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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA

MANUELA FERNANDES DA SILVA PEREIRA

LINGUAGEM E PROCESSAMENTO SENSORIAL:


REPERCUSSÕES NA CLÍNICA COM SUJEITOS AUTISTAS SOB A
PERSPECTIVA HISTÓRICO CULTURAL

Salvador – Bahia
2018
MANUELA FERNANDES DA SILVA PEREIRA

LINGUAGEM E PROCESSAMENTO SENSORIAL:


REPERCUSSÕES NA CLÍNICA COM SUJEITOS AUTISTAS SOB A
PERSPECTIVA HISTÓRICO CULTURAL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Colegiado de Curso
de Graduação em Fonoaudiologia
da Universidade Federal da Bahia,
como requisito para obtenção de
título de Bacharel em
Fonoaudiologia.

Orientador: Prof. Dr. Marcus Vinicius


Borges Oliveira.

Salvador – Bahia
2018
LINGUAGEM E PROCESSAMENTO SENSORIAL: REPERCUSSÕES NA
CLÍNICA COM SUJEITOS AUTISTAS SOB A PERSPECTIVA HISTÓRICO
CULTURAL

LANGUAGE AND SENSORY PROCESSING: REPERCUSSIONS IN THE CLINIC


OF AUTISTIC AFFAIRS UNDER THE HISTORICAL CULTURAL PERSPECTIVE

LENGUAJE Y PROCESAMIENTO SENSORIAL: REPERCUSIONES EN LA


CLÍNICA CON SUJETOS AUTISTAS BAJO LA PERSPECTIVA HISTÓRICA
CULTURAL

Manuela Fernandes da Silva Pereira 1Marcus Vinicius Borges Oliveira2

RESUMO

Introdução: A discussão sobre a relação entre o processamento sensorial e a linguagem


na clínica com sujeitos autistas têm sido disseminada predominantemente por meio de
perspectivas neurobiológicas que compreendem a noção de corpo e cérebro como
elementos dissociados e compartimentados. Considerar a sensação, a percepção e a
linguagem enquanto funções complexas e imbricadas inaugura um olhar diferente sobre o
autismo, repercutindo em um fazer clínico mais reflexivo. Objetivos: Revisar a literatura
acerca da relação entre linguagem e processamento sensorial na clínica com sujeitos
autistas, refletindo a respeito dos diferentes fundamentos teóricos à luz da teoria histórico
cultural. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada a partir de
artigos científicos publicados nos últimos dez anos, disponíveis nas plataformas: Scielo,
Lilacs e Medline. Foram utilizados os seguintes descritores: “sensation”, “sensation
disorder”, “language”, “language development” e “autistic disorder” e os seus correlatos em
português. Resultados: Foram encontrados 943 trabalhos, contudo apenas 6 artigos
respondiam aos critérios estabelecidos, sendo selecionados para análise. Os resultados
podem ser concentrados em dois eixos: relação entre a linguagem e o processamento
sensorial; compreensão acerca do autismo. Discussão: A perspectiva histórico cultural,
base de análise do estudo, entende a sensação, percepção e a linguagem enquanto
funções mentais superiores de natureza complexa e simbólico; são tomadas em seu
funcionamento imbricado, repercutindo em práticas clínicas contextualizadas e que buscam
entender o sujeito autista a partir de suas subjetividades, se contrapondo a perspectivas
curativas e de olhar descontextualizado. Conclusão: Há um predomínio de investigação da
temática sob perspectivas comportamentais. Nesse sentido, se faz necessário a elaboração
de estudos que propiciem discussões sobre o caráter complexo da linguagem e do
processamento sensorial, que transcenda a relação dissociadas destas funções. Nesse
sentido, há espaço para refletir sobre o papel da linguagem nos transtornos sensoriais e nas
práticas clínicas com sujeitos autistas sob perspectivas teóricas discursivas.

Palavras-chaves: Sensação, Processamento Sensorial, Linguagem, Autismo

1 Estudante de graduação em Fonoaudiologia, Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Salvador,


BA, Brasil.
2 Prof. Dr. Adjunto I, Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal da Bahia (UFBA) –

Salvador, BA, Brasil


ABSTRACT

Introduction: The search for the relationship between sensory knowledge and a language
in clinical practice has been disseminated predominantly through neurobiological
perspectives that comprise the notion of body and brain as dissociated and
compartmentalized elements. Considering a sensation, a perception and a language that
characterize the complex and associated, introduce a look at autism, repercussions on a
more reflective clinical practice. Objectives: To review a literature on the subject and
sensory language in the clinic with the autistic ones, reflecting the respect for the different
theoretical foundations in light of the historical theory. Method: This is an integrative review
of literature, based on scientific data, in the last ten years, on the platforms: Scielo, Lilacs
and Medline. The descriptors were found in the search: sensation, sensation disorder,
language, language development and autistic disorder and their correlates. Results: A total
of 943 studies were found, however, only 6 articles met the established criteria and were
selected for analysis. The results can be concentrated in two axes: between a language and
the sensorial processing; the understanding about autism. Discussion: A historical
perspective, based on the analysis of the study, the understanding, the understanding and
the comprehension of a complex and symbolic language; is taking their associated operate,
repercutindo in the clinical pressentry contextualizated and that seek to understand the
subject autographed to part of the subjectivities, with scontting to perspectives curatives and
decontextualized de lis. Conclusion: There is a predominance of investigation of the
behavioral situation. In this sense, it is necessary to elaborate studies that allow discussions
about the characters, such as language and sensorial processing, that transcend a
dissociated relation between functions. In this sense, there is room to write about the role of
language in sensory gestations and clinical practices with subjects under the discursive
theoretical perspectives.

Keywords: Sensation, Sensory Processing, Language, Autism

RESUMEN

Introducción: La investigación para la relación entre el conocimiento consciente y la lengua


en la práctica clínica se ha diseminado predominantemente a través de las perspectivas
neurobiológicas que emite la noción del cuerpo y los disoció y compartimentó elementos.
Considerar la sensación, la percepción y el lenguaje que caracterizan el complejo e
imbricado, introduce a look at autism, repercusiones en la más reflexiva clínica clínica.
Objetivos: Para revisar el contenido del idioma y el idioma en el clínico con los autistic,
reflejando el respeto por las diferentes estructuras de aislamiento de la historia histórica. En
el caso de que se produzca un cambio en la calidad de la información, Los descriptores se
hallaron en la búsqueda: sensación, sensación de desorden, lenguaje, lenguaje de
desarrollo y autistic desorden y sus correlaciones. Resultados: El total de 943 estudios se
encontraron, sin embargo, sólo 6 artículos met los criterios establecidos y se seleccionaron
para el análisis. Los resultados se pueden agrupar en dos ejes: entre el idioma y el sensorial
procesamiento; el conocimiento sobre el autismo. Discusión: Una perspectiva temprana,
basada en el análisis del estudio, la comprensión, la comprensión y la comprensión del
complejo y simbólico; se realiza su uso imbricado, repercutiendo en el tópico presentry
contextualizado y que busca el sujeto autograpado a partir de las subjetividades, con
scontting a las perspectivas curativas y decontextualized de lis. Conclusión: No existe la
predominancia de la investigación de la situación del comportamiento. En este sentido, es
necesario elaborar informes que permitan tratar acerca de los caracteres, como el idioma y
el procesamiento sensacional, que trasciende la disociada relación entre las funciones. En
este sentido, hay un espacio para escribir sobre el rol de idioma en las sesiones de
gestación y las prácticas correctas con respecto a las discursivas perspectivas de
perspectiva.

