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Marcos Pacco
@marcospacco.mp12
Ilustração*
Amanda Ribeiro
@amandinha_estudies
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Mapear Português
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Sabemos que este trabalho nem de longe substitui o estudo sistemático da Gramática
Whatsapp: +55 61 99870-8866 realizado nas escolas e nos cursos preparatórios! Se conseguirmos, por meio do nosso
perfil e deste livro, pelo menos despertar nossas crianças e nossos adolescentes para
o estudo da nossa Língua e levá-los a construírem seus próprios mapas, nosso objetivo
já terá sido alcançado .
Dedicatória
A Deus, por ter feito um sonho se tornar realidade em minha vida, por
me conceder o privilégio de alcançar vidas por meio do meu perfil e ajudá-
las a alcançarem seus objetivos. À minha mãe, Renata, e ao meu pai, Pacco,
por me apoiarem em todos os meus projetos e sonhos. Sem vocês, eu não
teria alcançado tudo o que alcancei. Amo vocês. À minha irmã, Ana Júlia,
que sempre acreditou em mim e me fez superar desafios. Sem o apoio
dela talvez eu não fosse hoje tão determinada. Aos meus professores, que
me ensinaram grande parte do que sei hoje, não só sobre matérias, mas
também sobre a vida! Em especial, às professoras Naeje, Cátia, Angélica,
Erô, Mirian e Rakell. Aos meus queridos seguidores do Insta; vocês são d+.
Amanda
Ao Mestre dos mestres, Jesus Cristo, meu amigo, meu Senhor e meu
Salvador. À minha esposa, Renata, por acreditar que poderíamos fazer algo
criativo, inovador e útil para as pessoas. Você, de fato, tem visão de futuro!
À minha autora e influenciadora digital preferida, minha filha Amanda.
Obrigado pelas ideias, pelo capricho (sua marca registrada desde o berço),
pela sensibilidade e por ter suportado meu perfeccionismo. À minha caçula,
Ana Júlia, pelo incentivo, pela torcida e por tantas vezes me fazer sorrir. Aos
meus alunos e agora aos meus seguidores; na verdade, mais da Amanda do
que meus (risos). Amo a todos vocês!
Pacco
Sobre este livro
Amanda e Pacco
A Turma do Mapear
Índice
A Tr i l h a d a G ra m áti ca 9
Scanned by CamScanner
M apear Português
O que é Gramática?
Mas não é nada disso! Ufa! Na verdade, todos nós temos uma
gramática interna, que vai desenvolver-se de acordo com a cultura em que
estivermos inseridos. Observe que mesmo uma pessoa que não tenha tido
a oportunidade de ir à escola consegue se comunicar por meio da nossa
Língua. Isso ocorre porque ela desenvolve sua competência linguística pela
interação com os pais, com os familiares, com os amigos.
10 A Tr i lh a d a G ra mát ica
M a p ea r Por t ugu ês
A Tr i l h a d a G ra m áti ca 11
M apear Português
Scanned by CamScanner
Nós vamos ajudar você! Neste primeiro volume da coleção MAPEAR,
vamos falar de Fonologia, de Morfologia e um pouco de Sintaxe.
As partes da Gramática
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M a p ea r Por t ugu ês
A Tr i l h a d a G ra m áti ca 13
M apear Português
As letras são representações visuais dos sons da língua. Na nossa As sílabas são um fonema vocálico ou um grupo de fonemas diversos
Língua, temos 26 letras, que formam o nosso alfabeto. De uma maneira pronunciados de uma vez. Não existe sílaba sem vogal, assim como não
simples, podemos dizer que são símbolos, códigos, desenhos. Cada existe sílaba com mais de uma vogal.
letra representa um som (fonema), mas há casos em que o som é
representado por duas letras (dígrafos), um caso em que uma letra /a-mor/, /ru-a/, /Pi-au-í/, /tungs-tê-ni-o/
representa dois sons (dífono) e alguns casos em que o mesmo som é
representado por letras diferentes. Veja: É importante saber tudo isso, porém o que mais importa é conhecer
as palavras. As palavras são a unidade básica de comunicação. São
/casa/ /exato/ /zebra/ formadas por fonemas, sílabas e letras que nos levam a um significado.
Observe, nos exemplos acima, que o som /z/ é representado por três Nossa aventura pela Trilha está apenas no começo! Ainda temos muito
letras diferentes: s, x, z, o que pode gerar muitas dificuldades na hora de a desvendar sobre as palavras!
escrever. Por isso é importante ler bastante e estudar ortografia (a forma
correta de se escrever as palavras). Vamos, juntos, conhecer a Trilha da Gramática!
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M a p ea r Por t ugu ês
A Tr i l h a d a G ra m áti ca 15
M apear Português
~ ~
ninguém = ni/gei
Encontros Vocálicos
3. Hiato: essa palavra tem um significado interessante — lacuna,
abertura. Na gramática, é o encontro de duas vogais em sílabas separadas,
Você sabia que muitas vezes as vogais se encontram com outras ou seja, existe uma lacuna entre elas:
vogais ou semivogais na mesma sílaba ou em sílabas separadas? Esses
encontros são chamados de encontros vocálicos. Eles se classificam de /po-e-ta/ /ca-í-mos/ /ru-im/ /ca-a-tin-ga/
três formas:
Por que é importante conhecermos os encontros vocálicos?
1. Tritongo: significa, de forma literal, três sons. Ocorre quando uma Principalmente por dois motivos:
semivogal, uma vogal e outra semivogal se encontram na mesma sílaba.
1) para separar adequadamente as palavras na translineação (quando
/Uruguai/ /saguão/ passamos de uma linha para outra no texto);
2) para fazer a acentuação gráfica correta de algumas palavras
2. Ditongo: literalmente, significa dois sons. Ocorre quando uma vogal
(veremos esse assunto mais à frente).
e uma semivogal se encontram na mesma sílaba. De acordo com a ordem
desses sons na sílaba, o ditongo se classifica em:
Bom, agora para você memorizar com mais facilidade, veja as letras que
estão nos balões que o casal está segurando: TDH, um acróstico para nos
a) ditongo crescente: o som vai do mais fraco (semivogal) ao mais
lembrarmos dos três encontros vocálicos — Tritongo, Ditongo e Hiato.
forte (vogal).
