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A história de José é um drama cheio de traições, conflitos familiares, mentiras e injustiça e é, ao mesmo

tempo, uma das mais belas demonstrações do significado do perdão e da confiança de um homem nos
desígnios de Deus.
Família
Pai: Jacó
Mãe: Raquel
Irmão: Benjamim
Meio Irmãos:
Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulon
Outras Mulheres de Jacó: Lia, Zilpa, Bila
Começo da história: o filho amado
José nasceu em uma grande família, irmão caçula de onze irmãos e filho primogênito de Raquel, a mulher
preferida de Jacó que havia passado grande parte de sua vida estéril.
José nasceu em meio à velhice de seus pais, como fruto de um milagre. Por esse motivo seu pai o amava mais
do que todos os outros irmãos:
“E Israel (Jacó) amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice” (Gn 37:3).
A primeira vez em que Jacó demonstrou essa predileção abertamente foi quando presenteou José com uma
túnica longa e colorida. Desde o momento em que os irmãos perceberam o amor de seu pai por José
começaram a odiá-lo, e a odiá-lo cada dia mais, a ponto de não conseguir mais lhe falar amigavelmente.
Certo dia José teve um sonho e resolveu contá-lo a seus irmãos.
Os primeiros sonhos de José
Irmãos! Ouçam o sonho que tive: Estávamos atando feixes de trigo e meu feixe se levantou e ficou em pé,
quando o meu feixe se levantou os feixes de vocês se curvaram diante dele. Ouçam ainda o segundo sonho
que tive: Desta vez, o sol a lua e onze estrelas se curvaram diante de mim.
Quando José contou esses sonhos para seus irmãos e seu pai todos o repreenderam. Seus irmãos sentiram
mais ciúmes e seu pai lhe disse:
“Que sonho é este que tiveste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em
terra?” (Gn 37:10)
Mas nenhum deles imaginava, nem o próprio José, que cada um desses sonhos eram um prelúdio de algo
futuro e grandioso, uma profecia sobre sua própria história que antes de ser escrita pelo acaso e pela vontade
dos homens foi escrita por Deus.
A traição dos irmãos
“Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se um adversário se levantasse contra mim, eu poderia
defender-me; mas logo você, meu companheiro, meu amigo chegado, meu irmão” (Salmos 55:12-14)
Certo dia Jacó pediu para que José fosse encontrar seus irmãos no campo, onde eram apascentadas as
ovelhas. Os irmãos viram José de longe e vociferavam entre si:
– Lá vem aquele moleque sonhador! É agora, temos a chance de matá-lo, vamos jogá-lo em um poço e dizer
ao pai que um animal o matou.
Rúbem tentou livrar José e falou:
– Não vamos derramar sangue inocente. Joguem ele em um poço, mas não o toquem para o ferir!
Rúben fez essa proposta com a intenção de livrar José, pois depois que seus irmãos tivessem ido embora ele
mesmo pretendia ir socorrê-lo.
Os irmãos concordaram e arrancando a túnica longa que José vestia o jogaram em um poço fundo e sem água.
Ao se assentarem para comer, os irmãos avistaram ao longe uma caravana de Ismaelitas que levavam muitas
especiarias para o Egito.
Judá disse:
– O que nós vamos ganhar se matarmos nosso irmão? Afinal de contas, ele é nosso sangue. Vamos vendê-lo!
Seus irmãos concordaram e venderam José por 20 ciclos de prata. Quando Rúben voltou ao poço e viu que
José já não estava mais lá ficou muito triste.
Os irmãos tomaram a túnica de José e a molharam no sangue de um bode que haviam matado. Enviaram a
túnica para seu pai com a seguinte mensagem:
“Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho.” (Gn 37.32)
Jacó reconheceu a túnica e pensou que um animal selvagem havia devorado José. Todos os filhos de Jacó
tentaram consolá-lo mais ele recusava ser consolado:

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“Porquanto com choro hei de descer ao meu filho até à sepultura“(Gênesis 37:35)
Assim Jacó chorou muito dias por seu filho José.
José no Egito
José foi traído por seus irmãos com a idade de 17 anos; ele viajou com os Ismaelitas até o Egito e lá foi
vendido como escravo para um dos oficiais de guerra e capitão da guarda de Faraó: Potifar.
Confira os detalhes sobre a história de José e Potifar no artigo: José na casa de Potifar.
A prisão de José
Potifar acreditou nas palavras de sua esposa e cheio de ira lançou José na prisão.
Mas Deus estava com José e o tratou com bondade concedendo-lhe a simpatia do carcereiro. O carcereiro
acabou encarregando José de todos os que estavam na prisão. Confira os detalhes sobre o que aconteceu com
José na prisão no artigo: José na prisão.
A ascensão de José
“Dois anos depois, o faraó sonhou, e eis que estava em pé junto ao rio. E eis que subiam do rio sete vacas,
formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no prado. E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas,
feias à vista e magras de carne; e paravam junto às outras vacas na praia do rio.E as vacas feias à vista e
magras de carne, comiam as sete vacas formosas à vista e gordas” (Gênesis 41:1-4)
Tornou a adormecer e teve outro sonho:
“Eis que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas. E eis que sete espigas miúdas, e queimadas do
vento oriental, brotavam após elas. E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias.”
(Gênesis 41:5-7)
Quando acordou Faraó ficou muito perturbado e mandou chamar todos os seus magos e conselheiros. Contou
seu sonho para eles, mas ninguém podia interpretar.
O copeiro nesta hora lembrou-se de José e contou a Faraó tudo que havia acontecido na prisão.
O Faraó mandou chamar José que foi trazido rapidamente do calabouço.
