Você está na página 1de 4

INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – CAMPUS CURITIBA

ATIVIDADE DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Professor Dr: Luciano D’Agostini.


Aluno(a)s: Gustavo Soares, Luiza Teixeira, Rafaela Righi, Taliana
Dambroski.
Turma: Administração Integrado 3.

Renda Variável

Renda variável é o nome dado aos modelos de investimento em que o


investidor não consegue saber qual será a sua rentabilidade no momento da
aplicação. Este tipo de investimento costuma ser mais arriscado, pois o
investidor corre o risco de perder parte do valor aplicado, caso os juros fiquem
negativos. Apesar disso, geralmente oferece maior rendimento e lucro do que os
investimentos de renda fixa.
Os investimentos em renda variável são extremamente voláteis ou
variáveis, como o próprio nome indica. Para os mais conservadores e
investidores que estão iniciando, recomenda-se, geralmente, os títulos de renda
fixa, que são aqueles em que já se conhece a rentabilidade ou, pelo menos, parte
dela. Os investimentos em renda variável, por sua vez, geralmente são
recomendados para perfis mais arrojados ou agressivos, pessoas que estão
dispostas a assumir mais riscos para obter retornos maiores. É possível,
também, um investidor apostar em ativos de renda variável em ações de grandes
empresas, com bons históricos de valorização e credibilidade no mercado. Esse
tipo de investimento em renda variável pode ser considerado conservador,
comparando com a vasta e complexa gama de investimentos em renda variável.

Principais tipos de Investimentos em Renda Variável

Ações: O investimento mais conhecido de renda variável são as ações. Ação é


a menor parte de uma empresa. Um investidor que adquire uma ação
empresarial vira acionista e sócio dessa companhia a partir de um investimento.
A quantia desembolsada será definida pela própria movimentação do mercado.
Você pode comprar ações de uma empresa a determinado preço e vendê-lo a
um preço maior ou menor. É a partir disso que a rentabilidade investindo em
ações será determinada, as ações são negociadas na bolsa de valores ou no
mercado de balcão, e seus preços variam constantemente de acordo com a
oferta e demanda: se há muitos investidores querendo comprar determinada
ação, seu preço tende a subir, porém, se muita gente quiser vender, o preço
tende a cair. As ações são emitidas por empresas de capital aberto que desejam,
em suma, captar recursos para desenvolver projetos que viabilizem o seu
crescimento. Esses papéis são negociados em uma plataforma da Bolsa de
Valores, conjunto de sociedades e empresas que forma o mercado, que organiza
e regula onde as ações emitidas podem ser negociadas com confiabilidade e
transparência. São classificadas como renda variável porque o pagamento de
dividendos a quem investir está condicionado ao desempenho financeiro das
empresas. Como a oscilação dos preços é constante e diária, o investimento em
ações deve ser considerado de longo prazo, mesmo quando a empresa é sólida
e tem boas perspectivas. Operações de curto prazo têm risco bastante elevado.

Câmbio: O investimento no câmbio também é uma modalidade de renda variável


por apostar na variação de uma determinada moeda. Assim como nas ações, os
riscos são grandes por causa da volatilidade que uma moeda desempenha, um
exemplo prático seria o acompanhamento do valor do dólar em relação ao real.

Ouro: O investimento em ouro funciona de forma distinta de outros investimentos


da carteira de renda variável. A ideia de investir em ouro é usada, geralmente,
por investidores para proteger seu dinheiro em períodos de grande crise
inflacionária, quando há uma perda substancial do valor do dinheiro. O ouro não
sofre essa pressão por ser um bem precioso e por ser totalmente escasso,
diferente do dólar ou de qualquer papel-moeda, que o Banco Central do país
consegue emitir mais notas e, com isso, impulsionar a inflação. Por essas
características, o ouro acaba sendo uma segurança dentro do mercado de renda
variável. Para investidores mais experientes, o ouro pode ser considerado como
uma ação, que varia diariamente e, portanto, é possível obter lucros ou sofrer
grandes perdas em períodos muito curtos, exatamente como o mercado de
ações

Vantagens de se investir em Renda Variável

Investir em renda variável é uma forma de potencializar seus lucros, além


de taxas pré-determinados. Os ganhos podem ser altíssimos e em prazos curtos
na mesma proporção em que as perdas podem ser irreparáveis. O risco é
exatamente esse, os seus lucros. Outra vantagem da Renda Variável é poder
ser investidor das maiores empresas. A questão é entender qual o momento
correto para comprar essas ações e analisar o período em que a empresa vive
para saber se é viável investir ou não.

Desvantagens de se investir em Renda Variável

A grande desvantagem da Renda Variável é seu alto risco e a dificuldade


de saber quando e quanto investir e, principalmente, em qual empresa apostar.
As oscilações acompanham diretamente momento político e econômico do país,
que afetam o desempenho das empresas. Não é regra conhecer a fundo o
mercado para investir em Renda Variável, mas sua complexidade pode chegar
a picos que só quem conhece mais e tem mais experiência com esse tipo de
investimento pode entender onde alocar melhor os recursos.

