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“ Ninguém sonharia em testar a resposta de um tratamento comparando duas parcelas, uma com o tratamento
e outra sem o tratamento. Fisher e Wishart
Como em todo procedimento científico, também existem alguns princípios básicos que regem a experimentação, tais
princípios são: REPETIÇÃO, CASUALIZAÇÃO e CONTROLE DO LOCAL.
REPETIÇÃO - admite-se que existe maior precisão quando as estimativas são realizadas em função de um maior
número de repetições, pois essas cobrem com maior efetividade as variações da área experimental que podem ser
controladas e/ou influenciarem a variável resposta (variável dependente).
CASUALIZAÇÃO - Constatando-se que deve haver repetições por tratamentos na instalação de um experimento,
surge a questão: como as parcelas serão alocadas (repetidas) e quais tratamentos serão aplicados em cada repetição
na área experimental?
CONTROLE DO LOCAL - Existem situações nas quais os dois princípios básicos repetição e casualização não
são suficientes Para a redução do erro experimental, bem como para se obter estimativas das médias dos
tratamentos não tendenciosas. Por exemplo, a ocorrência de diferentes tipos de solos, declividades no terreno onde
o experimento vai ser implantado, idade das árvores, tratos silviculturais, etc., que não são considerados
tratamentos, podem afetar a variável resposta (variável dependente).
PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL
Erros Custos
Número de parcelas
Testar uma hipótese significa aplicar um teste estatístico para confirmar ou rejeitar a pressuposição de que o parâmetro
populacional está enquadrado em um intervalo de confiança predeterminado pelo pesquisador.
Os processos ou método usados para aceitar ou rejeitar uma determinada hipótese são denominados de testes de hipóteses,
testes de significância ou regras de decisão.
ACEITA-SE H0 REJEITA-SE H0
• Erro Tipo II: Você não rejeita H0, e aceita que vai chover.
• Resultado: Não choveu, e você passou toda a noite carregando o
guarda-chuva sem precisá-lo!
Como se decide qual hipótese aceitar?
• Uma serraria vem utilizando um método tradicional de
processar toras. O novo engenheiro florestal deseja implantar
um novo método que seria mais eficiente, que reduziria a
sobra de madeiras (perdas).
• Hipóteses:
Considerando-se um nível de significância a= 0,05, a representação gráfica da regra de decisão para este teste
bilateral seria:
-C 120 +C
A área de – C até +C (início das zonas críticas), corresponde à região de aceitação de H0 e as áreas fora deste
intervalo compõem a região crítica ou de rejeição. A soma das duas áreas extremas corresponde a 0,05 (5%) que é o
nível da significância do teste.
Então, a hipótese de nulidade H0 seria rejeitada se a estimativa da média obtida a partir da amostra, fosse maior que
+C ou menor que –C.
Supondo que tal espécie apresente uma produtividade superior a 120 m3.ha-1, a hipótese ideal
seria: H0 = 120 m3.ha-1 versus H1 = >120 m3.ha-1 .
Considerando-se α= 0,05 de significância, ter-se-ia:
Rejeitar-se-ia H0 se > +C
+C
Poder-se-ia supor que tal variedade possuísse uma produtividade inferior a 120 m3.ha-1.
Considerando-se o mesmo nível de significância, ter-se-ia:
-C
H1 H0 H1 Para α = 0,05
H1 H0 H1 Para α = 0,01
O teste estatístico que que calcula os valores críticos é denominado teste de F de Snedecor ou de Fisher,
sendo que alguns autores denominam teste de F de Snedecor-Fisher.
TESTE DE t DE STUDENT PARA COMPARAÇÃO DE DUAS MÉDIAS
Diz-se que as amostras não são pareadas quando além da fonte e variação
considerada, podem existir outras.
Nota-se que além do parâmetro a ser estudado, que poderia ser volume,
altura, etc. ainda pode existir outro tipo de variação proveniente da
influencia do tipo de solo, uma vez que são distintos.
X$ -X&
t=
1 1
s +
J$ J&
∑ . , ∑ . ,
. , /0+ X + . , /0+ X,
∑/0+ X+ − + ∑/0+ X, −
J+ J,
s=
J+ + J, − 2
Ex: Em dois povoamentos florestais de Pinus sp., deseja-se saber se duas espécies
distintas de tal gênero, diferem significantemente em termos de produção volumétrica aos
8 anos de idade, sabendo-se que os tipos de solos são diferentes para cada espécie.
3 3
Espécie A (m ) Espécie B (m )
160 142
140 128
180 133
165 150
150 143
172 144
184 139
160 150
165 120
158 129
TOTAIS 1634 1383
MÉDIAS 163,4 138,3
é 2 (1534 )
2
ù é æ 1383 ö ù
2
t(0,01;18) =2,88
b) Amostras pareadas
Já nas amostras pareadas, a única fonte de variação existente deve ser a
estudada. No exemplo anterior, para que as amostras fossem pareadas, os dois
tipos de solos deveriam ser semelhantes.
d
t=
s%
Ex: Considerando uma situação semelhante a anterior, onde as duas espécies distintas
estavam plantadas num mesmo tipo de solo.
åd
i =1
i
7
d= = = 0,7
n 10
2
æ ö n
ç å di ÷
n ç i =1 ÷
è ø
2
å
i =1
d 2
1
-
n
Sd =
n -1
(- 12 )2 + (- 16 )2 + ... + (19 )2 - (7 )2
0,7
t=
3,3
n.s
t = 0,21
Como o valor calculado é inferior ao valor tabelado nos diversos níveis de significância, se aceita
a hipótese de nulidade H0, aceitando a idéia de que m1 não difere de m2. Isto não quer dizer que
sejam iguais, apenas não podemos afirmar que elas sejam diferentes.
DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO
Os experimentos no delineamento inteiramente casualizado se caracterizam pelo fato
das repetições dos tratamentos serem atribuídas as parcelas sem nenhuma restrição,
isto é, o sorteio das repetições dos tratamentos é feito de forma casualizada e sem
restrição em toda a área experimental.
VANTAGENS:
DESVANTAGEM:
Yij = µ + 𝝉𝒊 + eij
( i = 1, 2, ..., I; j = 1, 2, ..., J)
Em que:
Yij = observação relativa a j-ésima repetição do i-ésimo tratamento;
µ = média geral do experimento
𝝉𝒊 = efeito do i-ésimo tratamento
eij = erro experimental associado ao valor observado Yij
REQUISITOS DA ANÁLISE DA VARIÂNCIA
a) Os efeitos dos tratamentos são aditivos;
b) Os erros experimentais devem ter uma variância comum, ou seja, devem ser
homocedásticos;
=Z
I, J
¶Z
¶µ
(
= 2 å Yij - m - t i ( -1) =0 ( 2) )
i = j=1
J
¶Z
¶ ii
(
= 2å Yij - m - t i ( -1) =0 (3) )
j=1
,
>,@
∑>,@
/0=0+ Y/=
>,@
G ,
>,@
>,@ >,@
, 1
SQRes = SQT − SQTrat = ; Y/= − C − ; T/, − C
J
/0=0+ /0=0+
>,@ >,@
T+, T,, T/,
SQRes = SQT − SQTrat = ; Y/=, − C − ; + + ⋯+ − C
J+ J, J/
/0=0+ /0=0+
_________________________________________________________
F.V. G.L S.Q Q.M F0
________________________________________________________
Tratamentos I -1 SQT SQT/(I-1) QMT/QMR
Resíduo I(J -1) SQR SQR/[I(J-1)]
_________________________________________________________
Total IJ - 1 SQ Total
_________________________________________________________
Exemplo: Em um local com condições ecológicas semelhantes foi realizado um estudo de crescimento em
termos de altura, de três clones de Eucalyptus sp., na idade de sete anos, cada tratamento repetido cinco
vezes. Os dados são os seguem:
R E P / T R AT A B C
1 16 12 20
2 20 11 28
3 22 12 14
4 17 13 16
5 18 10 19
T O T A L 93 58 87 G = 93 + 58 + 87 = 238
Total 14 191,73
F(0,01; 2,12) = 6,93
𝐐𝐌𝐑𝐞𝐬 𝟒, 𝟐𝟐
𝐂𝐕 = = = 𝟎, 𝟏𝟐𝟗𝟒 = 𝟏𝟐, 𝟗𝟒%
]
𝐘 𝟏𝟓, 𝟖𝟕
Como foi constatada diferença significativa entre os tratamentos, há necessidade de aplicar um teste de comparação
de médias. Portanto, tem que calcular as médias de cada tratamento
𝟗𝟑 𝟓𝟖 𝟖𝟕
𝑿𝟏 = = 𝟏𝟖, 𝟔 𝐦; 𝐗 𝟐 = = 𝟏𝟏, 𝟔 𝐦; 𝐗 𝟑 = = 𝟏𝟕, 𝟒 𝐦
𝟓 𝟓 𝟓
Teste de Tukey
𝐐𝐌𝐑
𝚫 = 𝐃𝐌𝐒 = 𝐪𝛂 para mesmo número de repetições por tratamento
𝐉
𝟒,𝟐𝟐
𝚫 = 𝐃𝐌𝐒 = 𝟓, 𝟎𝟓 = 4,64
𝟓
Para comparar as médias é preciso as ordenar na ordem decrescente e comparar as diferenças
entre duas médias com o valor calculado da DMS (Diferença Mínima Significativa) (4,64)
do teste de Tukey. Se a diferença entre duas médias for igual ou superior ao valor da DMS se
assume que existe diferença significativa entre os dois tratamentos.
Considerando o mesmo exemplo, sendo que o tratamento A tivesse mais uma parcela 22,
o resultado seria:
2
260
SQtotal = 16 2 + 20 2 + ! + 22 2 + ! + 19 2 - = 4452 - 4225 = 227,00
16
æ 1152 58 2 87 2 ö 2602
SQtratamento = çç + + ÷÷ - = 4390,77 - 4225 = 165,77
è 6 5 5 ø 16
SQResiduo == 227,00 - 165,77 = 61,23
Sqrespiduo
SQResiduo
FV GL SQ QM F
Tratamento 2 165,77 82,88 17,60**
Resíduo 13 61,23 4,71
TOTAL 15 227,00
O valor de F tabelado, considerando 2 graus de liberdade para tratamentos e 13
graus de liberdade para o resíduo, a nível de 1% de probabilidades é 6,70
indicando que ocorre diferença altamente significativa entre os tratamentos.
Na aplicação dos testes de Tukey e Duncan, ocorre uma nova situação,pois haverá comparação
entre médias de tratamentos com diferentes números de repetições, X A versus X B e X A versus
X C e para tratamentos com mesmo número de repetições, no caso X B versus 𝑋z𝑐
O valor de q com 3 tratamentos e 13 graus de liberdade para o resíduo a nível
de 1% de probabilidades é 4,96 para os dois casos.
4,71
D = 4,96 = 4,81
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