– Tive um sonho que nenhum dos meus profetas e sábios conseguiu interpretar! Este sonho tem me
perturbado muito. Ouvi falar que tu és capaz de interpretá-lo – disse o Faraó.
– Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó. (Gênesis 41:16)
O Faraó contou a José os dois sonhos que tivera. E José interpretou da seguinte forma:
– Na verdade, os dois sonhos são um só. As sete vacas gordas são setes anos de fartura e as sete espigas boas
são sete anos de fartura e as sete vacas magras e as sete espigas ruins são sete anos de fome. Deus mostrou
ao Faraó o que ocorrerá no futuro, sete anos de muita fartura estão para vir sobre o Egito, mas depois virão
anos de fome, e fome tamanha que os tempos de fartura não serão mais lembrados.
Se me permite, Faraó, quero dar-lhe um conselho: torne um homem responsável por armazenar comida nos
tempos de fartura, assim quando a fome vier, a comida servirá de estoque e a terra não ficará arrasada.
As palavras de José foram muito agradáveis a Faraó. Este reconheceu que o Espírito de Deus era com José e o
constitui autoridade sobre toda a terra do Egito (cargo de governador), deu-lhe um anel de ouro e deu-lhe por
mulher Azenate, filha do sacerdote Om. Neste dia o nome de José foi mudado para Zafenate-Paneia, que
significa “Deus salva, Ele vive”. José tinha 30 anos de idade quanto essas coisas aconteceram.
O tempo passou e os acontecimentos que José predisse se cumpriram. Durante os 7 anos de fartura José
organizou o povo do Egito, ajuntou alimentos e colocou-os em celeiros.
Durante esse período, a esposa de José, Azenate, deu a luz a dois filhos. Ao primogênito José chamou
Manassés porque disse “ Deus me fez esquecer de todos os meus trabalhos e de minha família hebreia” e ao
segundo chamou Efrai porque disse “ Deus me fez próspero na terra da minha aflição.”
Passado os sete anos de abundância veio sobre toda a terra grande fome decretada por Deus.
O reencontro de José com sua família
A fome atingiu também a família de José em Canãa. Jacó ficou sabendo que havia mantimento no Egito e
então enviou os seus filhos àquela terra para comprar os suprimentos necessários.
Apenas dez irmãos foram ao Egito, os dez que haviam traído José há muitos anos atrás. Jacó não enviou o seu
filho mais novo, Benjamim, que havia nascido depois da saída de José, porque tinha medo de perdê-lo
também.
José era o governador de todo o Egito e era ele que vendia as porções de alimento aos povos. Logo os irmãos
se dirigiram a ele e se prostraram diante de seus pés, José lembrou-se do sonho que tivera quando ainda era
um adolescente (quando as espigas de trigo e os astros se prostravam diante dele). Mas os irmãos não o
reconheceram.

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José falou duramente com eles:
– De onde vocês são?
– De Canaã meu senhor, viemos para comprar algum alimento.
– É mentira, vocês vieram para espionar nossa terra!
– Não, senhor, somos todos filhos de um mesmo homem chamado Jacó. Ao total somos doze irmãos, um já
morreu e o outro se encontra com nosso pai.
– Se é verdade isso o que vocês dizem eu ordeno que esse irmãos mais novo seja trazido!
José jogou todos os dez irmãos em uma prisão e ali os fez passar três dias. Passado essas dias, José os
libertou-os e disse:
– Se vocês são realmente quem dizem ser tragam-me esse irmão mais novo. Deixarei que vocês levem
suprimento para a família de vocês. Para garantir que vocês irão voltar deixarei um dos irmãos preso.
Os irmãos se dispuseram para fazer o que lhes foi pedido. Mas disseram uns ao outros que isso tudo estava
acontecendo porque Deus estava os punindo pelo que haviam feito a seu irmão José muitos anos atrás.
Sentiram-se culpados.
José conseguia entende-los porque falavam em língua hebraica, quando ouvia o que falavam retirou-se e
chorou, depois retornou, prendeu a Simeão e despediu os outros irmãos com mantimentos.
Ao retornarem à terra, os irmãos relataram tudo a Jacó e lhe rogaram que entregassem Benjamim. Jacó
resistiu muito e não aceitou que seu filho acompanhasse os irmãos. Até que Rubens interveio:
– Se Benjamim não retornar, mata os meus dois filhos. Eu farei Benjamim voltar.
Mais tarde Judá também se comprometeu em devolver Benjamim vivo a seu pai.
Assim Jacó com muita tristeza entregou o filho para acompanhar seus irmãos.
O Perdão
“O perdão vai além da justiça humana; é perdoar aquelas coisas que absolutamente não podem ser
perdoadas”. (C.S Lewis)
Os irmãos desceram a segunda vez ao Egito, levando Benjamim, muitas especiarias e dinheiro em dobro para
entregar ao não reconhecido irmão. Ao chegar José os avistou e levantou os seus olhos, e viu a Benjamim, seu
irmão, filho de sua mãe, e disse: Este é vosso irmão mais novo de quem falastes? Depois ele disse: Deus te dê
a sua graça, meu filho.
“E José apressou-se, porque as suas entranhas comoveram-se por causa do seu irmão, e procurou onde
chorar; e entrou na câmara, e chorou ali”. (Gênesis 43:29,30)
Os irmãos prostraram-se novamente e ofereceram a José todos os presentes que trouxeram e José mandou
que seus servos preparassem um grande banquete para os recebe-los.
Depois do jantar, José pediu para que seus empregados preparassem as bagagens de seus irmãos, ordenou
que fosse colocada uma porção completa de suprimentos e o dinheiro que cada um trouxe. Ordenou ainda
que fosse colocada a sua taça de prata pessoal na sacola do irmão mais novo, Benjamim.
