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Estágio supervisionado II
Marimar da Silva
Adriana Kuerten Dellagnelo
Raquel Dotta Correa
Juliana Cristina Faggion Bergmann
Florianópolis, 2012.
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministro da Educação: Fernando Haddad
Coordenador da Universidade Aberta do Brasil: Celso José da Costa
Projeto Gráfico
Coordenação: Luiz Salomão Ribas Gomez
Equipe: Gabriela Medved Vieira
Pricila Cristina da Silva
Adaptação: Thiago Felipe Victorino
Comissão Editorial
Celso Henrique Soufen Tumolo
Lêda Maria Braga Tomitch
Lincoln Fernandes
Mailce Mota
Magali Sperling
Raquel D’Ely
Wladimir Garcia
Design Instrucional
Designer Instrucional: Daniela Maria Ioppi
Ficha catalográfica
Catalogação na fonte elaborada na DECTI da Biblioteca
Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina.
Sumário
Apresentação..........................................................................7
1.1 Introdução.......................................................................................................11
1.6 Concluindo......................................................................................................27
Referências..............................................................................................................29
2.1 Introdução.......................................................................................................33
2.4 Concluindo......................................................................................................78
Referências..............................................................................................................79
3.1 Introdução.......................................................................................................83
Referências........................................................................................................... 106
4.1 Introdução.....................................................................................................109
Referências........................................................................................................... 126
Apresentação
Caros (as) alunos (as),
1.1 Introdução
Tradicionalmente, temos concebido – como herança do paradigma po-
sitivista aplicado à formação docente – uma relação dicotômica entre
teoria e prática a despeito de construtos atuais ancorados no paradigma
interpretativo assim como em estudos cognitivos relativamente à do-
cência que postulam uma relação dialética entre conhecimento teórico
e prático – a praxis.
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Inglês Estágio II
Por outro lado, entendemos que práticas pedagógicas pautadas tão so-
mente em conhecimentos empíricos advindos da exposição à prática
da profissão – seja na qualidade de alunos ou de observadores – sem
articulação com as teorias da área remetem a uma ação docente pro-
vavelmente caracterizada por comportamentos didático-pedagógicos
aleatórios, impensados e injustificados.
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A formação docente: caminho percorrido e caminho a percorrer
Capítulo 1
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Inglês Estágio II
They [students] are not privy to the teacher’s private intentions and
personal reflections on classroom events. Students rarely participate
in selecting goals, making preparations.[...] What teachers learn about
teaching, then, is intuitive and imitative rather than explicit and
analytical (Lortie, 1975, p.62).
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A formação docente: caminho percorrido e caminho a percorrer
Capítulo 1
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A formação docente: caminho percorrido e caminho a percorrer
Capítulo 1
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Dos anos 90 em diante, tendo o seu ápice nos anos 2000, o movimento
reflexivo toma corpo também no Brasil, em trabalhos de pesquisadores
tais como Almeida Filho, Moita Lopes, Barcelos, Gimenez, Abrahão e
outros. Esses estudos são, em sua grande maioria, ancorados nos teóricos
citados anteriormente e, portanto, baseados na premissa básica de que
a reflexão é estratégia legítima para o desenvolvimento de profissionais
autônomos, emancipados e capazes na medida em que oportuniza vol-
tar atrás, rever, questionar e criticar práticas pedagógicas tanto quanto
seguir em frente e tomar decisões informadas relativamente à docência.
Perceba que, mais uma vez, fazemos alusão ao contexto, reiterando, as-
sim, a sua relevância para a formação docente na medida em que rati-
fica que esse processo formativo assume valor quando se dá durante
a atividade em si, ou seja, em situações específicas de aprendizagem à
docência. A esse respeito, discutimos na próxima subseção.
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A formação docente: caminho percorrido e caminho a percorrer
Capítulo 1
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Inglês Estágio II
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A formação docente: caminho percorrido e caminho a percorrer
Capítulo 1
Outro aspecto já aludido, mas que também ocupa lugar de destaque nas
discussões relativas à formação docente, está na relação teoria e prática.
