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APRESENTAÇÃO
Olá cursista!
Bem Vindo ao Curso ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL!
Nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem
se revelado condição insuficiente para responder adequadamente
às demandas da sociedade. Há alguns anos, não muito distantes,
bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só
interessava o voto.
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dentro da educação e fora dela é um assunto que não se esgotara
facilmente, pois a sociedade vem impondo novos padrões de
exigência, mesmo diante de novos paradigmas, métodos, teorias
psicológicas precisamos nos adaptar ao novo.
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INTRODUÇÃO
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Nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem
se revelado condição insuficiente para responder adequadamente
às demandas da sociedade. Há alguns anos, não muito distantes,
bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só
interessava o voto.
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diante de novos paradigmas, métodos, teorias psicológicas
precisamos nos adaptar ao novo.
Pinturas rupestres
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Esses laços foram atados de tal forma na evolução humana, que
até pode-se tecer uma analogia entre a história da humanidade e
a aprendizagem da escrita de um indivíduo, pois do Paleolítico ao
contemporâneo o homem mantém uma relação com as inscrições
de forma semelhante à aprendizagem da escrita na infância.
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escrita se seguiu à tradição lendária. E, sobretudo não existe
história que não se funde sobre textos (HIGOUNET, 2003).
Criptografia do Egito
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encerramento da Pré-História e o nascimento da História no
período em que o homem começou a escrever.
Isso demonstra que por mais de cinco mil anos, a escrita manteve
se na vanguarda como um dos marcos iniciais da História. Segundo
Fábio Costa Pedro e Olga M. A. Fonseca Coulon (1989), o fim da
Pré-História ocorreu primeiramente no Oriente Próximo, com o
surgimento da escrita ligado à evolução das primeiras civilizações
urbanas, na região entre os rios Tigres e Eufrates, na
Mesopotâmia, cerca de 40 séculos antes da Era Cristã.
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situavam os distantes pontos de abastecimento e quais as rotas a
seguir para os alcançar.
AS ORIGENS DO ALFABETO
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desenhos, representam diretamente os sons da fala. Cagliari
demonstra algumas evoluções de formas pictográficas que mais
tarde se tornariam as letras do alfabeto como as conhecemos
hoje:
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Alfabeto árabe.
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vestígios de um alfabeto anterior, chamado escrita proto-
sinaítica, utilizado na península do Sinai.
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Alfabeto fenício
Alfabeto grego
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Os gregos foram um dos primeiros povos a representar
graficamente, nem sílabas, mas os próprios sons das letras, a
menor parte decomposta de uma palavra. Com os desenhos dessa
decomposição, houve um incremento significativo do alfabeto
grego em si mesmo e para as escritas dele derivadas, a inclusão
das vogais. Junto às consoantes, as vogais compunham ao todo 24
letras. Higounet chama atenção para este fato, comentando que
“o modo como se fez a notação das vogais merece um pouco mais
de atenção, pois foi com essa inovação que o alfabeto grego se
tornou o ancestral de todos os alfabetos europeus modernos”
(HIGOUNET, 2003, p. 89).
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grego é origem de muitas palavras e afixos da língua portuguesa e
de outras línguas latinas.
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Península, a língua sofreu algumas modificações, porém o idioma
falado pelos invasores nunca conseguiu se estabelecer
totalmente.
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1) Fase Proto-histórica
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reino, em detrimento do latim. Passa, assim, a haver um
português historicamente documentado.
Fases do português:
O PORTUGUÊS NO BRASIL
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O PORTUGUÊS NO MUNDO
Brasil;
Portugal;
Angola;
Moçambique;
Cabo Verde;
Timor-Leste;
Guiné-Bissau;
Guiné Equatorial;
São Tomé e Príncipe.
Estes países formam a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), que visa à promoção e difusão da língua, bem
como à cooperação entre os países falantes de português.
A ORIGEM DA ALFABETIZAÇÃO
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processo passou a ser denominado, entre nós, a partir do início do
século XX.
ESCOLA E ALFABETIZAÇÃO
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como principal propulsora do “esclarecimento das massas
iletradas”.
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como problema decorrente, ora do método de ensino, ora do
aluno, ora do professor, ora do sistema escolar, ora das condições
sociais, ora de políticas públicas, a recorrência dessas dificuldades
de a escola dar conta de sua tarefa histórica fundamental não é,
porém, exclusiva de nossa época.
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de aprendizagem da criança alfabetizada, de acordo com a
psicogênese da língua escrita.
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principalmente, da liberação e do fortalecimento da criatividade,
da imaginação e da fantasia nesta fase inicial da alfabetização.
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Tornar-se alfabetizado, adquirir a “tecnologia” do ler e escrever
e envolver-se nas práticas sociais de leitura e escrita, tem
consequências sobre o indivíduo e altera seu estado ou condição
em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos,
linguísticos e até mesmo econômicos; do ponto de vista social, a
introdução da escrita em um grupo até então àgrafo tem sobre
este grupo efeitos de natureza social, cultural, política,
econômica, linguística. O “estado” ou a “condição” que o
indivíduo ou o grupo social passam a ter, sob o impacto dessas
mudanças, é que é designado por literacy.
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Nas sociedades letradas, as crianças estão sempre em contato
com a linguagem escrita diversificada no ambiente: revistas,
bilhetes, jornais, outdoors, nomes de ruas, placas etc. Esse contato
permite que elas pensem, reflitam sobre o funcionamento e
características do código linguístico e reconstruam as regras desse
sistema complexo. Elas fazem perguntas, deduções e vão
aprendendo o significado da escrita.