Na manhã seguinte os irmãos partiram e logo depois José mandou que seu servo fosse atrás deles dizendo:
– “Por que pagastes mal por bem? Não é este o copo em que bebe meu senhor e pelo qual bem adivinha?
Procedestes mal no que fizestes“. (Gênesis 44:4-5)
Os irmãos negaram o ato e responderam:
– Como poderíamos roubar a casa do nosso senhor, depois de ter recebido tamanha bondade? Se algum dos
seus servos for encontrado com a taça morrerá!
Cada um deles descarregou o que havia levado e a taça foi encontrada na sacola de Benjamim. Diante disso,
todos os irmãos ficaram desesperados e retornaram a cidade.
Ao chegarem na casa de José, este lhes perguntou:
– Como vocês tiveram coragem de fazer uma coisa dessas?!
Judá então se dirigiu a ele dizendo:
– Deus trouxe a luz os nossos pecados, agora todos nós somos teus escravos!
– Longe de mim fazer tal coisa, antes só aquele que roubou a taça será escravo.
Judá continuou:
– Permita a teu servo que fale ainda uma coisa:
Meu pai ama muito Benjamim, o menino que roubou a taça. Se ele não voltar conosco meu pai morrerá
chorando. Agora, porém, eu peço que permitas que eu fique no lugar do menino, porque não suportarei essa
culpa.

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Desde momento em diante José já não pode mais se conter e ordenou que todos deixassem a sala, seus
empregados e servos e sua família. Então pôs a chorar tão alto que todos os Egípcios do palácio ouviram.
– Eu sou José! Meu pai ainda está vivo?
Mas os seus irmãos ficaram tão chocados que não conseguiam responder.
– “Eu sou José, o seu irmão, aquele que vocês venderam para o Egito agora, pois, não vos entristeçais, nem
vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me
enviou adiante de vós. Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em
que não haverá lavoura nem sega. Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na
terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento. Assim não fostes vós que me enviastes para cá,
senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a
terra do Egito“. (Gênesis 45:5-8)
José abraçou e chorou com cada um de seus irmãos e mandou buscar seu pai com todos os rebanhos, netos e
bens que possuía para trazê-lo para o Egito, porque a fome ainda duraria 5 anos.
Os irmãos foram e contaram ao pai que José estava vivo e que era governador de todo o Egito. O coração de
Jacó quase parou, ele disse:
“Basta; ainda vive meu filho José; eu irei e o verei antes que morra“. (Gênesis 45:28)
Jacó partiu com tudo que possuía e foi encontrar José na terra de Gosen.
Quando encontrou José chorou longamente abraçado a ele.
A família de Jacó habitou numa das melhores regiões do Egito, com a permissão de Faraó e com os alimentos
que José havia armazenado sobreviveram em todos os anos de fome.
Depois de 17 anos, Jacó morreu e os irmãos de José tiveram medo que José retribuísse o mal que eles lhe
tinham feito. Por isso enviaram um recado a José dizendo:
Antes de morrer nosso pai pediu para que nos perdoasse, porque te tratamos com muita perversidade e
maldade, agora pois, perdoa o nosso pecado.
José chorou quando recebeu o recado.
Mais tarde seus irmãos o encontraram pessoalmente, prostraram-se rosto em terra e disseram:
– Aqui estamos, somos teus escravos.
José respondeu:
Não tenham medo; estaria eu no lugar de Deus?
“Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia,
para conservar muita gente com vida. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos“.
(Gênesis 50:19-21)
Esta é a história de José do egito, um homem que conseguiu o que poucos de nós consegue: José viu a mão de
Deus acima de todas as outras mãos que tentaram manchar sua história com traição e dor, cumpriu os planos
do Eterno com perseverança e excelência e perdoou o imperdoável.
A história de José é uma lembrança linda de como Deus pode gerar o bem em meio ao sofrimento humano e a
hostilidade do mundo!
A História de José, Governador do Egito
A história de José do Egito, como assim ficou conhecido o filho de Jacó, com certeza é uma das mais notáveis
dentre as histórias dos personagens bíblicos. A biografia de José desperta muita curiosidade entre as pessoas.
Neste texto nós conheceremos o que realmente a Bíblia sobre quem foi José.
Quem foi José do Egito?
José foi o décimo primeiro filho de Jacó, e o primeiro com sua esposa que mais amava, Raquel. O capítulo 30
do livro de Gênesis descreve toda disputa entre Raquel e Lia, as duas esposas de Jacó. Raquel era estéril, e
sofria por não poder dar filhos de seu ventre a Jacó. Porém, o texto bíblico diz que Deus lembrou-se de Raquel
e a tornou fértil. Então ela deu à luz a José e depois a Benjamim (Gênesis 30:22,23).
O nome “José” vem do hebraico Yosep e significa “que Ele (Deus) acrescente (filhos)”, ou “possa Ele
acrescentar”. Tal significado fica esclarecido em Gênesis 30:24. Popularmente, José, filho de Jacó, ficou
conhecido como “José do Egito”. É claro que essa designação se dá por conta do modo com que Deus o
exaltou entre os egípcios.
José nasceu em Padã-Harã, seis anos antes de Jacó retornar à Canaã. Nessa época o patriarca tinha cerca de
90 anos de idade. O período histórico mais provável em que José viveu talvez seja a era dos Faraós Hicsos,
entre 1720 a 1570 a.C.
