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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Turismo e Informática

Organismos Procariontes

Pemba, Setembro de 2022


Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Turismo e Informática

Organismos Procariontes

Trabalho de carácter científico,


referente à cadeira de Biologia, do
curso de Licenciatura em Gestão do
Emole António Meio Ambiente e Recursos
Naturais, 1º ano, para fins
avaliativos.

Docente: Oryza Alice Virgínia da Graça

Pemba, Setembro de 2022


Índice

1. Introdução ............................................................................................................................ 1

2. Organismos procariontes ...................................................................................................... 2

2.1. Características dos procariontes ......................................................................................... 2

3. Estrutura da célula procarionte ............................................................................................. 4

3.1. Reprodução das células procariontes.................................................................................. 6

4. Nutrição dos procariontes ..................................................................................................... 7

5. Importância económica e ecológica dos procariontes ............................................................ 7

5.1. Habitat dos procariontes .................................................................................................... 8

5.2. Exemplos de organismos com células procariontes ............................................................ 8

5.3. Bactérias............................................................................................................................ 8

6. Justificativa da escolha do tema .......................................................................................... 10

Conclusão .............................................................................................................................. 11

Referência Bibliográfica ......................................................................................................... 12


1. Introdução

O trabalho em alusão aborda sobre os Organismos Procariontes. Importa cinzelar que os


procariontes são organismos de tamanho relativamente pequeno e com composição e
funcionamento bem simplificado, o que faz destes seres os primeiros organismos vivos no
Planeta. Eles surgiram há bilhões de anos como um grupo de criaturas unicelulares. Eram
capazes de sobreviver em todos os ambientes, incluindo aqueles inóspitos, onde as condições
de temperatura e pH seriam consideradas inadequados para o desenvolvimento de outros seres
vivos.

Os procariontes possuem DNA, o qual pode ser observado como um anel sem proteínas (são
destituídos de proteínas). A célula procarionte não possui um núcleo verdadeiro, pois este é
formado por algumas membranas que constituem o “nucleoide”, ou seja, um núcleo não
separado. A sua característica mais peculiar é a falta de carioteca para subdividir o núcleo
celular. Este material genético é formado apenas por um filamento de DNA circular. Uma vez
que o seu núcleo está separado do resto do organismo por uma fina camada protectora, aquele
filamento encontra-se completamente misturado ao hialoplasma celular. Além das células
procariontes existem também as células eucariontes e elas se diferenciam pelo seu
funcionamento e pela complexidade de sua estrutura celular.

Quanto a finalidade, objectiva-se nesse trabalho, explicar sobre os seres procariontes e quanto a
metodologia, importa frisar que para a realização deste trabalho foi de consulta de obras
bibliográficas de alguns autores que abordam sobre o tema e que por nós foram colocadas na
referência bibliográfica do trabalho e quanto a estrutura do trabalho é de salientar que o
trabalho tem a seguinte sequência organizacional: Primeiramente tem a Introdução, depois
segue o desenvolvimento em seguida a conclusão e por fim a referência bibliográfica do
trabalho.

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2. Organismos procariontes

Segundo Lopes (2004), a palavra procarioto tem origem grega e significa “núcleo anterior” ou
“antes de ter núcleo”. Esse significado dá a impressão de se tratar de uma estrutura primitiva, e
é exatamente disso que se tratam esses organismos. Os procariontes são organismos de
tamanho relativamente pequeno e com composição e funcionamento bem simplificado, o que
faz destes seres os primeiros organismos vivos no Planeta. Eles surgiram há bilhões de anos
como um grupo de criaturas unicelulares. Eram capazes de sobreviver em todos os ambientes,
incluindo aqueles inóspitos, onde as condições de temperatura e pH seriam consideradas
inadequados para o desenvolvimento de outros seres vivos.

As células procariontes podem ser bactérias ou Archaea. Estas protobactérias ou protocélulas


(Bactérias, Cianofitas e Micoplasmas) podem assumir a forma:

 Espirilos (seres alongados e helicoidais);


 Cocos, coccus e cocci (organismos relativamente esféricos);
 Bacilos, bacillus e bacilli (levemente alongados);
 Vibriões (dobrados em forma de arco ou de vírgula).

Ademais, as células procarióticas não formam organismos pluricelulares e podem viver


isoladamente ou constituir colónias anaeróbicas ou aeróbicas. Apesar da grande diferença, estas
células preservam entre si uma unidade anatómica, ibidem.

