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O que é a Astrologia?
A Astrologia tem sido, desde sempre, alvo das mais estremadas reacções: alguns
condenam-na totalmente, enquanto outros a aceitam sem questionar; poucos são os
que lhe ficam indiferentes.
Contudo, qualquer destes extremos - tanto a recusa como a aceitação total - são fruto
do mesmo desconhecimento. No meio termo fica quem sabe que, antes de acreditar ou
condenar, importa compreender.
É este conhecimento que nos propomos descobrir nesta série de artigos dedicados à
Astrologia.
Assim como é no Céu, é na Terra...
Acreditar ou compreender?
Como "funciona"?
Quando um astrólogo intepreta uma carta natal, "lê" um conjunto de símbolos. Este
representam, entre outras coisas, a posição relativa dos planetas e signos. A partir da
interpretação destes símbolos, vai compreendendo, a níveis cada vez mais profundos,
a dinâmica interna do indivíduo ou acontecimento ali representado.. Por outras
palavras: o astrólogo "lê" nos céus o que se passa na Terra.
Porque é que na interpretação astrológica, a posição dos astros nos céus representa a
dinâmica interna de um ser humano ou de um acontecimento?
Porque é que as estrelas e os planetas, nos "falam" de coisas que se passam sobre a
Terra? Em resumo: porque é que as estrelas "falam" de nós?
A interpretação astrológica parte do princípio de que "o que está em cima é como o
que está em baixo". Significa isto que existe uma relação simbólica entre a posição
relativa dos astros nos céus (o que está em cima) e a vida humana (o que está em
baixo). É a relação entre o Todo e a Parte: o ser humano é, em pequena escala, um
reflexo dos céus.
Influência ou símbolo?
Importa realçar que este conceito nada tem a ver com as supostas "influências"
(gravitacionais ou outras) que os corpos celestes possam ter sobre a vida no nosso
planeta. Não se trata de "raios misteriosos", tracções gravitacionais, radiações ou
quaisquer outras "influências" que os planetas projectem sobre nós.
Em Astrologia, a relação entre o Todo e a Parte não é física mas simbólica.
Quer isto dizer que a posição relativa dos astros nos céus é, em si mesma, um
símbolo: representa um momento específico, com toda a sua dinâmica de
probabilidades. A pessoa que nasceu naquele momento, terá, portanto, uma relação
directa com o que ali está representado. Ela é, de certo modo, uma "encarnação"
daquele momento; é, por assim dizer, o momento em forma humana. Ao longo da
vida, a pessoa irá "desenrolar" as probabilidades ali representadas e deparar-se com
os obstáculos ali descritos.
Consciência e Liberdade
A origem...
Período Grego
Por volta de 700 AC a expansão das rotas de comércio e do contacto entre os povos
leva a que muito do conhecimento filisófico, religioso e místico seja difundido. O
interesse dos gregos pela Astrologia começa a crescer.
A civilização grega vai dar um grande impulso ao desenvolvimento da Astrologia.
Figuras muito importantes, como Pitágoras, vão trazer do Médio Oriente todo um
manancial de conhecimento que será apurado ao longo de séculos. Surgem nesta
altura as teorias geométricas e as grandes bases filosóficas que sustentam a Astrologia
moderna. Grandes pensadores gregos, como Anaximandro, Platão, Anaximenes e
Aristóteles vão desenvolver a Astronomia e a Astrologia com a criação de modelos
físicos e metafísicos do Universo.
O Novo Milénio
Nos primeiros séculos da Era Cristã surgem uma série de pensadores e de astrólogos.
Escrevem-se muitos tratados e manuais. Destes estudiosos destaca-se Claudius
Ptolomeu que na sua obra "Tetrabiblos" reune grande parte do conhecimento
astrológico da época. Este livro vai tornar-se mais tarde uma das grandes bases da
Astrologia Árabe e Europeia.
Com o crescimento do Cristianismo e queda do Império Romano (410 DC) surge duma
forte corrente de anti-paganismo e a Astrologia torna-se pouco tolerada. Só
determinadas abordagens são oficialmente toleradas embora a Astrologia continue a
ser praticada na clandestinidade.
Com a constante hostilidade por parte da crescente religião cristã, a Astrologia refugia-
se no mundo árabe.
A partir de 632 DC os Árabes vão tornar-se uma das grandes potências do mundo
ocupando todo Médio Oriente, Norte de África e Europa.
Os Árabes vão reunir todo o conhecimento grego, sumério, babilónico e persa, entre
outros. Eles vão preservar o conhecimento antigo e desenvolver a Arquitectura,
Medicina, Astrologia/Astronomia, Filosofia, etc. Por volta 700 DC começam a surgir no
mundo árabe grandes pensadores, cujas obras de Astrologia vão influênciar e modelar
o pensamento Astronómico/Astrológico ocidental.
Com o avanço dos reinos do Norte sobre os territórios ocupados pelos Árabes inicia-se
uma troca de conhecimento que vai permitir o desenvolvimento e a renovação da
Astrologia no mundo cristão.
Muitas obras árabes e gregas vão ser traduzidas, e muito do conhecimento perdido é
recuperado.
Os astrólogos conquistam um papel importante na sociedade, actuando como
conselheiros junto dos reis e nobres. No entanto, os atritos com a Igreja continuam,
atingindo o seu auge com o surgimento da Inquisição em 1536.
Declínio e Renascimento
A Astrologia na actualidade
A Astrologia tem acompanhado a Humanidade ao longo da sua evolução. Embora
bastante debilitada com o advento do racionalismo e do materialismo científico, ela
continua hoje, mais do que nunca, a ter um papel activo no desenvolvimento humano.
A visão clássica
Apesar de tudo, sempre existiu uma vertente mais popular da Astrologia. Para as
massas, o seu lado "divinatório" e "preditivo" foi sempre muito enfatizado. Devido à
incapacidade de compreensão metafísica do ser humano comum (ainda hoje notável) a
prática da Astrologia reduziu-se desde muito cedo a presságios fatalistas e
predestinações sinistras. Isto é, como facilmente se compreende, uma tremenda
deturpação da sua verdadeira natureza.
Nesta abordagem da Astrologia, o ser humano não era muito importante. O seu
objecto de análise eram os momentos (favoráveis ou desfavoráveis) e os
acontecimentos mundanos. Predominavam as vertentes Horária e Mundana da
Astrologia. Sobre estas, falaremos mais tarde.
A importância do indivíduo
Nos anos 60, há um florescer de toda uma cultura pró-espiritual que surge de uma
"migração" de conhecimento oriental para o Ocidente. Começa a falar-se de temas
como reencarnação, karma, meditação, Yoga.
Este influxo de novas ideias vai afectar também a Astrologia. Enfatiza-se a Astrologia
"kármica" e a Astrologia Espiritual ou Esotérica começa a dar os primeiros passos.
No entanto, há que realçar que a maior parte das bases espirituais da Astrologia foram
perdidas ou esquecidas à 1500 anos atrás. Todos os actuais conceitos esotéricos foram
reconstruídos recentemente. São ainda um pálido reflexo da verdadeira essência desta
arte. As ilações que se fazem actualmente são muitas vezes "colagens" feitas por
indivíduos que, por muito boa vontade que tenham, não possuem um verdadeiro
conhecimento esotérico.
O terceiro milénio
Os Ramos da Astrologia
Um corpo de conhecimentos tão vasto como a Astrologia tem uma tendência natural a
especializar-se em vários "ramos". Estes definem-se de acordo com o objecto de
estudo em questão. Este "objecto" pode ser um ser humano, um evento político, um
questão específica, um problema de saúde, etc.
Em qualquer dos ramos astrológicos, o horóscopo é sempre a ferramenta base.
Contudo, o modo como é calculado pode mudar; o mesmo acontece com as técnicas
de interpretação e o significado prático dos seus componentes.
Quais são então os principais ramos da Astrologia? Eis alguns dos principais.
A Astrologia Natal
Este é o ramo mais utilizado actualmente, de tal modo que eclipsou os restantes
ramos. O seu objecto de estudo é o ser humano. O mapa utilizado é o mapa de
nascimento (ou mapa natal) calculado para a data, hora e local de nascimento.
Considera-se o momento de nascimento aquele em que o bébé respira pela primeira
vez.
Hoje em dia, este tipo de Astrologia assumiu um carácter de estudo psicológico. O
objectivo desta abordagem é auxiliar o indivíduo no seu auto-conhecimento e
desenvolvimento pessoal. Antigamente este tipo de Astrologia era mais raro (pois
raramente existia um registo da hora de nascimento) e possuia uma abordagem mais
preditiva e fatalista.
A Astrologia Mundana
A Astrologia Horária
Esta vertente da Astrologia foi no passado a mais utilizada. A sua filosofia diverge um
pouco das restantes: procura das resposta directa a perguntas específicas. Para tal,
estuda-se o "mapa natal" do momento em que a pergunta é feita, acreditando
encontrar-se nele, através da Lei da sincronicidade, a própria resposta. Rege-se por
regras e simbolismo muito específicos.
Esta Astrologia sempre foi bastante questionada, não devido aos seus princípios, mas
devido ao seu uso abusivo com sistema divinatório, de que foi vítima ao longo da eras.
Neste ramo inclui-se a Astrologia Electiva cujo objectivo é tentar encontrar o melhor
momento para um evento ocorrer (por exemplo: uma coroação de um rei, a fundação
de uma empresa, etc.)
A Astrologia Médica
Os Arquétipos
O Horóscopo
A palavra Horóscopo significa em grego "considerar os céus" ou "ver a hora". Para
fazer o horóscopo ou mapa natal, os astrólogos consideram, portanto, a posição
relativa dos astros nos céus (entre outros factores) num dado momento.
Assim, podemos comparar o mapa natal a uma peça de teatro: os Signos seriam os
"papéis" que nos compete desempenhar; os Planetas seriam os "actores" que os
desempenham, enquanto as Casas são os "palcos" ou áreas de vida onde vivemos
esses papéis.
Existe ainda um quarto factor: os aspectos, que são os ângulos formados pelos
planetas entre si, vistos (mais uma vez) do ponto de vista terrestre. São geralmente
representados por linhas no centro do mapa. Dizem-nos o tipo de relacionamento que
os planetas (os factores da personalidade) têm entre si. Na comparação da peça de
teatro, seriam os diálogos entre os vários actores.
Os Quatro Elementos
Um dos principais conceitos-chave para a Astrologia é o de Elemento. Os Elementos
são os componentes básico da estrutura do Universo. Eles representam os estados de
energia fundamentais da manifestação.
Em Astrologia consideramos quatro Elementos: a Terra e a Água, de polaridade
feminina ou Yin e o Fogo e o Ar, de polaridade masculina ou Yang.
Os Elementos Yang têm um relacionamento fácil, dizemos que são compatíveis por
serem da mesma polaridade. O mesmo acontece entre os dois Elementos Yin. No
entanto a combinação entre elementos de polaridades opostas é conflituosa.
Qualidades ou modos
Como podemos ver na tabela existem três Signos de cada Elemento, a cada uma
destas tríades chamamos Triplicidade. Temos então Triplicidades de Fogo, de Terra,
Ar e Água.
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que
ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o
Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos
de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo
elemento.
