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PROCESSO SAÚDE-

DOENÇA E A
SISTEMATIZAÇÃO
DA ASSISTÊNCIA
ENFERMAGEM EM CLÍNICA GERAL E CIRÚRGICA
PROFª ESP. IZABELLA BANDEIRA ALVES
PROCESSO
SAÚDE-DOENÇA
É o conjunto de relações e variáveis que
produzem e condicionam o estado de saúde
e doença de uma população, que variam em
diversos momentos históricos e do
desenvolvimento científico da humanidade.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
• Portanto, o processo saúde-doença é uma expressão usada para
fazer referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a
doença de um indivíduo ou população. Ele considera que ambas
estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
O modelo da história natural da doença define dois períodos
sequenciados para o desenvolvimento de uma doença:
1. Pré-patogênese;
2. Patológico
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Pré-patogênese é antes do adoecimento:
• Contempla a prevenção primária, que inclui a promoção da saúde
(intersetoriais) e a proteção específica;
• Caracterizado por incluir as relações entre agente, hospedeiro e
meio ambiente.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
• Agente ou fatores etiológicos: o que causa da doença;
• Hospedeiro: homem ou animal que podem ficar doentes;
• Meio ambiente: espaço onde ocorre ou pode ocorrer a infecção do
hospedeiro pelo agente.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
• O desequilíbrio nessas interações, portanto, leva ao adoecimento.
Mas, neste momento, na fase pré-patogênese, ainda não temos o
adoecimento em si e sim a identificação dos fatores de risco que
podem contribuir para que a doença aconteça de fato.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
• O período patológico acontece quando já ocorreu a contaminação
e o desenvolvimento da doença. Nessa fase é comum o
aparecimento de sintomas;
• As manifestações presentes no hospedeiro.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
• O conceito de prevenção é definido como “ação antecipada,
baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar
improvável o progresso posterior da doença”.

PREVENÇÃO • Promoção da saúde;


PRIMÁRIA • Proteção específica
PREVENÇÃO • Diagnóstico e tratamento precoce;
SECUNDÁRIA • Limitação da invalidez.
PREVENÇÃO
TERCIÁRIA • Reabilitação.
SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM (SAE)
De acordo com a Resolução COFEN 358/2009 a
Sistematização da Assistência de Enfermagem
organiza o trabalho profissional quanto ao método,
pessoal e instrumentos, tornando possível a
operacionalização do Processo de Enfermagem.
MÉTODO CIENTÍFICO E O RACIOCÍNIO
CLÍNICO

• O raciocínio clínico se apresenta como aptidão essencial para o uso


do método científico, que para a Enfermagem, representa a
utilização do Processo em Enfermagem em sua prática assistencial;
MÉTODO CIENTÍFICO E O RACIOCÍNIO
CLÍNICO

• Definido como um julgamento intencional, que resulta em


interpretação, análise e tomada de decisão do enfermeiro em
relação aos problemas e situações de saúde-doença da pessoa,
família e coletividade, em suas dimensões biopsicossocioespirituais;
MÉTODO CIENTÍFICO E O RACIOCÍNIO
CLÍNICO

• Para isso devem apropriar-se de uma base própria de conhecimentos


que atenda a multidimensionalidade do ser, orientando a coleta de
dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o
planejamento das ações ou intervenções de enfermagem, de modo
a fornecer a base para a avaliação dos resultados de enfermagem
alcançados.
MÉTODO CIENTÍFICO E O RACIOCÍNIO
CLÍNICO

• A teoria de enfermagem pode emergir da prática vivenciada,


devendo ser consideradas as suas particularidades, na medida em
que subsidiarão a prática do enfermeiro;
• TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS.
PSICOBIOLÓGICAS PSICOSSOCIAIS PSICOESPITIRUAIS

• Oxigenação; • Segurança; • Religiosa ou teológica;


• Hidratação; • Amor; • Ética e filosófica.
• Eliminação ; • Liberdade;
• Sono e repouso; • Comunicação;
• Exercício e atividade física; • Criatividade;
• Sexualidade; • Aprendizagem;
• Abrigo; • Recreação;
• Mecânica corporal; • Lazer;
• Motilidade; • Espaço;
• Cuidado corporal; • Orientação no tempo;
• Integridade cutaneomucosa; • Aceitação;
• Integridade física; • Autorrealização;
• Regulação; • Autoestima;
• Locomoção; • Atenção.
• Percepção;
• Ambiente ;
• Terapêutica.
PROCESSO DE
ENFERMAGEM
Instrumento metodológico que orienta o
cuidado e a documentação da prática
profissional. Propicia a organização e direção
ao cuidado, sendo a essência, contribuindo
para o raciocínio crítico do enfermeiro no
processo de tomada de decisões e de prever
e avaliar os resultados.
I. COLETA DE DADOS DE ENFERMAGEM
(OU HISTÓRICO DE ENFERMAGEM):

