aproximação. O preto unifica e harmoniza.
Além disto, existem outros fenômenos visuais interessantes. Quando fixamos nossos olhos numa cor durante certo
tempo, substituindo a cor por um campo branco veremos sua cor complementar.
Um cinza médio rodeado de uma cor quente nos parecerá azulado e frio, enquanto que o mesmo cinza circundando
uma cor fria dará a impressão de rosado e quente. O homem sente necessidade de neutralizar as cores, procurando
maior repouso visual.
Não se pode, portanto, formular princípios rígidos para a obtenção da harmonia das cores, mas há alguns processos
utilizados que já se tornaram regras consagradas.
As cores neutras podem ser usadas em todas as harmonias sem nenhum prejuízo.
Harmonia Monocromática
Ex: harmonia monocromática da cor base azul: tons de azul bem claro até o azul escuro.
Esta harmonia permite sempre um resultado agradável e calmo. É, porém, um pouco monótona quando aplicada sobre
grandes áreas. Podemos resolver este problema colocando algum elemento com a cor complementar que, por
contraste, dará mais vivacidade ao esquema.
É a harmonia em que se
utilizam as cores vizinhas no círculo cromático. Ex: harmonia de cores análogas da cor base laranja: amarelo, amarelo
alaranjado, laranja, laranja avermelhado, vermelho.
Contraste ocorre todo o tempo, embora sua presença possa passar despercebida. Há contraste quando uma forma é
circundada por um espaço vazio. Há contraste quando uma linha reta encontra uma linha curva. Há contraste quando
as direções verticais e horizontais coexistem.
Vivenciamos todos os tipos de contraste em nosso cotidiano. O dia contrasta com a noite, um pássaro voando contrasta
com o céu; uma cadeira antiga contrasta com um sofá moderno.
O contraste é apenas um tipo de comparação, na qual as diferenças se tornam claras. Duas formas podem ser
consideradas similares em determinados aspectos e diferentes em outro. Suas diferenças se tornam enfatizadas quando
ocorre contraste. Uma forma pode não parecer grande quando é vista isolada, mas pode parecer imensa comparada
com formas minúsculas próximas a ela.
Tipos de contrastes
.
Harmonia por Tríade
Cores Quentes são cores mais vivas, alegres e com luminosidade. Exemplos: vermelho, amarelo, laranja. Cores Frias
são cores escuras e tristes. Exemplos: azul, verde, violeta, marrom.
O uso de cores complementares cria uma harmonia de contraste violento, que pode ser usado
com grande êxito, desde que quem as empregue saiba usá-las. Quando usamos esta harmonia com cores mais
apasteladas, ou saturadas, conseguimos efeitos menos agressivos. Por exemplo, o vermelho e verde que juntas
parecem chocantes, ficam delicadas nos tons de rosa e verde musgo ou verde-claro e rosa escuro.
Então, continuando, hoje vamos ver o significado psicológico das cores. Este tema sempre foi muito requisitado nas
nossas palestras e até aqui nunca tínhamos entrado profundamente no assunto.
Nossas pesquisas sobre o tema nos trouxeram material adequado tanto para a publicação aqui no nosso blog quanto
para utilização em nossas palestras.
Então vamos...
Cor
A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fotons sobre células especializadas da retina, que
transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso.
A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas
constituintes refletem. Um objeto terá determinada cor se não absorver justamente os raios correspondentes à
frequência daquela cor.
Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas as cores primárias(amarelo, azul, verde
e vermelho), enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o
espectro) por meio de um prisma. Na natureza, esta decomposição origina um arco-íris.
Cultura e influência
Culturas distintas podem ter diferentes significados para determinadas cores. A cor vermelha foi utilizada no Império
Romano, pelos nazistas e comunistas. Usualmente é também a cor predominante utilizada em redes de alimentação
fast food. O vermelho é a cor do sangue e naturalmente provoca uma reação de atenção nos indivíduos.
Outras cores possuem significados diferentes em culturas diferentes, como por exemplo o luto.
A COR, elemento indissociável do nosso cotidiano, exerce especial importância sobretudo nas Artes Visuais, incluso aí as
Artes Gráficas.