Quando existe muita Terra no mapa, estamos perante um indivíduo prático, objectivo,
com uma boa noção do real, estável e responsável.
Excesso deste elemento pode indicar algum materialismo, tendência à valorização da
posse e excessiva ligação aos sentidos (percepção física das coisas).
A falta de Terra leva a uma perda de contacto com a realidade, falta de sentido prático
e incapacidade de prover as próprias necessidades físicas e materiais.
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que
ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o
Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos
de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo
elemento.
Uma forte ênfase de Ar num mapa natal indica uma pessoa que gosta de comunicar,
de partilhar ideias, é muito virada para a vida social e com a capacidade natural de
ajustar o seu "eu" aos dos outros.
Demasiado Ar num mapa natal pode revelar excessiva intelectualização, gosto pelos
contactos "mentais" e tendência para "viver no mundo das ideias", com uma tendência
a ser "cerebral" e pouco contacto com a realidade física.
A falta do elemento Ar, por seu turno, indica alguém com dificuldade em racionalizar e
conceptualizar, falta de pensamento abstracto, pouca curiosidade e deficiente
capacidade relacional.
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que
ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o
Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos
de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo
elemento.
Uma preponderância deste elemento num mapa natal tem uma tendência natural à
simpatia, compreensão, sintonia, imaginação, nutrição física e emocional, protecção e
comunhão.
Excesso deste elemento indica uma intensa ligação ao passado, alienação das
emoções, dificuldade em expressar os sentimentos (por ficar "afogado" neles) e medo
de ficar excessivamente envolvido nas ligações emocionais.
A falta deste elemento leva a uma dificuldade de estabelecer laços afectivos, medo das
emoções, a pessoa pode ter dificuldade em identificar os próprios sentimentos e
necessidades afectivas e ser totalmente "impermeável" aos sentimentos alheios.
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que
ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o
Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos
de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo
elemento.
A Combinação de Elementos
Num mapa astrológico, os Elementos nunca se manifestam em estado "puro".
Ninguém pertence exclusivamente a um só elemento. No mapa astrológico estes
aparecem combinados em várias proporções. A interpretação desta combinação
elemental dá-nos a base das tendencias comportamentais de um indivíduo.
É necessário realçar que estas combinações resultam de uma "soma" dos vários
factores astrológicos de uma mapa astrológico. Muitas vezes a "pesagem" de
elementos é muito complexa sendo difícil perceber qual o elemento dominante ou qual
a combinação presente.
O Modos ou Qualidades
Em Astrologia existem três estados possíveis para cada Elemento: Cardinal, Fixo e
Mutável. Estes estados caracterizam o tipo de acção ou "movimento" que o elemento
apresenta. Cada um dos signos resulta, portanto, da combinação entre um Elemento -
Fogo, Terra, Ar ou Água - e um Modo - Cardinal, Fixo ou Mutável.
Assim, as Primavera, por exemplo, teria início com o Carneiro, seria fixada em Touro e
mudaria em Gémeos. A sequência repete-se para as restantes estações. (Falaremos
deste assunto, com mais pormenores, nos próximos artigos).
Os modos também são conhecidos por Quadruplicidades, pois existem quatro signos
de cada modo.
Todos estes signos marcam o início de uma estação. Todos se caracterizam pela
necessidade de iniciar coisas. São geralmente impulsivos e activos. Cconcentram-se no
imediato e no momento. Dão mais importancia ao movimento do que ao resultado.
Este quatro signos surgem no fim das estações. Têm em comum uma forma de estar
variável e "instável", como resultado da sua necessidade de adaptação. Mudam
constantemente de forma de expressão, oscilando entre o extremamente preciso e o
incrivelmente vago.
Note-se que estas caracteristicas base são alteradas e "mascaradas" pelos Elementos
presentes no mapa astrológico. Tal como para estes, uma análise das Qualidades ou
Modos requer um "contagem" dos planetas em cada signo.
O Modo Cardinal
O Modo ou Qualidade Cardinal indica acção, actividade, afirmação, assertividade e
energia direccionada. A abordagem é lenta e segura: precisa de um tempo para
assimilar novos acontecimentos e situações,
Os signos cardinais são o Carneiro, o Caranguejo, a Balança e o Capricórnio.
A presença de energia Cardinal num mapa astrológico dá-nos a noção da capacidade
de impulso e de iniciativa desse indivíduo. É o motor da energia pessoal. Os processos
mentais manifestam-se de forma franca e simples, passando facilmente do plano das
ideias ao da acção.
Excesso de Modo Cardinal indica actividade, impulsividade, impaciência, dificuldade em
respeitar limites, recursos e pessoas. Há uma grande actividade, que começa muitos
projectos, mas dificilmente acaba algum.
Falta de Cardinal sugere falta de iniciativa, dificuldades em agir e pôr as coisas em
movimento.
O Modo Fixo
O Modo ou Qualidade Fixa indica concentração, fixidez, necessidade de segurança e de
"saber onde pisa".
Os signos fixos são o Touro, o Leão, o Escorpião e o Aquário.
A presença de energia Fixa num mapa astrológico mostra-nos uma forte motivação
para a segurança, a defesa e o auto-controlo. Há uma certa rigidez e alguma
dificuldade em fazer compromissos ou ceder.
Excesso de Modo Fixo sugere reacções lentas, receosas, defensivas, muito
controladoras e fechadas. Há tendência para manter tenazmente os seus pontos de
vista, sendo por vezes incapaz de compreender outras ideias e perspectivas.
Falta de energia Fixa pode indicar pouca estabilidade, insegurança, medos e, por
vezes, em certo grau de descontinuidade afectiva: é difícil manter o mesmo nível de
interesse e motivação nos relacionamentos.
O Touro, signo de Terra, é fixo ao nível da experiência concreta: procura segurança na
vivência do que é palpável, sólido, passível de ser possuído. Aproveita os prazeres da
vida mas receia largar o que possui (quer a nível material, quer na área das ideias e
dos relacionamentos). Pode tornar-se muito apegado e "avarento".
O Aquário, signo de Ar, é fixo ao nível das idéias: procura segurança em ideologias e
pontos de vista. Tem dificuldade em largar as suas ideias e não se deixa "convencer",
para não ser "privado de liberdade e autonomia". Goza de grande liberdade e
originalidade de pensamento mas pode tornar-se teimoso, excêntrico e "rebelde sem
causa".
O Modo Mutável
O Modo ou Qualidade Mutável indica variedade, dispersão, adaptação, experimentação
e flexibilidade.
Os signos Mutáveis são os Gémeos, a Virgem, o Sagitário e os Peixes.
Para os Peixes, signo de Água, a energia Mutável encontra o seu campo de expressão
na emotividade: é a aprendizagem do sentir. Há uma enorme sensibilidade, muitas
vezes "osmótica" e uma permeabilidade a tudo o que é sentimento e emoção. Esta
faculdade pode gerar muita empatia e compaixão mas, nalguns casos, é também fonte
de auto-piedade, dispersão e caos emocional.
Para determinar o excesso ou a falta de um modo num mapa natal há que ter em
conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o
Ascendente) nos signos e também nas casa.
A este conjunto ou faixa de 12 Signos chamamos Zodíaco, que significa disco da vida
ou disco dos animais, devido a muitas das suas constelações representarem animais.
No entanto, é importante frisar que um Signo não é o mesmo que uma constelação,
embora existam signos e constelações com os mesmos nomes. Uma constelação é um
conjunto ou agrupamento de estrelas, enquanto que um Signo é, como dissemos, um
sector de 30º da eclíptica cuja divisão surge dos ciclos do próprio planeta Terra.
Houve um tempo em que Signos e constelações coíncidiram; contudo devido a um
fenómeno complexo, chamado Precessão dos Equinócios,começou a haver um
desfasamento entre estes dois factores. Este desfasamento, que se vai acentuando ao
longo dos séculos, dá origem às Eras Astrológicas.
Qual é então o significado prático dos Signos?
Cada Signo representa um modo de expressão, um processo. Nenhum Signo é igual a
outro, assim como nehum é bom ou mau, cada um tem característica bem definidas.
Estas doze qualidades (Signos) ou modos de ser vão "colorir" e qualificar os planetas,
casas e outros pontos de um mapa natal. São o factor mais abstracto na Astrologia,
mas também o mais importante e fundamental.
O Signo solar
Quando dizemos que somos do Signo de Balança (por exemplo), estamos, na verdade,
a dizer que quando nascemos o Sol estava posicionado nesse Signo. A importância od
Signo solar é muito relativa, pois há que ter em conta não só aLua e os outros
planetas, mas também outros factores astrológicos, que podem estar posicionaod sme
Signos completamente diferentes. Signifrica isto que saber o Signo solar não basta, de
maneira nenhuma, para ter uma ideia, mínima que seja, da estrutura psicológica de
um indivíduo. Assim, qualquer afirmação (seja uma interpretação de personalidade ou
uma previsão) baseada apenas no Signo solar, é, sempre, extremamente incompleta e
descontextualizada. (Assim, podemos comprender que os chamados "horóscopos de
revista" que são derivados do Signo solar são uma forma simplista e redutora de dar
informação astrológica e em nada contribuem para a correcta divulgação da
Astrologia).
O Zodíaco
O Zodíaco é uma estrutura celeste muito antiga. Foi, provavelmente, definida pelas
civilizações mesopotâmicas à 7.000 anos.
Podemos encontrar representações do Zodíaco em quase todas as civilizações antigas,
mesmo as mais orientais. Apenas muda o seu nome e o das 12 constelações (ou
signos) que o constituem.
Nota: Os signos relacionam-se com as estações do ano no Hemisfério Norte, uma vez
que foi aqui que nasceram e floresceram todas as civilizações que contribuíram para a
sua simbologia. Contudo, são também aplicáveis aos nascidos no Hemisfério Sul, uma
vez que a sua simbologia é universal.
O Signo de Carneiro
Elemento: Fogo
Modo: Cardinal
Planeta regente: Marte.
Palavra-chave: "Eu ajo".
Disposição: Iniciar, ser activo.
Por ser Fogo Cardinal, o Carneiro é o signo que mais directamente se relaciona com o
aspecto masculino da personalidade.
Quando o signo de Carneiro está muito acentuado num mapa natal, a necessidade de
acção imediata e directa é parte integrante da personalidade.
A expressão é, muitas vezes, competitiva e bélica, mesmo em situações que requerem
equilíbrio e diplomacia. Há uma resposta imediata, quase que uma reacção às
situações, que pode gerar atritos. Longe de serem temidos e evitados, estes atritos
são, muitas vezes, desejados e vividos como desafios estimulantes.
A necessidade de ser sempre o primeiro pode levar a grandes vitórias e a importantes
empreendimentos. Contudo, é esta mesma necessidade que constitui também um dos
seus principais problemas: a sua impaciência leva-o a desvalorizar o que já
conquistou, a deixar a meio o que começou. Procura, então, novas conquistas e novas
batalhas.
Quando este signo está bloqueado no mapa, pode dar origem à dificuldade de tomar
iniciativas, expressar a vontade e ser assertivo.
O Signo de Touro
Elemento: Terra
Modo: Fixo
Planeta regente: Vénus
Palavra-chave: "Eu construo".
Disposição: Suster, ser aquisitivo.
