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Conhecendo o Cadastro

Único e o PBF: objetivos,


conceitos e procedimentos
básicos
Coordenação Estadual do Programa Bolsa Família e Cadastro Único e Renda Melhor

Rio de Janeiro, 05 e 06/03/2013


Cadastro Único de Programas Sociais
do Governo Federal
O Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) é o instrumento de
identificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de
baixa renda, a ser obrigatoriamente utilizado para seleção de
beneficiários e integração de programas sociais do Governo Federal
voltados ao atendimento desse público (Decreto nº 6.135/2007, Artigo
4º).

Nele estão cadastradas, prioritariamente, famílias com renda familiar per


capita mensal de até ½ salário mínimo ou com renda familiar mensal de
até 3 salários mínimos.

 Famílias com renda superior a definida acima podem ter suas


informações inseridas no CadÚnico desde que esta inserção esteja
vinculada a programas sociais implementados pelos governos federal,
estadual e municipal.
Histórico
O Cadastro Único iniciou-se em 2001 com base no Decreto nº 3.877,
de 24 de julho de 2001. Até esta data, cada programa social possuía
um cadastro próprio para a identificação e a seleção de seus
beneficiários, caracterizado por informações de baixa qualidade e
registro repetido de informações. Em 2007 o decreto 6.135 define os
procedimentos e publico alvo dos programas governamentais.

Em 2003, o Programa Bolsa Família (PBF) unificou a gestão e


execução do Cadastro Único e dos programas “remanescentes”. Os
dados das famílias existentes na base cadastral do PBF foram
integrados à base do Cadastro Único.

Em março de 2005 existiam cerca de 10 milhões de famílias


cadastradas. Atualmente, este número corresponde a mais de 22
milhões de famílias.
Objetivos do Cadastro Único
 Possibilitar o reconhecimento de várias dimensões de pobreza e
vulnerabilidade, para além da renda monetária;

 Possibilitar o planejamento de políticas públicas voltadas às famílias de


baixa renda;

 Possibilitar e estimular a convergência de esforços entre os níveis da


federação para o atendimento focalizado / prioritário às famílias em
situação de maior vulnerabilidade social;

 Subsidiar a constituição de uma rede de promoção e proteção social


que articule as políticas existentes. Permitir a unificação de cadastros
sociais no âmbito do Governo Federal e entre os diversos níveis de
governo (federal, estadual e municipal).
Programas usuários do Cadastro
Único
 Programa Bolsa Família - PBF
 Tarifa Social de Energia Elétrica
 Brasil Alfabetizado
 Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI
 Carteira do Idoso
 Plano Setorial de Qualificação para Famílias de Baixa Renda – Próximo Passo
 ProJovem Adolescente
 Programas Habitacionais – Ministério das Cidades
 Isenção de taxa de inscrição para concursos públicos
 Cadastramento do Benefício de Prestação Continuada (Portaria MDS nº
706; Instrução Operacional Conjunta SENARC/SNAS Nº 06)

 Telefone Social (Resolução n º 586 - Anatel)


 Alíquota reduzida para Trabalhador Doméstico – Dona(o) de casa - (Lei nº 12.470,
de 31 de agosto de 2011)
Informações do Cadastro Único
O Cadastro Único é composto por três núcleos básicos de informações:

1 – Identificação do domicílio e da família


 Endereço da residência da família;
 Características de seu domicílio (infra-estrutura, acesso a serviços públicos e
composição familiar);
 Despesas mensais da família;

2 – Identificação das pessoas que compõem a família


 Dados pessoais e documentação civil;
 Qualificação escolar;
 Situação no mercado de trabalho;
 Rendimentos.
 Pessoas com deficiência

3 - Formulário Suplementar 1 – Vinculação a programas e serviços e


Formulário Suplementar 2 – Pessoa em situação de rua
Informações do Cadastro Único
FORMULÁRIO SUPLEMENTAR 1 - VINCULAÇÃO A PROGRAMAS E SERVIÇOS

Campo onde serão identificadas famílias pertencentes a grupos diferenciados:

Família cigana
Família Extrativista
Família de pescadores artesanais
Família pertencente à comunidade de terreiro
Família Ribeirinha
Família de Agricultores Familiares
Família Assentada da Reforma Agrária
Famílias beneficiárias do Programa Nacional do Crédito Fundiário
Família Acampada
Família Atingida por Empreendimentos de Infraestrutura
Família de Preso do Sistema Carcerário
Família de Catadores de Material Reciclável
Cadastro Único
 No Brasil, são estimadas 22.231.781 famílias de baixa
renda, ou seja, aquelas que têm uma renda mensal
de até ½ salário mínimo per capita (PNAD, 2006) .
 No Cadastro Único, estão inscritas 25.063.802
famílias, sendo que destas 13.557.535 famílias são
beneficiadas com o PBF.
 No Rio de Janeiro, estão cadastradas no Cadastro
Único 1.322.631 famílias e destas, 897.094 são
beneficiários do PBF.

Referência: Cadastro Único, janeiro/fevereiro de 2013.


Importância da ampliação do
Cadastro Único no Rio de Janeiro
Assim, apesar da ampla cobertura, identifica-se hoje que, no Rio
de Janeiro, há ainda milhares de famílias em extrema pobreza
ainda não inscritas no Cadastro Único;

No contexto em que o Cadastro Único é a principal ferramenta (


Mapa da Pobreza) utilizada pelo Plano Brasil sem Miséria, a
ausência de acesso de uma família extremamente pobre ao
Cadastro Único implica na sua invisibilidade a uma diversidade de
programas sociais;
Novo Cadastro Único

Novos • Processo de revisão e


Formulários Principais mudanças.