A história de José, o filho predileto

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José era o filho preferido de Jacó, pois além de ser seu filho da velhice, também era o filho de Raquel. José
ganhou uma túnica especial de Jacó (Gênesis 37:3), o que demonstrava sua predileção. Outro fato que
exemplifica essa condição de filho preferido, é o episódio do reencontro entre Jacó e Esaú. Naquela ocasião
José e Raquel foram colocados no lugar mais seguro da comitiva.
Alguns argumentam que a túnica que Jacó lhe deu de presente talvez fosse um sinal de que o pai pretendia
fazer de José seu principal herdeiro. Porém, não há base realmente sólida par considerar essa hipótese como
certa.
Os primeiros sonhos de José
Os irmãos de José nitidamente tinham certa inveja e descontentamento em relação a ele (Gênesis 37:4). Mas
foi depois dos dois sonhos que José teve que a situação ficou ainda mais complicada (Gênesis 37:11).
Nesses dois sonhos, a família de José se curvava diante dele (Gênesis 37:6-9). Esses sonhos se cumpriram
quando seus irmãos foram até o Egito para poder comprar trigo devido à fome que assolava a região (Gênesis
42:9). Na ocasião José já era o governador do Egito.
José foi vendido pelos seus irmãos
Certo dia, José foi enviado por seu pai para encontrar seus irmãos e verificar como estava o rebanho. Porém,
motivados pelo ciúme, os irmãos de José planejavam matá-lo, mas foram impedidos pelo irmão mais velho,
Rúben (Gênesis 37:22).
Então eles o lançaram em uma cova, e ao passar pelo local uma caravana de ismaelitas-midianitas, tiveram a
ideia de vendê-lo. Por fim, quando a caravana chegou ao Egito, José foi vendido pelos midianitas à Potifar,
que era oficial de Faraó.
José na casa de Potifar
José começou a prosperar na casa de Potifar, até que foi promovido à supervisor da casa (Gênesis 39:4). A
esposa de Potifar começou a se interessar por José e tentou seduzi-lo (Gênesis 39:10). Porém José era
temente a Deus, e rejeitou a mulher.
Na última tentativa de sedução, a mulher de Potifar conseguiu ficar com a roupa de José nas mãos. Então ela
aproveitou para sua isso como ferramenta de acusação contra José. O marido acreditou na acusação feita pela
esposa e mandou José para a prisão.
José foi preso no Egito e interpretou sonhos na prisão
A prisão que José estava no Egito era para presos políticos. Mesmo em um local hostil, José foi abençoado por
Deus e logo ocupou uma posição de destaque entre os presidiários. Na prisão ele conheceu dois funcionários
da corte de Faraó: o padeiro e o copeiro.
Ambos sonharam em uma mesma noite, e coube a José interpretar tais sonhos. Vale ressaltar que os sonhos
na cultura oriental da época eram considerados presságios, e encarados com muita seriedade e importância
na vida das pessoas.
O copeiro sonhou com uma videira de três ramos, que brotou, floresceu e deu uvas, as quais ele espremeu na
taça de Faraó e entregou a ele. Esse sonho significava que dentro de três dias o copeiro seria tirado da prisão,
e retornaria a posição original que lhe pertencia. Após interpretar o sonho, José pediu para que o copeiro se
lembra-se dele quando estivesse com Faraó, para que ele pudesse ser libertado daquela prisão.
O padeiro, por sua vez, sonhou que sobre sua cabeça havia três cestos. No cesto de cima havia vários tipos de
pães e doces que Faraó gostava, porém vinham aves e comiam da cesta que estava sobre sua cabeça. A
interpretação desse sonho era que em três dias Faraó tiraria a cabeça do padeiro, pendurá-lo-ia em uma
árvore e as aves comeriam a carne dele.
José interpretou o sonho de Faraó
Passando cerca de dois anos da interpretação dos sonhos na prisão, Faraó acabou sonhando. Nenhum de seus
magos e conselheiros pôde lhe dar a interpretação. Foi aí que o copeiro se lembrou de José e falou dele para
Faraó, que mandou chama-lo no palácio.
Faraó contou a José os sonhos que havia tido. No primeiro sonho, Faraó estava à beira do rio Nilo, e viu sair
sete vacas gordas que começaram a pastar. Logo depois vieram sete vacas magras que comeram as vacas
gordas. Mesmo após terem comido as vagas gordas, elas continuaram magras.
No segundo sonho, Faraó viu sete espigas de cereal que estavam boas e cresciam no mesmo pé. Depois ele viu
brotar sete espigas secas e ruins que engoliram as sete espigas boas.
José então disse a Faraó que ambos os sonhos na verdade eram apenas um. Esse sonho correspondia ao que
Deus iria fazer. Haveria sobre a terra do Egito sete anos de muita fartura, mas depois haveria sete anos de
fome tão severa que fariam com que se esquecessem dos tempos de fartura.

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José, o governador do Egito
Além de dar a José a interpretação do sonho, Deus também lhe concedeu sabedoria para que ele
apresentasse um plano para Faraó, a fim de que o Egito conseguisse superar os sete anos de crise. Faraó
então colocou José como segundo homem do Egito, abaixo apenas dele (Gênesis 41:41).
A função ocupada por José era chamada no Oriente Antigo de Vizir. Tratava-se do principal cargo
administrativo que envolvia diversas funções, como por exemplo, ser encarregado do tesouro, da justiça e da
execução e supervisão dos decretos reais.
Após ser colocado no cargo de governador do Egito, José recebeu o nome egípcio de Zafenate-Panéia (Gênesis
41:45), e se casou com Azenate, filha de um sacerdote de Om. José e Azenate tiveram dois filhos: Manassés e
Efraim. Mais tarde, os dois filhos de José representariam o pai entre os filhos de Jacó, na distribuição das
tribos de Israel.