Em Touro, a energia primordial começa a ser estabilizada e toma forma pela primeira
vez. O impulso é para a estabilidade, para a vivência do lado "prático" da vida. Todo o
tema do signo envolve posses, "lucro" e a segurança que surge da obtenção de um
território pessoal e bem definido. Neste contexto, pode surgir um grande apego a
formas (de pensar, sentir, obejctos materiais, etc.) A outra face deste signo é a
inércia, a preguiça, a indolência e a possessividade.
O elemento Terra que caracteriza este signo, confere-lhe o modo de funcionar concreto
e prático. Há uma tendência a experimentar do mundo através dos sentidos -
saborear, cheirar, sentir, etc. O Modo Fixo aumenta a tendência para a estabilidade e a
"estática" associadas ao elemento Terra.
A combinação Terra Fixa exterioriza-se muitas vezes por uma resistência à mudança,
forte ênfase no mundo concreto e muita teimosia.
Quando este signo está muito acentuado num mapa natal, existem valores muito
concretos e práticos, grande capacidade de trabalho, persistência e paciência. O
sentido estético e a sensualidade andam a par: há uma capacidade natural para
apreciar a beleza e as "coisas boas" da vida. O exagero destas qualidades pode,
contudo, gerar um forte apego à segurança e ao bem-estar, que acentuam a
sensualidade de forma pouco saudável, impedem o progresos e estagnam a natural
gestão dos recursos.
Quando este signo está de alguma forma bloqueado no mapa, pode haver uma falta de
sentido prático, incapacidade de tomar forma ou dar forma; e uma dificuldade em
"saborear" a vida.
O Planeta Vénus, que rege o signo de Touro, dá-lhe capacidade valorativa, capacidade
de empatia, e sensibilidade à beleza e à estética.
O Signo de Gémeos
Elemento: Ar
Modo: Mutável
Planeta regente: Mercúrio
Palavra-chave: "Eu comunico".
Disposição: Transmitir, ser volátil.
Por ser o primeiro signo do elemento Ar, Gémeos representa a comunicação próxima,
pessoal e informal, sem grandes pretensões generalistas. O Modo Mutável acrescenta-
lhe um toque de "nervosismo", indecisão e versatilidade.
Quando o signo de Gémeos está acentuado num mapa natal, toda a personalidade é
permeada pela constante necessidade de comunicação, movimento e leveza.
A expressão natural tende a ser rápida, dispersa, juvenil e alegre. Há uma grande
acentuação na comunicação verbal e na troca de ideias.
Esta tendência a verbalizar e a "intelectualizar" todos os aspectos da vida pode ser
exagerada ao ponto de não deixar espaço para outras formas de estar. Nessa situação,
o sentimento, a intuição e até a experiência concreta podem ser relegados para
segundo plano.
Quando a vivência intelectual ganha primazia sobre tudo o mais, a capacidade
valorativa pode perder-se; surge então a dificuldade em distinguir entre o "bem" e o
"mal", entre o "sério" e o "fútil": há uma espécie de postura "amoral", que se recusa a
tomar posição pessoal entre o enorme conjunrto de conceitos e idéias que vai juntado
ao longo das suas vivências quotidianas.
Quando este signo está bloqueado num mapa natal pode representar dificuldades em
comunicar no meio próximo e em gerir os conceitos do dia-a-dia.
O Signo de Caranguejo
Elemento: Água
Modo: Cardinal
Planeta regente: Lua
Palavra-chave: "Eu alimento".
Disposição: Conter/nutrir, ser defensivo.
No Caranguejo, signo com que se inicia o Verão, surge pela primeira vez a componente
emocional. Neste quarto signo, a ênfase está nas qualidades de protecção,
acolhimento, sustentação e carinho.
O tema geral do signo é a manutenção de um estado de protecção e segurança que é
por vezes pode tornar-se excessivamente receoso e desconfiado.
Este primeiro signo de Água relaciona-se com a expressão primordial dos sentimentos;
a emoção é vivida de modo simples, quase infantil. Esta emotividade, contudo,
expressa-se através do Modo Cardinal, que lhe acrescenta uma nota de dinamismo e
assertividade.
Se o signo de Caranguejo estiver muito destacado num mapa natal, há tendência a pôr
as necessidades emocionais pessoais em primeiro lugar, em detrimento de quaisquer
outras considerações.
Estas necessidades são, como já foi referido, principalmente direccionadas para a
segurança e o conforto. O sentido de família e de "tribo" é muito forte assim como o
sentimento de "pertencer" a um determinado grupo com características familiares.
O Signo de Leão
Elemento: Fogo
Modo: Fixo
Planeta regente: Sol
Palavra-chave: "Eu brilho".
Disposição: Exibir, governar.
No pino do Verão o impulso vital iniciado em Carneiro atinge a sua máxima expressão.
É a época da realização das promessas iniciadas na Primavera e desenvolvidas ao
longo da primeira fase do ano.
Assim, o quinto signo do Zodíaco tem como tema a expressão plena de um potencial.
Esta expressão, que geralmente é forte, rica, diversificada e criativa, pode também
tornar-se excessiva, descabida e pomposa.
Por ser um signo de Fogo Fixo, o Leão corresponde à mais intensa, tenaz e exuberante
expressão de identidade.
O Signo de Virgem
Elemento: Terra
Modo: Mutável
Planeta regente: Mercúrio
Palavra-chave: "Eu analizo".
Disposição: Analizar, ser descriminativo.
O segundo signo de Terra vai, tal como o primeiro (Touro), experimentar o mundo
num nível prático e concreto; contudo, aquilo que no primeiro signo de Terra era vivido
como pura sensação passa agora a ser testado, descriminado e qualificado. O Modo
Mutável vai conferir vivacidade e mobilidade a este pragmatismo: há uma grande
capacidade classificar e apurar tudo o que é experimentado.
O Signo de Balança
Elemento: Ar
Modo: Cardinal
Planeta regente: Vénus
Palavra-chave: "Eu relaciono-me".
Disposição: Equilibrar, ser apreciativo.
Completo que está o primeiro ciclo da experiência humana, surge agora a Balança,
signo de relação e equilíbrio. A sua temática, aparentemente ligeira e harmoniosa é,
talvez, das mais subtis e complexas: a Balança representa o ponto de equilíbrio entre a
perspectiva pessoal e a perspectiva relacional - o Eu perante o Outro.
Balança, segundo signo de Ar, está ligado (tal como Gémeos) à comunicação e à
relativização. Contudo a comunicação rápida e a atenção "saltitante" de Gémeos dá
agora lugar a uma ponderação diplomática e à atenção ao outro. O Modo Cardinal
confere uma boa dose de assertividade e esta dinâmica, de que outra forma poderia
ser algo incaracterística.
Como a afirmação pessoal cede facilmente lugar à relação, pode haver alguma
dificuldade com o conceito de independência (só existe em relação a alguém).
O excesso de energia em Balança pode assumir formas um tanto contraditórias. Por
um lado, há grande indecisão nas escolhas pessoais, o que leva à dependência da
aprovação e da iniciativa dos outros. Por outro lado, podem surgir inesperados "picos"
de assertividade, em que se tomam súbitas decisões, seguidas de esforços activos
para levar os outros a apoiar e acompanhar essas escolhas.
Se este signo estiver de bloqueado num mapa natal, a capacidade negociar situações e
de entrar em sintonia com os outros está debilitada. O mesmo pode acontecer com o
sentido estético e a capacidade de se sentir à vontade em diferentes meios sociais.
O Signo de Escorpião
Elemento: Água
Modo: Fixo
Planeta regente: Marte (Plutão)
Palavra-chave: "Eu transformo-me".
Disposição: Escrutinar, ser intenso.
Este signo representa uma fase de morte e transformação que deverá ser
intensamente vivenciada, para dar lugar à última etapa do ciclo. O seu tema, muitas
vezes mal entendido, é a mudança profunda e definitiva. Esta mudança é quase
sempre temida e evitada a todo o custo: só acontece após uma luta demorada e por
vezes dolorosa.
Quando o signo de Escorpião está acentuado num mapa natal, toda expressão da
personalidade é permeada por uma forte intensidade. Existe carisma, poder de
sedução e capacidade de descobrir as motivações ocultas nos outros. Numa primeira
fase, estas capacidades podem ser usadas de forma defensiva e algo manipuladora,
tendo em vista a preservação emocional. Quando se atinge uma certa maturidade
interior, estas mesmas características tornam-se os principais auxiliares da
transformação.
Quando o Escorpião compreende que não tem de estar sempre a defender-se, inicia a
verdadeira descoberta de si mesmo: um ser em permanente mudança.
Uma excessiva ênfase de energia escorpiónica num mapa natal pode indicar uma
emocionalidade imperativa, presa de motivações inconscientes. O mal-estar interior
pode ser tão forte que se torna incomodativo não apenas para a própria pessoa, mas
para as demais - esta situação pode complicar-se ainda mais se todas as partes se
mantiverem inconscientes do processo.
Escorpião tem o mesmo planeta regente que Carneiro: Marte, planeta do guerreiro, da
acção e da luta. No primeiro signo do Zodíaco, esta luta é projectada para o exterior e
vivida "às claras"; em Escorpião, contudo, a luta torna-se interior, secreta e por vezes
inconsciente - o guerreiro é aqui levado a confrontar e a transformar os seus demónios
interiores. Alguns astrólogos actuais atribuem a regência deste signo a Plutão, planeta
associado à morte e à transformação.
O Signo de Sagitário
Elemento: Fogo
Modo: Mutável
Planeta regente: Júpiter
Palavra-chave: "Eu busco".
Disposição: Estender, ser explorador.
O nono signo transporta consigo uma mudança de fase. Após os dolorosos processos
transformativos vivenciados em Escorpião, a necessidade de sentido e de propósito
torna-se o foco principal.
O Signo de Capricórnio
Elemento: Terra
Modo: Cardinal
Planeta regente: Saturno
Palavra-chave: "Eu estruturo".
Disposição: Construir, ser estratega.
É agora chegada a altura de focar todas as energias rumo a uma meta. O tema deste
signo a concentração de esforços tendo em vista a realização de objectivos concretos.
Esta concentração leva à conquista de grandes metas mas pode também transformar-
se em ambição exagerada.
O terceiro signo de Terra está, tal como os outros signos do mesmo elemento, ligado à
vivência do mundo concreto mas, desta vez, a tónica é colectiva, social. Aquilo que em
Touro foi vivido a nível pessoal (como experiência sensorial) e em Virgem foi
qualificado (como experiência funcional) vai ser agora empregue para fins colectivos
(como experiência social). O Modo Cardinal confere a esta vivência uma tónica de
acção e assertividade.
Quando o signo de Capricórnio está acentuado num mapa natal, há a tendência para
encarar a vida como se se tratasse de uma escalada: a abordagem é séria, estratégica,
ambiciosa e programada.
A atitude geral pode ser muito simples, despojada, quase espartana: a simplicidade
concentra esforços, evita dispersões de energia e mantém o foco nos objectivos
previamente definidos. Estes são, geralmente, de carácter concreto e exterior:
situação económica e social, carreira, etc. Contudo, a tendência inata ao despojamento
pode levá-lo (em geral na maturidade) a desinteressar-se do que alcançou, virando-se
para a sua vida interior, que é reservada, quase secreta, mas também muito rica e
intensa.