Palabras claves: Sensación, Procesamiento Sensorial, Lenguaje, Autismo


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5

2. MÉTODOS ...................................................................................................... 6

3. RESULTADOS ................................................................................................ 6

I. Relação entre a linguagem e o processamento sensorial .............. 6

II. Compreensão acerca do autismo ..................................................... 7

4. DISCUSSÃO ................................................................................................... 8

I. Funções psicológicas superiores: A sensação, percepção e


linguagem a luz da teoria histórico cultural ..................................... 8

II. Ressignificando o autismo .............................................................. 10

III. Diferentes abordagens terapêuticas ............................................... 12

5. CONCLUSÃO ............................................................................................... 13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 14

ANEXO I – Figura I ............................................................................................ 16

ANEXO II – Quadro I ......................................................................................... 17

ANEXO III – Instruções aos autores ................................................................ 19


5

1. INTRODUÇÃO
O processamento sensorial (PS) é definido como uma habilidade do sistema
nervoso central que irá se estruturar por meio de um ato perceptivo, no qual as
informações são inicialmente captadas do ambiente por vias periféricas, passando
por um sistema de modulação, discriminação e organização das características
sensoriais, levando a um repertório de respostas adaptativas que serão percebidas
pelos homens. Dentro das perspectivas neurobiológicas, o PS é entendido segundo
relação direta de causa e efeito, ou seja, o processamento será a habilidade de
receber e processar estímulos levando a comportamentos responsivos esperados 1.
Sob a perspectiva histórico cultural, base teórica subjacente à análise deste
artigo, a percepção e a sensação serão entendidas enquanto processos mentais
ativos, de natureza complexa2, questionando criticamente a ideia de causalidade
entre corpo (aquele que sente) e cérebro (aquele que modula e organiza os
sentidos). A dinâmica3 do processamento sensorial compreenderá a interconexão
de redes que não pode prescindir da linguagem, conjuntamente de caráter
simbólico.
Os diferentes entendimentos teóricos sobre como as informações sensoriais
são processadas irão influenciar a compreensão sobre a relação com a linguagem e
os possíveis desdobramentos clínicos terapêuticos. É notável que uma tendência
cognitivista possui maior representatividade na literatura científica, determinando as
linhas de investigação e estudo. Em sua maioria, estes autores visam estabelecer
relação de causalidade entre possíveis déficits sensoriais e comprometimentos no
funcionamento da linguagem, relacionando a transtornos do desenvolvimento
infantil, dos quais destacamos o Autismo, uma vez que estes sujeitos apresentam
demandas para as duas esferas.
O Autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição
enigmática que instiga e mobiliza diferentes estudiosos. Atualmente é definido como
uma desordem do neurodesenvolvimento de início precoce, caracterizado por
prejuízos nas áreas da comunicação e interação social, bem como na identificação
de padrões repetitivos de comportamento3, restrição de interesses e uma disfunção
no processamento de informações sensoriais, que podem estar relacionada ou não
a um Transtorno do Processamento Sensorial (TPS)2. Uma outra possibilidade de
entender o Autismo, é enquanto uma identidade completa e profundamente
diferente4, constituída pela/na linguagem.
Assim, as diferentes maneiras de se olhar para o Autismo será influenciada
pelas noções de corpo, mente e sujeito que se sustentam em embasamentos
teóricos específicos. Reitera-se que este ponto permeia as discussões sobre a
relação entre o funcionamento da linguagem e o próprio processamento sensorial.
Baseado em tais pressupostos, este artigo configurou-se enquanto uma
revisão integrativa da literatura, a fim de responder ao seguinte questionamento:
Qual o papel da linguagem nas produções científicas sobre o processamento
sensorial no transtorno do espectro autista? Tendo em vista a questão enunciada,
este estudo teve por objetivo revisar a literatura acerca da relação entre linguagem e

3
Enfatizamos o fato de que preferimos termos como funcionamento, organização, por serem mais
compatíveis com as abordagens sócio-histórico-culturais de cérebro e também de linguagem que são
adotadas neste trabalho. Porém, a maior parte dos estudos sobre a organização sensorial partem de
uma perspectiva cognitivista em que se faz importante manter termos tradicionais como
processamento.
6

processamento sensorial na clínica com sujeitos autistas, refletindo criticamente a


respeito dos resultados à luz da teoria histórico cultural.

2. MÉTODOS
O artigo trata-se de uma revisão integrativa da literatura com a finalidade de
reunir e sintetizar achados de estudos realizados anteriormente, mediante diferentes
metodologias, com intuito de contribuir para o aprofundamento do tema
investigado5. Norteou-se o desenvolvimento do estudo a partir do seguinte
questionamento: Qual o papel da linguagem nas produções científicas sobre o
processamento sensorial e o transtorno do espectro autista?
O processo de construção do artigo permeou as seguintes etapas:
formulação da questão de pesquisa e identificação do tema; especificação da
metodologia e estabelecimento dos critérios para inclusão e exclusão; categorização
das informações extraídas; avaliação dos estudos incluídos; interpretação dos
resultados; apresentação da síntese do conhecimento produzido 5.
A coleta de dados foi realizada durante o período de agosto e setembro de
2018, nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs e Scielo; utilizaram-se os
Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “sensation”, “sensation disorder”,
“language”, “language development” e “autistic disorder”; segundo as combinações:
1º - sensation disorders AND language development; 2º - autistic disorder AND
sensation disorders AND language development; 3º - autistic disorder AND
sensation AND language, e os seus correlatos em português.
Foram incluídos estudos publicados nos últimos dez anos (2008-2018), nas
línguas portuguesa e inglesa, disponíveis integralmente nas bases pesquisadas e
cujo título ou resumo fizessem referência a temática da linguagem, processamento
sensorial e/ou autismo. Excluíram-se documentos em teses, trabalhos incompletos
ou que não atenderam à temática. Por fim, todo material selecionado foi analisado e
categorizado criticamente.

3. RESULTADOS

Foram identificados 943 estudos, dos quais 265 respondiam aos critérios
estabelecidos, sendo escolhidos para leitura prévia. Destes, 11 estudos foram
eleitos. Excluíram-se: 5 amostras referentes a estudos duplicatas. Desta forma, 6
trabalhos foram eleitos para análise, estando relacionados ao questionamento
norteador da pesquisa. O processo de seleção está descrito na Figura 1.
Os resultados da revisão de literatura estão apresentados no Quadro 1.
Dentre os estudos incluídos, o método quantitativo foi o mais recorrente, o que
apontam para uma perspectiva positivista e de análise objetiva; apenas dois dos
artigos selecionados6,7 tiveram caráter descritivo e qualitativo. A análise das
publicações permitiu a identificação de dois principais eixos temáticos, são eles: I)
Relação entre a linguagem e o processamento sensorial; II) Compreensão acerca
do Autismo. Vale ressaltar que algumas produções abordam os dois eixos
simultaneamente.