José do Egito reencontra seus irmãos e seu pai
Com a fome que assolava a terra, crescia a fama de que o Egito tinha mantimento. Isso fez com que os irmãos
de José fossem até lá em busca de socorro. Em um primeiro instante, apenas José os reconheceu (Gênesis
42:7,8). Mais tarde, porém, após alguns testes por parte de José (Gênesis 43:18), o governador do Egito
revelou sua verdadeira identidade aos seus irmãos. Aquele foi um encontro carregado de emoção (Gn 45).
Após a revelação de sua identidade, José tratou de trazer seu pai e toda sua família para o Egito. Faraó
também apoiou a sua decisão (Gênesis 47). Mais tarde, quando seu pai morreu, José cuidou dos preparativos
para o sepultamento. Ele mandou que Jacó fosse embalsamado segundo o costume egípcio, e o sepultou em
Canaã conforme era seu desejo (Gênesis 50).
A morte de José
Depois de sua longa história, José entendeu que tudo havia sido um plano de Deus, e que através de sua vida
Israel foi preservado (Gênesis 45:7; 50:20). José então viveu o resto dos seus dias no Egito. Ele alcançou a
terceira geração dos filhos de Efraim, e morreu com 110 anos de idade.
Antes de morrer, José relembrou a promessa que Deus havia feito aos seus pais (Abraão, Isaque e Jacó) de
que seu povo herdaria a terra prometida. Então ele pediu para que quando Deus tirasse os israelitas dali, que
seus restos mortais também fossem levado por eles.
Assim, José morreu confiante na promessa do Senhor. Mais tarde, Moisés lembrou do desejo de José e tirou
seus ossos do Egito, conforme registrado no livro de Êxodo (13:19). José foi sepultado em Siquém, em um
pedaço de terra que seu pai, Jacó, havia comprado (Josué 24:32).
4 aprendizados que podemos tirar da vida de José
José é um personagem emblemático da bíblia e hoje vamos aprender 4 aprendizados que podemos tirar da
vida dele. Ele foi o décimo primeiro filho de jacó, e o seu favorito, sendo também o filho mais velho de
Raquel, que permaneceu infertil por anos, mas era a esposa mais amada de seu pai. Por conta disso, tornou-
se o caçula protegido e favorecido.
Ao longo de sua história ele foi desprezado pelos seus irmãos, ameaçado de morte, vendido como escravo,
tentado por uma mulher poderosa, preso injustamente, esquecido na prisão, desafiado pelo Faraó a
interpretar sonhos, nomeado governador do Egito e colocado à prova diante de seus irmãos, aos quais
perdoou. Em tudo isso, ele teve fé em Deus e foi honrado.
1. O mal da inveja, ciúmes e ódio
Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com
ele pacificamente. Gênesis 37:4
Movidos pelo ódio, inveja e ciúmes, os meios irmãos de José conspiraram contra ele e o venderam como
escravo. Além disso para justificar a ausência de José para o pai, sujaram sua túnica de sangue de animal e
entregaram a Jacó, para que ele pensasse que seu filho protegido havia sido devorado por um animal
selvagem.
Não é raro ligarmos no noticiário e ver crimes horríveis que aconteceram dentro da própria família de alguém
ou com pessoas próximas, como namorados ou amigos. Essas brigas que podem levar a morte, acontecem por
conta desses sentimentos mencionados, de natureza carnal e não agradam ao nosso Deus. Devemos nos
livrar deles para não correr o risco de cometer erros que podem deixar graves sequelas.
2. A importância da honestidade
O Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do
carcereiro-mor. E o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere,

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e ele ordenava tudo o que se fazia ali. E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na
mão dele, porquanto o Senhor estava com ele, e tudo o que fazia o Senhor prosperava. Gênesis 39:21-23
José foi um jovem competente e íntegro, ao ser tentado pela esposa de Potifar, ele se manteve forte e não
cedeu aos desejos dela, mesmo assim foi preso injustamente pela calúnia da mulher. Às vezes pagaremos um
alto preço para manter a nossa integridade cristã num mundo cujo sistema é dominado pelo maligno, mas
Deus está conosco assim como esteve com José.
O escolhido de Deus para governar o Egito, acabou sendo solto, graças ao dom que o Senhor lhe deu para
interpretar sonhos. Por ter interpretado o sonho do Faraó, sugerindo-lhe ações para prevenir que o Egito
sofresse longos anos de fome, recebeu a seguinte oferta, descrita em Gênesis 41:40: “Tu estarás sobre a
minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu”.
Isso mostra a importância de nos manter firmes, Deus não esquece de nós e é d’Ele que vem a nossa
recompensa. Enquanto formos trabalhadores dedicados, esforçados, interessados e honestos, dando o
melhor de nós naquilo que fizermos, e usando nossos dons e talentos para abençoar as outras pessoas,
tendemos a ter êxito em tudo o que fizermos.
3. O perdão tem poder de restaurar
E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se; então disse ele: Eu sou José vosso
irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por
me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. Gn 45: 4-5
Em Gênesis 42:21, os irmãos de José confessaram o mal que o fizeram, vinte anos após vender o irmão como
escravo ainda sentiam remorso pelo que haviam feito e José após testar se seus irmãos estavam
verdadeiramente arrependidos os perdoou sem qualquer reserva e além disso reconheceu a providência
divina agindo por meio deles. Nós sempre devemos estar dispostos a perdoar e perceber a providência do
nosso Senhor, que age em nossas vidas até mesmo através de situações nada favoráveis.