Excesso de energia capricorniana sugere que os aspectos sociais e exteriores da vida
deixam pouco espaço para o sentimento. A tristeza e (em casos extremos) a
depressão ameaçam instalar-se. A tendência será a procurar compensações materiais
para uma emocionalidade carente, imatura e, muitas vezes, inconsciente.
Se as energias deste signo estiverem bloqueadas, pode haver falta de ambição social e
dificuldade em estruturar a vida em função de objectivos concretos.
O signo complementar, Caranguejo, representa aqui as necessidades emocionais, a
segurança da intimidade, que o Capricórnio tende a esquecer, na sua escalada rumo a
metas exteriores (sociais).
O Signo de Aquário
Elemento: Ar
Modo: Fixo
Planeta regente: Urano (Saturno)
Palavra-chave: "Eu globalizo".
Disposição: Inovar, ser observador.
O Ar Fixo de Aquário está, portanto, equipado para estabelecer e seguir uma linha de
pensamento impessoal, tendo em vista a liberdade e o bem comum.
Quando o signo de Aquário está acentuado num mapa natal, toda a personalidade
ganha uma expressão viva, eléctrica e original. A forma de estar é cooperativa,
idealista e dinâmica, um pouco avessa a exibições emocionais mas, ainda assim,
solidária e prestativa.
O indivíduo parece responder a estímulos e apelos diferentes dos demais. Pode haver
muito interesse pelo futuro, em especial pelo progresso ideológico e tecnológico. É
possível que exista um equilíbrio dinâmico entre a necessidade de ser único e a
preocupação com os interesses e direitos da comunidade, entre a necessidade de
liberdade pessoal e o empenho por causas comuns.
Um excesso de energia aquariana poderá levar a uma postura excêntrica, teimosa e
rebelde, completamente inadequada à cooperação grupal. A necessidade de ser
diferente e "livre" sobrepõe-se a tudo, gerando comportamentos de excentricidade
gratuita e irresponsável. Podem estar presentes algumas dificuldades emocionais,
prontamente disfarçadas por uma capa de desprendimento intelectual e pretenso
individualismo.
Com um bloqueio das energias do signo de Aquário, a dificuldade está em viver a
liberdade pessoal e a interacção grupal como elementos da vida quotidiana. Pode
haver uma situação de conformismo, em que se abafam as capacidades pessoais,
seguida de momentos de revolta súbita e inconsequente.
O Signo de Peixes
Elemento: Água
Modo: Mutável
Planeta regente: Júpiter (Neptuno)
Palavra-chave: "Eu redimo".
Disposição: Fundir, ser impressionável.
Quando o signo de Peixes está muito acentuado num mapa natal, a expressão pessoal
tende a ser interessante e criativa, mas também vaga e dispersa. A pessoa parece
responder a estímulos diferentes e reagir em tempos diferentes dos outros. Estes
estímulos, por vezes inconscientes, são de carácter emocional (no signo anterior,
Aquário, os estímulos eram mentais).
Excesso de energia pisciana pode levar a uma indefinição da identidade. Esta poderá
ficar "à mercê" dos sentimentos e ilusões do colectivo. O indivíduo pode ser de tal
forma sensível aos outros que perde a noção dos limites pessoais, tornando-se caótico,
dependente e pouco funcional.
Se houver um bloqueio destas energias, pode verificar-se alguma dificuldade tornar-se
sensível ao colectivo (a nível emotivo).
Virgem, o signo complementar, vem colocar uma nota de definição, lucidez e eficiência
na sensibilidade e criatividade de Peixes.
Num num mapa astrológico estão sempre representados todos os doze signos do
Zodíaco. A nível individual, cada um deles representa um modo de ser, uma possível
forma de expressão da Consciência.
Mais importante do que identificarmo-nos com este ou aquele signo específico é
compreendermos cada um dos doze. Nenhum deles é "melhor" ou "pior" que qualquer
outro: todos representam características e energias fundamentais da experiência
humana. Cada um deles estará presente na nossa personalidade, embora alguns
possam estar mais acentuados que outros.
O signo lunar - o signo onde se encontra a Lua num dado momento -- indica os
condicionamentos, as emoções e as condições de receptividade que prevaleciam
naquela altura. Para determinar o signo lunar é preciso uma tabela, já que a Lua
demora apenas 28 dias a dar a volta ao Zodíaco.
Vénus simboliza a capacidade que temos de dar valor e qualificar. Representa a modo
como valorizamos, a nossa vida afetiva, a troca e partilha de valores.
Planetas Sociais
Planetas Transpessoais
Num mapa astrológico ou horóscopo, cada planeta está colocado num dos signos o
qual vai atribuir à qualidade psicológica representada pelo planeta uma qualidade e
modo de expressão.
O Sistema Solar
Numa primeira abordagem, a Astrologia e a Astronomia parecem estudar os mesmos
fenómenos: estrelas, planetas e outros corpos celestes.
Assim acontece, de facto. Existe, porém, uma diferença fundamental: a Astronomia
estuda os aspectos físicos, objectivos e materiais dos corpos celestes, enquanto a
Astrologia estuda o seu aspecto simbólico e mitológico.
É por isso que alguns termos comuns ganham sentidos diferentes*. Uma dessas
diferenças reside na própria palavra "planeta", que deriva do termo grego "errante"
(ou em movimento). Em Astronomia, o termo planeta designa apenas os corpos
celestes que orbitam em torno de uma estrela. Em Astrologia, por seu turno, o termo
aplica-se a todos os corpos do Zodíaco.
Considera-se assim que num mapa astrológico estão representados dez corpos
celestes genericamente designados "planetas". Oito deles são, de facto, planetas:
Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão orbitam em volta do
Sol, tal como a própria Terra. Quanto aos outros, um deles - o Sol - é uma estrela, e o
outro - a Lua - é um satélite ou planeta secundário. Estes dois corpos celestes
recebem por vezes a designação de Luminares.
Diz-se que um planeta "está" num determinado signo. Por exemplo: Mercúrio está em
Capricórnio. Significa isto que, visto a partir da Terra, o planeta Mercúrio (ao qual foi
atribuída uma carga simbólica) está a passar por uma área específica da abóbada
celeste, o signo de Capricórnio (que tem também um simbolismo associado).
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. Liga a consciência central (Sol) ao exterior
(o resto do Sistema). Define a forma como apreendemos o Universo e, por
consequência, a forma como comunicamos.
Passamos depois para o domínio de Júpiter. Relaciona a esfera pessoal com a esfera
social, faz a ponte entre o indivíduo, como ser separado, e os outros seres humanos.
Simboliza expansão, o alargar das fronteiras pessoais.
Urano, Neptuno e Plutão são planetas invisíveis a olho nu. Levam-nos para além dos
limites da vivência humana "normal", para lá da personalidade. São os Planetas
Transpessoais, que vêm "desafiar" a personalidade.
O Sol
Tanto para homens como para mulheres, pode corresponder àquilo que tomamos
como modelos de comportamento masculino. Esses modelos foram-nos transmitidos
nos primeiros anos de vida pelo pai e, em certa medida, por outros homens que
representem autoridade e poder. Algumas mulheres podem ainda projectar esta
imagem no próprio parceiro, enquanto outras a interiorizam e integram, vivenciando-a
na sua própria estrutura de personalidade.
Em Alquimia, representa o ouro, o mais nobre dos metais, produto final do processo
alquímico. Ao transformar os outros metais em ouro, transformamos, por analogia, as
experiências da personalidade em consciência (o outro aspecto simbolizado pelo Sol).
Antes de "interpretar"...
Outra questão a ter em conta é o carácter dinâmico dos próprios signos. Ao longo da
vida, temos a possibilidade de viver e reviver o nosso signo (solar ou outro) de formas
cada vez mais completas, apuradas e conscientes. Compreende-se, assim, que não faz
grande sentido limitarmo-nos a associar uma série de "características de
personalidade" a cada signo, passando a considerar esta lista de adjectivos como algo
de estático, definitivo e "predestinado". Tal atitude viria negar um dos mais elevados
aspectos da condição humana: a capacidade de evoluir
A Lua
Mercúrio
Mercúrio é o planeta que orbita mais perto do Sol. Representa, por isso, a capacidade
de perceber a realidade para além do Ser (Sol).
Liga a consciência aos outros aspectos da individualidade e, noutro nível, liga também
a própria individualidade (o "Eu") a tudo o que lhe é exterior (o "não-eu"). Esta
percepção eu e não-eu é a primeira dualidade, a primeira relativização.
Assim, Mercúrio estabelece vias de comunicação, tanto a nível interno (as várias
facetas da personalidade), como a nível externo (eu e os outros). Mercúrio é o
mensageiro dos deuses e o deus da comunicação.
Como planeta da comunicação, põe em contacto o Sol e os outros planetas. Sem este
intermediário, não poderia haver a síntese de experiências em consciência.
É uma divindade dual, com uma faceta fútil e "trapaceira" e uma face profunda e
transcendente. Por causa desta dualidade, pode "saltitar" entre a conversa trivial e a
reflexão profunda. Reflexo desta dualidade é também a dupla função de deus dos
comerciantes, ladrões e "pessoas comuns" e como o solene condutor das almas nos
reinos subterrâneos.
Vénus
Vénus vai mais além de Mercúrio: enquanto este faz pontes e põe em contacto, vénus
une, através do valor e da empatia. É o planeta da coesão, da ligação, da harmonia e,
nesse sentido, do Amor.
Vénus pode surgir no céu como Estrela da Manhã em certas épocas do ano e noutras
como Estrela da Tarde, conforme nasce antes ou depois do Sol. Só pode ser vista de
madrugada, antes da aurora, ou ao crepúsculo, pouco depois do poente.
Marte
Marte é também um indicador das reacções sexuais e físicas. Juntamente com Vénus
(o outro planeta relacional), indica a dinâmica relacional e sexual de um indivíduo.
Júpiter
Para agir em sociedade, é preciso primeiro interiorizar um valor colectivo, Júpiter apela
para o que há de mais elevado em nós, é a ética, a Lei Universal. É também o ideal, a
fé perante a qual vontade pessoal se submete de bom grado. Simboliza a
autoconfiança, o sentido de aventura as viagens e o gosto pela aprendizagem. Em
qualquer destas situações temos sempre possibilidade de conseguir uma expansão de
consciência. Temos a possibilidade de passar do desejo pessoal, egoísta, à vontade de
bem comum, altruísta.
Quando em desequilíbrio, Júpiter pode indicar exageros, abusos e "vigarices". O
indivíduo é um juiz severo para os outros e um amigo indulgente para si mesmo. Pode
ser irresponsável e ter o vício do jogo e da aventura gratuita.
Saturno
Para lá de Saturno
Durante muito tempo, Saturno marcou o limite do Sistema Solar. A descoberta dos
planetas para lá de Saturno só aconteceu depois de se desenvolverem telescópios
suficientemente potentes.
Como estão muito distantes do Sol, estes planetas têm ciclos muito lentos. Urano
demora 7 anos a transitar por cada signo, Neptuno leva 14 anos e Plutão tem um ciclo
irregular, que varia entre 13 aos 30 anos em cada signo.
Assim, todas as pessoas de uma mesma faixa etária terão estes planetas
aproximadamente na mesma posição zodiacal.