I) Relação entre a linguagem e o processamento sensorial


7

Em decorrência dos critérios de seleção utilizados, todos os estudos


encontrados no levantamento discutem direta ou indiretamente a relação entre a
linguagem e o processamento sensorial, sendo observado um recorte para o
transtorno do processamento sensorial. 4 artigos apresentam a temática de maneira
explícita por meio da associação direta entre os dois, estabelecendo relação de
causa e efeito, em que a desorganização leva a comprometimentos da linguagem.
Os demais trabalhos são perpassados por tal discussão, incluindo outras variáveis.
As discussões mencionadas nas pesquisas ressaltam a eficácia da
organização sensorial para melhoria na comunicação/linguagem e comportamento
social. O estudo de Silva8, apresenta um modelo de compreensão acerca do
autismo em que os transtornos sensoriais são compreendidos como base
subjacente aos demais atrasos; sugere que a organização sensorial terá efeitos
positivos nas esferas de comportamento, socialização e linguagem. Kinnealey 9 usou
medidas qualitativas e demonstrou maior engajamento de escolares autistas, bem
como maior frequência em sala de ajuda a partir do desenvolvimento de ambiente
sensorialmente tratado, sugerindo que a adequação do ambiente reflete na
possibilidade de produção de atos interativos. Watson10, em seu estudo, associa o
perfil sensorial às dificuldades socio-comunicativas; sua pesquisa faz associação
positiva entre o não desenvolvimento de habilidades de linguagem e funções
adaptativas a perfis hiporresponsivos. Jasmin11 afirmam que crianças com
transtorno do espectro autista apresentam dificuldades sensório-motoras; são estas
respostas atípicas que segundo os autores, leva a um comprometimento global e
consequentemente a, alterações no curso da aquisição da linguagem.
Coelho6 e Reddy7, ambos relatos de caso, expõe o processo terapêutico de
crianças com suposto diagnóstico de TEA. O primeiro levanta o questionamento
acerca do distúrbio desenvolvimento de linguagem 6 e sua contribuição para
problemas de autorregulação e comportamentos desafiadores, também
relacionados a problemas sensoriais. O segundo7, por sua vez, não realiza
associação direta entre o atraso de linguagem e o transtorno sensorial, apontando a
necessidade de maiores estudos, dada a quantidade insuficiente de participantes e
o não engajamento familiar no desenvolvimento da terapia.
Como pode-se perceber, as pesquisas evidenciam uma relação entre o
transtorno sensorial e a linguagem, refletindo, em sua maioria, uma relação de
causalidade da primeira em relação à segunda.

II) Compreensão acerca do autismo

Coelho6 apresentam o relato de um caso clínico de uma criança que sofreu


privações sensoriais desde o seu nascimento e que foi acolhido em um serviço de
fonoaudiologia apresentando características que os autores chamam de
“autísticas”14 (p. 75). Não foi possível inferir se a manutenção do quadro autístico é
fruto da condição do quadro clínico do autismo, enquanto entidade diagnóstica, ou
se esta manutenção é deriva da condição de privação sensorial, visto a negligência
materna, apontada no estudo. Neste, o autismo é visto enquanto distúrbio
neurológico decorrente de perturbações não específicas do desenvolvimento
cerebral durante a maturação. Adiciona déficits sociais e afetivos como possíveis
pontos de convergência para o desenvolvimento de déficits globais severos.
Watson10, questiona acerca do processamento sensorial como patogênese
do autismo e outras deficiências. Relaciona este fato aos perfis sensoriais,
8

principalmente a hiporresponsividade. Utilizam-se de escalas e protocolos de


detecção precoce de autismo, ainda no primeiro ano de vida, e argumentam que os
sintomas sensoriais distintos estão presentes antes até que os responsáveis
desenvolvam qualquer preocupação com os seus bebês, propondo um modelo em
que o desenvolvimento do processamento sensorial pode levar, como
consequência, a prejuízos em outros domínios de desenvolvimento.
Silva8 tem como objetivo apresentar um novo modelo de compreensão do
TEA, situando o comprometimento sensorial e de autorregulação como déficit
central. Afirma que quando o TPS é tratado pode levar a reversibilidade do quadro
autístico. O tratamento é pautado na manipulação manual e dirigida ao corpo,
através do sistema nervoso periférico e receptores presentes na pele.
Os demais trabalhos não relacionam a compreensão acerca do TEA
diretamente com os aspectos sensoriais do desenvolvimento. Como resultado geral,
os trabalhos encontrados baseiam-se em perspectivas cognitivistas, tendo como
orientação principal trabalhos no campo da neurologia.

4. DISCUSSÃO

Destaca-se como ponto de partida para as discussões as possíveis relações


entre o transtorno sensorial, a linguagem e o autismo, sustentado por correlações
entre corpo-cérebro, bem como a própria compreensão do papel do funcionamento
sensorial no desenvolvimento cognitivo. Este pode ser concebido enquanto uma
rede de informações que circunda o ser humano desde a vida intrauterina, até a
vivência em sociedade e são desenvolvidos a partir das interações sociais e
ambientais1.
Os trabalhos encontrados discutem a partir de um embasamento teórico
fundamentado em uma visão de cérebro compartimentado. Neste sentido, o cérebro
é compreendido metaforicamente a partir dos jargões dos sistemas computacionais,
em perspectiva neurobiológica. De acordo com Novaes-Pinto12, apesar de todo
conhecimento acumulado sobre o funcionamento cerebral, termo que a autora
defende em oposição à processamento, em consonância com a perspectiva
histórico cultural, ainda dominam nas pesquisas científicas paradigmas que tomam
como metáfora o homem enquanto uma máquina.
No entanto, conforme veremos adiante, dentro de uma perspectiva histórico
cultural, base da análise deste estudo, tanto a percepção quanto o próprio processo
de sensação têm caráter ativo que não prescindem da Linguagem, sendo estes,
portanto, de natureza complexa e simbólica. Reitera-se que tal posicionamento se
desdobra nas abordagens clínicas terapêuticas.

I. Funções psicológicas superiores: A sensação, percepção e


linguagem a luz da teoria histórico cultural

A perspectiva histórico cultural surge no início do século XX em resposta às


lacunas existentes de teorias anteriores. Vigotsky considerado fundador, dedicou
seus estudos nas investigações acerca do desenvolvimento psicológico superior,
baseado na “constituição do psiquismo a partir das interações sociais, o caráter
mediado de tal constituição e a utilização do método genético de investigação”13 (p.
66). Para ele, o aprendizado é um aspecto necessário do processo de
9