Conforme já mencionado, tradicionalmente, esses dois conhecimentos
complementares têm sido tratados de forma quase que dissociada, muitas
vezes suscitando o entendimento de que há uma hierarquia entre teoria a
prática, sendo atribuído maior valor à teoria. Sustentamos nossa compre-
ensão em Smagorinsky; Cook; Johnson (2003, p. 1-2), segundo os quais
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Inglês Estágio II
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A formação docente: caminho percorrido e caminho a percorrer
Capítulo 1
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Inglês Estágio II
results in the transformation of both the self and the activity. Thus,
cognitive development is not simply a matter of enculturation or even
appropriation of existing sociocultural resources and practices, but the
reconstruction and transformation of those resources and practices in
ways that are responsive to both individual and local needs.
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A formação docente: caminho percorrido e caminho a percorrer
Capítulo 1
1.6 Concluindo...
Neste capítulo, discutimos a formação docente a partir de alguns
eixos que impactam sobremaneira o desenvolvimento do professor,
abordando, de forma mais aproximada, itens como a aprendizagem
a partir da observação, a influência de crenças e a importância da re-
flexão nesse processo de desenvolvimento, e ainda a aprendizagem
socioculturalmente situada.
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Inglês Estágio II
o que pode configurar uma das razões pelas quais, após tanto esforço
vislumbrando mudança no ensino, poucas transformações efetivamen-
te aconteceram na sala de aula.
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A formação docente: caminho percorrido e caminho a percorrer
Capítulo 1
Referências
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Campinas: Mercado de Letras. 1996.
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Inglês Estágio II
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Capítulo 2
A observação como ferramenta de
aprendizagem
A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
2.1 Introdução
Estar na sala de aula como observador possibilita uma série de experi-
ências e processos que podem auxiliar o professor em formação inicial
As tarefas aqui propostas
a desenvolver-se profissionalmente. Neste capítulo, mostraremos como foram embasadas no livro
usar essas experiências para aprender mais sobre o processo de apren- de Wajnryb, R. Classroom
Observation Tasks: a resource
der a ensinar. Por conseguinte, o objetivo maior deste capítulo é fazer do book for language teachers
processo de observação na sala de aula uma experiência de aprendiza- and trainers. Cambridge: CUP,
1992.
gem. Para tanto, propomos uma série de tarefas que o guiarão ao longo
do processo de observação e reflexão sobre a observação, levando-o a
conclusões sobre o que está sendo observado.
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Estágio Supervisionado II
Ainda, é importante dizer que observar é uma habilidade que pode ser
aprendida e pode se desenvolver com a prática. Ingenuamente, alguns
consideram que a habilidade de aprender por meio da observação do
que acontece na sala de aula é bastante intuitiva. Na verdade, enquanto
poucos negariam o papel da intuição na preparação dos professores, a
habilidade de ver com acuidade, selecionar, identificar e priorizar entre
uma miríade de experiências concorrentes é algo que pode ser guiado,
praticado, aprendido e desenvolvido. Portanto, neste capítulo, encoraja-
mos esse tipo de aprendizagem não apenas aos professores iniciantes na
profissão, mas aos mais experientes também.
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
Então, agora que você já sabe porque vai observar, vamos falar um pou-
co sobre as tarefas de observação.
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Agora que você já sabe porque vamos trabalhar com tarefas de observa-
ção, apresentaremos como as organizamos.
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
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c. O professor sorri;
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Capítulo 2
a. Raciocine;
b. Sinta;
c. Aja/Atue;
d. Movimente-se;
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Existem outros fatores que você pode observar para saber se a tare-
fa solicitada pelo professor é desafiadora ao aluno ou não. Veja algu-
mas pistas para saber quando a tarefa proposta está acima do nível
intelectual do aluno:
Agora, veja algumas pistas para saber quando a tarefa solicitada pelo
professor é fácil para o aluno:
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
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Estágio Supervisionado II
f. Os padrões de interação;
Resumindo:
3. Aluno como alguém que Ver como os alunos se engajam Perceber como o “aprender fa-
faz em sua aprendizagem zendo” engloba atividades de
base cognitiva, afetiva e física.