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Esperamos que você tenha gostado! Vamos continuar nossa Trilha?
/cárie/ /armário/
/mamãe/ /papai/
Os ditongos também podem ser orais (os sons saem apenas pela
boca — pai, rói, céu) ou nasais (saem pela boca e pelo nariz — mãe, pão,
ninguém).
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M a p ea r Por t ugu ês
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M apear Português
Já estudamos que existem sons vocálicos (formados por vogais e Devemos, também, evitar um erro muito comum: M e N ao final de
semivogais). Agora vamos estudar os sons consonantais. As palavras, sílabas não são sons consonantais — funcionam simplesmente como
unidades básicas de comunicação, são formadas por fonemas ou sinais de nasalidade. Fazem parte de dígrafos vocálicos ou ditongos. Veja:
agrupamento de fonemas (sílabas). Não existem sílabas sem vogais;
normalmente as sílabas são formadas por vogais e consoantes. Numa samba = /sam-ba/ = /s/ã/b/a ~ ~
ninguém = /nin-guém/ = /n/i/g/e/i/
palavra, pode haver encontros vocálicos ou encontros consonantais.
Nessas palavras, não temos encontro consonantal, porque a letra M,
Os encontros consonantais são agrupamentos de consoantes neste contexto, não representa um som: simplesmente transmite uma
em sequência na palavra; podem fazer parte da mesma sílaba ou não. nasalidade para a vogal anterior; tanto é assim que temos apenas quatro e
Classificam-se em: cinco fonemas, respectivamente, que seriam assim representados:
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Existem muitos desafios nesta Trilha, mas vamos vencê-los!
• encontros imperfeitos, impróprios ou disjuntos: são as
consoantes que se encontram na palavra, mas na separação
silábica ficam em sílabas diferentes:
sus-to, ad-mi-nis-trar
Uma consoante não tem independência fonética, ou seja, não pode ser
pronunciada isoladamente. Portanto, na separação silábica, ela não pode
ficar sozinha na sílaba: pneu, mne-mô-ni-co.
18 A Tr i lh a d a G ra mát ica
M a p ea r Por t ugu ês
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M apear Português
Em todas elas, a letra consoante m não está iniciando uma sílaba (se
isso acontecesse, ela representaria um fonema). Considere o som dessas
palavras. Elas poderiam ser assim representadas:
~ ~ ~
Dígrafos sãba tepo lipo põbo bubu
Sabemos que elas não são escritas dessa forma, porque nossa Língua
tem uma convenção ortográfica (um acordo) que leva em consideração
Vamos agora passar por mais uma fase da nossa incrível aventura. a origem das palavras e a tradição de como elas foram escritas. Mas,
Estamos estudando Fonologia, ou seja, a parte da gramática que estuda considerando apenas o som, a letra m — presente em todas essas palavras
os sons da língua. Já aprendemos sobre sons e letras. Vimos, por exemplo, — tem exatamente o mesmo valor do sinal de nasalidade til. Claramente
que o fonema é a menor unidade distintiva de uma palavra. Quando percebemos, portanto, que essas palavras têm apenas quatro sons. Como
pronunciamos sapo e saco, observamos que o que diferencia tais palavras os encontros am, em, im, om e um representam um único som, temos aí os
é apenas um som consonantal. Aprendemos também que vogais e dígrafos vocálicos.
semivogais podem se encontrar numa sílaba; que também há encontros
consonantais, consoantes que se encontram na mesma sílaba ou em Além desses grupos vocálicos, temos aqueles com valor consonantal.
sílabas separadas. Observe as palavras chave e xale. O som inicial dessas palavras é o mesmo,
porém são escritas de formas diferentes: o fonema Inicial dessas palavras é
Normalmente, uma letra representa um único som, porém temos na representado no primeiro caso pelo encontro ch e no segundo caso pela letra
nossa Língua um fenômeno fonético chamado dígrafo. Essa palavra é a x. Dizemos portanto que o ch é um dígrafo consonantal, já que representa
junção do prefixo “di”, que significa “dois”, mais o radical “grafo”, que de uma um único som com valor de consoante.
maneira simples significa grafema ou letra; portanto, dígrafos são duas
letras que representam um único som (fonema). Existem 10 dígrafos Existem 11 dígrafos consonantais e, na separação silábica, cinco deles
vocálicos e 11 dígrafos consonantais. são inseparáveis: ch, lh,nh,qu, gu.
Os dígrafos vocálicos são formados pelo encontro das vogais a, e, i, Então é isso, pessoal. Nosso cachorrinho Dig Dig tem esse nome
o, u com as letras consoantes m e n em final de sílabas. Nesse caso, tais porque queremos que você se lembre de que existem dois tipos de dígrafos:
letras consoantes não funcionam como consoantes, mas como sinais de dígrafos vocálicos e dígrafos consonantais. Alíás, quantos dígrafos
nasalidade. Observe as seguintes palavras: existem na frase “Esse é o DIG DIG, um cachorrinho lindo e mansinho”?
Quem respondeu 8 acertou!!
samba tempo limpo pombo bumbo
O que há de comum entre elas? As cinco possuem cinco letras e quatro Esperamos que você esteja feliz nessa Grande Aventura. Até a próxima
sons (fonemas). Todas elas podem ser divididas em duas sílabas: fase.
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M apear Português
22 A Tr i lh a d a G ra mát ica
M a p ea r Por t ugu ês
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M apear Português
Observe que o primeiro elemento, nos três casos, termina com uma
letra que é igual à que inicia o segundo elemento. Dessa forma, devem ser
Na Língua Portuguesa, temos palavras primitivas ou derivadas, simples separados.
ou compostas. Palavras primitivas são aquelas que nasceram primeiro e dão
origem a outras (chamadas derivadas). Derivadas são aquelas formadas, 2) Se o primeiro elemento terminar com uma letra diferente daquela
normalmente, a partir do acréscimo de um elemento significativo, chamado que inicia o segundo elemento, os dois elementos se atraem, ou seja, não
de prefixo (quando vem antes) ou sufixo (quando vem depois do radical). podem ser separados por hífen: “diferentes se atraem”.