2.1. Características dos procariontes

Os procariontes são geralmente unicelulares, isto é, compostos por uma única célula. Além
disso, são até cinquenta vezes menores que uma célula eucariótica. Esse fato corrobora com a
teoria da endossimbiose, de que organelas com material genético próprio como mitocôndrias e
cloroplastos eram no passado seres procariontes independentes que, ao serem fagocitados por
células maiores e eucarióticas, estabeleceram relação de simbiose e se tornaram as organelas
conhecidas atualmente (Carvalho, 2013).

A principal característica dos seres procariontes é a ausência da carioteca, membrana nuclear


que separa o DNA do restante do conteúdo celular. Essa ausência de núcleo organizado faz
com que o material genético esteja contido no próprio citoplasma celular. Além da falta de
membrana nuclear, as células procarióticas também não possuem estruturas membranosas
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internas como o retículo endoplasmático e complexo golgiense. Com excepção dos ribossomos,
as células procarióticas não possuem organelas celulares.

A ausência de núcleo organizado coloca o DNA das células procarióticas em contacto directo
com as demais substâncias contidas no citoplasma. A região celular em que se concentra maior
quantidade de DNA é chamada de nucleóide e o DNA procariótico também se difere do DNA
dos demais organismos existentes. A molécula de DNA das Bactérias e Archaeas é circular e
não se encontra associado a histonas, não se condensando, portanto, no processo de divisão
celular.

Além do DNA genómico, este que armazena as características genéticas da espécie, os


procariotos possuem DNA complementar chamado de plasmídeo. Essas moléculas menores de
DNA circular podem conferir característica de resistência a antibióticos e podem ser passadas
de uma bactéria para outra pelo processo de conjugação. Quanto às estruturas de membrana, os
organismos procariontes possuem uma cápsula de polissacarídeo que auxilia na sua proteção
frente a outros organismos e substâncias, além de promover a adesão em superfícies.

Essa cápsula pode ser formada por Exopolissacarídeos (EPS) que possuem importante interesse
comercial pelas suas ações antioxidantes, podendo conferir inúmeros benefícios para a indústria
alimentícia, cosmética, etc. Após a cápsula, os procariontes possuem uma densa camada
de parede celular que também possui função de conferir resistência e segurança a célula. No
caso das bactérias, essa parede celular é constituída de peptideoglicano, um polímero glicídico
unido a peptídeos, ibidem.

Abaixo da parede celular se encontra a membrana plasmática, que se assemelha a qualquer


membrana plasmática celular. É composta por uma bicamada lipídica com proteínas de
membrana formando o modelo mosaico-fluido. A diferença da membrana plasmática das
bactérias e Archaea é a ausência de esteróides, como o colesterol, presentes na membrana
plasmática de animais. A membrana plasmática bacteriana também sofre invaginações no
interior celular formando os mesossomos que são "membranas internas" onde ocorrem os
processos respiração celular para obtenção de ATP e fotossíntese (no caso das bactérias
fotossintetizantes).

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Os procariontes, de modo geral, também não possuem citoesqueleto. Por isso, a grande
importância dos componentes como a cápsula e a parede celular. Além disso, possuem
projeções para além da parede celular que conferem habilidades a esses seres:

 Flagelos: Uma espécie de cauda que se rotaciona permitindo o deslocamento celular em


meio aquoso;
 Fibrias: semelhantes aos cílios celulares, elas auxiliam na adesão da célula em
superfícies e na movimentação celular;
 Pili: estruturas maiores que as fibrias que desempenham funções específicas, como a
pili sexual, semelhante a um canudo em que bactéria consegue passar parte do seu
material genético (plasmídeos) para outra bactéria.

Os procariontes possuem DNA, o qual pode ser observado como um anel sem proteínas (são
destituídos de proteínas). A célula procarionte não possui um núcleo verdadeiro, pois este é
formado por algumas membranas que constituem o “nucleoide”, ou seja, um núcleo não
separado. A sua característica mais peculiar é a falta de carioteca para subdividir o núcleo
celular. Este material genético é formado apenas por um filamento de DNA circular. Uma vez
que o seu núcleo está separado do resto do organismo por uma fina camada protectora, aquele
filamento encontra-se completamente misturado ao hialoplasma celular. Além das células
procariontes existem também as células eucariontes e elas se diferenciam pelo seu
funcionamento e pela complexidade de sua estrutura celular.