4. Saber o nosso propósito importa
Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida
por um grande livramento. Gênesis 45:7
Desde o início da história de José podemos ver como ele tinha fé e sabia qual era sua missão – servir a Deus e
ao próximo – isso o manteve firme mesmo nas provações e ele que passou por tantas desventuras veio a se
tornar o segundo homem mais importante do Egito. A história de José mostra que mesmo em situações
adversas devemos dar o nosso melhor e quando sabemos o nosso propósito e quem está do nosso lado não
temos o que temer. Precisamos aprender a identificar as bênçãos disfarçadas de provações.
SUPORTANDO A ADVERSIDADE: UM BREVE RELATO DA VIDA DE JOSÉ DO EGITO
Descrição da vida de José do Egito com relatos bíblicos.
Eu Meditava esta semana na vida de José do Egito, ele tem uma história muito interessante, sem levar em
conta aqui todo um lado teológico, mas sim pedagógico. O que podemos aprender com ele e sua caminhada.
O pai de José sendo já velho teve um filho, só quem nunca conheceu um pai já velho tendo um filho não
conhece o resultado disto. É muito mais paparicado, tem mais liberdade de brincadeiras e palavras com o pai.
Já que o mesmo está com paciência, sem a correria para ganhar a vida, pois está com ela mais tranqüila, os
filhos mais velhos já encaminhados na vida.
Assim o filho tendo mais intimidade com o pai, passa a falar ao mesmo o que os mais velhos fazem
escondidos, até para conquistar uma confiança maior “José trazia a seu pai más notícias a respeito deles.”
(Gênesis 37: 2b). No caso de José seu pai comete um erro gravíssimo que se qualquer um de nós o
cometermos terá um resultado desagradável. – Ter preferência por um filho. Isso gera na família um
sentimento de vazio, discórdia e competição desnecessária em casa. “Israel amava mais a José do que a todos
os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. Vendo, pois, seus irmãos
que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no, e não lhe podiam falar pacificamente.” (Vv.3-4)
Para complicar mais a mãe do rapaz era a amada do pai.
A cabeça dos outros filhos não dava conta de resolver isso dentro em si. O garoto não precisava aprender
serviços pesados como os irmãos. Ele lia, estudava o livro sagrado, ganhou uma roupa especial. Fora que
deveriam ver o pai bajular a mãe de José e as outras não receber o mesmo carinho e cuidado.
Quando os irmãos de José resolvem acabar com aquela situação, não era nenhum sentimento novo no
pedaço. É um sentimento que temos oculto em nossos corações. Quando lemos sua história nos tornamos
juízes de seus irmãos. Achamos um absurdo o que desejaram fazer-lhe. Mas pense no que sentiria se isso
fosse na sua família? Não duvido o que sentiria escondido em seu coração.

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Daí começa uma história de superação. Desanimo em algumas ocasiões e um outro fator interessante. Tudo
que ele se dispôs a aprender com o pai e a mãe serviu-lhe de serviço na casa real.
O texto bíblico conta que José era um homem formoso (Gênesis 39:6), mas era muito inteligente também,
afinal Potifar entrega em suas mãos tudo o que tinha. Porém esqueceu da mulher que havia em sua casa. “E
aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os olhos em José, e lhe disse: Deita-te
comigo.” (Vv.7) Imagino o quanto José deve ter recebido de cantada, palavras macias, ofertas de dinheiro,
bens e delicias. Esta é a parte que mais ele foi provado. Para um jovem bonito, inteligente sem os pais por
perto, sem apoio da família não cometer a loucura de se entregar aos desejos da carne. Foi um suportar a
maior adversidade.
Ele quando disse não a mulher, não ficou ali sendo tentado para mostrar a si mesmo a força interior que
tinha. Saiu correndo, a pegada da mulher não foi de palavras apenas, ela o agarrou de tal forma que até suas
roupas ficaram para trás. “Então ela, pegando-o pela capa, lhe disse: Deita-te comigo! Mas ele, deixando a
capa na mão dela, fugiu, escapando para fora.” (Vv.12) Quando éramos pequenos brincávamos de pega e
quando éramos pego de surpresa tirávamos a camisa por trás e o que pega ficava só com a camisa nas mãos e
nós longe.
Isso que aconteceu com José. Ela o pega de jeito, sua carência emocional era visível. Todos sabiam que ele
não era um rapaz qualquer, suas mãos eram macias, não conhecia o sol escaldante do trabalho rural.
O desejo daquela mulher havia se tornado louco, obcecado a levá-la ao desrespeito de seu lar e marido. José
por sua vez, não esquecia do que havia sido ensinado a ele por seus pais. Estava longe na presença, mas seus
ensinamentos ainda eram fortes em seu coração.
Ao ser ensinado sobre Deus guardou as palavras em seu coração. Ele poderia ter aproveitado aquela
oportunidade que lhe era dado. Mas escolheu ser fiel a Deus. Escolheu sofrer pelo não cometido a negar sua
fé e respeito ao seu Servo Potifar.
A adversidade vem em nossas vidas para nos provar, nos ensinar um caminho diferentes daquele que
estamos acostumados a viver. Como um terremoto, tudo balança sai do lugar, mas não podemos desistir de
continuar a caminhada.
Na adversidade aprendemos que nossos dons e talentos não são para guardarmos em uma gaveta e usá-los
quando desejarmos. Mas ele tem que estar à disposição de Deus. Pois é a porta para sairmos de tamanhas
lutas que nos afligem. Quando conseguimos enxergar na adversidade a oportunidade de transpassar barreiras
estamos enxergando muito além do impossível. Assim foi José. Ao chegar à prisão se abateu é claro, quem
não se abateria. Mas não deixou ser dominado por este sentimento, viu ali uma oportunidade de mandar seu
recado ao rei.