Na Pintura, Escultura, Arquitectura, Moda, Cerâmica, Artes Gráficas, Fotografia, Cinema, Espectáculo etc, ela é geradora
de emoções e sensações.
A cor tem vida em si mesma e sempre atraiu e causou no ser humano de todas as épocas, predilecção por
determinadas harmonias de acordo especialmente com factores de civilização, evolução do gosto e especialmente pelas
influências e directrizes que a arte marca.
Significado Psicológico das Cores
Em todas as épocas, as sociedades organizadas sempre tiveram seus códigos completos, ou certos elementos de uma
simbologia das cores, atribuindo-lhes frequentemente caráter mágico. A variedade de significados de cada cor está
intimamente ligada ao nível de desenvolvimento sócio cultural das sociedades.
Branco
Sugere pureza, paz, delicadeza, inocência, simplicidade, otimismo. Cria impressões de vazio e infinito. Evoca ação
refrescante e desinfetante, sobretudo quando utilizado junto com o azul. Apropriado para tetos. Pode parecer caro
como a porcelana ou barato como o papel.
Preto
Símbolo de infortúnio e da morte encerra uma característica impenetrável. Cor da noite e frequentemente ligado ao
rude e ao elegante. É a cor mais desprovida de sentimento, mas confere nobreza, distinção e elegância. Tem um peso
visual muito grande. Objetos pretos traduzem objetos caros.
Cinza
Evoca medo, monotonia desânimo, à medida que é mais sombrio. O cinza escuro é a cor do sujo, desprezível.
Vermelho
Passional, significa força, alegria de viver, virilidade, dinamismo. Pode ser exaltante e até enervante, estimula a pressão
arterial. Impõe-se sem discrição, dando também a impressão de severidade e dignidade, benevolência e charme. É uma
cor essencialmente quente, transmitindo assim sensações de calor, por isso deve ser usada com cautela. Quanto mais
escuro, mais grave, profundo e psíquico se torna. Os tons claros exprimem temperamento jovial e fantasioso. Tons
escuros também estão associados à aristocracia.
Verde
A cor mais calma e tranquila, não possui qualquer elemento de alegria, tristeza ou paixão. Dentro da sociedade das
cores, é como a burguesia: imóvel, satisfeita. É também a cor da esperança, da primavera e da fertilidade. Com um
ponto de amarelo, adquire força ativa, aspecto ensolarado. Se o azul domina, torna-se séria e carregada de
pensamentos. Os tons mais claros acentuam indiferença, os escuros a calma.
Azul
Cor profunda, calma, desperta lembranças da infância. Tem gravidade solene, onde as considerações racionais são
ignoradas. Azul escuro chama o homem até o infinito. O claro provoca sensação de frescor e higiene, principalmente ao
lado do branco. O azul turquesa encerra grande força, exprime fogo interior e frio. Exteriormente, lembra os lagos no
verão. Traduz juventude e esporte.
Amarelo
Luminosa, gritante e vistosa, particularidades evidentes nos tons claros, não transmite profundidade, mas é a cor que
transmite maior luminosidade. Ê uma cor ativa; mas esverdeada, assume tom doentio.
Laranja
Muito mais que o vermelho, transborda irradiação e expansão. Tem característica acolhedora, quente, íntima, como o
fogo ardente.
Violeta
Equivale a um pensamento meditativo e místico que encerra um mistério. Ê triste, melancólico, cheio de dignidade.
Passando ao lilás, aclara-se, tornando-se mágico e místico.
Rosa
Tímido, de uma doçura melosa e romântica. Tem pouca vitalidade, é a imagem material de feminilidade e afeição.
Sugere intimidade.
Marrom
É a cor mais realista, não sendo brutal ou vulgar, encarna a vida sã e o trabalho cotidiano. À medida que se torna
sombrio, adquire as características do preto.
.
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Ainda teremos muito mais em Harmonia das Cores - acompanhem! No nosso próximo Ciclo de Palestras que será
realizado a partir de março de 2011, Teoria das Cores fará parte do conteúdo.
Entao vamos...