desenvolvimento das funções psicológicas, estas são culturalmente organizadas e


possuem caráter específico humano. Sendo assim, dentro desta perspectiva é
fundamental buscar compreender e explicar os processos constitutivos das
interações humanas.
Dando seguimento a este pensamento, Luria, considerado pai
neuropsicologia moderna, trabalhou em conjunto com Vygotsky na construção de
uma Psicologia com uma fundamentação filosófica marxista-dialética. O modelo
luriano propõe uma organização cerebral funcional fundamentada na noção de
Sistema Funcional Complexo. Assim, o funcionamento neuropsicológico é entendido
como “produto de evolução sócio-histórica e da experiência social do indivíduo,
internalizada, sedimentada no cérebro”2 (p. 110), ou seja, o cérebro é um órgão que
se moldará às vivências externas possibilitando o desenvolvimento das funções
cognitivas.
Sinteticamente, esta concepção, contrasta os movimentos localizacionistas
que repartem o funcionamento cerebral em compartimentos bem definidos, e,
proporciona compreensão da natureza subjetiva e social deste sistema. Para o
autor, as áreas cerebrais seriam responsáveis por funções, atuando conjuntamente
em um sistema dinâmico e integrado2.
O cérebro é pensado em cinco grandes regiões: subcorticais, frontais,
parietais, occipitais e temporais, sendo estas organizadas em três unidades
funcionais, denominadas de blocos: I, II, III, que trabalham em consonância em toda
e qualquer atividade mental. Resumidamente, o bloco I é responsável por regular o
tono cortical, a vigília e a seleção de estímulos; o bloco II, sintetiza e registra as
informações do ambiente; já o bloco III, programa/planeja informações para
execuções de ações, verificando posteriormente sua eficácia - considerado como
um mecanismo regulador12. Reforça-se que as unidades apresentam funcionamento
sistémico interdependente.
Assim, as funções psicológicas superiores, tais como a sensação, percepção
e linguagem não serão entendidas como reflexos de uma área em particular, mas
parte de um todo, em um processo de mútua afetação. Serão fruto do
funcionamento de atividades integradas, determinadas por meio das experiências
individuais vivenciadas12,14.
De acordo com Luria15, as sensações “constituem a fonte básica dos nossos
conhecimentos atinentes ao mundo exterior e ao nosso próprio corpo” (p. 1).
Representam canais por onde informações do mundo exterior e o próprio estado do
corpo chegam ao cérebro, permitindo ao sujeito a compreensão do mundo e de si.
Caso estes canais estejam fechados e os órgãos sensoriais não forneçam
informações sensoriais necessárias, nenhuma atividade consciente será realizada,
pois ela é o elo entre o homem e o mundo, ou seja, fonte essencial de
conhecimento para o desenvolvimento psíquico do indivíduo.
Diferente do proposto pelas teorias neurobiológicas, as sensações não são
entendidas como mera excitação mecânica ou elétrica. Ela é o reflexo das
influências externas, possuindo o indivíduo papel ativo, a partir do entendimento
desta enquanto processo subjetivo. É apresentada a possibilidade de interação
entre diferentes órgãos dos sentidos, que comumente são apresentados em
separada. Assim o funcionamento de um órgão pode estimular ou inibir o
funcionamento de outro15.
A atividade perceptiva do homem, por sua vez, corresponde a síntese das
informações em funcionamento, a partir da noção de trabalho em conjunto, que as
sensações serão transformadas em percepção integral. A percepção não constitui
10

na associação simples de estímulos isolados; requer processo de discriminação,


unificação e identificação de indícios percebidos e despercebidos. Além disso, é
intimamente ligado a reanimação de vivências anteriores, visto que as informações
que chegam ao sujeito são comparadas a concepções do passado com a criação de
hipóteses sobre a natureza do objetivo percebido, nesse sentido, tomando as
palavras do autor15 “a atividade receptora do sujeito se assemelha aos processos de
pensamento direto e essa semelhança será tanto maior quanto mais novo e mais
complexo for o objetivo perceptível” (p. 41).
Será a linguagem a responsável por categorizar as informações recebidas,
segundo processo de incorporação a partir de experiências pregressas. É essencial
destacar que, para Luria, a percepção humana é um dinâmico processo de
significação dos sentidos percebidos que nunca acontece sem a participação direta
da linguagem. O processamento sensorial pode ser entendido como processo
sensitivo e perceptível, de natureza complexa e ativa, além do recebimento e
organização de estímulos exteriores; engloba tanto o sentir quanto o perceber, que
será significado a partir das vivências sociais do sujeito, sendo
preenchido/permeado pela linguagem.
No entanto, os estudos encontrados se contrapõem ao pensamento
apresentado acima, seguindo a lógica tradicional de funcionamento dissociado, de
origem localizacionista. Nota-se que a abordagem que orienta os artigos em
questão sobre a relação entre o processamento sensorial e a linguagem são
sustentados na ideia hierarquizada do primeiro sobre o segundo, objetivando
descrever possíveis dificuldades sensoriais e sua relação de causalidade a
transtornos do desenvolvimento subjetivo. Toma-se como premissa que a
linguagem dependerá do processamento sensorial, sendo fruto tão somente de
certas habilidades cerebrais com localidade e funcionalidade predestinada. O
cérebro é tomado como objeto de investigação e a linguagem como mero efeito
direto deste, sendo reduzido a um comportamento, desviante ou não16.
Foram preponderantes aqueles que apresentavam relação com a visão
compartimentada de corpo e cérebro, que prioriza aspectos localizacionais do
funcionamento cerebral. Da mesma forma que Novaes-Pinto12, acreditamos que,
nestes estudos, a linguagem se restringe à modelos tradicionais, de cunho
estruturalistas ou gerativistas, que não foram formulados para dar conta do uso
efetivo da linguagem ou da relação do sujeito com a língua, nem para explicar
questões relativas ao seu funcionamento nas patologias.
Contrapondo aos discursos tradicionais sobre o cérebro e linguagem,
retomamos que a perspectiva histórico cultural entende linguagem como um
trabalho conjunto, de natureza dialógica, que pressupõe a existência de um “outro” e
de um sistema que é constituído de maneira social, esculpido nos enlaces históricos
compartilhados, reconhecendo, portanto, o papel mediador e constitutivo das
significações das sensações, percepções, possibilitando a interpretação corpórea
das informações advindas do exterior. Diferenciar, por exemplo, o claro do escuro,
frio do calor, exige, antes de qualquer coisa, a possibilidade de organizá-los na
cadeia de eventos pregressos.
Logo, o imbricamento entre as funções psicológicas superiores é condição
inalienável do processo de construção e desenvolvimento do conhecimento. Evoca-
se que o processamento sensorial é significado por meio de processos ativos
constituídos pelo sujeito, o outro e o mundo. As consequências da adoção deste
modelo teórico nas práticas clínicas com sujeitos autistas, por exemplo, levam a
novas interpretações sobre a natureza dos sintomas, demonstrando que não irá se
11

tratar de distúrbios isolados e de localidade específica, mas sim, da identificação


que do que constitui os próprios sintomas, o respectivo funcionamento em
desordem.

II. Ressignificando o autismo

Nos estudos levantados predominam investigações sobre a relação entre o


autismo e o transtorno do processamento sensorial. De fato todas as pesquisas
apresentadas demonstram que os sujeitos autistas possuem dificuldades de
natureza sensorial, seja no recebimento ou modulação dos sentidos, levando a uma
possível baixa tolerância às demandas ambientais apresentadas nestes
indivíduos17.
Seguindo os manuais diagnósticos, o autismo é definido como um transtorno
do neurodesenvolvimento de início precoce caracterizado por déficits persistentes
na comunicação e interação social em diferentes contextos, e, em padrões
repetitivos e restritivos de comportamento e interesse, manifestados por
determinados critérios estabelecidos, são eles: 1) estereotipias motoras ou de fala;
2) inflexibilidade de rotina ou construção de padrões ritualizados - de
comportamento verbal ou não; 3) interesses fixos e altamente restritos; 4) hiper ou
hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos
sensoriais do ambiente3.
Propõe-se que os transtornos sensoriais seriam parte do pilar de um quadro
de critérios diagnósticos, não sendo por si, suficiente e a causa para determinação
do quadro. Durante análise dos estudos, observou-se forte discussão sobre uma
desorganização sensorial enquanto gênese do autismo e responsável pelos demais
déficits subjacentes. São apresentadas possíveis correlações clínicas entre perfis
sensoriais (hiperrresponsivos e hiporresposivos) e dificuldades
10
sociocomunicativas . A dificuldade em apreender os estímulos ambientais são
pontuadas como fatores complicadores para inserção social do sujeito autista, mas
não é conferido relação de causalidade direta entre estas1, 17.
Verificamos no trabalho de Silva9, a natureza sensorial do autismo é
apontada como resultado do fechamento parcial dos canais sensoriais, o que leva a
inadequação dos sentidos, agindo de maneira exacerbada, de modo ao cérebro não
receber informações adequadamente, sendo estas necessárias para o
desenvolvimento de aprendizado e das funções adaptativas superiores, como a
linguagem. Esta discussão aproxima-se do proposto por Luria15, ao afirmar que o
fechamento dos canais sensitivos impossibilita a produção de atividades
conscientes, contudo o artigo propõe analisar os sentidos de maneira isolada, a
desordem sensorial se afasta de preceitos simbólicos e se resume em transtornos
nas estimulações de receptores periféricos.
Por sua vez, subsidiados por visões localizacionistas, a discussão
preponderante entre os artigos, corresponde em estabelecer a causa primária para
o autismo. A maior parte dos debates se prendem a olhares biológicos e/ou
relacional, como se este fosse fruto de um erro na representação social do sujeito.
12

