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Atividade experimental 1

- Extração da molécula de DNA apartir de células de tecidos vegetais

Nota: na realização da experiência foi utilizado o Kiwi.

Introdução teórica:
O DNA (ácido desoxirribonucleico) garante o armazenamento e transmissão do material
genético e nas células eucarióticas vegetais, como as do kiwi, predomina no núcleo. O DNA é
um ácido nucleico (polímero), ou seja, é composto por vários nucleótidos (monómeros). Desta
forma, cada nucleótido que compõe o DNA apresenta 3 componentes: 1 pentose (açúcar de 5
carbonos), a desoxirribose à qual se liga 1 grupo fosfato no carbono 5´ e uma base azotada no
carbono 1´. As bases azotadas presentes no DNA são: Adenina (A) e guanina (G) que são
purinas, ou seja, de anel duplo e a timina (T) e citosina (C) que são pirimidinas, ou seja, de anel
simples. Os nucleótidos juntam se por ligações fosfodiéster entre o grupo fosfato de um
nucleótido e o carbono 3´ da desoxirribose do nucleótido seguinte.

A molécula de DNA tem uma estrutura em dupla-hélice e as duas cadeias polinucleotídicas


estão orientadas em sentidos opostos, ou seja, apresentam uma disposição antiparalela. Assim
enquanto uma das cadeias tem disponível o carbono 5` da pentose, a cadeia complementar tem
disponível o carbono 3`. Para terminar, a molécula de DNA apresenta ainda sulcos na sua
composição, que tornam possíveis as ligações adicionais às bases azotadas.

Descrição do procedimento:
1º- Descascar os kiwis, cortá-los e coloca-los num gobelé.

2º- Com uma varinha mágica triturar os kiwis até estes ficarem totalmente desfeitos.

3º- Adicionar 200mL de água quente e uma colher cheia de sal.

4º- Dividir o preparado em 4 gobelés (pois existem 4 grupos a realizar a experiência)

5º- Colocar num outro gobelé uma folha de papel de filtro e com calma ir adicionando o
preparado mexendo sempre com uma vareta de vidro até que esteja completamente filtrado.

6º- Adicionar 2 gotas de detergente da loiça e dissolver cuidadosamente com a ajuda da vareta
de vidro para não criar espuma ou bolhas de ar.

7º- Adicionar álcool gelado de forma a que este escorra lentamente pela vareta de vidro para
evitar a formação de bolhas de ar.

8º- Esperar até que seja possível ver uma substância esbranquiçada separada do resto da
solução. Quando isto acontecer sabemos que a extração foi concluída com sucesso.

Resultados obtidos ao longo da atividade experimental:


Etapa 1 e 2- No fim do primeiro passo obtemos uma espécie de batido de kiwi ainda espesso.
Etapa 3- Depois de acrescentar a água e o sal, esse “batido” torna se mais líquido mas ainda
contém as partes sólidas do kiwi (Ex: paredes celulares/estruturas rígidas).

Etapa 5- Quando acabamos de fazer o filtrado temos uma solução muito aquosa já sem as
partes sólidas.

Etapa 6 - Em termos de aspeto este mantém-se igual à etapa anterior.

Etapa 7- O volume da solução aumenta, mas a cor e textura continua semelhante.

Etapa 8- Conseguimos observar a molécula de DNA na superfície da solução, isolada do resto.

Discussão: Qual a função de certos ingredientes que foram utilizados?


Varinha mágica- Destruir os tecidos do kiwi para que as células fiquem separadas (é no interior
das células, no núcleo que está o DNA do kiwi)

Sal- O DNA tem na sua composição um grupo fosfato que lhe confere uma carga
excessivamente negativa, logo, o sal é necessário para neutralizar a molécula (contribui com os
iões positivos Na+) e assim esta consiga precipitar na solução.

Filtração- Serve para retirar do preparado as paredes celulares das células do kiwi e outras
substâncias indesejadas que possam interferir na extração do DNA.

Detergente da loiça- Quando usamos o detergente na loiça pretendemos dissolver as gorduras


(gorduras= lípidos). Na etapa anterior, as células ficaram apenas revestidas pela membrana
(pois foi lhes retirada a parede celular) e para extrair o DNA tanto a membrana da célula como a
do núcleo tem de ser destruídas. Sabemos que as membranas são formadas por uma bicamada
de fosfolípidos (um tipo de lípidos) e por isso podem ser quebradas com a ajuda do detergente.

Álcool- É capaz de tornar a solução heterogénea, ou seja, conseguimos ver duas partes distintas
da mesma. Possibilita a separação do DNA. Isto acontece porque tanto o álcool como o DNA são
menos densos que a solução e por isso quando se acrescenta o álcool, os filamentos de DNA
começam a ascender na sua direção, ficando isolados do resto da solução. É adicionado álcool
gelado porque quanto mais frio estiver o álcool menos solúvel fica o DNA facilitando a sua
obtenção.

Fig. 1. resultado final da experiencia

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