As palavras simples são aquelas que têm apenas um radical, ou seja,
uma base de significação; já as palavras compostas possuem mais de um micronutriente anticoncepcional superinteressante
radical e podem ou não estar ligadas entre si por hífen.
É importante notar que quando houver a junção de alguma vogal com
Entre os usos do hífen, com certeza se destaca a formação de palavras as consoantes r ou s, deveremos dobrar a consoante, ou seja, usá-la de
compostas. Tais palavras são formadas pela junção de outras duas forma duplicada:
palavras ou pela junção de um prefixo ou falso prefixo ao radical. Existem
muitas particularidades para o uso do hífen, por isso teremos dois mapas antissocial autossabotagem autorretrato
para tratar desse assunto. Aqui vamos tratar de duas regras gerais que vão
ajudar você a ter muita segurança na hora de empregar esse sinal. Essas duas regrinhas vão servir para a maioria dos casos: iguais
se separam e diferentes se juntam. Porém, na Língua Portuguesa,
De forma geral, o uso do hífen depende de como termina a primeira normalmente temos exceções, chamadas de casos particulares. É o que
palavra do composto e de como começa a segunda palavra. Por exemplo, veremos na próxima fase da Trilha, isto é, no próximo mapa.
a palavra autoescola é formada pelos elementos auto e escola; o primeiro
elemento termina na vogal “o” e o segundo começa pela vogal “e”. Você Mas, antes disso, tenha cuidado com esta exceção: com os prefixos
pode considerar o seguinte: iguais se separam e opostos se atraem! CO, RE, PRO, os dois elementos do composto estarão juntos, mesmo que
Quando falamos “opostos”, estamos querendo apenas associar essa regra o segundo deles comece com uma vogal igual à vogal final desses prefixos.
a uma expressão popular— opostos se atraem —, mas considere no lugar Veja:
da palavra “opostos” a palavra diferentes, ou seja, diferentes se atraem.
Como assim? coobrigar reenviar proótico
Bom, podemos dizer que existem duas regras que, de modo geral, Um abraço. A gente se encontra na próxima fase!
resolvem quase todos os casos:
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A Tr i l h a d a G ra m áti ca 25
M apear Português
Muito BEM, EM, EM, EM, EM! índio TUPI não quer pão e circo na
fauna e na flora!
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por hífen. Para você memorizar com mais facilidade, dividimos em dois ciclo que tem a ver com Fonologia e Ortografia. Vamos, agora, rumo a uma
grupos. O primeiro grupo é representado por um mnemônico esquisito: grande aventura: a casa das palavras!
Com isso, você memoriza o primeiro grupo com cinco primeiros prefixos
que devem ser separados por hífen.
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M apear Português
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1ª: classes variáveis que se referem ao substantivo: ANAP.
dar uma ideia geral das classes. Teremos que estudar uma a uma para
2ª: classes variáveis principais: o verbo e o substantivo: VS.
concluir A Trilha da Gramática.
3ª: classes invariáveis: advérbio, conjução, preposição e interjeição: A CPI.
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M apear Português
Vamos analisar as palavras inteligência e inteligente? Na frase “Sabemos que a vida está sujeita a problemas”, temos
duas ocorrências da partícula a. Mas, pelos critérios da relação e
Pelo critério da relação, já se nota a diferença entre as palavras. da variação, você já pode perceber que elas têm classificações
Podemos falar “Maria é inteligente”, mas soa muito estranho falar “Maria é diferentes: a primeira é artigo e a segunda é preposição. Segure a
inteligência”. Por que soa estranho? Porque normalmente um substantivo ansiedade que vamos estudar esse assunto mais para a frente!
não qualifica o outro e nessa frase tanto “Maria” quanto “inteligência”
são substantivos. Já na frase “Maria é inteligente”, não há nada estranho: a
palavra “inteligente” estabelece uma relação natural com “Maria” e indica Uau! Você já passou por 11 fases da Trilha! Comemore!!!!
uma qualidade dela.
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Então é bom ficar atento: uma mesma palavra pode ter diversas
classificações quanto à forma e à ideia que expressa.
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M apear Português
Tudo bem? E se eu falasse para você que existe uma classe gramatical 3. Quando usado com nomes próprios, o artigo indica familiaridade,
que contém apenas 2 palavras? mas o uso é opcional. Exemplo:
Seria bom, não é mesmo? Pois ela existe: ARTIGO. As palavras são: A Ana não veio hoje.
O (artigo definido) e UM (artigo indefinido). No nosso mapa, colocamos 8 Ana não veio hoje.
porque contamos com as variações de gênero e número: o, a, os, as; um,
uma, uns, umas. Pela lógica, se existe artigo na frase, existe um substantivo. Aliás, a
maneira mais fácil de saber se uma palavra é substantivo é inserir
No nosso mapa, temos 3 informações importantes sobre o conceito um artigo antes dela. Se a palavra aceitar naturalmente o artigo,
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de artigo e 3 formas de usá-lo. Além dessas informações, é importante ela se classificará como um substantivo.
observar que:
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Quando se fala, por exemplo, O ensino médio tem piorado, a palavra 2. Superlativo: ocorre quando intensificamos, aumentamos a
“médio” indica qualidade? Claro que não, mas é um adjetivo: indica qualidade de um ser sem compará-lo, individualmente, a outro
classificação. Existe ensino fundamental, ensino médio e ensino superior. ser. Lembre-se: “super” (de superlativo) significa “acima de”,
As palavras que especificam o substantivo “ensino” indicam classificação “abundância”.
(não qualidade) e são adjetivos.
Divide-se em dois:
• Absoluto: refere-se a um ser, intensificando sua qualidade.