Cor
As três dimensões das cores
As cores são classificadas em três dimensões: tom, valor e saturação. Para representar essa classificação elaboraram-se
vários esquemas como a pirâmide de Lambert, o duplo cone de Ostwald e a ordenação criada por Munsell (veja post
publicado na série Controle da Cor). Estes sistemas baseiam-se no mesmo princípio. O eixo vertical representa as
escalas de valores acromáticos, que vão desde o branco na parte superior até o negro na inferior. O círculo
correspondente ao equador contém a escala dos tons que possuem, nesta altura, um valor de claridade médio. Cada
uma das seções horizontais do sólido apresenta os valores cromáticos num dado nível de claridade. Quanto mais
afastado do eixo central, mais saturada será a cor. Quanto mais próximo, mais misturada com um cinza de mesmo
valor.
o Coloração ou Tinta: Característica que estabelece a diferença entre elas. Ex.: vermelho X verde
o Valor Tonal: Grau de luminosidade (claridade).
Acrescentando-se branco a uma cor, aumenta-se o seu valor tonal. Acrescentando-se preto, abaixa-se o valor;
Acrescentando-se um cinza contrastante aumenta-se ou abaixa-se o seu valor. Acrescentando-se um pigmento de valor
diferente, aumenta-se ou abaixa-se o valor.
Acrescentando-se preto, branco ou cinza, modificaremos o "valor tonal e o nível de intensidade”. O tom resultante será
mais claro ou mais escuro e mais neutro.
É provável que também se produza alguma alteração no matiz, porque tanto o pigmento preto como o branco tendem
a esfriar a mistura.
o Intensidade ou Valor Cromático: Característica que dá a pureza e a força da cor. Ex.: Vermelho vivo é mais intenso que
vermelho claro.
Tipos ou Classificação Das Cores
o Cores Primárias
Cores Primárias
A teoria das cores diz que por meio de cores básicas, ou primárias, qualquer cor pode ser formada. Essas cores
são vermelho, verde e azul para cor luz. Magenta, amarelo e cyanpara cor pigmento.
Cor-Luz
O monitor colorido é um ótimo exemplo para explicar como isso funciona. Sua tela é composta por pixels, cada pixel
tem capacidade de emitir a cor vermelha, verde e azul. Cada cor pode variar 256 tonalidades (o equivalente a 8 bits) e
combinando tonalidades dos três pontos é possível emitir em torno de 16 milhões de cores diferentes. Para formar uma
imagem roxa na tela do monitor é necessário que os pixels emitam azul e vermelho, o verde não pode ser emitido. Um
computador com resolução de 640 x 480 tem 307 mil pixels, 800 x 600 tem 480 mil, 1024 x 768 tem 786 mil e assim
por diante, quanto maior a resolução, mais pixels. Como cada cor do pixel pode variar em 256 tonalidades podemos
expressar as cores RGB em valores que vão de 0 a 255.
Cor-Pigmento
Cor Pigmento - CMYK (Cyan, Magenta, Yellow and Black (key))
Não é possível pintar com luz, isto é, com cores ópticas. Por isso os pigmentos são utilizados.
O pigmento na realidade não é uma cor, ele é o material ou a substância que tinge uma superfície com uma certa cor,
e dependendo das características ou propriedades desse pigmento a sua tonalidade pode variar. Eles podem ser
extraídos da natureza ou criados artificialmente em laboratório (veja mais na série Controle da Cor - Pigmentos)
Chamado de sistema CMYK (Cyan, Magenta, Yellow e BlacK), escolheram o K para BlacK pois se fosse B seria
confundido com Blue do RGB. Também é possível que o K foi escolhido por significar Key (chave em inglês), pois o
preto é considerado pelas gráficas como cor chave para todas as outras cores, usada para definir detalhes.
Para entender o que é cor-pigmento é preciso saber um pouco de reflexão e absorção de objetos, duas áreas da física.
Todo objeto absorve e reflete luz, um objeto de cor amarela reflete apenas o amarelo, as outras cores são absorvidas,
já um objeto laranja reflete 100% de amarelo e 50% de magenta e assim por diante, portanto, a cor-pigmento é obtida
subtractivamente.
