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Danilo Passuane
Relato Financeiro
3º Grupo
Universidade Rovuma
Nampula
Novembro, 2021
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Armando Artur
Danilo Passuane
Relato Financeiro
3º Grupo
Universidade Rovuma
Nampula
Novembro, 2021
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Índice
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO..................................................................................................4
1.1. Objetivos..................................................................................................................................4
1.2. Objetivos gerais........................................................................................................................4
1.3. Objetivos específicos................................................................................................................4
1.4. Metodologia..............................................................................................................................4
1.5. Pesquisa Documental...............................................................................................................5
1.6. Estrutura do trabalho................................................................................................................5
2. CAPITULO II: ENQUADRAMENTO TEÓRICO.................................................................6
2.1. Relato Financeiro.....................................................................................................................6
2.2. Relatório de Gestão..................................................................................................................6
2.3. Demonstrações Financeiras......................................................................................................7
2.3.1. Balanço.................................................................................................................................8
2.3.2. Demonstrações de Resultados...............................................................................................9
2.3.3. Demonstração dos fluxos de caixa......................................................................................11
2.3.4. Demonstração das Alterações no Capital Próprio...............................................................12
2.3.5. Anexo...................................................................................................................................13
2.3.6. Certificação Legal das Contas.............................................................................................14
2.4. Relato intercalar.....................................................................................................................14
2.5. IIRC - International Integrated Reporting Committee...........................................................15
2.6. CAPITULO III – CONCLUSÃO...........................................................................................16
2.7. CAPITULO IV – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA........................................................17
CAPITULO V- anexos..................................................................................................................18
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1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO
A crise mundial económica e a falta de transparência no seio da comunicação empresarial vieram
ditar a necessidade de uma informação de confiança a ser entregue no formato certo, no
momento certo e com um conteúdo de garantia para responder às necessidades crescentes dos
mercados e dos utilizadores da informação.
1.1. Objetivos
Determinar o impacto de adopção das IFRS sobre o conjunto de informação económica financeira a ser
prestada no contexto das Demonstrações Financeiras;
Explicar o impacto sobre as regras de contabilização das transacções em moeda estrangeira e inscrição
das diferenças cambiais associadas.
1.4. Metodologia
A metodologia usada para o alcance dos objetivos acima definidos foi de carácter exploratória. É
exploratória porque “tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com
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vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses” (Gil, 1989:63). Esta pesquisa foi
desenvolvida através de consultas bibliográficas, pesquisa documental.
Capítulo II - Insere o enquadramento teórico do tema e compreende a revisão das obras sobre as
quais se assenta a pesquisa e uma breve referência a algumas IFRS aplicáveis a instituição em
estudo.
Capítulo III - Conclusões – após o estudo foram evidenciados elementos de destaque que
permitiram tirar conclusões e formular recomendações.
Capítulo IV - Bibliografia
Capítulo V – Anexos
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2. CAPITULO II: ENQUADRAMENTO TEÓRICO
2.1. Relato Financeiro
Segundo Lopes (2013), o relato financeiro permite que a gestão de uma entidade forneça aos
vários utentes (internos e externos) da informação financeira conhecer esta informação para que
estes últimos a possam utilizar no seu processo de tomada de decisão.
O Relato Financeiro materializa-se através dos documentos de prestação de contas, através dos
quais uma entidade apresenta aos seus detentores de capital e a terceiros a atividade
desenvolvida, os resultados obtidos durante o período de relato, a posição financeira no final
desse período assim como os valores apresentados no período anterior.
De acordo com Neves (2012) as empresas estão obrigadas à prestação de contas anuais, que
devem apresentar vários elementos:
Relatório de Gestão;
As demonstrações financeiras;
Relatório anual sobre a fiscalização efetuada (quando aplicável);
Certificação Legal de Contas (quando aplicável);
Relatório e parecer do fiscal único, Conselho Fiscal ou da Comissão de Auditoria
(quando aplicável).
“O relatório da gestão deve conter, pelo menos, uma exposição fiel e clara da evolução dos
negócios, do desempenho e da posição da sociedade, bem como uma descrição dos principais
riscos e incertezas com que a mesma se defronta.”
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desempenho não financeiro relevante para as atividades específicas da sociedade incluindo
esclarecimentos sobre questões ambientais e questões relativas aos trabalhadores
A posição financeira;
O desempenho financeiro;
As alterações da posição financeira de uma entidade, que seja útil a um leque variado de
utilizadores quando tomam decisões econômicas.
Esta informação é fornecida pelo balanço, Demonstração de Resultados (por natureza ou por
funções), demonstrações das variações do capital próprio, demonstração de fluxo de caixa e
Notas as demonstrações financeiras.
Segundo Brito & Ferreira (2014) O sistema de contabilidade empresarial considera existência de
dois pressupostos para a apresentação das demonstrações financeiras que são:
a) Base de Acréscimo – neste regime os efeitos das transações e outros acontecimentos são
reconhecidos quando ocorrem, escrituras nos períodos a que dizem respeito, e relatados
nas demonstrações financeiras dos respetivos exercícios ou períodos.
b) Continuidade das operações – as demonstrações financeiras são preparadas no
pressuposto que a empresa opera continuamente e ira operar num futuro previsível.