Então, a partir de agora, você já sabe que o adjetivo é muito mais que
Ela é inteligentíssima. (forma sintética)
qualidade e que sua principal finalidade é modificar o substantivo,
Ela é muito inteligente. (forma analítica)
acrescentando-lhe estado (físico, emocional, psicológico), característica,
classificação e... qualidade. • Relativo: refere-se a um ser, relacionando-o a um conjunto.
Ela é a mais inteligente da turma. (superioridade)
Literalmente, a palavra adjetivo significa “que vem junto”. Isso já Ela é a menos inteligente da turma. (inferioridade)
demonstra que essa classe gramatical precisa se relacionar com outra
classe, que no caso será o substantivo. Não podemos esquecer, portanto, Para concluir nossos estudos nesta fase, precisamos entender que
que o adjetivo se refere a um termo substantivo. um adjetivo normalmente estabelece uma relação com o substantivo e
exerce duas funções numa oração: predicativo ou adjunto adnominal.
O adjetivo pode sofrer três tipos de variações (flexões): gênero Neste momento, basta você memorizar essas duas funções. Nós vamos
(masculino e feminino); número (singular e plural); grau (comparativo e estudá-las detalhadamente na Trilha Mapear 2.
superlativo).
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M apear Português
Ora, quer dizer que o adjetivo também tem a forma composta? 3) Lembre-se: raios ultravioleta (invariável)
Sim. E o plural dos adjetivos compostos segue as mesmas regras dos raios infravermelhos (variável)
substantivos compostos? Não.
As regras são diferentes. 4) Nossa personagem, a PAC cor-de-rosa, nos faz lembrar duas
coisas: a primeira é que um adjetivo composto é formado por duas ou
É importante dar bastante atenção à Regra Geral, pois ela, como o mais palavras, geralmente ligadas por hífen; a segunda é que os adjetivos
próprio nome diz, envolve o maior número de palavras. Sabemos que o compostos formados pela expressão COR DE... são sempre invariáveis.
adjetivo serve para especificar um substantivo. Então, todas as vezes que
citamos um adjetivo composto, também citamos o substantivo que ele Vestidos cor de abóbora
especifica. A regra geral diz que, nos adjetivos compostos, varia apenas
o último elemento. Por exemplo:
#ficaadica
questões socioeconômicas / parcerias público-privadas Cor-de-rosa é o único adjetivo formado pela expressão COR DE que
é ligado por hífen
Não podemos esquecer as exceções: azul-marinho e azul-celeste ficam
invariáveis; no caso de surdo-mudo, os dois elementos variam: surdos-
Vamos avançar mais um ponto na nossa Trilha? Aguardo você!
mudos.
Dicas importantes:
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M apear Português
#ficaadica
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M a p ea r Por t ugu ês
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M apear Português
o sentido de “bosques”, que deixa de ser qualquer bosque para ser aquele
pertencente a nós. Por isso, dizemos que o pronome é um modificador de
substantivos quando os acompanha.
Aliás, além de posse, o DR. PIPI nos lembra que existem vários tipos de
Pronome
pronome e que eles se classificam de acordo com a função ou com a ideia
que expressam:
#ficaadica #ficaadica
O pronome SAE, substantivo!!!!!! Porque o pronome Substitui, Em casos raros, um pronome pode se referir a adjetivos e até mesmo
Acompanha e Evita repetições! a uma oração inteira para substituí-los. Veja:
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M apear Português
1. O conceito (ideia que expressa) A maioria das orações em Língua Portuguesa seguem a estrutura
2. As flexões (mudanças na forma) SVC = Sujeito + Verbo + Complemento. Nessa estrutura, o verbo
3. As relações (funções que ele exerce na oração) tem uma relação de concordância (número e pessoa) com o
sujeito e uma relação de regência (dependência, subordinação)
• Ideia: o verbo pode indicar ação (correr), estado (permanecer), com o complemento. Veja:
processo (imaginar) e fenômenos da natureza (chover).
Raimundo venceu as eleições!
Criamos um acróstico para você memorizar:
P rocesso Raimundo = sujeito no singular
A ção venceu = verbo no singular – núcleo da oração (palavra mais
F enômeno importante)
E stado as eleições = complemento do verbo
• Flexões: verbo é a classe que mais sofre variações na nossa língua: Os jogadores do Flamengo precisam de garra.
muda de acordo com número, pessoa, modo, tempo e voz.
Os jogadores do Flamengo = sujeito no plural
Vejamos a flexão de tempo numa das frases do mapa: precisam = verbo no plural – núcleo do predicado
de garra = complemento do verbo
Ela está doente. A forma verbal está foi flexionada no tempo
presente. Mas poderia estar no passado (Ela esteve doente) ou no Avançando na Trilha da Gramática, teremos a oportunidade de estudar
futuro (Ela estará doente). esses tópicos com mais profundidade! Vamos nessa?
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TAN – Termos Associados ao Nome A oração anterior tem apenas predicado, porque o verbo indica
fenômeno da natureza. Esse tipo de verbo não possui sujeito.
Além desses termos, temos o TIV, que é um termo independente,
chamado vocativo.
Todos eles formam a ORAÇÃO — ou seja, o enunciado que contém
verbo!
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Nós gostamos demais das preposições! Primeiramente porque é fácil A palavra de sempre será preposição: liga termos e introduz
memorizá-las: são apenas 18 (as essenciais). Em segundo lugar, porque complementos. Já a palavra menos tradicionalmente é advérbio ou
elas estão presentes em quase todas as frases e são capazes de mudar pronome indefinido, mas pode funcionar como preposição acidental. Ou
seja, num contexto, pode ligar termos:
completamente o sentido destas. Mas o que significa preposição?
“Todos foram embora, menos eu.” (preposição)
Preposição literalmente significa “ato de colocar à frente”. Sempre à Gastei menos que você. (advérbio)
frente de uma preposição, haverá uma palavra subordinada a algum termo Ele gastou menos dinheiro. (pronome)
da oração.
Gramaticalmente, preposição é uma palavra invariável que introduz Outra informação importante: muitas vezes, os termos são introduzidos
complementos ou adjuntos para verbos e nomes. Ou seja, ela coloca por um conjunto de palavras com valor de preposição. São as chamadas
complementos ou adjuntos numa posição à frente dos verbos e dos nomes. loucuções prepositivas.