Estas células se nutrem por meio de fontes de carbono e energia obtidas pelas acções:

 Acção fototrófica (empregam a luz solar como fonte de energia);


 Acção quimiotrófica (aproveitam energia de compostos químicos).

3. Estrutura da célula procarionte

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Fonte: Google académico.

 Cápsula: reveste a célula externamente;


 Citoplasma: substância gelatinosa responsável por manter o formato da célula;
 DNA: carrega as informações genéticas da célula;
 Flagelo: possibilita a locomoção da célula;
 Membrana plasmática: controla a troca de substâncias da célula com o meio externo;
 Parede celular: confere forma à célula;
 Pilus: possibilita a fixação da bactéria ao meio;
 Ribossomo: estrutura responsável pela produção de proteínas.

Esse grupo de organismos é composto, basicamente, pelas bactérias. Suas células não se
organizam em tecidos, isto é, se tratam de organismos unicelulares, podendo ou não
formar colônias. A composição desse grupo celular tem poucas membranas, em geral, a única
presente é a que delimita a célula. A célula procariótica é caracterizada pela ausência de organelas
membranosas muito conhecidas e comuns, como mitocôndria, cloroplasto, complexo de Golgi,
etc. Ela possui membrana plasmática, citoplasma, material genético livre e não compartimentado
e ribossomos.

A membrana plasmática delimita o organismo e possui sua função típica de controlar a entrada e
a saída de moléculas da célula. A parede celular é comumente encontrada em procariontes,
composta de carboidratos ligados a proteínas denominados peptídeoglicanos. De acordo com a
sua espessura e complexidade, é possível dividir os organismos em dois grupos de bactéria: gram
positiva e gram negativa. Em resumo, pode-se dizer que as que possuem uma parede celular mais
espessa são as gram positivas e as que possuem uma parede celular mais delgada, as gram
negativas.

O material genético é composto pelos cromossomos e pelo plasmídeo e é responsável,


principalmente, pela herança genética. O primeiro é análogo a uma central de comando da célula,
“gerenciando” os processos internos da mesma. Ele é difuso no citoplasma e está presente numa
região denominada nucleóide. A outra estrutura, que também é composta por DNA, é uma
estrutura circular extra DNA cromossômico responsável pela herança de algumas características
importantes, como resistência a certos antibióticos. Uma estrutura que pode ou não estar presente
nas bactérias é o pilus ou fimbria sexual. Esse apêndice se relaciona à transferência do plasmídeo
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para outra bactéria com a finalidade de conferir alguma vantagem a partir da capacidade de
produzir certa proteína.

Um facto curioso é que essa combinação de estruturas, plasmídeo e fímbria sexual, é de vital
importância para a célula em si. O que foge do senso comum é que o conhecimento disso trouxe
enormes avanços para a humanidade. É por causa do conhecimento da estrutura e do seu
funcionamento que a tecnologia consegue fazer uma cultura de bactéria produzir insulina de
origem humana. Isso ocorre ao inserir uma sequência de DNA humano responsável pela produção
dessa substância no plasmídeo de uma bactéria. Em seguida ela se reproduz e transmite essa
porção genética ao resto da cultura acarretando a produção.

Existem algumas outras estruturas especializadas que podem estar presentes nessas células. Os
cílios e flagelos são estruturas que se originam a partir do centríolo e tem função relacionada a
locomoção.

3.1. Reprodução das células procariontes

Segundo Fernandes (2005), A reprodução dos procariontes é do tipo assexuada que ocorre por
fissão binária (bipartição, cissiparidade), um processo de divisão celular. Esse processo é bem
rápido. O DNA dessas células é organizado em apenas um cromossoma circular dentro do
citoplasma. O processo de reprodução começa com a replicação do cromossoma. O novo
cromossoma se liga à membrana plasmática e ambos cromossomas migram para as extremidades
opostas da célula. A membrana plasmática no meio da célula cresce para o interior, fechando a
célula e criando assim, dois compartimentos com material genético próprio. A célula sofre
“fissão” (rompimento) no centro, formando duas novas células-filhas.