4. Nível intelectual do aluno Ver quais estratégias o professor Reconhecer os sinais do nível
usa para lidar com diferenças de intelectual do aluno e os as-
nível entre os alunos pectos do ensino que indicam
que o professor está “acomo-
dando-se” ao nível do aluno
5. Aluno como indivíduo Analisar a composição cultural da Tornar mais visível o fator
cultural aula cultural na sala de aula e os
aspectos de ensino e de
aprendizagem que a cultura
permeia
Tabela 2.1 Material elaborado por Hamilton de Godoy Wielewicki, com base no texto de Wajnryb (1992).
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
Que fatores podem ter contribuído para a escolha das perguntas pelo
professor? Existe correlação entre o tipo de pergunta e a complexidade
da resposta? Essas são algumas das questões que você pode levantar ao
analisar as perguntas feitas pelo professor ao longo da aula. Entretanto
há outro ponto bastante relevante sobre a linguagem que precisamos
considerar no contexto da sala de aula: a resposta do professor ao erro.
Uma característica da sala de aula é o eco, uma frase dita pelo professor
que ecoa a resposta do aluno, ou seja, reproduz o que o aluno disse. Na
verdade, um eco não aprofunda ou dá continuidade à interação aluno-
-professor, o eco é como um beco sem saída, acaba nele mesmo. Assim,
para ampliar seu conhecimento sobre os ecos do professor, colete frases
que o professor diz e que ecoam as respostas dos alunos, mas que, por
si só, não produzem resposta alguma. Observe qual o efeito do eco do
professor sobre:
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a. O aluno;
b. Os padrões de interação;
a. Confirmação;
b. Verificação de compreensão;
c. Solicitação de clarificação;
d. Repetição.
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
Resumindo:
2. A linguagem das perguntas Coletar algumas perguntas e con- Classificar e analisar as per-
juntos de perguntas e respostas guntas para entender seu pro-
que ocorrem na sala de aula pósito
Tabela 2.2 Material elaborado por Hamilton de Godoy Wielewicki, com base no texto de Wajnryb (1992).
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
Em sua observação escolha uma aula na qual o professor vai iniciar uma
apresentação de um tópico linguístico novo e considere os seguintes
aspectos:
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
Outro aspecto que você pode observar para verificar o ambiente de apren-
dizagem são os objetivos de aprendizagem. Um fator chave para o plane-
jamento e organização da aprendizagem é a compreensão dos objetivos.
Uma maneira de esclarecer e classificar objetivos é proposta por Brown
(1988). O autor faz uma diferenciação entre objetivos pedagógicos, ob-
jetivos de aprendizagem de língua e objetivos sociais. Para ele, objetivos
pedagógicos são todos aqueles listados no currículo, ambos os de curto e
os de longo prazo. Já os objetivos de aprendizagem de língua são aqueles
expressos no plano de aula e relacionam-se ao por que o professor solicita
aos alunos que pratiquem determinada ação em determinada parte da
aula. Os objetivos sociais, por sua vez, relacionam-se ao ambiente social
da sala de aula e aos papéis que se espera que os alunos desempenhem.
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b. Diga ao professor que você gostaria de pedir aos alunos que eles
escrevessem uma lista das palavras que eles consideram difíceis
no texto que o professor trabalhou durante a aula;
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Capítulo 2
Resumindo:
Tabela 2.3 Material elaborado por Hamilton de Godoy Wielewicki, com base no texto de Wajnryb (1992).
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Para tanto, pegue uma aula na qual o professor tenha pensado sobre, pla-
nejado ou preparado. Caso o professor tenha um plano de aula escrito,
peça o plano a ele para observar a aula enquanto ela acontece. Observe a
aula com o plano e marque as partes nas quais o professor seguiu o plano
e aquelas nas quais ele deu um rumo diferente ao planejado. A lista de
itens-guia abaixo pode variar de acordo com o objetivo da aula observada.