Urano
Urano demora 84 anos a dar a volta completa ao Zodíaco e ocupa cada signo durante
cerca de sete anos.
A sua descoberta oficial data de 1781, pouco depois da revolução francesa.
Representa um desafio mental de transformação ideológica.
Manifesta-se como uma súbita "onda" de descontentamento e impaciência colectiva.
Este descontentamento, que se manifesta de forma súbita ou até excêntrica, leva ao
debate, à abertura de novas possibilidades e ao progresso.
Neptuno
Neptuno demora cerca de 164 anos a dar a volta completa ao Zodíaco; ocupa cada
signo durante cerca de 13 anos.
Foi oficialmente descoberto em 1846, na época do movimento romântico.
Plutão
Plutão demora 248 anos a completar o seu ciclo Zodiacal. Como tem uma órbita
irregular, a sua passagem pelos signos varia entre os 12 e os 30 anos.
Plutão, o último trans-saturnino conhecido, foi descoberto em 1930, no período entre
as duas guerras mundiais.
Representa um impulso intenso, compulsivo, de transformação total e definitiva.
Começa pelo intensificar das qualidades do signo por onde transita. Este tema terá de
"morrer" nas suas antigas formas, para "renascer", numa expressão mais abrangente
e poderosa.
Para quem estuda Astrologia, a Terra aparece como um conceito de teor mais
simbólico do que prático. A sua interpretação é, portanto, diferente da dos outros
planetas. Na verdade, só fará sentido quando considerada em função do Sol.
A vivência prática deste signo leva o signo do Sol a relativizar-se e tornar-se mais
auto-consciente. Na verdade, só podemos realizar totalmente o signo solar quando
tivermos experimentado em plenitude o seu oposto, ou seja, o signo da Terra.
Este eixo remete-nos para as polaridades dos signos e para a sua relação mútua - um
signo só se define totalmente perante o seu signo complementar.
Num horóscopo natal, a Terra representa também o corpo físico, a base de operações,
a existência física do ser. A Terra é o campo de experiência do Sol e, por extensão, de
todo o mapa natal. Representa o corpo físico, a base de operações, a existência física
do ser.
Num outra perspectiva, a relação Lua-Terra espelha a mobilidade face à permanência.
A Lua simboliza tudo o que é móvel, variável, cíclico, moldável, enquanto a Terra
indica a própria vida concreta. A Lua representa o sonho, a Terra indica a realização
das coisas.
Torna-se, por isso, fundamental que a análise da relação Sol-Lua tome sempre em
consideração o terceiro ponto: a Terra.
O eixo Sol-Terra
O campo de experiência e aprendizagem do Sol é a Terra.
É na Terra que temos oportunidade de testar na prática o nosso processo de
consciência, simbolizado pelo Sol.
Este processo de aprendizagem manifesta-se pelo equilíbrio dos opostos: o eixo Sol-
Terra.
Quando o Sol está num signo de Fogo, a Terra está num signo de Ar.
Quando o Sol está num signo de Terra, a Terra está num signo de Água.
A expressão concreta e prática da identidade confronta-se com a profundidade e
subjectividade do mundo do sentir.
Sol em Touro, Terra em Escorpião: a vivência da posse e acumulação, é
dinamizada pela experiência da troca, partilha e perda.
Sol em Virgem, Terra em Peixes: a identidade definida, eficiente e perfeccionista
aprende a lidar com a indefinição e inconstância dos sentimentos.
Sol em Capricórnio, Terra em Caranguejo: o ego ambicioso, austero e motivado
para a expressão social sensibiliza-se para a necessidade de protecção e recolhimento
juntos dos "seus".
Quando o Sol está num signo de Ar, a Terra está num signo de Fogo.
Quando o Sol está num signo de Água, a Terra está num signo de Terra.
Regentes planetários
Como já referimos, os signos do Zodíaco podem ser comparados a papéis numa peça
de teatro. Os planetas seriam os actores que vão representar esses papéis, de acordo
com o signo em que se encontrem.
Estes actores (os planetas) terão naturalmente mais facilidade em representar
determinados papéis (signos) e sentir-se-ão menos adequados a outros. Podemos,
assim, dizer que alguns signos são "confortáveis" para alguns planetas, enquanto
outros poderão ser considerados "desconfortáveis".
Nos signos onde parece ser mais fácil ao planeta expressar-se com facilidade diz-se
que está em dignidade. Nos signos onde o planeta parece menos adaptado diz-se estar
em debilidade.
Antes, contudo, de avançarmos com quaisquer tentativas de interpretação, importa
frisar que o facto de um planeta estar em dignidade não significa necessariamente que
seja "bom", tal como a debilidade não indica que seja "mau".
Assim, um planeta dignificado terá, à partida, a sua expressão facilitada. A sua
expressão estará, portanto, altamente energizada. No entanto, esta facilidade e
energia pode também levar a alguns exageros. Da mesma forma, um planeta em
debilidade poderá encontrar dificuldades de expressão, mas estas mesmas dificuldades
podem catalisar um processo interno de compreensão e trabalho interior que é, em si
mesmo, muito positivo.
Para melhor entendermos estes termos, vamos por um momento encarar os signos
como se fossem reinos.
Cada reino tem o seu próprio rei. Da mesma forma, cada signo terá um planeta que
vai regê-lo - o planeta regente - tal como veremos na tabela do próximo artigo.
Quando um planeta está no seu próprio signo diz-se que está em regência ou
em trono.
Importa, contudo, realçar que o rei é o representante do reino mas não é o próprio
reino. Há que distinguir entre a Inglaterra e a rainha Isabel II, por exemplo.
Da mesma forma, o dinâmico e assertivo signo de Carneiro é regido pelo planeta
Marte, com as suas qualidades de acção e iniciativa. Quando Marte está em Carneiro,
atinge a sua expressão ideal. Ele rege (reina) nesse signo. Por essa mesma razão,
pode também cair em excessos.
Contudo, apesar das claras semelhanças entre ambos, signo não deve ser confundido
com o seu planeta regente, ou vice-versa.
Quando o rei se encontra muito longe do seu reino, numa terra estranha, ninguém lhe
presta homenagem e o seu poder está enfraquecido. Assim, quando o planeta está
no signo oposto ao da sua regência, diz-se que está em exílio ou detrimento.
Por exemplo, Marte em Balança (signo oposto ao Carneiro) está em exílio. As
capacidades guerreiras de Marte não encontram terreno propício em Balança, onde
reinam as leis da harmonia, da estética e dos relacionamentos. O desafio aqui será o
de dominar a sua impaciência e aprender a ser diplomata.
Por outro lado, o rei pode não estar no seu reino mas ser o convidado de honra de
num reino amigável. Nesse reino, será tão homenageado como em sua própria casa
(ou talvez mais) e terá o seu poder muito fortalecido. Se for o convidado de honra,
diz-se que está em exaltação (no sentido de ser elevado ou "posto ao alto").
Continuando com o nosso exemplo, Marte está exaltado em Capricórnio, signo que
representa o esforço e o trabalho em direcção a um objectivo. Aí, a actividade e
energia de Marte poderão ser trabalhadas, através do esforço e disciplina
capricornianas, até darem o seu máximo rendimento.
Finalmente, quando o rei se encontra no reino mais distante daquele onde foi exaltado,
as suas qualidades são pouco apreciadas e tem poucas oportunidades de expressão.
Quando um planeta está no signo oposto ao da sua exaltação diz-se que está
em queda.
Marte está em queda no Caranguejo, o signo oposto ao Capricórnio. A acção agressiva,
directa, frontal tem pouca receptividade num reino onde a prioridade é a defesa,
protecção e nutrição. Em Caranguejo o guerreiro irá aprender a canalizar a sua
agressividade natural para a protecção e a manutenção da estabilidade.
Sol em Signos de Ar
O signo onde se encontra Mercúrio num mapa natal dá-nos indicações sobre a forma
como o indivíduo comunica, pensa e aprende.
O signo ocupado por Vénus num mapa natal dá-nos indicações sobre aquilo que o
indivíduo valoriza, a sua capacidade de empatia e a forma como se relaciona.
O signo onde Marte se encontra num mapa natal dá-nos indicações sobre as formas de
acção, as reacções e a expressão sexual do indivíduo.
Num mapa natal, a posição de Júpiter indica uma área de expressão em que nos
sentimos mais à vontade, onde nos é fácil expandir. Há uma noção de alegria,
abundância e prazer associado àquele elemento.
Júpiter em Terra: por ter como base o mundo concreto, a expansão é mais segura e
estruturada. Acredita na experiência concreta, naquilo que constrói e tem (Touro), no
que analisa e qualifica (Virgem) e nas estruturas e hierarquias (Capricórnio).
A posição de Saturno num mapa natal indica uma área onde nos sentimos restringidos,
limitados e por vezes até em desvantagem. É, ao mesmo tempo, uma área onde
vamos ter oportunidade de aprender através da experiência e do esforço, e onde
temos possibilidade de ganhar sabedoria.
As Casas Astrológicas
As Casas astrológicas são doze divisões do círculo que representa o mapa natal. A sua
determinação faz-se começando por calcular o Ascendente e o Meio-do-Céu, os dois
eixos principais do mapa. Oprimeiro horizontal e o outro vertical. O Ascendente vai ser
o início da 1ª casa.
A 1ª Casa mostra de que modo a pessoa "vê" o mundo, e como "é vista" pelos outros,
como age naturalmente nas situações mais imediatas. Mostra também que tipo físico a
pessoa poderá ter. Está associada ao signo de Carneiro
A 4ª Casa, mostra-nos como é o ambiente familiar. Que tipo de relação a pessoa tem
com a família, com as suas "raízes". De que modo fomos ou somos "alimentados" por
ela. Está associada ao signo de Caranguejo.
A 6ª Casa diz-nos como a pessoa produz (ou pode produzir) no mundo do trabalho. É
através desse trabalho que ela põe a funcionar o seu potencial criativo de uma forma
produtiva e ao mesmo tempo o vai aprimorando. Também nos dá informações sobre
eventuais doenças "psico.somáticas". Está associada ao signo de Virgem.
A 11ª Casas diz-nos que tipo de ideais grupais têm a haver connosco, com que tipo
de amigos nos identificamos e gostamos de colaborar para um projecto comum que
vise o bem estar de todos. É portanto a Casa dos ideais, das aspirações. Está
associada ao signo de Aquário.
A 12ª Casas, é a que nos revela o nosso mais profundo mundo interior, o modo como
procuramos ligar-nos à nossa Alma. Também é indicadora das prisões e isolamento e
possíveis doenças. Está associada ao signo de Peixes.
A casa é uma área de expressão onde as energias planetárias e zodiacais vão ser
expressadas. Num mapa astrológico ou horóscopo, cada casa vai conter um signo que
a vai qualificar e poderá também conter ou não planetas.
As Casas Astrológicas
O que são?
Casas e signos
Contudo, há que ter sempre presente que existe uma importante diferença: os signos
são os temas ou arquétipos principais do mapa, enquanto as casas representam áreas
de vida.
Podemos afirmar que os signos são causais: dão energia, originam, determinam
qualidades. As casas, por seu turno, são receptáculos e áreas de expressão das
energias dos signos (Nesta perspectiva, os planetas seriam mediadores da expressão
de energia).