Responsabilidade: Enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem;


Colete e registre toda informação necessária para:
a. Prevenir/detecta e controlar os problemas de saúde potenciais ou
reais, visando à promoção da saúde, a independência e o bem estar
da pessoa, família e coletividade;
b. Utilize as técnicas da entrevista e exame físico.
II. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

Responsabilidade: Enfermeiro;
Analise os dados coletados, tire conclusões e determine se existem:
a. Problemas de saúde potenciais ou reais que exigem intervenção e
controle de enfermagem;
b. Riscos para a segurança ou transmissão de infecção;
c. Sinais ou sintomas que necessitam de avaliação de outro
profissional da equipe de saúde;
d. Necessidades de aprendizado da pessoa, família e coletividade que
devem ser abordadas;
II. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

Responsabilidade: Enfermeiro;
Analise os dados coletados, tire conclusões e determine se existem:
e. Recursos da pessoa, família e coletividade, pontos fortes e uso de
comportamentos saudáveis;
f. Estados de saúde que são satisfatórios, mas podem ser melhorados.

Realize o julgamento clínico e estabeleça o enunciado Diagnóstico de


Enfermagem que irá subsidiar o Planejamento de Enfermagem.
III. PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Responsabilidade: Enfermeiro;
Esclareça os resultados esperados, com base nas prioridades e
determine as intervenções/ações (prescrição) de Enfermagem:
• Intervenções independentes: não exigem orientações ou
prescrições de outros profissionais, são ações autônomas, com base
científica. Estão relacionadas às atividades da vida diária, educação e
promoção da saúde;
III. PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Responsabilidade: Enfermeiro;
Esclareça os resultados esperados, com base nas prioridades e
determine as intervenções/ações (prescrição) de Enfermagem:
• Intervenções interdependentes: são aquelas que envolvem a
participação de outros profissionais, como o fisioterapeuta,
psicólogo, assistente social, nutricionista, dentre outros;
III. PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Responsabilidade: Enfermeiro;
Esclareça os resultados esperados, com base nas prioridades e
determine as intervenções/ações (prescrição) de Enfermagem:
• Intervenções dependentes: são aquelas que requerem a prescrição
• médica, visando tratar ou controlar as alterações fisiopatológicas. O
enfermeiro executa essas ações de forma colaborativa, tendo por
base as prescrições médicas, como por exemplo, a administração de
medicamentos.
IV. IMPLEMENTAÇÃO:

Responsabilidade: Enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem;


Coloque seu plano em ação:
a. Realize as intervenções/ações de enfermagem;
b. Registre as intervenções/ações de enfermagem e as respostas da
pessoa, família ou coletividade no prontuário.
V. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM:

Responsabilidade: Enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem;


Faça uma investigação abrangente da clientela (pessoa, família ou
coletividade) para decidir se os resultados esperados foram alcançados
ou se surgiram novos problemas:
a. Decida se modifica, mantem ou encerra o plano de cuidados;
b. Realize investigação contínua até a alta da clientela (pessoa, família
ou coletividade), sempre revisando os enunciados de diagnósticos e
intervenções de enfermagem.
NHB DIAGNÓSTICO RESULTADO INTERVENÇÕES
Colocação de pele Coloração de pele normal • Acompanhar evolução da cicatrização (...)
alterada (local) • Proteger área de apoio e pressão por meio de uso de
colchão de casca de ovo
• Proteger proeminências ósseas com (...)
Escoriação da pele Integridade tissular • Descrever características da úlcera
restabelecida • Inspecionar a pele em busca de pontos hiperemiados
INTEGRIDADE FÍSICA

ou isquêmicos;
• Monitorar sinais e sintomas de infecção da úlcera;
Ferida cirúrgica Cicatrização da ferida • Observar e registrar aparecimentos de edemas e
contaminada cirúrgica; hiperemia em proeminências ósseas;
Ferida cirúrgica limpa • Comunicar alterações na cor e temperatura das
Infecção ausente extremidades;
• Implantar protocolo assistencial de prevenção para
Úlcera por Integridade tissular
UPP;
pressão restabelecida
• Manter lençóis limpos, secos e esticados;
• Colocar coxins de proteção, faixas de segurança;
• Fazer curativos (...)
Risco de úlcera Risco ausente de úlcera
• Fazer mudança de decúbito
por pressão por pressão
• Hidratar a pele (...)
OBRIGADA!
ALGUMA DÚVIDA?

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