As cores-pigmento podem ser representadas por porcentagem, exemplo, 100% Ciano + 100% Magenta = Azul. É um
sistema muito mais simples de se entender do que o da cor luz.
o Cores Secundárias
Cores Secundárias
Se se misturarem duas cores primárias obter-se-á uma cor secundária ou binária:
Em Cor luz
o Verde + Azul = Ciano
o Azul + Vermelho = Magenta
o Vermelho + Verde = Amarelo
Em Cor pigmento
o Amarelo + Azul = Verde
o Azul + Vermelho = Violeta
o Vermelho + Amarelo = Laranja
Cores Terciárias
Se se misturar uma cor primária com uma secundária correspondente, isto é, que a contenha, o resultado será uma cor
terciária ou intermediária. Por exemplo, a combinação de amarelo com alaranjado.
o Cores Primárias: São as cores puras - vermelho, amarelo e o azul. Nas artes gráficas, na aquarela e para todos os que
utilizam cor-pigmento transparente ou por transparência em retículas, as primárias são o Magenta, o Amarelo e o Cian.
o Cores Secundárias: São as cores que resultam da mistura de partes iguais de duas primárias. São também as
complementares das primárias. São o Laranja, Verde e o Violeta.
o Cores Terciárias: São as cores que resultam da mistura em partes iguais de uma cor primária com uma cor secundária.
Ex.: Azul Violetado, Azul Esverdeado, Amarelo Alaranjado, Amarelo Esverdeado, etc.
Valor Calórico das Cores
As cores podem ser quentes, frias ou neutras. Uma infinidade de tons poderá ser classificada como cores frias ou como
cores quentes, dependendo da porcentagem de azuis, vermelhos e amarelos de suas composições. Além disso, uma cor
tanto poderá parecer fria como quente, dependendo da relação estabelecida entre ela e as demais cores de
determinada gama cromática, um verde médio, numa escala de amarelos e vermelhos parecerá frio. O mesmo verde,
frente a vários azuis, parecerá quente.
As cores frias, são associadas à água, ao gelo, ao céu, e às arvores. São aquelas que nos transmitem a sensação de
frio.
~.
Estão gostando de Harmonia das Cores? Continuem acompanhando porque temos muito mais...
Falamos bastante de cores na indústria gráfica e a Sellerink tem papel importante no desenvolvimento desta sensação
que passada ao papel se transforma em uma das mais expressivas formas de arte da humanidade, a arte gráfica.
Mas as cores não são simplesmente o que enxergamos. Nem tampouco são uma ciência objeto de estudo lá na nossa
outra série Controle da Cor.
Aqui vamos falar um pouco das cores como sensação psicológica, como um sentimento, como é a forma da arte em
combinar as cores e transforma-las em obras de arte.
A matéria é muito interessante, principamente para nós, profissionais da indústria gráfica tão acostumados a lidar com
as cores de forma matemática, controlada. Aqui não vamos falar sobre nada técnico do ponto de vista do material
gráfico impresso.
Vamos ver como as cores lidam conosco e não como nós lidamos com as cores...
Acompanhem mais esta série do nosso blog. Prometo que vai ser bem interessante.
Cor
O que é Cor ?
Cor é como o olho (dos seres vivos animais) interpreta a reemissão da luz
vinda de um objeto que foi emitida por uma fonte luminosa por meio de ondas eletromagnéticas; e que corresponde à
parte do espectro eletromagnético que é visível (380 a 700 nanômetros - 4,3x10^14Hz a 7,5x10^14 Hz). A Cor não é
um fenômeno físico. Um mesmo comprimento de onda pode ser percebido diferentemente por diferentes pessoas (ou
outros seres vivos animais), ou seja, cor é um fenômeno subjetivo e individual.
Quando uma superfície recebe raios luminosos de várias cores, e um destes raios vêm de encontro aos nossos olhos,
nós o identificamos como a cor da superfície iluminada, que nada mais é do que a luz refletida nessa superfície ou em
um objeto.
Espectro visível
Os comprimentos de onda visíveis se encontram entre 380 e 750 nanômetros, ou as frequencias entre 4,3x10^14Hz a
7,5x10^14 Hz. Ondas mais curtas (ou com maiores frequencias) abrigam o ultravioleta, os raios-X e os raios gama.
Ondas mais longas (com menores frequencias) contêm o infravermelho, o calor, as microondas e as ondas de rádio e
televisão. O aumento de intensidade pode tornar perceptíveis ondas até então invisíveis, tornando os limites do
espectro visível algo elástico.