Voltando à comparação do mapa natal com uma peça de teatro, podemos considerar
os signos como os temas ou "papéis" dessa peça e os planetas como os actores que
representam esses papéis. Nessa comparação, as casas astrológicas seriam os
diversos cenários ou palcos onde a peça se vai desenrolar.
Os Hemisférios
Tal como acontece com os signos do Zodíaco, podemos agrupar as casas astrológicas
de diversas formas: por hemisférios, quadrantes, elementos, modos ou polaridades.
A forma mais simples é o agrupamento por hemisférios.
Abaixo do horizonte vemos o Hemisfério Nocturno, que contém as casas I, II, III, IV, V
e VI. Representa a área de vivência pessoal, auto-centrada, nocturna ou "invisível" da
vida. Quando este hemisfério está acentuado no mapa natal, o indivíduo tende a ser
reservado, introvertido e a viver no seu mundo interior. Pode ser tímido e
egocentrado.
Acima do horizonte fica o Hemisfério Diurno, que contém as casas VII, VIII, IX, X, XII
e XII. Simboliza as áreas sociais, diurnas, "visíveis" e do domínio público. Se estiver
muito acentuado num mapa natal, representa extroversão, sociabilidade, capacidade
de comunicar e gosto pelas "luzes da ribalta". Quando em exagero, pode indicar falta
de bases e pouca interiorização.
Os Quadrantes
Da interacção entre os eixos Ascendente/Descendente e Meio do Céu/Fundo do Céu
surgem os quatro quadrantes. Estes são, afinal, especificações dos próprios
hemisférios.
Quando está muito acentuado, o indivíduo tende a focalizar a sua atenção na auto-
afirmação e auto-descoberta.
Se estiver forte num mapa, revela uma personalidade que se experimenta e põe à
prova, tendo em vista a auto-expressão e o aperfeiçoamento.
Quando está muito forte num mapa, revela uma personalidade que se expressa
principalmente através de propósitos criativos sociais
As Casas e os Elementos
Tal como acontece com os signos, as casas astrológicas podem ser agrupadas por
elemento e por modo.
São por vezes designadas a Trindade da Vida. Estão relacionadas com a expressão de
identidade, a vitalidade geral do indivíduo.
Muitos planetas em casas de Fogo mostra uma expressão activa, forte, enérgica,
positiva e, por vezes, inspirada. O indivíduo tem muita vitalidade e usa-a para
expressar a sua identidade, de formas directas e criativas.
Uma excessiva ênfase nas casas de Fogo pode indicar demasiada necessidade de
expressão exterior do ego, em detrimento da interiorização e da vida interior.
As Casas e os Modos
Tal como acontece com os signos, a classificação por modos também se aplica às
casas. Existem, contudo, algumas diferenças, como veremos a seguir.
ANGULAR - Casas I, IV, VII, X.
Palavra-Chave: Acção
Estão ligadas aos 4 ângulos do mapa: Asc. (I), Desc. (VII), MC (X) e FC (IV).
Marcam o início de cada um dos quadrantes do mapa natal.
São casas de Ser, de expressão de energia.
Estão ligadas ao Presente, à forma.
Os planetas que se encontrem nestas casas vão ter importância destacada na
expressão da personalidade.
É por esta razão que encontramos, por exemplo, indivíduos com ascendente Carneiro
que, em vez da tradicional impulsividade e assertividade, têm um aspecto comedido e
até mesmo um tanto receoso. Um Saturno próximo do Ascendente (entre outros
factores) pode ser o "causador" desta retenção das energias do Carneiro.
Num outro exemplo, podemos encontrar alguém que tem ascendente Virgem e que,
em vez da reserva e precisão próprios deste signo, avança para a vida com inesperado
optimismo e expansividade. A presença de Júpiter próximo Ascendente, poderá ajudar
a compreender a extroversão e o gosto pela aventura numa pessoa de quem, à
partida, se esperaria um comportamento modesto, cuidadoso e pormenorizado.
Outro aspecto a levar em conta é o planeta que rege o signo ascendente. A sua
posição por signo e casa vai acrescentar dados importantes sobre a expressão
imediata da personalidade.
1- o signo Ascendente
2- os planetas que se encontrem próximos (cerca de 10º antes ou
depois) do Ascendente
3- o planeta regente do signo Ascendente (segundo a sua posição por
signo e casa)
Só assim teremos uma visão correcta deste importante factor de
interpretação astrológica.
Os Signos Ascendentes
Ascendente Carneiro
Quem tem Ascendente Carneiro entra na vida como quem entra num desafio: com
impulsividade, pioneirismo, ousadia, impaciência. A expressão é activa, espontânea,
competitiva, directa e assertiva.
Quem tem este ascendente tende a acreditar que o caminho mais curto entre dois
pontos é uma recta e a pôr isso em prática em todas as circunstâncias da vida, por
vezes com grandes ganhos de tempo e benefícios, outras vezes com consequências
menos felizes.
Ascendente Touro
Existe geralmente uma habilidade natural em lidar com os recursos materiais, tendo
em vista estabilidade e a abundância material. A abordagem é prática, física e
sensorial: pode haver uma sensualidade forte, simples e desinibida, uma certa
tendência à gula e, em geral, uma grande capacidade de apreciar os confortos e
prazeres da vida. O sentido estético, que está quase sempre presente, pode ser
também simples e um pouco rústico, dando preferência ao que é natural e confortável.
Existem dois tipos físicos bem distintos que podem ser considerados associados ao
Ascendente Touro. Um é pesado e sólido, com pescoço forte e tendência a aumentar
de peso; o outro apresenta uma constituição harmoniosa, delicada e elegante. Alguns
indivíduos reunem características de ambos os tipos.
Ascendente Gémeos
Os factores físicos geralmente associados ao Ascendente Gémeos são uma figura ágil e
um tanto andrógina, que tende a manter o aspecto juvenil até muito tarde. As mãos e
braços podem estar em evidência, tanto pelo gesticular contínuo como pela sua
elegância e delicadeza. O rosto pode ser vivo, móvel, expressivo e marcado por um ar
de eterna adolescência.
Ascendente Caranguejo
A primeira impressão da vida é sentida através da Água Cardinal: acção motivada
pelos sentimentos.
Expressão cautelosa e grande necessidade de segurança emocional são características
de quem tem Ascendente Caranguejo. A expressão da individualidade é cautelosa e
"tradicional", aparentemente pouco marcada e pouco assertiva.
Esta camuflagem pode, contudo, ser apenas aparente. Por detrás dela esconde-se, por
vezes, uma grande tenacidade e uma inesperada capacidade de se "agarrar"
teimosamente a comportamentos de preservação (física e emocional) e a situações em
que sinta familiaridade e segurança, mesmo que esta segurança seja feita à custa de
outros.
Ascendente Leão
Quem tem Ascendente Leão entra na vida com grandes passadas: a expressão pessoal
é calorosa, "quente", digna e poderosa. O mundo, os outros e as circunstâncias em
geral podem ser vistas como um grande palco onde, ao longo de diversos actos e
cenas, a individualidade vai manifestar-se de forma brilhante e poderosa. A
necessidade de protagonismo é imperativa e quase constante.
O indivíduo com este ascendente tende a dominar as situações com a sua projecção
carismática; esta contudo, pode ser demasiado abrupta, autoritária ou avassaladora,
tocando mesmo, em casos extremos, as raias da arrogância.
Ao longo da vida, esta forte expressão tende a ser posta em causa e a modificar-se.
Na maturidade, poderá deixar de encarar a vida como um grande palco e passar a vê-
la como uma oportunidade criativa. Nessa altura, as manifestações pomposas e
gratuitas, de carácter personalístico, dão lugar a uma atitude verdadeiramente
criativa, generosa, desinteressada e vitalizante.
No aspecto físico ligado a este ascendente surge, em geral, associado a uma atitude
naturalmente altiva, quase régia, e a uma cabeleira bonita, volumosa, tipo "juba de
leão".
Ascendente Virgem
Esta forma de abordar a vida pode levar a uma atitude de crítica implacável, que se
torna muito desmoralizadora e, em casos extremos, chega a tornar-se paralizante.
A partir de uma certa fase da vida, o indivíduo com este ascendente começa a
aprender que a perfeição está subjacente a tudo, mas que não tem possibilidades de
se manifestar plenamente no plano físico. Nessa altura, a tolerância e a compreensão
começam a temperar o seu sentido crítico, levando-o a encarar todas as coisas (e a si
mesmo) como manifestações terrenas do arquétipo da Perfeição.
Ascendente Balança
Ascendente Escorpião
É através da Água Fixa que as primeiras impressões da vida são sentidas: intensa
necessidade de segurança e transformação emocional.
Para o Ascendente Escorpião, a expressão pessoal é intensa, carismática, poderosa e
sempre um tanto secreta. Para ele, a vida é uma batalha, onde vitórias e derrotas
marcam e transformam a expressão individual.
O indivíduo com este ascendente pode ver-se como um lutador, um reformista ou um
investigador. O seu carisma que começa por ser fascinante, pode torná-lo
incomodativo ou mesmo belicoso.
Todos os aspectos da vida são sentidos com grande intensidade, mas também com
uma profunda contradição interior. Perante qualquer desafio imediato (em coisas
simples do dia-a-dia), reage com um misto de atracção e repulsa, avidez e
desconfiança, desejo e negação do próprio desejo.
Esta turbulência emocional leva-o ao principal tema deste signo - o da morte e
transformação. Ao compreender que a verdadeira batalha é interior, o Escorpião
ascendente inicia uma nova fase na sua vida - deixa de lutar contra inimigos exteriores
e lança-se na cruzada contra os seus demónios interiores, trazendo-os para a luz da
consciência e transcendendo-os. É nessa altura que descobre em si recursos e
capacidades que até então desconhecia. Deixa de ser um lutador e torna-se um
guerreiro espiritual.
Olhos de expressão intensa e profunda, sublinhados por sobrancelhas espessas e
bonitas, são característicos deste ascendente.
Ascendente Sagitário
Quem tem ascendente Sagitário tende a entrar na vida como quem começa uma
viagem: com entusiasmo, curiosidade, optimismo e boa-disposição. Na sua abordagem
existe sempre uma componente de aventura, descoberta.
O indivíduo com este ascendente lança-se à descoberta de uma nova fronteira, de uma
nova ideia ou da solução para os problemas globais com o mesmo entusiasmo e
convicção com que parte em busca de um tesouro, descobre um novo disco ou, mais
prosaicamente, explora a despensa em busca de guloseimas. É optimista: acredita que
"hão-de acontecer coisas boas" e que a vida, afinal, "não é assim tão má". Com a sua
fé jovial e inabalável, encara tudo como um jogo e não hesita em correr riscos. O que
poderá correr mal?...
Ascendente Capricórnio
Ascendente Aquário
É através do Ar Fixo que se faz a primeira entrada na vida: segurança nas ideologias e
pontos de vista globais.
Quem tem Aquário ascendente baseia a sua expressão pessoal numa aparente
contradição. Tem uma necessidade imperativa (embora por vezes disfarçada) de ser
único, diferente e inconvencional mas precisa de ser aceite pelo colectivo, pela
sociedade. Por outras palavras: tem de ser diferente e, ao mesmo tempo, igual; é
simultaneamente rebelde e gregário.