Atribui-se assim estigmas, em sua maior parte, a uma ausência de contato social,
ou que estes indivíduos estão alheios a linguagem. Questões levantadas ao tomar o
corpo e o cérebro enquanto entidades dissociadas, refletindo em práticas de
reabilitação que buscam a remissão de sintomas. Tomar o isoladamente uma falha
sensorial como base para o autismo, significa desconsiderar o imbricamento
existente entre as funções complexas superiores.
Para Luria2, a discussão deve ser baseada na associação. O sensorial e a
linguagem serão tomados em seu funcionamento, sendo as dificuldades
encontradas oriundas de um desequilíbrio sistêmico, “se a percepção do homem
tem um estrutura tão complexa (...) compreende-se perfeitamente que em estados
patológicos ela possa apresentar distúrbios variados” (p.77); da mesma forma que,
pensar o cuidado será sobretudo promover situações em que a linguagem esteja em
funcionamento, privilegiando sua relação com as demais funções superiores, tais
como a sensação e a percepção.

III. Diferentes abordagens terapêuticas

Como já trazido, as diferentes concepções acerca do autismo irão nortear a


forma como se organizar as práticas clínicas. Dentro do conceito hegemônico
tradicional a linguagem é colocada enquanto mera expressão de habilidades
cognitivas individuais, os objetivos estão em restabelecer a saúde, a partir do
modelo de adoecimento-cura. Estrutura-se dentro da teoria da causalidade,
linearidade entre causas, efeitos, instrumentos técnicos para remissão de uma
condição16. As abordagens apontam para dicotomia do corpo normal versus o corpo
patológico, direcionando o olhar ao “não fazer”, não reconhecendo as
potencialidades do sujeito dentro de seu contexto. Historicamente o cuidado a
clínica com sujeitos autistas foi construído por meio destes preceitos, focado
principalmente nas terapias comportamentais.
A partir das análises realizadas na revisão de literatura, há um predomínio de
trabalhos6-12 que afirmam que crianças dentro do espectro apresentam
comportamentos desafiadores, para isto são destacadas abordagens terapêuticas
de caráter individual11, incidindo diretamente nos marcos do desenvolvimento
sensório-motor e reorganização do comportamento. Vale ressaltar que, ainda que
haja forte corpo de estudos psicanalíticos na área, estes não apareceram na
análise, possivelmente obliterado pelos trabalhos de cunho comportamental e/ou
cognitivistas.
O primeiro método apontado é o ABA (Applied Behavior Analysis) que utiliza-
se da observação, como instrumento do terapeuta para o planejamento das suas
ações. Estas, serão voltadas para a modificação dos comportamentos, seja para
estabelecer novos comportamento ou organizar os existentes 18.Baseia-se na ideia
proposta por Skinner de condicionamento operante, em que existirá uma relação
direta entre o ambiente e a produção de comportamento, em que o último modificará
o primeiro, produzindo consequências que agem sobre ele novamente 19.
O aprendizado é focado no reforço e na repetição e o planejamento das
intervenções visa o desenvolvimento de habilidades, sociais e motoras, por meio da
redução dos comportamentos considerados clássicos ao autismo, que não possuem
um caráter aceitável socialmente ou não são funcionais, introduzindo novos,
13

considerados mais adequados. Nesta concepção a linguagem adquire um status


local de comunicação, em que é compreendida como qualquer outro
comportamento que deve ser padronizado e categorizado como funcional ou não.
A Terapia em Integração Sensorial (TIS) é apontada como possibilidade,
sendo considerada enquanto ferramenta que promove uma melhor estruturação
ambiental e consequentemente sustentação dos sujeitos autistas nos ambientes
sociais a quais estão inseridos. A TIS consiste em procedimentos de reabilitação
direcionadas a determinados aspectos sensoriais com objetivo de organizar os
estímulos sensoriais, desencadeando em respostas adequadas, ou seja, visa por
meio do sensorial a organização do sujeito, para que este produza comportamentos
adaptativos esperados17.
As duas propostas descritas objetivam a remissão de comportamentos
considerados desviantes. Contudo, apontamos outras possibilidades de se olhar o
autismo, a partir de trabalhos desenvolvidos sobre a perspectiva da neurolinguística
discursiva (ND), que, ainda que não se localizem na perspectiva histórico cultural,
são explicitamente influenciados pelo entendimento cultural e histórico da linguagem
e que se propõe a considerar os sujeitos autistas enquanto singulares, construídos
dentro das diferentes práticas dialógicas e sociais, constituídos pela e na
linguagem12, 20. Assim, afasta-se da ideia do autismo unicamente como uma
entidade patológica e inaugura um status de identidade, completa, ainda que
profundamente diferente, proposto nos trabalhos escritos por Sacks4.
O foco da ND são as possibilidades que a singularidades dos sujeitos propõe,
objetivando compreender o papel deste perante o outro, o mundo e a linguagem. O
funcionamento linguístico é valorizado, sendo aberta as portas para suas diferentes
manifestações: gestos, expressões corporais, desenhos, escritas e fala. O ponto de
análise é a interação dialógica, não sendo estabelecido uma resposta esperada ou
ideal. Busca-se, portanto compreender como este sujeito significa, e, assim atuar
junto a ele sobre os múltiplos aspectos envolvidos na simbolização 20. Por fim, o
processo terapêutico irá favorecer a elaboração de sentidos, sejam estes, expressos
verbalmente ou não.
Trabalhos nesta linha ainda são incipientes, foram inicialmente apresentados
por Bordin21, que realizou análise linguística de uma criança autista em
acompanhamento fonoaudiológico, e posteriormente vem sendo desenvolvido por
Navarro20, no contexto da terapia e trabalho com a linguagem, ambos sob a
perspectiva da neurolinguística discursiva.

