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ESCOLA MUNICIPAL DR.

PLÍNIO BARBOSA MARTINS


DISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSORA: Suellen Becker
ALUNO (a): ________________________________________________ Nº_______
TURMA: 7º ano _______ DATA: ______/______/2019 4º BIMESTRE
Nota:
PROVA BIMESTRAL DE LÍNGUA PORTUGUESA
OBSERVAÇÕES:
 A prova deverá ser respondida à caneta AZUL ou PRETA;  A prova será feita individualmente e sem nenhum tipo de consulta a
 Serão anuladas as questões objetivas que apresentarem rasuras; materiais didáticos e/ou tecnológicos;
 Responder às questões utilizando-se da Norma culta padrão da Língua  Durante a prova, a professora, em hipótese alguma, admitirá conversas ou
Portuguesa; qualquer tipo de comunicação entre os alunos;
 A prova é um documento, portanto NÃO rasure;  Antes de iniciar a aplicação da prova, a professora efetuará a leitura
 NÃO entregar questões com resposta de teor inadequado/abusivo em completa da avaliação e explicará cada questão. Posto isso, durante a aplicação da
relação ao contexto; prova, a professora não irá à mesa do aluno para sanar dúvidas e nem permitirá que os
 Em todas as questões dissertativas, a professora exigirá respostas alunos se levantem para possíveis questionamentos, haja vista que toda a explicação já
contextualizadas coerentes;
terá sido realizada antes do início da atividade avaliativa ;
 Atentar-se à legibilidade da letra;
 CONTEÚDOS: Interpretação textual/ Modo imperativo / Advérbios;

1) Leia a tirinha abaixo e responda ao que se pede considerando seus conhecimentos acerca da classe gramatical dos advérbios:

a) Copie dois advérbios que aparecem na tirinha e classifique-os de acordo com o seu valor semântico. (1,0/0,25)
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b) Reescreva a fala da Mônica acrescentando um advérbio de intensidade. (0,5)
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2) Relacione as colunas de acordo com a classificação dos advérbios e locuções adverbiais em destaque: (1,5/0,21)
(A) Tempo ( ) O garoto atendeu o cliente educadamente.
(B) Modo ( ) Ontem meu primo viajou.
(C) Lugar ( ) Meu cachorro estava no meio da rua.
(D) Intensidade ( ) Certamente você será recompensado.
(E) Negação ( ) Talvez não haja aula amanhã.
(F) Afirmação ( ) Não dê importância ao que os outros dizem.
(G) Dúvida ( ) Os alunos estavam bastante interessados na aula de hoje.

3) Assinale a alternativa em que a palavra BEM seja um advérbio de intensidade: (0,5)


a) Faça o bem sem olhar a quem. d) A torcida gritava bem alto.
b) O filme mostra a luta entre o bem e o mal. e) “Meu bem, você me dá água na boca...” (Rita Lee).
c) Dona Diná cozinha bem.

Leia o texto abaixo:


SOZINHOS

Esta ideia para um conto de terror é tão terrível que, logo depois de tê-la, me arrependi. Mas já estava tida, não adiantava mais. Você, leitor, no entanto, tem uma
escolha. Pode parar aqui, e se poupar, ou ler até o fim e provavelmente nunca mais dormir. Vejo que decidiu continuar. Muito bem, vamos em frente. Talvez, posta
no papel, a ideia perca um pouco do seu poder de susto. Mas não posso garantir nada. É assim:
Um casal de velhos mora sozinho numa casa. Já criaram os filhos, os netos já estão grandes, só lhes resta implicar um com o outro. Retomam com novo fervor
uma discussão antiga. Ela diz que ele ronca quando dorme, ele diz que é mentira.
- Ronca.
- Não ronco.
- Ele diz que não ronca - comenta ela, impaciente, como se falasse com uma terceira pessoa.
Mas não existe outra pessoa na casa. Os filhos raramente visitam. Os netos, nunca. A empregada vem de manhã, faz o almoço, deixa o jantar e sai cedo. Ficam os
dois sozinhos.
- Eu devia gravar os seus roncos, pra você se convencer - diz ela. E em seguida tem a ideia infeliz. - É o que eu vou fazer! Esta noite, quando você dormir, vou
ligar o gravador e gravar os seus roncos.
- Humrfm - diz o velho.
Você, leitor, já deve estar sentindo o que vai acontecer. Pare de ler, leitor. Eu não posso parar de escrever. Às ideias não podem ser desperdiçadas, mesmo que nos
custem amigos, a vida ou o sono. Imagine se Shakespeare tivesse se horrorizado com suas próprias ideias e deixado de escrevê-las, por puro comedimento. Não
que eu queira me comparar a Shakespeare. Shakespeare era bem mais magro. Tenho que exercer este ofício, esta danação. Você, no entanto, não é obrigado a me
acompanhar, leitor. Vá passear, vá tomar um sol. Uma das maneiras de controlar a demência solta no mundo e deixar os escritor es falando sozinhos, exercendo
sozinhos a sua profissão malsã, o seu vício solitário. Você ainda está lendo. Você é pior do que eu, leitor. Você tinha escolha.
Sozinhos. Os velhos sozinhos na casa. Os dois vão para a cama. Quando o velho dorme, a velha liga o gravador. Mas em poucos minutos a velha também dorme.
O gravador fica ligado, gravando. Pouco depois a fita acaba.
Na manhã seguinte, certa do seu triunfo, a velha roda a fita. Ouvem-se alguns minutos de silêncio. Depois, alguém roncando.
- Rarrá! - diz a velha, feliz.
Pouco depois ouve-se o ronco de outra pessoa, a velha também ronca!
- Rarrá! - diz o velho, vingativo.
E em seguida, por cima do contraponto de roncos, ouve-se um sussurro. Uma voz sussurrando, leitor. Uma voz indefinida. Pode ser de homem, de mulher ou de
criança. A princípio - por causa dos roncos - não se distingue o que ela diz. Mas aos poucos as palavras vão ficando claras. São duas vozes.
É um diálogo sussurrado.
"Estão prontos?"
"Não, acho que ainda não..."
"Então vamos voltar amanhã..."