Na maior parte dos casos, contudo, a faceta experimental e pioneira deste signo
consegue encontrar soluções originais e equilibradas (geralmente depois de várias
tentativas). Pode juntar-se a grupos diferentes e originais que lhe dêem espaço e
liberdade; pode ter diversos grupos de amigos, que representem diversas facetas da
sua personalidade; ou pode tentar compartilhar o seu "mundo paralelo", onde reina a
busca da liberdade e a visão do futuro.
Qualquer destas soluções vai permitir ao indivíduo trocar ideias e pontos de vista,
sentindo-se, desta forma, acompanhado na sua diferença.
Ao compreender que não precisa de se rebelar para ser livre, o indivíduo com este
ascendente começa a encarar a vida como uma grande experiência de solidariedade.
Descobre, então, que tem a capacidade de partilhar com todas a humanidade as suas
ideias largas globais, numa perspectiva de serviço, esperança e fraternidade. As
utopias tornam-se, então, ideias realizáveis.
Este ascendente é associado a figuras grandes, altas e a rostos de expressão aberta.
Pode ter uma espécie de "aura eléctrica", que lhe dá um toque excêntrico.
Ascendente Peixes
Um aspecto físico vago, etéreo e um pouco "perdido" pode ser a marca deste signo
ascendente. Alguns indivíduos são verdadeiros "espelhos vivos", reflectindo e imitando
tudo o que os impressiona.
Casa I
Pela análise desta área do mapa astrológico, podemos ter indicações adicionais sobre o
tipo de experiência através da qual nos descobrimos como indivíduo, a forma como
tomamos iniciativas e a forma como começamos as acções.
Descreve mais pormenores sobre a imagem que projectamos exteriormente: dá
algumas pistas sobre a maneira como os outros nos vêem, tanto do ponto de vista
físico como no aspecto comportamental.
Casa II
É nesta área de vida que vamos concretizar, fixar e dar forma ao que iniciámos sob o
impulso do Fogo Angular da Casa I.
É aqui que entramos em contacto com os recursos, valores próprios e posses pessoais;
é aqui que nos deparamos com o conceito de valorização, segurança e estabilidade.
A Casa II representa os recursos que temos ou queremos ter para nos sentirmos
seguros e "importantes". Esta área do mapa mostra aquilo que valorizamos, o que nos
dá segurança; os recursos e atributos que nos dão o sentido de valor.
Estes recursos são físicos e patrimoniais, mas também podem ser emocionais,
psicológicos ou espirituais Nesse sentido, os amigos, a cultura ou a saúde podem
também ser considerados "recursos pessoais" tão ou mais importantes como o dinheiro
e a gestão e acumulação de bens.
Assim, vamos vivenciar o auto-valor, os recursos e as posses, nos mais diversos
níveis:
Vemos, assim, que esta casa indica não apenas o "ter" mas também o usar e o gerir,
actividades aqui encaradas como complementares ao "ser".
Casa III
O Fundo do Céu
É o ponto mais "interno" do mapa natal. Representa o sentido de unidade interior que
cada ser transporta consigo. É o "eu aqui dentro", o centro da existência de cada ser.
Tal como o Ascendente (outro ângulo importante do mapa natal), o Fundo do Céu
representa um aspecto essencial da estrutura do indivíduo. Mas ao contrário do
Ascendente, que se manifesta na expressão imediata e directa, o Fundo do Céu
raramente é vivido de forma consciente.
Por este motivo, o Ascendente representa a auto-imagem imediata, enquanto o Fundo
do Céu simboliza a auto-imagem inconsciente. O primeiro mostra a forma como nos
expressamos no imediato, a forma como começamos as coisas; o segundo revela o
que somos "cá dentro", a nossa base interior.
Para além de ser a cúspide da Casa IV, o Fundo do Céu marca também o início do
Segundo Quadrante.
Casa IV
A Casa IV, que tem a sua cúspide (início) no Fundo do Céu, representa as origens, o
passado, as raízes emocionais, psíquicas, familiares e raciais.
Esta Casa vem complementar o significado do Fundo do Céu, da mesma forma que a
Casa I complementa as indicações dadas pelo Ascendente.
É o ponto de assimilação da experiência emocional relativa a tudo o que foi vivido nas
casas anteriores (as "memórias de infância"). É na Casa IV que se faz a integração e
estruturação da mente, corpo e sentimentos, bem como a manutenção das
características individuais do eu.
É a matriz, a base de operações e o centro de poder.
Rege tudo o que tenha a ver com abrigos, refúgios e lares de infância, assim como a
experiência emocional do início e do fim da vida.
Casa V
Procriação: a capacidade de gerar, os filhos. As crianças são aqui encarados mais como
projecções do ego do que como "outras pessoas" independentes e autónomas.
Casa VI
Casa Cadente de Terra - conhecimento concreto, material
As doenças são aqui encaradas como bloqueios de energia criativa que não é usada
produtivamente. Quando os nossos deveres e rotinas no mundo do trabalho não
correspondem às nossas verdadeiras necessidades, arriscamo-nos a ficar doentes. Da
mesma forma, um trabalho compensador pode promover o bem-estar e a saúde.
Quanto aos animais domésticos, é por demais conhecido o efeito benéfico que podem
ter sobre as condições de saúde dos donos. Além disso, os animais eram antigamente
vistos como serviçais (outro tema da Casa VI), que ajudavam aos cumprimento das
rotinas diárias.
A Casa VI rege, assim, tudo o que está tem a ver com limpezas, rotinas e deveres.
Relaciona-se também com a nossa capacidade de trabalho e de auto-aperfeiçoamento.
O Descendente
Ao longo do percurso que nos levou da Casa I à Casa VI, experienciámos a nossa
dimensão física, intelectual e emocional.
Todo este campo de experiências pertence à primeira metade do mapa, àquela que
está "abaixo do horizonte" e que diz respeito à vida pessoal, privada.
Na Casa VII emergimos "acima do horizonte", iniciando o Hemisfério Diurno.
um contexto cada vez mais abrangente: primeiro os parceiros, depois a Sociedade,
finalmente o Colectivo.
Casa VII
A Casa VII dá-nos indicações sobre a forma como estamos na relação e sobre o tipo de
pessoas que atraímos nas nossas parcerias. É, por isso, considerada a casa do
cônjuge, do casamento.
Muitas vezes, encontramos nos nossos parceiros as características e "defeitos" que não
conseguimos ver em nós mesmos. Assim, está também relacionada com os inimigos
declarados.
Casa VIII
Casa Sucedente de Água - segurança emocional
Esta tentativa de união pode ser vivenciada como uma forma de aumentar o poder e o
domínio do ego, ou como uma via para a transcedência, através da transformação
desse mesmo ego.
Casa IX
Casa Cadente de Fogo - conhecimento da identidade
A Casa IX é, por isso, a casa da identificação com o significado último das coisas: com
a Verdade ou a "Pedra Filosofal".
Para além das questões filosóficas e religiosas, a Casa IX rege também o "ambiente"
que se vive nos relacionamentos, a ética conjugal e as relações com os parentes por
afinidade (sogros, cunhados, etc). Rege ainda as grandes viagens, pois a viagem, por
nos permitir conhecer novas culturas, filosofias, modos de vida, religiôes, faz-nos
alargar horizontes.
O Meio do Céu
Estamos agora no ponto mais "elevado" do mapa. Vivenciámos todo o hemiciclo de
auto-conhecimento (o Hemisfério Nocturno) e uma boa parte da experiência com os
outros (Terceiro Quadrante). A nossa identidade sofreu importantes crises
transformativas e delas conseguimos extrair um significado maior.
Entramos então no Quarto e último Quadrante, no qual o foco de expressão do
indivíduo vai ser primariamente colectivo, resultado de uma transformação pessoal e
pessoal-social anteiror.
Resta-nos agora pôr toda esta experiência ao serviço do Colectivo, tarefa que
levaremos a cabo no conjunto de casas deste último quadrante.
O signo que se encontra no Meio do Céu indica o modo como gostaríamos de ser vistos
pela sociedade; sugere qualidades e modos de expressão pelas quais gostaríamos de
ser lembrados.
Casa X
Define também aquilo que representamos para a Sociedade, a nossa imagem social.
Casa XI
Nesta casa vivemos a possibilidade de nos integrarmos num esquema ainda mais vasto
do que a própria imagem social.
É a área de vida onde as nossas conquistas sociais (Casa X) se relativizam perante a
Humanidade. A nossa posição social tem aqui a possibilidade de integrar-se com as
ideologias e correntes de pensamento colectivas.
Nesta área de vida, vemo-nos como seres criativos individuais, integrados num todo
maior (o grupo, a Humanidade). Relaciona-se com o estágio em que somos capazes de
comunicar a nível global.
A Casa XI rege a nossa atitude relativamente à realização e sucesso social ou à sua
falta, a capacidade de reformular e transformar a Sociedade do seu tempo. Tem a ver
com sonhos, visões, imaginações a projectos de carácter humanitário, idealista e
mesmo utópico.
Casa XII
Casa Cadente de Água - conhecimento/aprendizagem emocional e para a
Alma
Nesta última Casa de Água dá-se a integração emocional das experiências de todo o
mapa. Representa o mergulho nas memórias do inconsciente.
A Casa XII indica o tipo de experiências através das quais alcançamos o que de mais
íntimo e profundo existe em nós; é o momento do confronto do Eu consigo mesmo.
Pode ser vivenciada como experiência mística ou onírica, meditação, dádiva, rendição
e entrega perante algo maior que o ser. Todos os factores nela contidos são
vivenciados de forma interior e subjectiva.
Esta casa refere-se a tudo o que diz respeito à vida anímica e interna: é através dela
que temos acesso ao inconsciente colectivo, com os seus mitos intemporais - é onde
tocamos o "sentir colectivo".
CASA 1
Planetas na Casa I indicam funções úteis ao processo de descoberta do nosso
verdadeiro Eu. Representam a nossa "maneira de ser" mais imediata, o tipo de
interacção primária que temos com o Mundo. Indicam também o tipo de atitude
imediatamente visível, aquilo que nos "sai sem pensar".
Vénus: Um aspecto agradável, por vezes refinado, pode marcar esta posição
planetária. Quer agradar e necessita de estar em relação com os outros. Segundo a
tradição, a figura é agradável, proporcionada e roliça, com pele morena e cabelos
escuros e lisos.
Saturno: Abordagem cautelosa, retraída e por vezes desconfiada. A figura tende a ser
esguia e seca, com rosto melancólico e olhos de expressão triste.
Urano: Impulso para ser diferente e único, grande individualismo. A figura pode ser
original, às vezes irreverente e excêntrica.
CASA 2
Planetas na Casa II indicam aspectos em que devemos ganhar valor, ou que temos de
aprender a valorizar e gerir. Mostram a forma como lidamos com o mundo material e
com o sentimento de "ter".