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Segundo Brito & Ferreira (2014, Pág. 24) As demonstrações financeiras devem ser apresentadas,
pelo menos, anualmente. Se as mudanças do período de apresentação de relatórios anuais e
demonstrações financeiras são preparadas por um período diferente, a entidade deve divulgar a
razão para a mudança e um alerta sobre os problemas de comparabilidade.
As DF são importantes e úteis pois permitem aos stakeholders a obtenção das informações
financeiras necessárias à sua tomada de decisões e na correção dos pontos fracos da empresa.
2.3.1. Balanço
Conforme Lopes (2013) o balanço é uma Demonstração Financeira que apresenta a posição
financeira da entidade numa determinada data. Para poder retratar a situação da respetiva
entidade, o balanço evidencia os seus ativos e os seus passivos, mostrando a diferença entre
ambos, que designamos por capital próprio.
Segundo Borges, Rodrigues & Rodrigues (2010), no balanço podemos distinguir duas classes de
elementos patrimoniais: “por um lado, os elementos que representam aquilo que se possui ou se
tem a receber; por outro lado, aqueles que representam aquilo que se tem a pagar. A primeira
classe, ou seja, ao conjunto de valores que se possui e se tem a receber, designa-se Ativo; à
segunda classe, ou seja, ao conjunto de valores a pagar, designa-se Passivo”.
À luz do normativo contabilístico , um ativo é um recurso controlado pela entidade que resulta
de acontecimentos passados e do qual se espera que fluam benefícios económicos futuros para a
entidade e um passivo é uma obrigação presente da entidade proveniente de acontecimentos
passados, do qual se espera que resulte um exfluxo de recursos da entidade incorporando
benefícios económicos; por último, o Capital Próprio é o “interesse residual nos ativos da
entidade depois de deduzir todos os seus passivos”.
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De acordo com a NCRF (norma contabilística de relato financeiro) 1, as entidades devem
apresentar ativos correntes e não correntes assim como passivos correntes, como classificações
separadas na face do balanço. Segundo o parágrafo 14 da NCRF 1, um ativo é considerado
corrente quando:
Todos os ativos que não se enquadrem neste âmbito devem ser considerados ativo não corrente.
Todos os passivos que não se enquadrem como passivo corrente devem ser considerados como
passivo não corrente.
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Segundo o Brito & Ferreira (2014) consideram-se rendimentos os aumentos nos benefícios
económicos durante o período contabilístico na forma de influxos ou aumentos de ativos ou
diminuição de passivos que resultem em aumentos de capital próprio, que não sejam os
relacionados com as contribuições dos participantes no capital próprio. De acordo com o mesmo
normativo, consideram-se gastas as diminuições nos benefícios económicos durante o período
contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos de ativos ou na incoerência de passivos
que resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições
aos participantes no capital próprio.
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permite aos utentes determinarem o impacto dessas atividades na posição financeira da entidade
e nas quantias de caixa e seus equivalentes.
Segundo Araújo et al. (2011) defendem que a Demonstração dos fluxos de caixa tem como
objetivo proporcionar informação sobre os recebimentos e pagamentos em dinheiro no decurso
da atividade operacional da empresa, assim como apresentar as aplicações de dinheiro da
empresa em investimentos e também a obtenção de recursos monetários através de
financiamentos para a empresa se adaptar às necessidades e oportunidades futuras.
A demonstração dos fluxos de caixa é um instrumento importante na gestão, uma vez que
permite ao gestor monitorar a evolução das entras e saídas de dinheiro durante o período,
possibilitando-lhe perceber antecipadamente quando vão faltar ou sobrar recursos, permitindo
assim a adoção antecipada de medidas que assegurem a disponibilidade de recursos para o
suprimento das necessidades de caixa.
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Esta demonstração financeira é atualmente considerada uma das mais importantes pois esta
demonstra as diferentes fontes de entrada dos meios monetários da entidade e também os
diferentes destinos de saída. Por esse motivo, esta demonstração financeira é de divulgação
obrigatória para algumas entidades, sendo facultativa para as entidades de menor dimensão como
referido anteriormente.
Segundo Neves (2012) defende que esta demonstração financeira é útil para os analistas
financeiros na medida em que sintetiza as alterações contabilizadas diretamente na conta de
capital do balanço e das operações com os detentores de capital. Exemplos disso são as
realizações de capital, as realizações de prémios de emissão, distribuições de lucros, etc. Desta
demonstração financeira surge um importante indicador, o Resultado Integral, que resulta da
agregação direta do resultado líquido do período com todas as variações ocorridas em capitais
próprios não diretamente relacionadas com os detentores de capital, agindo enquanto tal.
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2.3.5. Anexo
Segundo Neves (2012), o anexo faz parte integrante das DF e inclui a descrição dos princípios
contabilísticos adotados e mapas adicionais detalhados da informação financeira explicitada nas
Demonstrações Financeiras de finalidades gerais.