5. CONCLUSÃO

Ao longo dos anos, diferentes estudos discutiram a relação o processamento


sensorial e a linguagem na clínica com sujeitos autistas, predominantemente a partir
de perspectivas hegemônicas e neurobiológicas. Buscamos neste artigo, revisar a
literatura acerca da temática delineada, analisando os achados sobre o proposto
teórica da perspectiva histórico cultural.
Predominantemente, o autismo é investigado por seu caráter patológico e
comportamental, estando em destaque a natureza desviante do transtorno.
Considerar a linguagem enquanto constitutiva de todos os sujeitos e construídas
nas enunciações e práticas dialógicas, nos distancia destes preceitos, além de
possibilitar um fazer clínico crítico e reflexivo.
14

Conclui-se que há muitas questões que precisam ser levantadas acerca da


linguagem e do processamento sensorial, que transcendam a relação de
causalidade. Nesse sentido, se faz necessário a abertura do espaço científico para
o estudo da linguagem, sensação e percepção, sem a dissociação das mesmas,
considerando o imbricamento destas funções. Sendo assim, ainda há muito o que
problematizar sobre o papel da linguagem nos transtornos sensoriais e nas práticas
clínicas com sujeitos autistas, uma possibilidade transformadora é a produção de
estudos que envolvam a relação linguagem, autismo, percepção e sensação.
15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Lorenzini MV. Brincando a brincadeira com a criança deficiente. 1.ed. São
Paulo: Manole; 2002.

2. Luria AR. Fundamentos de neuropsicologia. 1.ed. São Paulo: Edusp; 1981.

3. American PsychiatricAssociation. Manual diagnóstico e estatísticos de


transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed; 2014.

4. Sacks O. Um antropólogo em marte. 2ed. São Paulo: Schwarcz Ltda; 2006.

5. Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de


pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem.
Texto contexto - enferm [Internet]. 2008 [acesso em 2018 ago 15]; 17(4): 758-
764. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072008000400018&lng=en.

6. Coelho ACC, Iemma EP, Lopes-Herrera SA. Relato de caso: privação


sensorial de estímulos e comportamentos autísticos. Rev. soc. bras.
fonoaudiol. 2008; 13 (1): 75-81.

7. Reddy A, Graves C, Augustyn M. ParentsSeekEarlyIntervention Services for


a two-year-oldwithoutautism. J DevBehavPediatr. 2011; 32 (1): 616-618.

8. Silva LMT, Schalock M, Ayres R. A modelandtreatment for


autismattheconvergenceofchinese medicine and western science: first 130
cases. Chin J Integr Med. 2011; 17 (6): 421-429.

9. Kinnealey M, Pfeiffer B, Miller J, Roan C, Shoener R, Ellne ML.


EffectofClassroomModificationonAttentionandEngagementofStudentsWithAuti
smorDyspraxia. American JournalofOccupationalTherapy. 2012; 66 (1): 511-
519.

10. Watson LR, Patten E, Baranek GT, Poe M, Boyd BA, Freuler A et al.
Differentialassociationsbetweensensory response patternsandlanguage,
social, and communication measures in
childrenwithautismorotherdevelopmentaldisabilities. J Speech Lang Hear Res.
2011; 54 (6): 1562-1576.

11. Jasmin E, Couture M, McKinley P, Reid G, Fombonne E, Gisel E. Sensori-


motor anddaily living skills ofpreschoolchildrenwithautismspectrumdisorders. J
AutismDevDisord. 2009; 39 (1): 231-241.

12. Novaes-Pinto RC. Linguagem, subjetividade e ensino: reflexões à luz da


neurolinguística discursiva In: Saleh PBO. Identidade e subjetividade -
16

configurações contemporâneas. Campinas: Mercado de letras; 2012. p. 117-


146.

13. Ximenes VM, Barros JPP. Perspectiva histórico cultural: que contribuições
teórico-metodológicas podem dar à práxis do psicólogo comunitário.
Psicologia Argumento. 2009; 27 (56): 65-76.

14. Vygotsky LS. Pensamento e linguagem. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes;
2015.

15. Luria AR. Curso de psicologia geral. 2.ed. São Paulo: Civilização Brasileira.

16. Dunker CIL. Clínica, linguagem e subjetividade. Distúrbios da Comunicação.


2001; 12: 39-61.

17. Durão GA. A importância da integração sensorial no desenvolvimento infantil.


Crefito-10 [Internet]. 2014 [acesso em 2018 ago 8]; 1: [2]. Disponível em:
http://www.crefito10.org.br/conteudo.jsp?idc=1811.

18. Ministério da Saúde (BR). Linha de cuidado para a atenção às pessoas com
transtornos do espectro do autismo e suas famílias na rede de atenção
psicossocial do sistema única do SUS. Brasília. 2015.

19. Machado LMCM. Consciência e comportamento verbal. Psicol. USP. 1997; 8


(2): 101-108.

20. Navarro PR. Fonoaudiologia no contexto na equoterapia: um estudo


neurolinguístico de crianças com transtorno do espectro autista [tese].
Campinas: Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP; 2016.

21. Bordin SMS. Fale com ele: um estudo neurolinguístico do autismo


[dissertação]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP;
2006.
17

ANEXO I
Figura 1. Fluxograma do processo de seleção da amostra.
18

ANEXO II
Quadro 1. Apresentação dos artigos que compõem a revisão. Informações
relevantes referente aos autores, ano de publicação, objetivos e principais
resultados.

Tipo de
Autor/Ano Objetivos Principais resultados
estudo

O apoio da família é fator


determinante no desenvolvimento
Relatar o caso de uma infantil, não sendo possível
Coelho ACC,
criança que apresenta
Iemma EP, Estudo de características autísticas determinar se a manutenção das
Lopes-Herrera e sofreu privação características autísticas após
caso intervenção terapêutica é
SA (2008) de estímulos por
negligência materna. determinada pela privação sensorial
sofrida ou pela severidade do
quadro autístico.

Determinar o impacto
Jasmin E, das habilidades sensório- Crianças com TEA apresentam
Couture M, motoras sobre respostas sensoriais atípicas e
Experimental o desempenho de dificuldades motoras que justificam
McKinley P, Reid
atividades de a baixa independência em
G, Fombonne E,
autocuidado em crianças atividades de autocuidado.
Gisel E. (2009)
pré escolares com TEA.

Relatar o processo
terapêutico de uma Distúrbios do desenvolvimento
Reddy A, Graves
criança que apresenta de linguagem podem vir a contribuir
C, Augustyn M. Estudo de comportamentos para problemas de autorregulação
(2011) caso autísticos e atraso no e comportamentos desafiadores,
desenvolvimento de relacionados a problemas sensoriais.
linguagem.
19

Examinar padrões de
responsividade sensorial
como fatores que podem
explicar a variabilidade Hiporresponsividade possui
de sintomas socio- associação positiva a gravidade
Watson LR, comunicativos do autismo dos sintomas socio-comunicativos
Patten E, e a variabilidade no e; o processamento sensorial
Baranek GT, Poe Caso desenvolvimento de
controle pode desempenhar papel
M, Boyd BA, habilidades de
importante na patogênese do autismo
Freuler A et al. linguagem, sociais e outras deficiências,
(2011) e de comunicação em bem como na aquisição de habilidades
crianças com TEA ou comunicativas.
outras deficiências do
desenvolvimento.

Determinar se a
participação escolar de Maior assiduidade e engajamento dos
Kinnealey M,
estudantes com TEA alunos, além de resposta emocional
Pfeiffer B, Miller pode ser potencializada positiva e melhor desempenho, após
J, Roan C, Experimental
após instalação de modificação ambiental e promoção de
Shoener R, Ellne paredes acusticamente ambiente com conforto sensorial
ML. (2011) tratadas e iluminação global.
adequada.