Interpretando os sonhos dos colegas de cela ele não apenas usou seu dom, como também disse ao copeiro
que não esquecesse dele, ou seja, diga que eu estou aqui. Que ainda estou vivo e pronto para voltar. Como os
planos são nossos e o executar vem de Deus, ele teve que esperar dois anos.
Outro fato interessante na vida de José é que ele poderia ter deixado levar pelo ódio dos irmãos e se prostrar,
ficar doente de amargura e tristeza. Para ser chamado ao trabalho, o carcereiro viu em José sua falta de culpa,
sua honestidade, uma confiança fora dos padrões normais. Mostrou serviço, zelo pelas tarefas e ganhou a
confiança. Não ficou parado ali na prisão esperando o tempo simplesmente passar. Foi a luta pela vida, não
desanimou, não entregou os pontos nem ficou ali só reclamando e perguntando o que será de mim?
Novamente é usado seu dom de interpretação de sonhos. Deus vê em José um homem maduro, que o amava
mesmo na luta e adversidade, não deixou se dominar pela amargura de espírito.
Interpreta mais um sonho, ganha mais um voto de confiança. Faraó o coloca como Governador do Egito. Não
precisou de uma carreira política para o posto, foi provado na vida, no trabalho. Ao saber usar um dom,
mostrou que sabia governar. “Esse parecer foi bom aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos.
Perguntou, pois, Faraó a seus servos: Poderíamos achar um homem como este, em quem haja o espírito de
Deus? Depois disse Faraó a José: Porquanto Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio
como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua voz se governará todo o meu povo; somente no trono eu
serei maior que tu.” (Gênesis 41:37-40)
Mesmo se tornando Governador não cresceu-lhe orgulho, foi fiel na prisão e no palácio e tudo que punha em
suas mãos prosperava. Não vingou o acontecido como sempre desejamos em nosso coração.
A recompensa por ser obediente fiel e ter um coração limpo de todos os sentimentos inflamadores de
contendas Deus lhe restitui a família, o pai tão amado. Desejo de vingança José provavelmente tenha tido

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quando vê seus irmãos. Quando mostrou seus irmãos quem ele era chorou feito criança. Suas lágrimas foram
compensadas por Deus, que todas elas recolheu e as transformou em alegria e sorriso.
Está também passando por adversidades? Imagino o quanto está sendo dolorido, mas não feche seus olhos
para o que de bom pode acontecer neste período. Ai pode estar sua chance de crescer, mostrar seus talentos
e sabedoria.
Precisamos do banco de reservas muitas vezes para provar nosso caráter, fidelidade a quem servimos. Prova
nosso amor para com Cristo e o quanto estamos prontos para ouvir e entender sua voz que nem sempre é
doce.
Fiquemos atentos ao que Deus em Cristo Jesus está nos ensinando para que não perdamos de vista cada
oportunidade que está surgindo em nossa caminhada.
SONHOS DE GRANDEZA
José cresceu como o favorito de seu pai, Jacó. Ele foi o primeiro filho de Raquel, a esposa favorita de Jacó, que
faleceu dando à luz seu segundo filho, Benjamin. Em uma exibição de amor por José, Jacó lhe deu um casaco
especial de muitas cores. Os dez meio-irmãos de José detestavam seu status especial. Eles nasceram de Lia,
cujo pai, Labão, havia enganado Jacó para que se casasse. Infelizmente, Jacó não amava Lia tanto quanto
amava Raquel.
Ainda mais frustrante para os irmãos de José foram seus sonhos grandiosos. Certa vez, ele sonhou com onze
feixes de grãos, cada um representando um de seus irmãos, curvados para seu feixe. Em outro sonho, que
José relatou fielmente, o sol (representando seu pai), a lua (sua mãe) e onze estrelas (sem suposições aqui),
todos se curvaram a ele.
Com seu lindo casaco, tratamento preferencial e sonhos de grandeza, José foi um homem marcado no que diz
respeito a seus irmãos.
CONSPIRAÇÃO TRAIÇOEIRA
Um dia, Jacó enviou José para levar suprimentos para seus irmãos que estavam pastoreando ovelhas. Quando
ele os encontrou em um lugar chamado Dotã, a maioria dos irmãos ciumentos de José queria matá-lo e jogar
seu corpo em um poço vazio.
Um dos irmãos, Rúben, pediu moderação e sugeriu que simplesmente jogassem José vivo no poço. Rúben
planejou secretamente retornar mais tarde para resgatar seu irmão sonhador e trazê-lo de volta para seu pai.
Os irmãos concordaram e jogaram José no poço, mas, antes que Rúben pudesse resgatar o menino, os irmãos
o venderam como escravo a alguns mercadores que estavam indo para o Egito. Os irmãos decidiram explicar o
desaparecimento de José a seu pai Jacó, manchando seu casaco com sangue de cabra. Quando Jacó viu o
casaco, ficou compreensivelmente arrasado e convencido de que seu filho favorito estava morto.
Enquanto isso, José havia passado de um filho privilegiado e mimado a um escravo impotente rumo a uma
terra estrangeira.
ESPOSA DE POTIFAR
Ao chegar ao Egito, os mercadores venderam José como escravo a Potifar, o capitão da Guarda do Faraó. José
fez um ótimo trabalho para Potifar e logo foi promovido a chefe de toda a casa. José foi encarregado de tudo
o que Potifar possuía. As coisas estavam melhorando para José, mas um certo membro da casa de Potifar
estava prestes a anular todo o seu sucesso.
José era um cara bonito e a esposa de seu mestre tinha notado. Na verdade, ela estava tão apaixonada por
ele que tentou várias vezes fazê-lo dormir com ela.
José recusou, dizendo que seu mestre lhe confiara tudo, exceto sua esposa, e que dormir com ela seria pecar
contra Deus.