Luis Fernando Verissimo (Comédias para se ler na escola, com adaptações)


Agora responda:
4) Segundo o narrador, uma das maneiras de controlar a demência solta no mundo é: (0,5)
a) Deixar os escritores falando sozinhos. d) Ler o que os escritores escrevem.
b) Não ler o que os escritores escrevem. e) Escolher o que ler.
c) Escrever histórias de terror.

5) De acordo com o texto “exercer este ofício, esta danação” refere-se: (0,5)
a) Se comparar a Shakespeare. d) Gravar o casal dormindo.
b) Ligar o gravador. e) Escrever histórias.
c) Assustar os outros.

6) Luis Fernando Verissimo, no texto Sozinhos, interage com o leitor: (0,5)


a) Para fazer com que o leitor compreenda a história.
b) Porque quer fazer com que o leitor se torne personagem da história.
c) Para fazer o leitor rir.
d) Para prender a atenção do leitor criando uma atmosfera de suspense.
e) Com o objetivo de levar o leitor a concordar com sua opinião.
7) Observe:
“Na manhã seguinte, certa do seu triunfo, a velha roda a fita. Ouvem-se alguns minutos de silêncio. Depois, alguém roncando.
— Rarrá! — diz a velha, feliz.
Pouco depois ouve-se o ronco de outra pessoa.
— Rarrá! — diz o velho, vingativo.”.
O fato de a expressão “Rarrá!” (que usamos, por exemplo, quando algo que supúnhamos se confirma) ter sido utilizada pelos doi s personagens em um
mesmo diálogo se explica porque: (1,0)
a) Na gravação, o som do ronco de uma pessoa prova que a mulher tinha razão ao dizer que seu marido roncava e o som do ronco de duas pessoas
leva à conclusão de que ela também ronca.
b) O ronco da mulher era mais forte do que o do marido, daí o fato de ele se sentir vitorioso e usar a mesma expressão que ela usou.
c) A mulher roncava duplamente.
d) A gravação provava que o homem não roncava e sua esposa, sim.
e) O homem se orgulhava de seu ronco e festejou o fato de ouvi-lo tão claramente na gravação.

8) No final do texto, o narrador destaca um diálogo que apareceu na gravação. Quem, supostamente estava conversando? Justifique. (1,0)
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9) Considerando sua interpretação do texto, por que o autor atribuiu o título “Sozinhos” à crônica? Justifique. (0,5)
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10) No fragmento “[...] Vejo que decidiu continuar. Muito bem, vamos em frente. [...]” nota-se o uso do modo imperativo expresso pelo verbo “vamos”
(1ªp.p – nós). Logo mais à frente no texto, observa-se novamente o uso do respectivo modo verbal nos trechos nos quais o autor dialoga com o leitor.
Aponte abaixo esses trechos que apresentam verbos no modo imperativo: (1,0 /0,25)
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11) Como apontado acima, o verbo “vamos” (3ª linha do 1º parág.) está na 1ª p. plural do modo imperativo. Cite abaixo em qual pessoa os demais verbos
no imperativo na crônica “Sozinhos” são conjugados. (0,5)
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12) O modo imperativo no texto “Sozinhos” é utilizado pelo narrador para: (0,5)
a) Somente dar uma ordem ao leitor; d) Ora aconselhar o leitor, ora dar uma ordem expressa;
b) Pedir um favor ao leitor; e) Fazer o leitor desvendar o mistério;
c) Dar um conselho ao velhinho;
Boa prova!
Faça com atenção e
lembre-se: você é capaz!
Carinhosamente,
Prof.ª Suellen Becker

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