Gosto de você – introduz um objeto indireto De acordo com o professor, haverá aula.
Moro em São Paulo – introduz um adjunto adverbial. Apesar de tudo, estamos bem.
Falei diante de você.
Sou fiel a você – introduz um complemento nominal.
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Ele é um homem sem caráter – introduz um adjunto adnominal.
Espero você no próximo ponto da Trilha!
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M a p ea r Por t ugu ês
A Tr i l h a d a G ra m áti ca 53
M apear Português
Com o tempo, os gramáticos passaram a afirmar que verbos transitivos Pedro viajou mais cedo porque mora em Manaus.
são aqueles que precisam de complemento e intransitivos os que não
precisam. Como o ser humano gosta de complicar as coisas (risos), com Quem viaja, viaja! (Não precisa falar mais nada – verbo intransitivo)
o passar do tempo, os estudiosos fizeram uma subclassificação dos Quem mora, mora em algum lugar (precisa de um adjunto adverbial
transitivos, considerando-os: de lugar, mas continua sendo intransitivo porque a ação não passa para um
alvo). Muitas pessoas, erroneamente, diriam que a expressão em Manaus
• Transitivos Diretos = exigem complemento sem conector é objeto indireto e que, por isso, o verbo seria transitivo indireto. Mas tal
(preposição) análise seria incorreta. Essa expressão é um adjunto adverbial.
• Transitivos Indiretos = exigem complemento ligado por preposição
• Transitivos Diretos e Indiretos = uma mistura dos dois anteriores: Por fim, temos os verbos de ligação, que, como o nome diz, servem
exigem um complemento sem e outro com preposição para ligar. Ligar o sujeito a um atributo, qualidade ou estado que fica no
predicado!
Qual a melhor forma de saber a transitividade de um verbo? O
esquema que apresentamos é uma boa forma. Você preenche o retângulo Eu sou feliz.
com o verbo, em seguida o repete e vê se ele precisa de um complemento
representado genericamente pelos pronomes indefinidos ALGO ou Eu (sujeito)
ALGUÉM. Vamos praticar com alguns verbos? Vejamos se um verbo é sou (verbo de ligação)
transitivo direto (sem preposição): feliz predicativo do sujeito
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M apear Português
Depois que estudamos o assunto Transitividade Verbal, fica mais fácil A forma verbal “é” também não transmite uma ação do sujeito para um
estudarmos os complementos verbais. alvo, mas exige um predicativo do sujeito, neste contexto o termo “feliz”.
Os verbos podem ser
Como o predicativo não é um termo obrigatório em outros casos,
a gramática não o classifica como um complemento verbal. Mas neste
T – transitivos
contexto ele é necessário, não simplesmente para indicar um estado do
I – intransitivos
L – de ligação sujeito, mas para completar o sentido do verbo.
Com verbos intransitivos e verbos de ligação, não existe objeto Dormi um sono leve.
direto nem indireto, mas existem alguns termos que se assemelham a Ele vive uma vida desregrada.
complementos verbais, já que, em alguns contextos, completam sintática e
semanticamente o verbo. São os adjuntos adverbiais e os predicativos. Veja: 3) Objeto direto preposicionado é introduzido por uma preposição
não obrigatória e ocorre com verbos transitivos diretos, por uma questão
Eu moro em Porto Velho. de estilo ou de adequação semântica (sentido). Na maioria dos casos, a
(adjunto adverbial) preposição pode ser retirada ou o complemento modificado:
O verbo “morar” é intransitivo porque não transmite uma ação do sujeito Cumpra com o seu dever ou Cumpra o seu dever.
para um alvo, mas exige um adjunto adverbial de lugar, neste contexto o Eles comeram de tudo ou Eles comeram tudo.
termo “Porto Velho”. Como o adjunto adverbial não é um termo obrigatório Eles excluíram a nós ou Eles nos excluíram.
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Os verbos de ligação são assim chamados porque não indicam Maria anda meio triste. (no sentido de estar = verbo de ligação)
ação, nem processo, nem fenômeno da natureza: indicam estado físico, Maria andou devagar. (no sentido de caminhar = verbo intransitivo)
emocional ou psicológico do sujeito da oração. São também chamados Maria andou dez quilômetros (no sentido de percorrer = verbo transitivo
de verbos não-nocionais. Costumamos dizer que eles servem para ligar o direto).
sujeito a uma característica ou estado.
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Verbos de ligação não possuem objeto direto ou indireto.
Amanda está calma. (estado transitório)
Amanda é calma. (estado permanente)
Amanda parece calma. (estado aparente)
Amanda permanece calma. (estado de continuidade)
Amanda ficou calma (estado mutatório)
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Os pronomes pessoais servem para indicar as pessoas gramaticais, Observe que os pronomes que estão na saia da OLÍVIA OBLÍQUA
ou seja, as pessoas do discurso, do processo de comunicação. Eles têm (nossa personagem) podem exercer tanto a função de objeto direto quanto
profunda relação com a estrutura da oração: SVC = Sujeito +Verbo + de indireto. Vai depender da transitividade do verbo e do contexto. Veja:
Complemento.
Eu te valorizo = o pronome te funciona como O.D.
Temos 4 tipos de pronomes pessoais: Eu te dei o recado = o pronome te funciona como objeto indireto.
• do caso reto: funcionam normalmente como sujeito (eu, tu, ele,
ela, nós, vós, eles, elas) Qual a diferença? No primeiro caso, valorizar é VTD; portanto só exige
• oblíquos átonos: não aceitam preposição e funcionam O.D.