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Capítulo 2
c. Contextualização da língua(gem);
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Capítulo 2
Resumindo:
Observando a aula
Foco O que observar Objetivo
1. Planejamento da aula Observar a relação entre as deci- Determinar, através de um
sões tomadas em aula e aquelas conjunto de questões guiadas
que constam no planejamento e focalizadas, quais decisões o
para a aula professor tomou no planeja-
mento de aula, analisando in-
clusive as mudanças de planos
e suas razões
4. Gramática como conteúdo Observar o lugar da gramática na Buscar revelar as visões de lin-
da aula sala de aula guagem e de aprendizagem
que subjazem à prática do
professor
5. Interrupções na aula Eventos que possam ser interpre- Entender a(s) causa(s) dos
tados como quebra na dinâmica eventos que interferem na di-
da sala de aula nâmica de sala de aula, bus-
cando definir se, como e por
quem essas “quebras” foram
solucionadas
Tabela 2.4 Material elaborado por Hamilton de Godoy Wielewicki, com base no texto de Wajnryb (1992).
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Capítulo 2
Resumindo:
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Tabela 2.5 Material elaborado por Hamilton de Godoy Wielewicki, com base no texto de Wajnryb (1992).
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Capítulo 2
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Para observar o papel do professor na sala de aula você pode usar o modelo
proposto por Wajnryb (1992, p. 114) para os diferentes momentos da aula:
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Capítulo 2
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p. Quem dá as explicações?
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Capítulo 2
Resumindo:
5. Poder na sala de aula Observar como e por quem as Propiciar uma reflexão sobre
decisões direta ou indiretamente as decisões tomadas sobre a
relacionadas à sala de aula são to- aprendizagem, quem as toma
madas e sobre o ponto de equilíbrio
das relações de poder na sala
de aula
Tabela 2.6 Material elaborado por Hamilton de Godoy Wielewicki, com base no texto de Wajnryb (1992).
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
Outro aspecto a ser observado nos materiais são aqueles voltados para
a educação do aluno como um indivíduo integral, ou seja, materiais
que concebem o aluno não apenas como um ser cognitivo, mas afetivo e
social. Para isso, Stevick (1980) propõe seis critérios para a escolha e/ou
desenvolvimento desse tipo de material:
Para analisar uma tarefa, você pode usar o modelo proposto por Nunan
(1989). Verifique os seguintes aspectos:
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
Resumindo:
3. Materiais para o “aluno Observar os seis critérios gerais Refletir sobre critérios de uso
integral” propostos por Stevick (1980) de material e confrontar tais
critérios com o material utiliza-
do no contexto de sala de aula
Tabela 2.7 Material elaborado por Hamilton de Godoy Wielewicki, com base no texto de Wajnryb (1992).
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Estágio Supervisionado II
2.4 Concluindo...
A formação inicial de um professor não pode prescindir de reflexões
que façam avançar seu entendimento sobre o complexo universo da sala
de aula. Tarefas ou atividades de observação do espaço da sala de aula
podem ter um papel muito importante a desempenhar na construção
dessas reflexões. Por isso, neste capítulo propusemos olhar para a obser-
vação como uma ferramenta de aprendizagem. Mais especificamente,
propusemos que você fosse um observador na sala de aula de língua
estrangeira e aprendesse, por meio da observação, um pouco sobre os
processos que lá ocorrem.
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A observação como ferramenta de aprendizagem
Capítulo 2
Referências
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Press.1992.
WRIGHT, T. Roles of teachers and learners. Oxford: Oxford University
Press. 1987.
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Estágio Supervisionado II
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Capítulo 3
Novas tecnologias da informação
e comunicação na sala de língua
estrangeira
Novas teconlogias da informação e comunicação na sala de língua
estrangeira
Capítulo 3
3 Novas tecnologias da
informação e comunicação na
sala de língua estrangeira
3.1 Introdução
O uso das tecnologias está cada vez mais presente na vida de todos, ins-
trumentalizando o que chamamos de sociedade do conhecimento, em
que o conhecimento ganha uma importância central na organização de
desenvolvimento da sociedade, ao contrário do tecnicismo marcante do
século XX, e essa nova percepção de mundo não poderia deixar de refle-
tir, também, na educação e no contexto escolar, já que a escola é um dos
mais importantes representantes institucionais da sociedade.