Mas a sedutora não desistiu. Ela o encurralou um dia e agarrou sua capa quando ele tentou fugir. Com a capa
na mão, a esposa de Potifar alegou aos homens da casa que José havia tentado estuprá-la.
TEMPO DE PRISÃO
Diante das alegações selvagens de sua esposa sobre José, Potifar teve pouca escolha a não ser mandar José
para a prisão. José era inocente de qualquer crime e mostrou-se à altura da situação. Ele impressionou tanto o
diretor da prisão, que colocou José no comando dos outros prisioneiros.
Enquanto estava na prisão, José interpretou os sonhos de dois outros presidiários: o copeiro do Faraó e seu
padeiro-chefe. O sonho que o copeiro teve de servir ao Faraó suco de uva espremido na hora era um sinal de
que ele seria restaurado à sua posição anterior. José disse ao padeiro que seu sonho com pássaros comendo
pão de cestos destinados ao Faraó, infelizmente, apontava para sua execução iminente.

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Ambas as previsões se tornaram realidade. O padeiro foi executado e os pássaros se alimentaram de seu
cadáver, enquanto o copeiro foi reintegrado. Ele prontamente se esqueceu de tudo sobre José, o que foi
particularmente ingrato, já que José havia lhe pedido especificamente para fazer uma petição ao Faraó por
sua libertação.
SEGUNDO EM COMANDO
Só depois do próprio Faraó ter tido um pesadelo, dois anos depois, é que o copeiro esquecido pensou em
mencionar José. O Faraó sonhou com sete vacas magras comendo sete gordas e sete espigas murchas de
grãos consumindo sete espigas gordas. Quando os oficiais do Faraó não conseguiram interpretar o sonho, o
copeiro restaurado lembrou-se de José e sugeriu que buscasse sua sabedoria.
José revelou ao Faraó que seu sonho seria o prenúncio de sete anos de abundância, precedendo uma fome
que também duraria sete anos. Ele sugeriu que Faraó pensasse no futuro e estocasse grãos em preparação
para a fome prevista sete anos no futuro.
A interpretação do sonho, combinada com o bom conselho que recebeu, causou grande impressão no Faraó,
que decidiu fazer de José seu segundo no comando no Egito. José passou a supervisionar o estoque de grãos
em preparação para a grande fome que estava por vir. Aos trinta anos de idade, José havia ascendido à
segunda posição mais poderosa da terra.
EXPLOSÃO DO PASSADO
Assim como José havia previsto, sete anos de abundância se seguiram e ele supervisionou a coleta e o
armazenamento de grãos. Tão grande era a quantidade de grãos armazenados que era impossível manter um
registro preciso.
Mas os felizes sete anos de abundância chegaram ao fim quando, com certeza, a fome atingiu a terra com
força total. Não só houve fome no Egito, mas também o mundo inteiro sofreu.
Os egípcios foram orientados pelo Faraó a ver José a fim de comprar grãos dos depósitos. Espalhou-se a
notícia de que havia grãos no Egito e, com o passar do tempo, um homem idoso, Jacó, enviou seus filhos para
comprar alguns.
E foi assim que muitos anos depois, José, agora governador do Egito, ficou cara a cara com seus irmãos
traiçoeiros. Eles não o reconheceram, mas se prostraram diante dele. José fingiu não os reconhecer.
COPO DE PRATA
O governador do Egito decidiu testar seus irmãos. Ele falou duramente com eles, exigindo saber de onde eles
tinham vindo e acusou-os de serem espiões. Aterrorizados, eles insistiram que eram irmãos, que o irmão mais
novo estava em casa e que um irmão "não existia mais". José perguntou-lhes se o pai deles ainda estava vivo.
José mandou meter os irmãos na prisão por três dias. Ele então ordenou que um irmão permanecesse refém
na prisão até que os irmãos restantes voltassem com o irmão mais novo.
Neste ponto, os irmãos se sentiram convencidos de que estavam sendo punidos por seu tratamento cruel com
José tantos anos antes. Simeão foi amarrado diante de seus olhos e então eles foram enviados para casa com
sacos de grãos. Sem que eles soubessem, a prata com a qual haviam comprado os grãos estava escondida nos
sacos.
Cheio de tristeza, Jacó percebeu que deveria permitir que Benjamin voltasse ao Egito com seus irmãos.
A REUNIÃO
Quando os irmãos voltaram ao Egito com Benjamin, José ficou emocionado. Mas ele escondeu seus
sentimentos e convidou seus irmãos, incluindo Simeão que havia sido libertado, para se juntar a ele em um
banquete.
Naquela noite, José ordenou que os jumentos de seus irmãos fossem carregados com todo o grão que eles
precisavam, juntamente com a prata que tinham trazido com eles (que era o dobro da quantidade para
compensar a última viagem). José também ordenou que sua taça de prata fosse escondida nos mantimentos
de Benjamim.
Assim que os irmãos voltaram para casa, o mordomo de José saiu em busca da taça de prata. Quando a taça
foi descoberta nos mantimentos de Benjamin, ele recebeu a ordem de permanecer como escravo de José.
Judá implorou a José que permitisse que ele fosse um escravo no lugar de Benjamin.
Nesse ponto, José não conseguiu mais se conter, mas caiu em prantos, dizendo aos irmãos quem ele
realmente era. Ele garantiu a seus irmãos aterrorizados que não os machucaria e, em vez disso, pediu que
convocassem seu pai ao Egito.
Jacó se reuniu com seu filho há muito perdido, antes de morrer. José, um verdadeiro herói bíblico, salvou sua
família e mostrou o tremendo poder do perdão.

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