No segundo caso, dar é VTDI — exige O.D. e O.I. Como a expressão o
principalmente como complemento verbal (o, os, a, as, lhe, lhes,
recado já funciona como O.D., então o pronome te só pode ser O.I.
vos, se, nos, te, me)
• oblíquos tônicos: exigem preposição e funcionam principalmente Outra informação: os pronomes do caso reto, com exceção de EU e TU,
como complemento verbal ou adjunto adverbial (mim, comigo, ti, podem tornar-se oblíquos tônicos.
contigo, si, consigo, conosco, convosco)
• de tratamento: funcionam como sujeito ou complemento (Vossa Dei o recado a ela. Observe que agora o pronome ela está preposicionado
Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Majestade etc.) (com a preposição a) e funciona como objeto indireto do verbo dar.
Eu = pronome do caso reto – funciona como sujeito. Os pronomes eu e tu (explicados por nosso personagem BETO RETO)
te = pronome oblíquo átono – funciona como complemento (O.D.) não aceitam preposição. Logo, expressões como entre eu e ela ou
amo = verbo transitivo direto – exige complemento sem preposição Eles não vão sem eu e você estão incorretas. O certo seria entre mim
e ela e Eles não vão sem mim e você, respectivamente. Ou seja, com
preposição devem ser usados os pronomes oblíquos tônicos mim e ti.
Na frase Ela precisa de mim, também temos dois pronomes pessoais:
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Fase difícil, não é mesmo? Mas estamos juntos: não desanime! Vamos
continuar na Trilha.
O pronome relativo sempre EXERCE uma função sintática na oração
que ele inicia. Como ele evita na segunda oração a repetição de um
termo da 1ª oração (termo antecedente), passa a exercer a função que
o termo substituído exerceria se ali estivesse. Atenção: essa função não
necessariamente é a mesma que o termo antecedente exerce na 1ª oração.
No período Você viu o livro que estava aqui?, temos duas orações:
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Os cinco pronomes relativos mais usados estão representados na Outra informação importante sobre cujo: ele não aceita a
nossa estrela (no mapa). Vamos estudá-los? companhia de artigos:
• QUE: é o mais comum. Refere-se a um termo antecedente, que O jogador cujo o gol foi anulado protestou. (errado)
pode ser pessoa, coisa ou lugar. Geralmente pode ser substituído
por o qual e suas variações. O jogador cujo gol foi anulado protestou. (certo)
A criança gostou dos brinquedos que ganhou. • ONDE: sempre se refere a lugares. Aceita substituição pelos
pronomes que e o qual (ou suas variações). Porém, nesse caso,
O pronome que poderia facilmente ser trocado por os quais: A exigirá preposição:
criança gostou dos brinquedos os quais ganhou. A escola onde estudo é muito boa. (certo)
A escola em que estudo é muito boa. (certo)
• CUJO: é o menos usado. Refere-se a dois termos substantivos
(antecedente e consequente), que podem ser pessoas, coisas ou • QUEM: sempre se refere a pessoas. Pode ser substituído por que
ou por o qual. Geralmente vem preposicionado.
lugares. Estabelece ideia de posse entre eles.
Os funcionários a quem elogiei ficaram motivados. (certo)
Os funcionários que elogiei ficaram motivados. (certo)
A jornalista cujas ideias elogiei é nordestina.
Os funcionários os quais elogiei ficaram motivados. (certo)
Nessa frase, o pronome “cujas” se refere aos substantivos
• O QUAL: é variável, ou seja, pode ir para o feminino e para o plural
jornalista e ideias. Podemos analisar melhor esse período: (a qual, as quais, os quais). Refere-se a um termo antecedente,
que pode ser pessoas, coisas ou lugares. É o substituto natural do
1ª oração: A jornalista é inteligente. pronome QUE. Pode ser preposicionado, dependendo do verbo.
2ª oração: elogiei as ideias da jornalista.
As revistas as quais li são interessantes. (sem preposição)
O pronome cujas conecta as palavras jornalista e ideias com ideia Os apartamentos nos quais morei eram pequenos.
de posse e evita a repetição da expressão da jornalista. (com preposição)
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Pronomes Possessivos Carlos, Maria vai trazer teus jogos para brincarmos.
(os jogos são de Carlos)
Porém temos que ter muito cuidado com os pronomes seu, sua, seus,
suas, porque eles podem gerar ambiguidade (duplo sentido). Observe:
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O pronome indefinido pode exercer as mesmas funções de um É bom ter sua companhia aqui na Trilha. Vencemos mais uma fase!
substantivo, e muitas vezes exerce a função de sujeito simples. Não o
confunda com sujeito indeterminado.
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1. Substantivo: ocorre quando a palavra bastante está antecedida No primeiro exemplo, a palavra bastante se refere à forma verbal
pelo artigo o: “correram” e intensifica sua ideia; no segundo, refere-se ao adjetivo
“emocionada”; no terceiro, ao advérbio “longe”. Advérbios naturalmente
Eles já têm o bastante. modificam o sentido do verbo, mas também podem modificar o sentido de
adjetivos ou de outros advérbios. Nas três orações, bastante é um advérbio
Nesse caso, bastante equivale a “suficiente”. Mesmo sendo substantivo, de intensidade, que sempre será invariável.
nesse contexto se torna invariável.
Quantas coisas diferentes aprendemos nessa Trilha, não é mesmo?
2. Adjetivo: para funcionar como adjetivo, a palavra “bastante” precisa Uau!!!
ser equivalente a “suficiente” e vir depois do substantivo a que se refere.
DIMP
Quando a palavra bastante puder ser substituída por suficientes,
deverá ir para o plural, concordando com o substantivo a que se referir.