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Estágio Supervisionado II
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Novas teconlogias da informação e comunicação na sala de língua
estrangeira
Capítulo 3
3.2.1 O áudio
Como mencionado anteriormente, o áudio foi a primeira tecnologia –
excetuando o material impresso – utilizada como recurso auxiliar para
a aprendizagem de línguas estrangeiras. Inicialmente com o uso do rá-
dio, depois com fitas cassete e mais recentemente com o CD, os recursos
de áudio trouxeram para a sala de aula de língua estrangeira o ensino
da produção oral, uma nova dimensão ao processo de aprendizagem.
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Novas teconlogias da informação e comunicação na sala de língua
estrangeira
Capítulo 3
3.2.2 O vídeo
Ao contrário do áudio, a familiaridade de uso do vídeo é muito maior
entre os alunos fora de sala de aula do que entre os professores em sala.
Vários fatores influenciam essa realidade, mas talvez o principal deles
seja a existência ou não desse recurso na escola e em quantidade sufi-
ciente para uma utilização constante. Assim, nas escolas em que há te-
levisão em todas as salas, por exemplo, maior é o número de atividades
em que elas são empregadas, já que nesses casos o professor não correrá
o risco de preparar uma atividade e não conseguir colocá-la em prática.
Vídeos também podem ser obtidos por meio da TV a cabo. Como apli-
cação em sala de aula de língua estrangeira, além do uso de documen-
tários e filmes em DVD, a TV a cabo é uma excelente fonte atualizada
para professores e alunos. Isso porque ela traz uma produção voltada ao
público nativo da língua que mora fora do país, mas que quer e precisa
estar a par dos principais acontecimentos em relação ao seu país, além
de usar uma linguagem padrão, condizente com o grau de formalidade
da emissão. Se você não tiver acesso aos canais internacionais, outra
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Novas teconlogias da informação e comunicação na sala de língua
estrangeira
Capítulo 3
3.2.3 Computador
Talvez essa seja a maior revolução tecnológica utilizada em ambiente
escolar atualmente. Como comentamos anteriormente, o computador é
uma ferramenta capaz de reunir em si mesmo vários recursos, entre eles
o acesso à Internet. Por meio da Internet, podemos ao mesmo tempo
ouvir e falar, além de ler e escrever diferentes gêneros textuais em língua
estrangeira, desenvolvendo simultaneamente as habilidades de compre-
ensão e produção oral e escrita na língua estrangeira, por exemplo.
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Estágio Supervisionado II
Uma boa fonte de pesquisa pode ser também os cada vez mais comuns
‘portais educacionais’, que têm como objetivo principal selecionar tex-
tos de interesse dos alunos e professores para que sejam trabalhados
em sala de aula ou que auxiliem o professor em suas atividades. Nesses
casos, os cuidados com conteúdo e forma costumam ser minuciosos.
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Capítulo 3
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Novas teconlogias da informação e comunicação na sala de língua
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a. O editor de textos
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Capítulo 3
b. O editor de slides
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Sobre esse assunto, Ramos et al (2009) ressalta que, assim como o editor
de texto, o editor de slides apresenta algumas variações dependendo do
sistema operacional:
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Novas teconlogias da informação e comunicação na sala de língua
estrangeira
Capítulo 3
3.4 Concluindo...
Neste capítulo discutimos sobre as novas tecnologias de informação e
comunicação e o seu uso na sala de aula de língua estrangeira. Ainda
que brevemente, procuramos mostrar o significado das novas tecnolo-
gias na e para a educação contemporânea, o uso de algumas ferramen-
tas e recursos tecnológicos no contexto escolar, bem como os limites e
as possibilidades de alguns softwares e como estes podem ser usados
como apoio pedagógico no ensino de língua estrangeira, não como ob-
jeto principal do ensino desta.