Sistema • Novo Sistema com acesso


Web e com novas
Operacional funcionalidades e conceitos

Processo de • Capacitação sobre os


Formulários e o Sistema,
Implementação fluxo de migração
Novos Formulários
Principais Mudanças
Possibilidade de caracterizar melhor as famílias, identificando:

Famílias em situação de rua;


Crianças submetidas ao trabalho infantil;
Famílias indígenas e quilombolas;
Famílias conviventes;
Componentes da família não moradores
do domicílio.
Pessoas sem registro civil de nascimento.
Sistema Operacional

Principais Inovações
 Funcionamento online
 Base nacional com acesso online
 Interface amigável
 Controle de usuários
 Acompanhamento das informações registradas
 Criação do Código Familiar
 Transferência online de pessoas e famílias
 Troca de Responsável pela Unidade Familiar
 Cadastramento de pessoas sem registro civil

 Informações gerenciais e relatórios multidimensionais (a serem disponibilizados)


Processo de Implementação: plano
de capacitação do Estado do RJ

Tipo de metodologia Tema a ser tratado Data prevista

Entrevistadores do
Capacitação Abril de 2013
Cadastro Único
Sistema de
Capacitação Condicionalidades do Julho de 2013
PBF - SICON
Encontro IGD-M Setembro de 2013

Panorama Estadual sobre


as Condicionalidades do
Seminário Intersetorial Novembro de 2013
Programa Bolsa Família e
Renda Melhor
Programa Bolsa Família
Transferência Condicionada de Renda
 Focalizada, Condicionada e de Livre Utilização
 Proporcionando o alívio imediato da pobreza;
 Ruptura do ciclo intergeracional da pobreza;
 Desenvolvimento das famílias.

A seleção das famílias para o PBF é feita com base nas informações
registradas pelo município no Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal, instrumento de coleta de dados que tem como objetivo
identificar todas as famílias de baixa renda existentes no Brasil.
Programa Bolsa Família: benefícios

Básico R$ 70,00 extrema pobreza

Variável R$32,00 5 variáveis


15 anos, gestantes
ou nutrizes

BSP Complementação em intervalos de R$ 2,00 para


famílias com renda per capita igual ou abaixo
de R$ 70,00

BVJ R$ 38,00 2 variáveis


15 e 16 anos
BVCE Pago às famílias de programas remanescentes:
auxílio gás, Bolsa escola, etc.
Compromissos dos Municípios
 Indicar o gestor responsável pelo PBF e constituir a Coordenação Municipal intersetorial;

 Realizar Busca Ativa: Identificar e cadastrar as famílias pobres e extremamente pobres no Cadastro
Único;

 Constituir a Instância de Controle Social do Programa, ou delegar essa competência para um


conselho ou comitê previamente existente, desde que seja paritário entre governo e sociedade civil;

 Promover o acompanhamento do cumprimento das condicionalidades;

 Garantir os serviços de saúde e educação que, além de direitos básicos, são necessários ao
cumprimento das condicionalidades pelas famílias;

 Promover o acompanhamento das famílias beneficiárias em maior vulnerabilidade nos CRAS;

 Apoiar o desenvolvimento das famílias beneficiárias, por meio da articulação entre o Bolsa Família e
Programas Complementares.
Busca Ativa
 O conceito de busca ativa, no âmbito da gestão Cadastro Único, deve ser entendido
como a identificação e cadastramento de todas as famílias de baixa renda,
prioritariamente daquelas em situação de extrema pobreza;
 A responsabilidade em localizar as famílias de baixa renda é do poder público, para além da demanda
espontânea, e pode e deve contar com parceiros que o auxilie a identificar famílias pobres ainda não
cadastradas;

 A busca ativa para o cadastramento das famílias baseia-se na orientação e no acompanhamento de


processos ativos de cadastramento: através de parcerias com ONGs, lideranças comunitárias, etc.;
criação de estratégias específicas de cadastramento, de modo a identificar, caracterizar e incluir as
famílias de baixa renda, considerando seu pertencimento a povos e comunidades tradicionais e
grupos específicos;

 Os municípios mantém-se responsáveis pela ação de cadastramento e esta responsabilidade deve ser
reforçada e apoiada pelas demais instâncias.
Para maiores detalhes consultar Instrução Operacional Conjunta nº 18, de 20 de dezembro de 2012.
Compromisso dos Estados

* Promover a capacitação dos Municípios para a realização do


cadastramento e para a gestão do Programa;

* Oferecer apoio técnico e operacional aos Municípios;

* Incrementar o fornecimento de documentos de identificação aos


beneficiários e à população pobre;

* Apoiar o cadastramento das populações tradicionais e específicas


(por exemplo: indígenas e quilombolas);

* Desenvolver um sistema de monitoramento e avaliação do


Programa.
Compromissos do Governo Federal
* Especificação dos processos, fluxos, metodologias e sistemas para
cadastramentos de famílias;
* A gestão do CADÚNICO dos Programas Sociais do Governo Federal;
* Definição de estratégias para inclusão de novas famílias e a exclusão de famílias
que não atendem ou superam os critérios de elegibilidade definidos pelo PBF;
* O acompanhamento e a fiscalização de execução do PBF e a articulação com a
Rede Pública de Fiscalização;
* Formatação, a negociação e a gestão do contrato com a Caixa Econômica
Federal, agente operador do PBF;
* Articulação para o acompanhamento das famílias pelo Sistema Único de
Assistência Social.
Obrigada!

 Mais informações:
coordenacaopbf@social.rj.gov.br
 Tel.: 2334-5507; 2334-9541

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