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M a p ea r Por t ugu ês
A Tr i l h a d a G ra m áti ca 75
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Estes são os últimos pronomes que vamos estudar! Ufa! Como Nas orações acima, os pronomes destacados estão substituindo o
vimos na fase anterior, a classe dos pronomes é bem abrangente e muito nome de algo ou de alguma pessoa que desconhecemos, mas o verbo
utilizada no dia a dia. Constantemente, por exemplo, fazemos perguntas concorda com esse pronome no singular. Portanto, o pronome, neste caso,
às pessoas. Normalmente essas perguntas são iniciadas por um pronome funciona como sujeito simples. Lembre-se de que orações exclamativas e
interrogativo. Na verdade, pronomes interrogativos são pronomes orações interrogativas também têm sujeito.
indefinidos usados em interrogações. São apenas 4, que vamos memorizar
pelo mnemônico Q4, já que todos eles são iniciados pela consoante O desenho que ilustra o nosso mapa de pronomes interrogativos é um
Q: QUE, QUEM, QUAL, QUANTO. carro chamado X6. Você pode se perguntar: “Que carro é esse?” Nessa
pergunta, temos o pronome interrogativo que. Quando esse pronome
Antes disso, precisamos saber que existem interrogações diretas (que substitui o substantivo, pode, facultativamente, ser antecedido pelo artigo o:
são finalizadas por ponto de interrogação) e indiretas (finalizadas por ponto
final ou ponto de exclamação). E os quatro pronomes interrogativos podem Que aconteceu? O que aconteceu?
ser usados em ambas. Veja
Aliás, o pronome que é bastante usado em perguntas. É comum,
Quantos alunos fizeram a prova? (interrogação direta) por exemplo, ele vir repetido: “O que que aconteceu?” ou “O que é que
Não se sabe quantos alunos fizeram a prova. (interrogação indireta) aconteceu?” Em ambos os casos temos expressões de realce, também
chamadas de partículas expletivas: no primeiro caso, o segundo que; no
Os pronomes que, qual e quanto podem ser usados tanto para substituir segundo caso, a expressão é que. Essas expressões podem ser retiradas
quanto para acompanhar substantivo. O pronome quem sempre vai fazer sem causar erro gramatical.
referência a pessoas e só pode ser usado como pronome substantivo, ou
seja, como um pronome que substitui termos substantivos. Os pronomes Por fim, o pronome interrogativo que é muito utilizado, com acento
que e quem são invariáveis; qual e quanto são variáveis. ou sem acento, com a preposição por, mas esse uso vamos ver com mais
detalhes na próxima fase.
Que dia é hoje?
Qual o seu problema? Depois de estudar o mapa seguinte com as seis informações mais
Você ganha quanto? importantes sobre os pronomes interrogativos, vá para a próxima página
Quem te disse? e conheça o novo personagem da nossa Trilha!
Quais as chances de ele ganhar?
Quantas lojas foram abertas?
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“Não sei por que você se foi, quanta saudade eu senti...”. PORQUÊ é um substantivo e vem antecedido, na oração, por um artigo.
Pode ser facilmente substituído pela palavra motivo. Pode vir em qualquer lugar
A expressão “por que” está corretíssima, e não está em início de pergunta. da frase, mas sempre antecedido por um determinante (artigo ou pronome).
Se usar a dica da equivalência, você acerta: por que = por qual razão
As pessoas querem saber o porquê de tanta demora no atendimento.
E quanto à posição na frase? POR QUE pode vir no início ou no meio da
frase, que não precisa ser interrogativa. Aliás, quando por que é a junção da #ficaadica
preposição POR + o pronome relativo QUE, não há interrogação nenhuma.
Nesse caso, por que equivale a pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas POR QUE = por qual razão, pelo qual.
quais. POR QUÊ = por qual razão (junto de ponto: . ; ! ?)
PORQUE = pois, já que.
Só eu sei as dificuldades por que (pelas quais) passei. PORQUÊ = motivo.
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A flexão de modo indica a maneira de um falante se expressar diante 2. pretérito perfeito Cumpri mais uma fase da Trilha
de um fato. 3. pretérito imperfeito Eu passava lá todos os dias
4. pretérito mais-que-perfeito Quando cheguei, ela adormecera
• O falante (emissor) pode ter a atitude de indicar algo real, algo
do qual se tem certeza. Neste caso, temos o modo indicativo. 5. futuro do presente Estaremos lá às 22h
6. futuro do pretérito Teria uma boa nota, se estivesse atento
Sonhos grandes mobilizam o universo.
No momento, o que importa é você “subir na montanha” e ter essa visão
• Ele pode, também, se expressar sobre um fato hipotético, panorâmica dos modos e tempos verbais. Depois desta fase, teremos
duvidoso; neste caso, teremos o modo subjuntivo. outras que irão detalhar esse tema tão importante. Agora faça uma pausa
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para o lanche, respire, descanse e vamos em frente! Estamos quase lá!
Talvez eu encontre você lá.
Então existem três modos verbais, que podem ser memorizados pelo
acróstico ISI:
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Você pode se expressar por meio do verbo de três maneiras: com pessoa do singular (eu), pois normalmente quando se sabe conjugar um
certeza, com dúvida ou emitindo uma ordem, um conselho, um pedido. verbo na primeira pessoa do singular, fica mais fácil conjugar nas outras.
Dessa forma, temos três MODOS verbais:
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Um dos erros mais comuns na Língua Portuguesa é a confusão que se Há uma solução para esse problema.
faz entre a forma verbal “HÁ” e a preposição “A”. Observe que são palavras (existe)
completamente diferentes, que pertencem a classes completamente
diferentes. Há três pessoas aqui.
(existem)
Estou a 10 metros da farmácia.
Estamos a 20 minutos da cidade. Qual a melhor forma de não confundirmos mais essas expressões?
Daqui a três meses, viajaremos.
1. A partícula a deve ser usada quando estiver subentendida a
Nas frases anteriores, a partícula a, que nesse caso é uma preposição, expressão daqui a ou a distância.
introduz uma expressão de lugar e tempo respectivamente; essas
expressões exercem a função de adjunto adverbial, ou seja, termos 2. A forma verbal há deve ser empregada quando puder ser substituída
que geralmente se colocam junto a verbos para modificar o sentido, por faz ou existe.
acrescentando uma informação. Quando estudamos preposições, no
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nosso mapa do PEPI LEAL, aprendemos que as preposições introduzem Vencemos mais uma fase. Estamos quase no fim desta Trilha. Força,
complementos ou adjuntos. trilheiro!
A forma verbal “há” introduz uma oração que também indica tempo.
Então qual a diferença para a preposição “a”? São duas diferenças básicas:
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Bons estudos!!
Gostaria de que você estivesse aqui no meu aniversário.