Esperamos que, após a leitura deste capítulo, você possa refletir sobre
suas próprias crenças em relação a esse assunto, rediscutindo posicio-
namentos e estabelecendo uma nova relação com as novas tecnologias
da informação e comunicação, percebendo a importância de sentir-se à
vontade não apenas para utilizá-las, mas também para criar materiais
pedagógicos a partir delas.
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Estágio Supervisionado II
Referências
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Capítulo 4
O material didático no ensino de
línguas estrangeiras
O material didático no ensino de línguas estrangeiras
Capítulo 4
Neste capítulo propomos olhar para o material didático como uma fer-
ramenta de ensino-aprendizagem. Mais especificamente, propomos que
Capítulo adaptado de
você conheça as várias funções dos materiais didáticos para o ensino de BERGMANN, J. SILVA, M.
línguas estrangeiras; perceba o(s) papel(eis) que os materiais didáticos de- Estágio Supervisionado de es-
panhol II. Florianópolis: LLE/
sempenham no processo de ensino-aprendizagem; e reflita sobre os dife- CCE/UFSC, 2011
rentes aspectos que envolvem a escolha de materiais didáticos para serem
usados em sala de aula de língua estrangeira.
4.1 Introdução
Quando se fala em ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, asso-
ciamos a um sistema pedagógico organizado em aulas e que se utiliza
de uma metodologia que leva ao desenvolvimento do curso. No entanto,
não são apenas as bases teóricas da metodologia que determinam essa
condução. Ela está presente em sala através da utilização de um método
de ensino que põe em prática os preceitos que ela sustenta. Nesse caso,
o material didático é uma peça fundamental na organização do sistema.
Cabe a ele apresentar os conteúdos que serão trabalhados, assim como a
maneira como serão aplicados, o que lhe dá um status decisivo em sala.
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será considerado aqui como 4.2.1 O material didático em um sistema formal de ensino
uma ferramenta pertencente
a um método (conjunto dos Um dos elementos ligados à aprendizagem de uma língua estrangeira em
materiais de ensino).
situação escolar é o livro didático , que pode exercer o papel ideal de sim-
ples orientador e guia do processo de ensino-aprendizagem da língua,
mas que ocupa frequentemente uma posição central em sala de aula de
língua estrangeira, determinando os conteúdos que serão trabalhados,
assim como a metodologia e o ritmo que serão aplicados pelo professor.
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• Transmitir conhecimento;
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Dessas funções, algumas são mais óbvias e claras e outras menos lem-
bradas e mais difíceis de serem percebidas. Transmitir o conhecimento
e desenvolver capacidades e competências dos alunos nos parecem bas-
tante comuns e compreensíveis desde o princípio. Outras, no entanto,
não são muitas vezes levadas em consideração no momento do desen-
volvimento do material, o que gera um resultado final totalmente dife-
rente. Vamos exemplificar para explicar melhor: a função de “Integrar
e Consolidar as aquisições” é aparentemente óbvia, mas fica claro que
muitos dos materiais não tratam os conteúdos dessa forma; ao invés de
integrá-los, os apresentam de forma compartimentada, como se pudes-
sem ser guardados em gavetas, sem uma conexão com outros conteúdos.
Além disso, outras funções também são esperadas dos materiais didá-
ticos, como a de ser inovador, ao introduzir um novo material, atuali-
zado, novo e moderno; a de ser motivador, captando constantemente a
atenção do aluno e incentivando-o a estudar e aprender os conteúdos
por ele apresentados; a de ser estruturador da realidade, fundamentan-
do-se de forma ao mesmo tempo teórica e prática, estabelecendo re-
lações entre os conteúdos ensinados e a realidade do aprendiz; de ser
configurador do tipo de relação que o aluno mantém com os conteúdos
da aprendizagem; de controlar os conteúdos a serem ensinados, já que
são materiais fisicamente limitados e previamente elaborados; de ser
comunicativo, estabelecendo uma comunicação tanto cultural quanto
pedagógica, apresentando os conteúdos de forma didática, respeitando
sua cultura e sua compreensão de mundo; de ser formativo, auxiliando
o processo de formação do aprendiz; de representar a metodologia com
a qual esteja vinculado, sendo coerente em seus preceitos e aplicações e,
finalmente, o de ser um produto de consumo, já que será utilizado por
professores e aprendizes.