Teoria da Cor
Aristóteles
A mais antiga teoria sobre cores que se tem notícia é de autoria do filósofo grego Aristóteles. Aristóteles concluiu que
as cores eram uma propriedade dos objetos. Assim como peso, material, textura, eles tinham cores. E, pautado pela
mágica dos números, disse que eram em número de seis, o vermelho, o verde, azul, amarelo, branco e preto.
Idade média
O estudo de cores sempre foi influenciado por aspectos psicológicos e culturais. O poeta medieval Plínio certa vez
teorizou que as três cores básicas seriam o vermelho vivo, o ametista e uma outra que chamou de conchífera. O
amarelo foi excluído desta lista por estar associado a mulheres, pois era usado no véu nupcial.
Renascença
Na renascença a natureza das cores foi estudada pelos artistas.
o Leonardo da Vinci
Leonardo Da Vinci
Leonardo da Vinci reuniu anotações para dois livros distintos e seus escritos foram posteriormente reunidos em um só
livro intitulado "Tratado da Pintura e da Paisagem". Ele se oporia a Aristóteles ao afirmar que a cor não era uma
propriedade dos objetos, mas da luz. Havia uma concordância ao afirmar que todas as outras cores poderiam se formar
a partir do vermelho, verde, azul e amarelo. Afirma ainda que o branco e o preto não são cores mas extremos da luz.
Da Vinci foi o primeiro a observar que a sombra pode ser colorida, pesquisar a visão estereoscópica e tentou construir
um fotômetro (aparelho que mede a intensidade da luz). Leonardo da Vinci foi um gênio tão revolucionário. Estamos
preparando um post especial sobre a obra e a contribuição de Leonardo da Vinci da todas as artes e ciências que
influenciaram, inclusive, as artes gráficas.
o Isaac Newton
Realizanado vários experimentos ao longo dos anos, Isaac Newton revolucionou os conhecimentos sobre a luz. Em
1666, na feira de Woolsthorpe, comprou um prisma de vidro (vidro triangular – um peso de papel) e observou em seu
quarto, como um raio de sol da janela se decompunha ao atravessar o prisma, sua atenção foi atraída pelas cores do
espectro, onde um papel no caminho da luz que emergia do prisma aparecia às sete cores do espectro, em raios
sucessivos: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul anil e o violeta. Desta maneira ele produziu seu pequeno arco-
íris artificial.
"Para cumprir minha promessa anterior, devo sem mais cerimônias adicionais informar-lhe que no começo do ano de
1666 (época que me dedicava a polir vidros óptico de formas diferente da esférica), obtive um prisma de vidro
retangular para tentar observar com ele o celebre fenômeno das cores. Para este fim, tendo escurecido meu quarto e
feito um pequeno buraco na minha janela para deixar passar uma quantidade conveniente de luz do Sol, coloquei o
meu prisma em uma entrada para que ela (a luz) pudesse ser assim refratada para a parede oposta. Isso era
inicialmente um divertimento muito prazeroso: ver todas as cores vividas e intensamente assim produzidas, mas depois
de um tempo dedicando-me a considerá-las mais seriamente, fiquei surpreso por vê-las..." (escritos de Isaac Newton)
Em seguida, Newton repetiu a experiência com todas as raias correspondentes às sete cores, mas elas permaneciam
simples. Desta forma ele concluiu que a luz branca é composta por todas as cores do espectro e provou isso reunindo
as raias coloridas mediante a uma lente, obtendo, em seu foco, a luz branca. E mais tarde Newton afirmou:
"Cores não são qualificações da luz derivadas de refração ou reflexões dos corpos naturais (como é geralmente
acreditado), mas propriedades originais e inatas que são diferentes nos diversos raios. Alguns raios são dispositivos a
exibir uma cor vermelha e nenhuma outra; alguns uma amarela e nenhuma outra, alguns uma verde e nenhuma outra
e assim por diante. Nem há apenas raios próprios e particulares para as cores mais importantes, mas mesmo para
todas as cores intermediárias."
o Le Blon
Ainda no século XVIII, um impressor chamado Le Blon testou diversos pigmentos até chegar aos três básicos para
impressão: o vermelho, verde e azul.
o Goethe
No século XIX o poeta Goethe se apaixonou pela questão da cor e passou trinta anos tentando terminar o que
considerava sua obra máxima: um tratado sobre as cores que poria abaixo a teoria de Newton.