Vénus: Há uma afinidade natural entre este planeta e a Casa II. O sentido de posse e
a apreciação estética passam a estar intimamente ligadas: adquire coisas bonitas,
confortáveis e "emocionalmente agradáveis". Os relacionamentos podem também ser
encarados como "aquisições" de valor
Marte: Toda a área de posses e gestão de valores está directamente ligada à acção,
luta e agressividade. Pode haver uma competitividade acentuada na aquisição de
recursos pessoais. A tendência será valorizar tudo o que tiver sido conquistado pela
acção e luta (o tipo de luta vai ser indicado pelo signo).
Saturno: Todo o tema dos valores e das posses está imbuído de forte cautela e
pessimismo. O receio de "não ter" ou de perder subitamente o que se tem pode levar a
atitudes de poupança exagerada (avareza) ou, no extremo oposto, recusa em lidar
com questões materiais. Em ambos os casos, o desafio de Saturno, é o de aprender a
gerir responsavelmente valores e recursos.
Neptuno: O valores podem ser vividos como uma grande expectativa. Há uma
indefinição de geral de valores que muitas vezes se expressa por uma confusão entre
ideais (geralmente de pendor "espiritual") e valores concretos.
CASA 3
Planetas na 3ª casa dão-nos indicações sobre a maneira de comunicar, as formas de
aprendizagem e o tipo de informação que valorizamos.
Mercúrio: Há uma afinidade natural entre este planeta e a Casa III. Curiosidade,
versatilidade, gosto pela aprendizagem e capacidade de troca de informação (escrita
ou falada).
CASA 4
Planetas nesta casa descrevem a vivência do lar de origem. Representam aspectos do
ser que que podem estar condicionados por experiências de infância. Estes aspectos
são vivenciados no íntimo, no refúgio do lar. A proposta será fazê-los passar do estado
de "latência" para o de expressão.
O Sol: A identidade pode ter sido profundamente marcada pela infância e pelo meio
familiar em geral. Esta fase de crescimento será sempre uma referência (agradável ou
desagradável). Para "crescer", há que passar por um processo de "emancipação" do
meio familiar.
A Lua: Há uma afinidade natural entre este planeta e a Casa IV. A vida emocional está
intimamente ligada ao lar. Há uma necessidade de refúgio e de introspecção que
"alimentam" a equilíbram as emoções. Pode existir um forte apego à imagem materna.
Mercúrio: Os processos de comunicação e a aprendizagem podem ser vividos de
forma reservada e introvertida. É na intimidade, quando os sentimentos de confiança e
intimidade estão presentes, que o indivíduo comunica de forma mais activa.
Júpiter: É na intimidade que o indivíduo se expande e busca conforto. Pode ter havido
algum aspecto filosófico ou idealista na infância. Pode também haver uma grande
expectativa em relação à família, que nem sempre se cumpre.
Saturno: Medos e restrições sentidos muito cedona vida. O lar de infância pode ter
sido rígido e "seco". A infância pode ter sido marcada por responsabilidades precoces.
Desta situação surge uma postura de retraimento e fuga às emoções
Urano: Cortes e rupturas no lar de infância. O início de vida pode ter sido muito
instável e cheio de situações imprevisíveis. Pode haver uma grande necessidade de
liberdade, que é vivida de uma forma subjectiva e interiorizada.
Plutão: A vida interior é palco de profundas crises emocionais. Pode ter havido alguma
figura de poder que marcou a infância. O indivíduo busca poder pessoal na família e no
lar. É também aqui que se confronta com as suas maiores transformações
CASA 5
Planetas nesta casa são projectados de uma forma criativa, teatral, lúdica; são
expressos através da afirmação de identidade. Para algumas pessoas, são veículos de
criatividade e de auto-afirmação; para outras, podem ser "projectados" nos filhos.
Se na Casa V estiver...
O Sol: Há uma afinidade natural entre este planeta e a Casa V. O sentido de
identidade atinge a sua máxima expressão nesta casa. A expressão pessoal é de um
modo geral energética e intensa.
CASA 6
Planetas nesta casa mostram aspectos da individualidade que são normalmente vividos
de modo produtivo e eficiente. Definem também a forma de estar no mundo do
trabalho e dão indicações sobre o tipo de trabalho mais adequado.
Se os planetas nesta casa forem usados de forma desequilibrada, podem representar
bloqueios ou questões de saúde.
Se na Casa VI estiver ...
Marte: Atitude afirmativa, por vezes bélica, no ambiente de trabalho. Tende a impôr-
se. Tende a escolher empregos onde possa usar a assertividade e pode aspirar a
posições de comando. Gosta de acção, "luta" e competição.
Saturno: O ambiente de trabalho pode ser visto como limitativo, pesado e, nalguns
casos, assustador. Alguns indivíduos começam a trabalhar muito cedo, enquanto
outros evitam ter emprego fixo. Em ambos os casos , a responsabilidade e o dever são
factores de peso. O mundo do trabalho contribuirá para o amadurecimento e a
responsabilidade pessoal.
Nota: Esta é apenas uma abordagem inicial e sintética. Para um estudo completo,
seria necessário acrescentar muitos outros factores.
CASA 7
Planetas em VII expressam-se estabelecendo laços de contacto com o outros.
Funcionam através dos relacionamentos. Definem não só como nos relacionamos, mas
também o tipo de pessoas que atraímos nos nossos relacionamentos.
São qualidades que vivenciamos através do outro, como se o relacionamento fosse um
espelho através do qual nos conhecemos.
Vénus: Nesta casa Vénus atinge a sua expressão máxima. A busca de harmonia e
estética é vivida através da relação. A empatia e troca são valores fundamentais.
Procura parceiros agradáveis e sociáveis.
CASA 8
Os planetas nesta casa representam factores da personalidade que estão
condicionados por factores exteriores ou por motivações pessoais inconscientes. Por
vezes, estes factores são vividos através de jogos de poder e manipulação. Outras
vezes, tornam-se factores de transformação, devido à forte carga emocional que
transportam.
Planetas na VIII podem também representar aspectos do ser que estão ocultos e que
poderão vir a ser transformados.
Neptuno: Sensibilidade psíquica, que por vezes causa mal-estar e transtornos. Pode
haver uma grande expectativa nas áreas do oculto e da sexualidade. O envolvimento
íntimo pode ser revestido de grande idealização e expectativa.
CASA 9
Planetas nesta área do horóscopo representam o modo como vivemos as experiências
filosóficas, éticas, religiosas, etc.
Dão também indicações sobre aquilo em que acreditamos e a atitude perante o ensino
superior e a religião. Num certo sentido, representam a imagem que temos da
Divindade.
A Lua: Comunica os seus ideiais de forma emotiva e, por vezes, um pouco imatura.
Por vezes tem alguma insegurança em relação àquilo que sabe, pelo que poderá
tornar-se demasiado opinativo.
Júpiter: Ideais profundos mas vagos e indefinidos. Grande projecção emocional nas
crenças e nas questões de fé. Quando bem integrada, esta configuração pode
representar inpiração e "boa fortuna".
Plutão: Dificuldade na expressão do poder pessoal, que pode ser exercido de forma
inconsciente ou "ilícita". Profunda capacidade de "limpar" e regenerar as vivências
inconscientes.
Nota: Esta é apenas uma abordagem inicial e sintética. Para um estudo completo,
seria necessário acrescentar muitos outros factores.
CASA 1 /Ascendente
Ver artigo: Os Signos Ascendentes
CASA 2
Touro: Quando o segundo signo está na segunda casa, temos uma sobreposição de
energias semelhantes. O valor pessoal está muito associado àquilo que se tem. Pode
haver uma grande ênfase em questões de estabilidade material.
Gémeos: Os valores têm um teor muito conceptual: manifestam-se mais no plano das
ideias do que no concreto. Há uma atitude geral de ligeireza, versatilidade e
desprendimento ao lidar com posses e gestão de valores.
Peixes: Difuso e disperso: não tem a noção exacta do que possui e do que vale.
Dificuldade em lidar com limites e barreiras. Valoriza o despojamento e a humildade.
Pode culpabilizar-se por "ter coisas" e tentar fugir através da dádiva indiscriminada.
Sensibilidade para a falta de recursos alheios.
CASA 3
Gémeos: Quando o terceiro signo está na terceira casa temos uma sobreposição de
energias semelhantes. A comunicação é variada e dinâmica. Aprende atravéz da troca,
da expressão de ideias. Versatilidade e adaptabilidade ao meio ambiente.
Leão: Comunicação radiante e calorosa. A expressão escrita e falada pode ser um dos
principais meios de projecção da identidade. Há uma tendência para se impôr no meio
ambiente. A aprendizagem faz-se através da identificação com os assuntos que
comunica.
Escorpião: Comunica com intensidade, por vezes com secretismo. Porque projecta
fortes cargas emocionais no meio próximo, pode sentir necessidade de controlá-lo. A
emoção e o sentimentos são factores muito presentes na expressão falada e escrita.
CASA 4 / Fundo-do-Céu
O signo que se encontra no Fundo do Céu mostra a "raíz" do ser, o que somos no
íntimo. Dá também indicações sobre o tipo de ambiente de infância e sobre o nosso
conceito de lar.
Aquário: lar dinâmico, imprevisível, diferente; desapego; família invulgar, "os amigos
como família"; pode sentir-se desenraizado.
Peixes: idealização da família: o "paraíso perdido"; sentimento de perda, sacrifício e
vitimização; transferência dos ideiais para a família.
CASA 5
Leão: Quando o quinto signo está na quinta casa, temos uma sobreposição de
energias semelhantes. Expressão criativa radiante e intensa. Necessidade de ser o
centro das atenções e de não passar desprecebido em tudo o que faz.
Aquário: A expressão pessoal está muito rodada e ideologias pessoais. Pode haver
uma postura irreverente, individualista ou excentrica. A criatividade tem uma
expressão mais intelectual e conceptual do que prática.
Peixes: A criatividade está embuida de sentimentos e emoções tendo muitas vezes
uma forte faceta mística. A expressão pessoal procura o contacto emocional com os
outros e com o ambiente imediato.
CASA 6
Gémeos: Dinâmico, disperso e curioso. Tende a escolher trabalhos onde possa estar
em contacto com os outros e mover-se livremente. Pode experimentar diversos tipos
de trabalho.
Virgem: Há uma relação natural entre o sexto signo e a sexta casa. Abordagem
metódica, precisa, pormenorizada. Gosta de funcionar com exactidão e perfeição no
emprego. Pode ser atraído por áreas ligadas ao serviço, gestão e saúde.
Sagitário: O mundo do trabalho pode ser encarado como uma aventura ou como um
campo de expressão de ideiais. Há uma atitude optimista, confiante e naturalmente
bem disposta.
CASA 7 /Descendente
O signo Descendente indica o tipo de energias que nos atraem em possíveis parceiros,
e também as qualidades que precisamos de pôr em acção nos relacionamentos.
CASA 8
CASA 9
CASA 10 / Meio-do-Céu
O signo que se encontra no Meio do Céu indica as qualidades que valorizamos, o que
ambicionamos e também o tipo de atitude que temos perante a sociedade.
CASA 11
CASA 12
Os signos que se encontram na Casa XII são, porventura, os mais difíceis de
compreender de todo o mapa natal, já que dizem respeito a vivências interiores. Para
muitas pessoas, estas energias são vividas de forma indiferenciada, parcial ou
distorcida. Quando assim acontece, manifestam-se como os "inimigos secretos" da
Casa XII, tantas vezes referenciados na Astrologia Medieval.