Vale ressaltar que as funções dos materiais apresentadas aqui podem ter
uma influência significativa no processo de aprendizagem, inclusive por-
que podem condicionar as características de muitas variáveis que consti-
tuem o ambiente da sala de aula, como o professor ou a atitude dos apren-
dizes, tornando-se por vezes o elemento central em sua configuração.
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Além disso, outro ponto pedagógico importante trazido pelo livro di-
dático está relacionado à questão da avaliação da aprendizagem, que
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Com essa mudança, já nos anos 80 e 90, ganha força também outra
preocupação dos pesquisadores com o processo de aprendizagem,
impulsionada principalmente pelas descobertas relacionadas ao
cérebro e à cognição humana. A aprendizagem não é mais vista como
algo mecânico e padronizado, mas individual e particular. Surgem várias
pesquisas relacionadas às diferenças individuais dos alunos como a
idade, a motivação, o sexo, a atitude, a aptidão para aprender e a
metacognição, entre outros temas.
Percebe-se também que os interesses dos alunos para aprender são va-
riáveis e, a partir daí, desenvolvem-se metodologias para o ensino da
língua para fins específicos. Especialistas da área motivacional se inte-
ressam pelo assunto e observam que é de primordial importância para
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Para Alonso (1991), há uma série de variáveis que podem motivar o aluno
em sua aprendizagem. São elas: a) os conteúdos e a maneira como são
apresentados; b) as tarefas a serem realizadas e a forma de apresentá-
-las; c) a forma de organizar a atividade; d) o tipo e a forma de interação
com os colegas; e) os recursos; d) as mensagens dadas pelo professor;
e) os resultados obtidos pelo aluno e, f ) a avaliação. Aqui fica evidente
a importância de um professor qualificado, com formação continuada
e, principalmente, consciente do processo de ensino-aprendizagem do
aluno para que possa orientá-lo da maneira mais produtiva possível. Já
para Keller (1983), são quatro as fontes de motivação: a) o interesse por
parte do aluno; b) o que o aluno aprende seja realmente importante
para ele; c) que se gere uma certa expectativa sobre o que aprende e, d)
o resultado final. (p. 77)
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outro lado, o fato de ser um livro destinado aos alunos de diferentes pa-
íses, não pode dar conta de questões linguísticas ou culturais específicas
de um determinado grupo de alunos, o que é um ponto bastante desfa-
vorável, afinal, já sabemos a importância da aprendizagem dos conteú-
dos estar diretamente relacionada aos interesses dos aprendizes, não é
mesmo? Soma-se a isso o fato de que os livros, por serem importados,
são mais caros, o que muitas vezes é um impedimento para sua adoção.
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Essas são apenas algumas perguntas que devemos nos fazer quan-
do avaliamos um material; outras delas vocês já analisaram na
disciplina de Metodologia do Ensino, não é verdade? No entanto,
lembre-se que muitas outras mais você mesmo poderá (e deverá)
estabelecer, a partir do que você considera como importante para
a sua realidade de sala de aula e para os objetivos dos seus alunos.
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4.4 Concluindo...
Nesta unidade discutimos a importância da elaboração de materiais di-
dáticos e de seu uso em sala de aula de língua estrangeira, sua organiza-
ção e forma de escolha adaptada aos interesses e objetivos dos aprendi-
zes. Além disso, chamamos a atenção para a existência de um discurso
comum na comunidade escolar que ainda assume o material didático
como elemento centralizador e determinador do trabalho do professor
em sala de aula, assim como das atividades por ele aplicadas.
Esperamos que após a leitura dessa unidade você tenha podido refle-
tir sobre suas próprias crenças em relação a esse assunto, rediscutindo
posicionamentos e estabelecendo uma nova relação com o material,
percebendo a importância de sentir-se a vontade não apenas para
utilizá-los, mas também para elaborá-los.
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