A principal objeção de Goethe a Newton era de que a luz branca não podia ser constituída por cores, cada uma delas
mais escura que o branco. Assim ele defendia a idéia das cores serem resultado da interação da luz com a "não luz" ou
a escuridão.
Por exemplo, o experimento da luz decomposta em cores ao passar por um prisma foi explicado por ele como um efeito
do meio translúcido (o vidro) enfraquecendo a luz branca. O amarelo seria a impressão produzida no olho pela luz
branca vinda em nossa direção através de um meio translúcido. O sol e a lua parecem amarelados por sua luz passar
pela atmosfera até chegar a nós. Já o azul seria o resultado da fuga da luz de nós até a escuridão. O céu é azul porque
a luz refletida na terra volta em direção ao espaço negro através da atmosfera. Da mesma forma o mar, onde a luz
penetra alguns metros em direção ao fundo escuro. Ou as montanhas ao longe que parecem azuladas. O verde seria a
neutralização do azul e do amarelo. Como no mar raso ou numa piscina, onde a luz refletida no fundo vem em nossa
direção (amarelo) ao mesmo tempo que vai do sol em direção ao fundo (azul). A intensificação do azul, ou seja a luz
muito enfraquecida ao ir em direção à escuridão torna-se violeta, do mesmo modo que o amarelo intensificado, como o
sol nascente, mais fraco, e tendo que passar por um percurso maior de atmosfera até nosso olho fica avermelhado.
A interpretação do arco íris é assim modificada. Os dois extremos tendem ao vermelho, que representa o
enfraquecimento máximo da luz.
E ele realmente descobriu aspectos que Newton ignorara sobre a fisiologia e psicologia da cor. Observou a retenção das
cores na retina, a tendência do olho humano em ver nas bordas de uma cor complementar, notou que objetos brancos
sempre parecem maiores do que negros.
Também reinterpretou as cores, pigmentos de Le Blon, renomeando-os púrpura, amarelo e azul claro, se aproximando
com muita precisão das atuais tintas magenta, amarelo e ciano utilizadas em impressão offset.
Porém as observações de Goethe em nada feriram a teoria de Newton, parte devido ao enorme prestígio do físico
inglês, e parte porque suas explicações para os fenômenos eram muitas vezes insatisfatórias e ele não propunha
nenhum método científico para provar suas teses. Sua publicação "A teoria das Cores" caiu em descrédito na
comunidade científica, não despertou interesse entre os artistas e era complexo demais para leigos.
Suas observações foram resgatadas no início do século XX pelos estudiosos da gestalt e sobre pintores modernos como
Paul Klee e Kandinsky.
Atualmente, o estudo da teoria das cores nas universidades se divide em três matérias com as mesmas características
que Goethe propunha para cores: a cor física (óptica física), a cor fisiológica (óptica fisiológica) e a cor química (óptica
fisico-química).
O conteúdo é basicamente a teoria de Newton acrescida de observações modernas sobre ondas. Os estudos de Goethe
ainda podem ser encontrados em livros de psicologia, arte e mesmo livros infanto-juvenis que apresentam ilusões de
óptica.
O termo "cor" indica algo muito mais próximo da neurofisiologia do que da física. É algo que consiste mais no
comportamento próprio de um indivíduo do que num fenômeno independente de validade universal.
Podemos, no entanto, estudar as cores através da física propondo uma teoria conhecida como teoria das cores. Assim
surge a colorimetria como ciência da medição das cores. A palavra "cor" é empregada para referir-se à sensação
consciente de um observador cuja retina se acha estimulada por energia radiante.
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Acompanhem Harmonia nas Cores que teremos muitas matérias interessantes !
Esta semana publicaremos um post muito interessante em Tintas e Impressos de Segurança e teremos a continuação
da cronologia da História da Indústria Gráfica.
Preparamos também uma nova série sobre as personalidades da indústria gráfica. Não percam!