Nesta reprodução, não ocorre a condensação dos cromossomos em função da ausência de


processos de mitose. Assim, por meio da fissão, septos são formados e se dirigem da superfície
para o núcleo celular, onde a célula é dividida em duas. O poder da reprodução das bactérias é tão
rápido que, em questão de horas e em condições favoráveis, uma única bactéria pode dar origem
a milhões de bactérias idênticas a que lhe deu origem. A fissão binária ocorre nos procariontes
sem envolver a mitose, Ibidem.

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4. Nutrição dos procariontes

Alguns procariontes realizam a fotossíntese e outros a quimiossíntese. Na fotossíntese a fonte


de energia é a luz do sol, e na quimiossíntese são alguns compostos químicos. Os
fotossintetizantes captam a energia solar por meio da clorofila conhecida como
bacterioclorofila. Nesse processo não há liberação de oxigénio, pois o fornecedor de
hidrogénio não é a água e sim, substâncias simples como o gás sulfídrico (Marin, 1999).

Algumas bactérias são quimiossintetizantes e são chamadas de nitrobactérias. Essas bactérias


utilizam a energia química proveniente da oxidação de compostos inorgânicos presentes no
solo, para produzir compostos orgânicos. Elas são essenciais para o meio ambiente e para os
seres vivos, incluindo o ser humano. Este grupo de bactérias realizam um importante papel na
reciclagem do nitrogénio em nosso planeta. Contudo, a maioria dos procariontes são
heterotróficos por absorção, alimentando-se da decomposição da matéria
orgânica ou parasitando seres vivos.

5. Importância económica e ecológica dos procariontes

Já sob a vertente tecnológica, os primeiros e diversos atuais estudos relacionados


à biotecnologia foram feitos com células procariontes por serem mais simples. Tanto é que uma
das células mais bem conhecidas e estudas do mundo se trata de uma espécie de bactéria
presente no trato intestinal, a Escherichia coli. Ou seja, a existência dos procariotas é
indispensável para a vida como conhecemos hoje (Junqueira, 2012).

Quando se fala em bactérias geralmente nos lembramos de doenças, já que alguns desses
organismos são capazes de causá-las, sendo a penicilina, inclusive, considerada uma das
maiores descobertas da área médica por combater muitas dessas doenças. Entretanto, esses
seres procariontes foram e são essenciais para a manutenção da vida em nosso planeta, a
começar pelo próprio fato de terem sido os primeiros organismos a aparecer na superfície
terrestre, há cerca de 4,6 bilhões de anos. Disponibilizando oxigénio na atmosfera e reduzindo
as concentrações de CO2, permitiram a colonização de novos organismos. Além disso,
mitocôndrias e cloroplastos são derivados de bactérias endossimbiontes, ou seja: sem as
bactérias, não existiriam células eucariontes e, tampouco, células vegetais.

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Bactérias decompositoras e saprófitas, juntamente com os fungos, são responsáveis pela
reciclagem da matéria orgânica oriunda de organismos mortos e resíduos, como fezes e urina,
transformando-a em moléculas de composição mais simples: papel essencial para que os ciclos
do nitrogénio e oxigénio sejam desempenhados. Quanto ao primeiro ciclo citado, bactérias do
género Rhizobium, presentes em raízes de leguminosas, transformam o nitrogénio atmosférico
em nutrientes, como nitritos e nitratos, para assimilação destes pelas plantas. Animais
herbívoros, ao se alimentarem destas; e carnívoros, ao se alimentarem destes ou de outros
carnívoros; também incorporarão tais substâncias ao longo da cadeia alimentar” (Junqueira,
2012).

5.1. Habitat dos procariontes

Segundo Fernandes (2005) “Muitos organismos procariontes são encontrados em muitos


habitats, é o caso das bactérias que são organismos procariontes presentes em absolutamente
todos os habitats. São seres microscópicos que podem ser encontrados isolados ou em
agregados chamados colónias”.

5.2. Exemplos de organismos com células procariontes

De acordo com Carvalho (2013) “As células procariontes podem ser observadas em organismos
dos domínios Bacteria e Archaea. Assim sendo, são exemplos desses organismos as bactérias,
as cianobactérias e arqueas”.

5.3. Bactérias

Quanto a forma das células, as bactérias podem ser classificadas em:

 Cocos: forma esférica;


 Bacilos: forma de bastonete;
 Vibrião: forma de vírgula;
 Espiral: forma de espiral.