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jog + a + dor
Estrutura das palavras radical + vogal temática + sufixo
cafe + i + cultor
O corpo humano tem uma estrutura básica, formada por cabeça, tronco
radical + vogal de ligação + sufixo
e membros. A palavra estrutura significa organização, disposição dos
elementos que compõem um corpo, aquilo que dá sustentação a alguma cafe + t + eira
coisa. As palavras, assim como o corpo humano, também têm uma estrutura, radical + consoante de ligação + sufixo
e os elementos que a compõem se chamam elementos mórficos.
No nosso mapa, representamos a palavra como se fosse uma árvore. Qual a diferença básica entre vogal temática e vogal de ligação?
O que sustenta uma árvore? A raiz. Em estudos avançados, costuma- Quando usamos uma vogal de ligação, o elemento anterior a ela já faz
se diferenciar raiz de radical, porém, de uma maneira simples, vamos sentido sozinho. Quando é vogal temática, não. Ao juntarmos o radical
considerar aqui como se tivessem o mesmo sentido. O radical é o elemento com a vogal temática, temos um elemento mórfico chamado tema, que já
que contém o sentido básico da palavra, ou seja, é a base da árvore. Numa dá significado à palavra.
família de palavras, é a parte que se repete. Observe que, nas palavras
abaixo, há um elemento comum, o radical livr-: Além desses elementos, temos as desinências. Desinências são
terminações que indicam as flexões (variações) das palavras. Há desinências
livro livreiro livraria nominais e verbais:
Quando queremos formar novas palavras a partir de um radical, Desinências nominais: gênero (o, a) / número (s)
normalmente acrescentamos os afixos, palavra que literalmente significa Desinências verbais: número-pessoais (s, mos, is, m, ste, stes...)
“colocado nas extremidades”. Se o afixo vier antes do radical, recebe o modo-temporais (va, ia, nha, ra,re, ria, sse...)
nome de prefixo. Se vier depois, recebe o nome de sufixo. Mas qual a lógica
desses nomes? Considera-se que o radical é o elemento fixo de uma alunas = alun / a / s
palavra, ou seja o elemento que dificilmente sofre modificação. A palavra radical + desinência de gênero + desinência de número
prefixo, literalmente, quer dizer antes do fixo, ou seja, antes do radical. Já a
palavra sufixo literalmente significa subsequente ao fixo, ou seja, sucede amávamos = am / á / va / mos
o radical, vem depois dele. Veja: radical + vogal temática + desinência modo-temporal + desinência número-pessoal
deslealdade = des + leal + dade Felizmente, este é um assunto pouco exigido em provas, devido à
prefixo + radical + sufixo complexidade. Para um estudo efetivo, teríamos que conhecer a origem de
inúmeras palavras. Mas vale a pena saber, mesmo que de forma simples,
Nas palavras oxítonas que não possuam afixos, o radical normalmente as partes que formam uma palavra. Vamos em frente!!
representa toda a palavra: arroz, café, sol, refém, anzol. Nas palavras
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A Tr i l h a d a G ra m áti ca 91
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uma nova palavra, com novo significado. Por exemplo, temos as palavras
“beija” e “flor”. Unindo as duas com hífen, temos uma nova palavra, com
um novo significado: beija-flor. Como houve a junção de dois radicais,
isto é, duas palavras que já existiam, dizemos que o processo se chama
composição. Beija-flor é um substantivo composto.
Processos de Formação de Palavras
Existem dois tipos de composição: por justaposição (quando dois
radicais se juntam sem nenhuma mudança na grafia ou no som, como é o
Você já parou para pensar em como as palavras surgiram na nossa caso de beija-flor); por aglutinação (quando duas palavras se juntam, mas
Língua? Sabemos que a Língua Portuguesa é originada do latim, língua que ocorrem mudanças na grafia e na pronúncia, como é o caso de aguardente
se falou durante muitos séculos, mas que hoje é considerada uma “língua e pernilongo).
morta”. Novas palavras surgiram e continuam a surgir em nossa Língua. E
como isso acontece? Ah, para falar desse assunto, chamamos nosso amigo Existem, ainda, outros processos menos comuns, que podem ser
Derivaldo Compositor! memorizados com a ajuda do acróstico HORAS:
Existem principalmente dois processos, ou seja, duas formas como as H ibridismo (junção de radicais de línguas diferentes): motoboy, televisão
palavras surgem no nosso idioma: derivação e composição. O nomatopeia (imitação de sons): tique-taque, reco-reco
R edução refri, em vez de refrigerante
Na fase anterior, estudamos a estrutura das palavras, ou seja, os A breviação (o mesmo que redução) moto em vez de motocicleta
elementos mórficos, as partes que se juntam para formar uma palavra. S igla ONU, MEC, CBF
Aprendemos, por exemplo, que existem os afixos, elementos que se
colocam antes ou depois de um radical para formar novas palavras. Já descobriu por que nosso personagem se chama Derivaldo
Compositor? Porque queremos que você se lembre dos dois principais
Quando uma palavra recebe um prefixo ou sufixo, dizemos que ela processos de formação: derivação e composição!
é formada pelo processo de derivação. Por exemplo: da palavra primitiva
“leal”, surgem as palavras lealdade (com acréscimo do sufixo dade ao Nós, Pacco e Amanda, queremos parabenizar você que chegou até
radical) e desleal (com acréscimo do prefixo de negação des antes do aqui. Você concluiu uma jornada muito importante na direção do domínio
radical). dos elementos gramaticais da nossa Língua. Temos certeza de que foi uma
aventura emocionante. Agora é hora de descansar, celebrar esta vitória e
Existem seis tipos de derivação e em dois deles não há o acréscimo fechar este ciclo. Vemos você do outro lado, na segunda jornada, chamada
de afixos: derivação regressiva (em que a redução de uma palavra forma Trilha Mapear 2.
uma nova palavra, como é o caso de encontrar e o encontro) e derivação
imprópria, em que a palavra muda de classe gramatical (como é o caso do
verbo jantar, que pode se transformar no substantivo o “jantar”). Um grande abraço!
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