Comprometimento sensorial e auto


Apresentar um modelo regulatório é o fator principal
de compreensão no desenvolvimento e gravidade
Silva LMT, Caso acerca do autismo e; do autismo e; o tratamento em
Schalock M, controle demonstrar eficácia do questão leva a diminuição do
Ayres R. (2017) tratamento baseado na comprometimento sensorial
medicina chinesa para
crianças com TEA. bem como na severidade
dos sintomas autísticos.
20

ANEXO V - Instruções aos autores


REVISTA DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO

Forma e preparação:

ARTIGOS ORIGINAIS - contribuições destinadas a divulgar resultados de pesquisa


original inédita, que possam ser replicados e/ou generalizados, ou uma análise
crítica de artigos. O autor deve deixar claro quais as questões que pretende
responder e explicitar o método científico adotado. Nesta categoria será aceita
revisão bibliográfica sistemática da literatura, de material publicado sobre um
assunto específico e atualizações sobre o tema. Estudos experimentais envolvendo
seres humanos devem fazer referência à aprovação pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Instituição a que está vinculada a pesquisa.

Na primeira parte do texto deve constar:


Título do artigo;
Versão exata do título para o inglês e espanhol;
O manuscrito deve ter até 25 páginas, incluindo-se as referências bibliográficas;
Especificar, caso o trabalho já tenha sido apresentado anteriormente, qual o
congresso, data e cidade.

Todos os originais devem dispor de resumo de no máximo 250 palavras em


português, inglês, e espanhol, seguido de três a seis descritores (nas três línguas),
que são palavras-chave, e que auxiliarão a inclusão adequada do resumo nos
bancos de dados bibliográficos; para tal, empregar a lista de "Descritores em
Ciências da Saúde", elaborada pela Biblioteca Regional de Medicina e disponível
nas bibliotecas médicas e no site http://decs.bvs.br ou no Thesaurus
ofPsychologycal Index Terms, da American PsychologicalAssociation.

O texto deverá conter:

Introdução com revisão de literatura e objetivo; deve ser curta, definindo o problema
estudado, sintetizando sua importância e destacando as lacunas do conhecimento
(“estado da arte”) que serão abordadas no artigo;
Material e método explicitando a população estudada, a fonte de dados e critérios de
seleção, dentre outros. Esses devem ser descritos de forma compreensiva e
completa.
Resultados com descrição dos achados encontrados sem incluir
interpretações/comparações; devem ser separados da discussão. O texto deve
complementar e não repetir o que está descrito em tabelas, quadros e/ou figuras.
Essas não devem exceder o número de 10, e devem ser alocadas no final do artigo
após as referências bibliográficas;
Discussão que deve ter a comparação com a literatura e interpretação dos autores;
Conclusões, indicando os caminhos para novas pesquisas;
Referências bibliográficas: Os ARTIGOS devem conter até 30 referências
atualizadas, preferencialmente 70% de periódicos e 30% de livros, dissertações e
teses. As referências de periódicos devem citar publicações de periódicos nacionais
e internacionais
21

TODOS os textos devem ser encaminhados:

1. Pelo site http://revistas.pucsp.br/index.php/dic/login.


2. Formatado em folha tamanho A4 (210mm X 297mm), digitado em Word
for Windows, usando fonte Arial, tamanho 12, em espaço simples, com
margens de25mm em todos os lados ( laterais, superior e inferior ).
Todas as páginas devem ser numeradas;
3. No caso de apresentar abreviaturas ou siglas essas devem ser
precedidas do nome completo quando citadas pela primeira vez. Nas
legendas das tabelas e figuras devem ser acompanhadas de seu nome
por extenso. Quando presentes em tabelas e figuras, as abreviaturas e
siglas devem estar com os respectivos significados nas legendas. Não
devem ser usadas no título e nos resumos. Valores de grandezas
físicas devem ser referidos nos padrões do Sistema Internacional de
Unidades, disponível no
endereço:http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/Si/si.htm.
4. A apresentação dos títulos de periódicos deverá ser abreviada de
acordo com o estilo apresentado pela ListofJournalIndexed in Index
Medicus, da National Library of Medicine e
disponibilizados no endereço:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog.
5. Os autores devem enviar a contribuição que cada autor teve no
desenvolvimento do manuscrito.
6. Os trabalhos podem ser encaminhados em Português, Inglês ou
Espanhol. Após aprovação e revisão técnica, os Artigos e
Comunicações terão publicação bilíngue Português/Inglês. A versão do
Artigo ou Comunicação em Inglês é de responsabilidade exclusiva dos
autores. Após revisão técnica do manuscrito aprovado em Português
os autores serão orientados a realizarem a tradução completa do
documento para a língua inglesa (que inclui tradução da contribuição
de cada autor e de sua titulação), acompanhada de comprovante
informando que a tradução foi realizada por um profissional habilitado.
O mesmo procedimento será realizado caso o artigo tenha sido
encaminhado em inglês ou em espanhol, sendo solicitado, após
aprovação, a versão em português.
7. As citações devem ser numeradas de forma consecutiva, de acordo
com a ordem em que forem sendo apresentadas no texto. Devem ser
identificadas por números arábicos sobrescritos.
8. As referências bibliográficas devem seguir formato denominado
“Vancouver Style”.

Apresentação das referências bibliográficas:

Artigos de Periódicos:

Autor(es) do artigo.Título do artigo. Título do periódico abreviado. Data, ano de


publicação; volume(número):página inicial-final do artigo.
22

Ex.: Shriberg LD, Flipsen PJ, Thielke H, Kwiatkowski J, Kertoy MK, Katcher ML et al.
Risk for speech disorderassociatedwithearlyrecurrentotitis media witheffusions:
tworetrospectivestudies. J Speech Lang Hear Res. 2000;43(1):79-99.

Observação: Quando as páginas do artigo consultado apresentarem números


coincidentes, eliminar os dígitos iguais.

Ex: p. 320-329; usar 320-9. Ex.: Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-
organtransplantation in HIV-infectedpatients. N Engl J Med. 2002Jul;25(4):284-7.

Ausência de Autoria

Título do artigo. Título do periódico abreviado. Ano de publicação;


volume(número):página inicial-final do artigo.

Ex.: Combatingundernutrition in theThird World. Lancet. 1988;1(8581):334-6. Livros

Autor(es) do livro.Título do livro. Edição. Cidade de publicação: Editora; Ano de


publicação.

Ex.: Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medical microbiology. 4th
ed. St. Louis: Mosby; 2002.

Capítulos de Livro

Autor(es) do capítulo. Título do capítulo. “In”: nome(s) do(s) autor(es) ou editor(es).


Título do livro. Edição. Cidade de publicação: Editora; Ano de publicação. Página
inicial-final do capítulo.

Ex.: Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosomealterations in


humansolidtumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, editors. The
geneticbasisofhumancancer. New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93-113.

Observações: Na identificação da cidade da publicação, a sigla do estado ou


província pode ser também acrescentada entre parênteses. Ex.: Berkeley (CA); e
quando se tratar de país pode ser acrescentado por extenso.

Ex.: Adelaide (Austrália);


23

Quando for a primeira edição do livro, não há necessidade de identificá-la;

A indicação do número da edição será de acordo com a abreviatura em língua


portuguesa. Ex.: 4ª ed.

Anais de Congressos

Autor(es) do trabalho. Título do trabalho. Título do evento; data do evento; local do


evento. Cidade de publicação: Editora; Ano de publicação.