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Formato Celular Característico Dos Procariontes.

Sobre a agregação bacteriana, apenas bacilos e cocos formam colónias e uma colónia pode ser
classificada em:

 Diplococo: pares de cocos agrupados;


 Estreptococos: cocos agrupados formando algo semelhante a um "colar";
 Estafilococos: cocos agrupados de forma desorganizada, semelhantes a cachos;
 Sarcina: cocos agrupados de forma cúbica, formado por 4 ou 8 cocos simetricamente
emparelhados;
 Diplobacilos: Bacilos agrupados em pares;
 Estreptobacilos: Bacilos alinhados em cadeia formando algo semelhante a um "colar".

Agregados De Células Procarióticas.

5.4. Archaeas

Esses procariontes se diferem das bactérias principalmente quanto a sua parede celular e
membrana plasmática. A parede celular das Archaeas não apresenta peptideoglicano em sua

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composição, sendo constituídas por outros sacarídeos. Além disso, a membrana plasmática
desses organismos não é composta por uma bicamada lipídica de fosfolipídio, mas sim por
fosfolipídios unitários com duas porções polares nas suas extremidades, garantindo maior
rigidez à membrana. Isso permite que esses organismos consigam sobreviver em áreas mais
extremas do planeta.

As archaeas podem ser classificadas em até três grupos:

 Halófitas: Sobrevivem em regiões de grande salinidade como o Mar Morto;


 Termoacidófilas: Sobrevivem em ambientes de pH ácido e elevadas temperaturas
como regiões vulcânicas;
 Metanogênicas: Sobrevivem em pântanos e nos aparelhos digestivos de animais. São
seres quimiossintetizantes que conseguem produzir matéria orgânica a partir de
reacções que geram gás metano.

6. Justificativa da escolha do tema

A escolha do tema deve-se ao facto dos procariontes são de enorme importância, visto que são
responsáveis pela diminuição e reciclagem da matéria orgânica do solo. diferentes grupos de
bactérias desempenham papéis diferentes como, por exemplo, a digestão de celulose, açúcares
ou outros polissacarídeos, a hidrólise de peptídeos, ou a decomposição de aminoácidos.

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Conclusão

A principal característica dos seres procariontes é a ausência da carioteca, membrana nuclear


que separa o DNA do restante do conteúdo celular. Essa ausência de núcleo organizado faz
com que o material genético esteja contido no próprio citoplasma celular. Além da falta de
membrana nuclear, as células procarióticas também não possuem estruturas membranosas
internas como o retículo endoplasmático e complexo golgiense. Com excepção dos ribossomos,
as células procarióticas não possuem organelas celulares. A ausência de núcleo organizado
coloca o DNA das células procarióticas em contacto directo com as demais substâncias
contidas no citoplasma. A região celular em que se concentra maior quantidade de DNA é
chamada de nucleóide e o DNA procariótico também se difere do DNA dos demais organismos
existentes. A molécula de DNA das Bactérias e Archaeas é circular e não se encontra associado
a histonas, não se condensando, portanto, no processo de divisão celular.

Além do DNA genómico, este que armazena as características genéticas da espécie, os


procariotos possuem DNA complementar chamado de plasmídeo. Essas moléculas menores de
DNA circular podem conferir característica de resistência a antibióticos e podem ser passadas
de uma bactéria para outra pelo processo de conjugação. Quanto às estruturas de membrana, os
organismos procariontes possuem uma cápsula de polissacarídeo que auxilia na sua proteção
frente a outros organismos e substâncias, além de promover a adesão em superfícies.

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Referência Bibliográfica

Carvalho, H.F. (2013). A Célula.. 3ª Edição. São Paulo: Editora Manole.

Junqueira, L. C. & Carneiro, J. (2012). Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora


Guanabara Koogan.

Fernandes et al. (2005). Cianobactérias e cianotoxinas. Gestão integrada de mananciais de


abastecimento eutrofizados. São Paulo: Editora.

Iha, Cíntia & Sena, F. ( A Origem do Cloroplasto e a Evolução dos Eucariontes


Fotossintetizantes. Botânica no Inverno.

Lopes, S. (2004). Bio – Volume Único. 3ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva.

Marin, Victor Augustus et al. (1999). Fixação biológica de nitrogénio: bactérias fixadoras de
nitrogénio de importância para a agricultura tropical. São Paulo: Atlas.

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