Segundo o parágrafo 42 da NCRF 1, o anexo deve apresentar informação acerca das bases de
preparação das Demonstrações Financeiras e das políticas contabilísticas usadas, divulgar
informação exigida pelo Modelo de Demonstrações Financeiras e que não tenha sido apresentada
nas demais Demonstrações financeiras. Além disto deve ainda proporcionar informação
adicional que não seja apresentada na face do balanço, da demonstração de resultados, na
demonstração de alterações no capital próprio ou na demonstração dos fluxos de caixa.
As notas do anexo devem ser apresentadas de uma forma sistemática, sendo que cada item nas
demais Demonstrações Financeiras que tenha merecido uma nota no anexo deve ter uma
referência cruzada. Desta forma as notas do anexo devem ser apresentadas pela seguinte ordem:
Assim, conclui-se que cada entidade deve criar a estrutura e a forma de organização dos seus
anexos de modo a criar a melhor estrutura para a entidade, e que esta facilite na obtenção de
informações adicionais às outras DF.
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Demostrações Financeiras apresentam ou não, de forma verdadeira e apropriada, e de acordo
com os princípios contabilísticos geralmente aceites, a posição financeira e os resultados da
empresa em determinado período.
Entretanto Neves (2012) afirma que a certificação legal de contas é exigida apenas a sociedades
que sejam obrigadas à Revisão Legal de Contas, sendo que as sociedades anónimas estão sempre
obrigadas a esta revisão. E ainda afirma que as sociedades anónimas e sociedades por quotas que
possuam órgão de fiscalização devem apresentar:
Segundo Carreira & Aleixo (2004) o relatório Anual sobre a Fiscalização efetuada é um
documento da responsabilidade do revisor oficial de contas e deve evidenciar de forma breve os
procedimentos de auditoria adotados na revisão legal das contas e todos os outros fatos
relevantes que mereçam divulgação.
Quanto ao parecer do órgão de fiscalização, este é obrigatório apenas quando existe este órgão, e
é emitido conforme os casos, pelo conselho fiscal ou pelo fiscal único.
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2.5. IIRC - International Integrated Reporting Committee
Para atender à nova realidade internacional e às novas reivindicações de relato, e com objetivo de
melhorar o relato financeiro, surge o Comitê Internacional de Relato Integrado (IIRC
International Integrated Reporting Committee). O IIRC foi criado em agosto de 2010 e é uma
organização internacional composta por líderes de uma grande diversidade de zonas geográficas
(mais de 20 países) e é representada por várias organizações (cerca de 80 empresas) ligadas à
contabilidade, às empresas, aos investidores, aos académicos, à sociedade civil e aos
normalizadores.
O IIRC tem como finalidade primordial desenvolver, melhorar e apoiar o quadro internacional de
relato e alcançar uma estrutura de relatório que (IIRC, 2013:5):
O IIRC pretende alcançar um consenso global sobre o relato mundial que é capaz de acomodar a
complexidade e as diversas vertentes da comunicação integrados num só documento. Esse
documento de reflexão estabelece o primeiro passo primordial no desenvolvimento de
convergência internacional das normas contabilísticas, das orientações de sustentabilidade
publicados pelo GRI (Global Reporting Initiative) e das IFRS elaboradas pelo IASB (Deloitte,
2011).
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2.6. CAPITULO III – Conclusão
O relato financeiro é importante para todas as entidades pois fornece a todos os utilizadores que
tenham interesse a informação financeira que os lhes irá permitir conhecer a posição financeira
da entidade e apoiá-los nas tomadas de decisão. No, entanto nem todas as entidades têm a mesma
necessidade de relato financeiro, por esse motivo é essencial a divisão das entidades em
categorias, para que a obrigatoriedade de relato financeiro esteja em acordo com a necessidade
do mesmo.
A elevada importância das demonstrações financeiras surge do facto de estas facultarem aos seus
utilizadores informações úteis, que possibilitem a avaliação da capacidade da entidade em gerar
dinheiro assim como avaliar a tempestividade de geração do mesmo.
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2.7. CAPITULO IV – Referencias Bibliografica
ARAÚJO, Duarte N.; CARDOSO, Patrícia; NOVAIS, José . Manual de Prestação de Contas
nas Sociedades Comerciais – O processo de relato financeiro em SNC. 2ª Edição, Jornal
Fiscal,
BORGES, António; RODRIGUES, Azevedo; RODRIGUES, Rogério “Elementos da
Contabilidade Geral”, 25ª Edição, Áreas Editora. 2010;
Carreira, F., & Aleixo, M. A Certificação Legal das Contas na Internet nas Empresas do
PSI20. Departamento de Contabilidade e Finanças. Escola Superior de Ciências
Empresariais - Instituto Politécnico de Setúbal. 2004.
Dalva BRITO & Paula FERREIRA. Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial em
Mocambique. Texto Editores Lda. 2014. Maputo
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