A Bolsa de Valores

A bolsa de valores é um mercado, no qual pessoas e empresas se


relacionam através da compra e venda de seus títulos e ações. No Brasil, tem-
se o grupo B3. O grupo B3 reúne o Banco B3 S.A., a Bolsa de Valores do Rio de
Janeiro (inativa), a BM&FBOVESPA (UK) Ltd. e a BSM Supervisão de Mercados,
Cetip Info Tecnologia S.A. (Cetip Info), Cetip Lux S.à.r.l. (Cetip Lux),
BM&FBOVESPA BRV LLC e B3 Inova USA LLC. O índice Bovespa é a maior
representação da Bolsa. Ela funciona da seguinte maneira:
• Para investir nela você precisa ter uma conta em uma corretora de inve
stimentos.
• Uma empresa “abre capital”, se registrando na bolsa e “listando” suas
ações.
• As corretoras oferecem essas ações no mercado aos primeiros
investidores. (Mercado primário)
• A partir daí começa a surgir uma relação de oferta e demanda por estas
ações;
• O investidor primário então lança uma ordem de venda de suas ações na
corretora pelo valor que pretende obter em troca e automaticamente o
sistema da corretora envia essa ordem para a Bovespa.
• O segundo investidor, por sua vez, envia uma ordem de compra em sua
corretora, pelo preço que considera interessante para comprar tais ações,
também enviada da corretora para a Bovespa.
• Se a ordem de compra e a ordem de venda chegarem à Bolsa com o
mesmo valor o negócio é fechado. (Mercado secundário).

O investidor brasileiro

Investir envolve disciplina, hábito e conhecimento. Isso, para a maioria


dos brasileiros é uma nova fronteira. De acordo com a Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas, entre aqueles que têm dinheiro em alguma modalidade
de investimento, 14,6% investem há menos de 6 meses e 31,3% o fazem há
menos de 1 ano. Ao mesmo tempo, apenas 26,6% investem há mais de 5 anos.
De acordo com dados do Indicador de Reserva Financeira1 da CNDL e do SPC
Brasil de agosto de 2018 apenas um terço da população tem o hábito de poupar,
assim percebe-se que a cultura em que o povo brasileiro está inserido não
estimula a poupança de recursos financeiros visando o longo prazo. Ao invés de
ser ensinado a maximização do capital particular, se vive constantemente em um
estado de “presente”, no qual se desconsidera a potencialização dos recursos a
custo de sua utilização no agora.
Para os que poupam, de acordo com a mesma pesquisa, 69% preferem aplicar
em conta poupança devido a facilidade de resgate do valor investido e sua
familiaridade, e apenas 5% na bolsa de valores, por exemplo, mostrando o perfil
conservador dos investimentos. Além disso, mais da metade dos investidores
tem como fator de decisão a consultoria dos gerentes de banco, que geralmente
estão buscando atingir suas próprias metas.
Os ativos de renda variável, que apresentam maior risco, são escolhidos
por aqueles que desejam ter a possibilidade de ganhar mais/ter alto retorno
financeiro, entretanto, de acordo com Marcela Kawauti “A escolha da melhor
modalidade resulta de uma análise cuidadosa que precisa ser feita pelo
investidor. Se o objetivo é guardar dinheiro para emergências, ou seja, se a
pessoa precisar acessar a quantia rapidamente e sem burocracia, as opções
certas serão aquelas que oferecerem mais liquidez, com facilidade para sacar a
qualquer momento. Mas se a meta é guardar e acumular recursos pensando no
futuro, então o ideal é buscar a maior rentabilidade possível. Outro aspecto a
considerar é a margem de risco a que o investidor está disposto a se submeter.
O mercado de ações na Bolsa, por exemplo, pode ser muito atraente, mas
se a pessoa for do tipo mais conservador, não lidará bem com as oscilações que
são frequentes nessa opção de investimento. Em qualquer desses casos, é
importante manter-se atualizados sobre as taxas de administração cobradas e a
rentabilidade. Se houver alguma alteração nesse sentido, o investimento pode
passar a ser desfavorável, então é preciso ficar atento”
Para se tornar um investidor, basicamente deve-se enquadrar em
algumas características preliminares, como viver de acordo com o próprio
orçamento, definir planos e estratégias para a porcentagem previamente
estipulada de poupança, juntar uma quantia para lidar com imprevistos,
aposentadoria e realizar sonhos, contabilizar receita e despesas, capacidade de
correr riscos, tempo e disciplina para gerenciar e estudar cada investimento.

Referências:

• https://www.tororadar.com.br/blog/bolsa-de-valores-como-funciona;
• file:///H:/MARIOBALTHAZARPAULOMORGADO.pdf;
• http://w1consultoria.com.br/quais-sao-os-tipos-de-investimentos-em-
renda-variavel/
• https://blog.genialinvestimentos.com.br/o-que-e-renda-variavel/
• https://blog.genialinvestimentos.com.br/tipos-de-investimentos-em-
renda-variavel/
• https://m.konkero.com.br/financas-pessoais/economizar/renda-variavel-
o-que-e-e-o-que-significa;

Você também pode gostar