Ex.: Harnden P, Joffe JK, Jones WG, editors. Germcelltumours V. Proceedingsofthe


5th GermCellTumourConference; 2001 Sep 13-15; Leeds, UK. New York: Springer;
2002.

Trabalhos apresentados em congressos

Autor(es) do trabalho. Título do trabalho apresentado. “In”: editor(es) responsáveis


pelo evento (se houver). Título do evento: Proceedings ou Anais do título do evento;
data do evento; local do evento. Cidade de publicação: Editora; Ano de publicação.
Página inicial-final do trabalho.

Ex.: Christensen S, Oppacher F. AnanalysisofKoza'scomputationaleffortstatistic for


geneticprogramming. In: Foster JA, Lutton E, Miller J, Ryan C, Tettamanzi AG,
editors. Geneticprogramming. EuroGP 2002: Proceedingsofthe 5th
EuropeanConferenceonGeneticProgramming; 2002 Apr 3-5; Kinsdale, Ireland.
Berlin: Springer; 2002. p. 182-91.
Dissertação, Tese e Trabalho de Conclusão de curso

Autor.Título do trabalho [tipo do documento]. Cidade da instituição (estado):


instituição; Ano de defesa do trabalho.

Ex.: Borkowski MM. Infantsleepandfeeding: a telephonesurveyofHispanicAmericans


[dissertation]. MountPleasant (MI): Central Michigan University; 2002.

Ex,: TannouriI AJR, Silveira PG.Campanha de prevenção do AVC: doença carotídea


extracerebral na população da grande Florianópolis [trabalho de conclusão de
24

curso]. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de


Medicina. Departamento de Clínica Médica; 2005.

Ex.: Cantarelli A. Língua: que órgão é este? [monografia]. São Paulo (SP): CEFAC –
Saúde e Educação; 1998.

Material Não Publicado (No Prelo)

Autor(es) do artigo.Título do artigo. Título do periódico abreviado. Indicar no prelo e


o ano provável de publicação após aceite.

Ex.: Tian D, Araki H, Stahl E, Bergelson J, Kreitman M.


Signatureofbalancingselection in Arabidopsis. ProcNatlAcadSci USA. No prelo 2002.

Material Audiovisual

Autor(es).Título do material [tipo do material].Cidade de publicação: Editora; ano.

Ex.: Marchesan IQ. Deglutição atípica ou adaptada? [Fita de vídeo]. São Paulo (SP):
Pró-Fono Departamento Editorial; 1995. [Curso em Vídeo].

Documentos eletrônicos

ASHA: American Speech andHearingAssociation. Otitis media,


hearingandlanguagedevelopment. [cited 2003 Aug 29].
Availablefrom:http://asha.org/consumers/brochures/otitis_media.htm.2000

Artigo de Periódico em Formato Eletrônico

Autor do artigo(es). Título do artigo. Título do periódico abreviado [periódico na


Internet]. Data da publicação [data de acesso com a expressão “acesso em”];
volume (número): [número de páginas aproximado]. Endereço do site com a
expressão “Disponível em:”.

Ex.: Abood S. Qualityimprovementinitiative in nursing homes: the ANA acts in


anadvisory role. Am J Nurs [serial onthe Internet]. 2002 Jun [cited 2002 Aug 12];
102(6):[about 3 p.]. Availablefrom:
http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm

Monografia na Internet
25

Autor(es). Título [monografia na Internet]. Cidade de publicação: Editora; data da


publicação [data de acesso com a expressão “acesso em”]. Endereço do site com a
expressão “Disponível em:”.

Ex.: Foley KM, Gelband H, editores. Improvingpalliativecare for cancer [monografia


na Internet]. Washington: NationalAcademy Press; 2001 [acesso em 2002 Jul 9].
Disponível em: http://www.nap.edu/books/0309074029/html/

Cd-Rom, DVD, Disquete

Autor (es). Título [tipo do material]. Cidade de publicação: Produtora; ano.

Ex.: Anderson SC, Poulsen KB. Anderson'selectronic atlas ofhematology [CD- ROM].
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2002.

Homepage

Autor(es) da homepage (se houver). Título da homepage [homepage na Internet].


Cidade: instituição; data(s) de registro* [data da última atualização com a expressão
“atualizada em”; data de acesso com a expressão “acesso em“]. Endereço do site
com a expressão “Disponível em:”.
Ex.: Cancer-Pain.org [homepage na Internet]. New York: AssociationofCancer Online
Resources, Inc.; c2000-01 [atualizada em 2002 May 16; acesso em 2002 Jul 9].
Disponível em: http://www.cancer-pain.org/

Bases de dados na Internet

Autor(es) da base de dados (se houver). Título [base de dados na Internet]. Cidade:
Instituição. Data(s) de registro [data da última atualização com a expressão
“atualizada em” (se houver); data de acesso com a expressão “acesso em“].
Endereço do site com a expressão “Disponível em:”.

Ex.: Jablonski S. Online MultipleCongentialAnomaly/Mental Retardation (MCA/MR)


Syndromes [base de dados na Internet]. Bethesda (MD): National Library of Medicine
(US). [EMGB1] 1999 [atualizada em 2001 Nov 20; acesso em 2002 Aug 12].
Disponível em: http://www.nlm.nih.gov/mesh/jablonski/syndrome_title.html
26

Tabelas

As tabelas devem estar após as referências bibliográficas. Devem ser auto-


explicativas, dispensando consultas ao texto ou outras tabelas e numeradas
consecutivamente, em algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no
texto. Devem conter título na parte superior, em caixa alta, sem ponto final, alinhado
pelo limite esquerdo da tabela, após a indicação do número da tabela, não se
utilizando traços internos horizontais ou verticais. Abaixo de cada tabela, no mesmo
alinhamento do título, devem constar a legenda, testes estatísticos utilizados (nome
do teste e o valor de p), e a fonte de onde foram obtidas as informações (quando
não forem do próprio autor). O traçado deve ser simples em negrito na linha
superior, inferior e na divisão entre o cabeçalho e o conteúdo. Não devem ser
traçadas linhas verticais externas, pois estas configuram quadros e não tabelas.

Figuras (gráficos, fotografias, ilustrações, quadros)


Cada figura deve ser inserida em página separada após as referências
bibliográficas. Devem ser numeradas consecutivamente, em algarismos arábicos, na
ordem em que foram citadas no texto. As legendas devem ser apresentadas de
forma clara, descritas abaixo das figuras, fora da moldura. Na utilização de testes
estatísticos, descrever o nome do teste, o valor de p, e a fonte de onde foram
obtidas as informações (quando não forem do próprio autor). Os gráficos devem,
preferencialmente, ser apresentados na forma de colunas. No caso de fotos, indicar
detalhes com setas, letras, números e símbolos, que devem ser claros e de tamanho
suficiente para comportar redução. Deverão estar no formato JPG
(GraphicsInterchange Format) ou TIF (TaggedImage File Format), em alta resolução
(mínimo 300 dpi) para que possam ser reproduzidas. Reproduções de ilustrações já
publicadas devem ser acompanhadas da autorização da editora e autor. Todas as
ilustrações deverão ser em preto e branco.

Legendas

Elaborar as legendas usando espaço duplo, uma em cada página separada. Cada
legenda deve ser numerada em algarismos arábicos, correspondendo a cada tabela
ou figura e na ordem em que foram citadas no trabalho.

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