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1 - Direito tributário: É o conjunto de princípios e regras jurídicas, que regula as relações entre o
estado e o particular no que tange a instituição, cobrança e fiscalização dos tributos.
1.1 - Obrigação: É uma relação jurídica que vincula o sujeito ativo (credor/estado) ao sujeito passivo
(devedor), em torno de uma prestação patrimonial (dinheiro), em decorrência de um vinculo que pode
ser ex voluntare ou ex lege ( É uma obrigação que é independente do querer).
Para obter as RECEITAS ORIGINÁRIAS, O estado tira do seu próprio patrimônio. Ex. Contrato de
aluguel em que o locatário é um particular e o locador o Estado.
Na obtenção de RECEITAS DERIVADAS, O estado, agindo como tal, utiliza-se de suas prerrogativas
de direito público, edita uma lei obrigando o particular que pratique determinados atos ou se ponha em
certas situações a entregar valores aos cofres públicos, independentemente de sua vontade. Ex.
IPVA, taxa de iluminação, Aquele que auferiu renda será devedor do IR.
ORIGINARIAS: Originam-se do patrimônio do Estado, Predominantemente de direito privado, O
Estado explora seu próprio patrimônio.
DERIVADAS: Originam-se do patrimônio do particular, Predominantemente de direito público, O
Estado usa seu poder de império e obriga o particular a contribuir.
3 – Conceito de tributo:
Art. 3, CTN.
I – Toda prestação pecuniária Pago em dinheiro
II – Compulsória Essa prestação pecuniária é dada ao Estado de forma compulsória. Isso significa
que, diante de um tributo, ficam de fora as considerações relativas à autonomia da vontade, porque
no caso do tributo, estou em uma relação de subordinação com o Estado, e não em uma relação de
coordenação.
III – Pago em moeda corrente ou no valor que nela se possa exprimir O CTN permite a quitação
de créditos tributários mediante a entrega de outras utilidades que possam ser expressas em
moedas, desde que tais hipóteses estejam previstas no próprio texto do código, que no seu art. 141
afirma que o crédito tributário somente se extingue nas hipóteses nele previstas. (Real ou bens
imóveis);
IV – Instituída em lei Essa é uma regra sem exceção: o tributo só pode ser criado por lei
(complementar ou ordinária) ou ato normativo de igual força (medida provisória). Isso decorre do
princípio democrático: como a lei é aprovada pelos representantes do povo, pode-se dizer, ao menos
teoricamente, que o povo só paga os tributos que aceitou pagar (não haverá cobranças de tributo
sem representação).
V – Que não constitua sanção de ato ilícito É exatamente neste ponto que reside a diferença
entre tributo e multa. Apesar de ambos serem receitas derivadas, a multa é, por definição,
justamente o que o tributo, também por definição, está proibido de ser: a sanção, a penalidade por
um ato ilícito.
VI – Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada A vinculação da atividade de
cobrança do tributo decorre do fato de ele ser instituído por lei e se configurar como uma prestação
compulsória. A autoridade tributária não pode analisar se é conveniente, se é oportuno cobrar tributo. A
cobrança é feita de maneira vinculada, sem concessão de qualquer margem de discricionariedade ao
administrador.
4 – Espécies de tributos:
Teoria tripartida: Art. 145 CF, Art. 5° CTN, De acordo com esses artigos, os tributos seriam apenas 3,
Imposto, taxa, contribuição de melhoria.
Teoria pentapartida: O STF disse que os tributos são: Imposto, taxa, empréstimo compulsório, contribuição
especial, seguridade social, Contribuições de intervenção no domínio econômico, Contribuição corporativas.
5 – Natureza jurídica:
Art. 4º- A NATUREZA JURÍDICA ESPECÍFICA do tributo é DETERMINADA PELO FATO GERADOR da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
Ele está dizendo que a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador. Natureza
jurídica específica é a espécie tributária (imposto, taxa, contribuição, empréstimo compulsório). Eu
tenho que olhar para o fato gerador e o fato gerador vai dizer qual é a espécie tributária. É o fato gerador que
importa, sendo irrelevante para qualificar a natureza jurídica:
6 – Competência tributária dos impostos:
É a aptidão para criar em abstrato o tributo, são da competência da união, estados, distrito federal e
municípios.
UNIÃO – Art. 153, da CF;
Trata-se de competência privativa.
a) II – Imposto de Importação
b) IE – Imposto de Exportação
c) IPI – Imposto de Produto Industrializado
d) IOF – Imposto sobre Operação Financeira
São os impostos que conhecemos como os impostos extrafiscais. Ainda temos:
e) IR – Imposto de Renda
f) ITR – Imposto Territorial Rural
g) IGF – Imposto Sobre Grandes Fortunas (que nunca foi criado e se um dia for, terá que ser por lei
complementar).
A União ainda pode criar:
h) Impostos Residuais - (são os impostos novos cujos fatos geradores e respectivas bases de cálculo não
estão previstas na Constituição – LC)
i) Imposto Extraordinário de Guerra - (LC ou LO)
Obs: Só a União pode criar esses impostos, Os Estados e os Municípios não podem.