– Pré-silábico
– Intermediário I
– Silábico
– Silábico-alfabético
– Alfabético
Nível 1 – Pré-silábico
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3- Pré-silábica propriamente dita – a
criança começa a diferenciar letras de
números, desenhos ou símbolos e
reconhece o papel das letras na escrita.
Percebe que elas servem para escrever,
mas não sabe como isso ocorre.
Nível 2 – Intermediário I
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ser solicitada a escrever “elefante”, por exemplo, ela escreve
EXTATEUSE. Já é capaz de justificar: começa com E e termina com
E;
Nível 3 – Silábico
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As características da hipótese silábica são:
Nível 4 – Silábico-alfabético
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Por se tratar de uma hipótese intermediária, é mais uma vez um
momento conflitante, pois a criança precisa negar a lógica do nível
silábico. Ninguém consegue ler o que ela escreve e, nesse
momento, ela se vê sem saída. Isso acontece principalmente
quando ela usa só as vogais, porque a mesma combinação de
letras serve para escrever uma porção de palavras. É justamente
isso que pode indicar o caminho para o professor: propor
atividades que levem a criança a observar a distância entre a sua
escrita (AO) e a escrita do adulto (“sapo”). É o momento em que a
criança começa a acrescentar letras, principalmente na primeira
sílaba da palavra. Exemplo: TOAT (“tomate”).
Nível 5 – Alfabético
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– Compreensão da logicidade da base alfabética da escrita.
Exemplo: a criança sabe que os sons G e A são grafados GA e que
T e O são grafados TO, e que, juntos, significam GATO.
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Duas vertentes desse processo podem ser manifestadas até que
seja alcançada a fase alfabética: o valor sonoro quantitativo, no
qual a criança percebe, por exemplo, que a palavra SAPO possui
quatro letras, porém não consegue ainda relacionar as letras à fala
e escreve a palavra utilizando quatro letras quaisquer; e o valor
sonoro qualitativo, no qual a criança não consegue ainda perceber
que a palavra SAPO possui quatro letras, mas a escreve utilizando
suas vogais ou suas consoantes.
Exemplos:
1 – Campo semântico “comidas”: macarronada, salada, arroz,
pão. Todo os dias eu como arroz e feijão.
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souber). Nesse caso, a análise da escrita pode ser feita a partir dos
seguintes parâmetros:
– não alfabético;
– nível silábico alfabético;
– alfabético.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
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CONCEITUANDO ALFABETIZAÇÃO
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de a criança chegar à escola, através das diversas leituras que vai
fazendo do mundo que a cerca, desde o momento em que nasce
e, apesar de se consolidar nas quatro primeiras séries, continua
pela vida afora. Este processo continua apesar da escola, fora da
escola paralelamente à escola.
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LETRAMENTO
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Explicando e exemplificando: as relações entre consoantes e
vogais, na fala e na escrita, permanecem as mesmas,
independentemente do gênero textual em que aparecem e da
esfera social em que circule; numa piada ou nos autos de um
processo jurídico, as consoantes e vogais são as mesmas e se
inter-relacionam segundo as mesmas regras.
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alcance dos conhecimentos lingüísticos, quando desconsidera as
funções sociais da escrita.
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Isso se verifica quando essas práticas negam os aspectos
psicomotores ou grafomotores, desprezando seu impacto no
processo inicial de alfabetização e descuidando de instrumentos e
equipamentos imprescindíveis a quem se inicia nas práticas da
escrita e da leitura. Essa postura prejudica sobretudo as crianças
que vivem em condições sociais desfavorecidas e que, por isso, só
têm oportunidade de contato mais amplo com livros, revistas,
cadernos, lápis e outros instrumentos e tecnologias quando
ingressam na escola.
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Há propostas pedagógicas e livros didáticos que valorizam de
forma parcial importantes conquistas como o prazer pelo ato de
escrever e a inserção nas práticas sociais da leitura e da escrita,
mas não garantem o acesso da criança ao sistema alfabético e às
convenções da escrita, deixando em segundo plano a
imprescindível exploração sistemática do código e das relações
entre grafemas e fonemas. Como conseqüência, dissociam,
equivocadamente, o processo de letramento do processo de
alfabetização, como se um dispensasse ou substituísse o outro.
NÍVEL DE LETRAMENTO
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Considerando-se que os alfabetizandos vivem numa sociedade
letrada, em que a língua escrita está presente de maneira visível e
marcante nas atividades cotidianas, inevitavelmente eles terão
contato com textos escritos e formularão hipóteses sobre sua
utilidade, seu funcionamento, sua configuração.
Excluir essa vivência da sala de aula, por um lado, pode ter o efeito
de reduzir e artificializar o objeto de aprendizagem que é a escrita,
possibilitando que os alunos desenvolvam concepções
inadequadas e disposições negativas a respeito desse objeto.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Acreditamos que a aprendizagem da leitura e da escrita depende
de duas portas de entrada, distintas, mas indissociáveis e que
necessitam ser trabalhadas ao mesmo tempo: ALFABETIZAÇÃO e
LETRAMENTO.
FORMAS DE AGRUPAMENTO
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do processo toda criança supõe que a escrita é uma outra forma
de desenhar as coisas.
NOME PRÓPRIO
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significativas se tornem referência para as crianças, em variadas
situações:
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Familiarizar-se com o nome, escrevendo-o nos materiais do
educando.
Unir fotos dos colegas ao crachá correspondente.
Comparar nomes maiores e menores.
Concurso entre os educandos para verificar quem sabe
identificar o maior número de nomes dos colegas, através da
ficha.
Formar o nome próprio com letras móveis.
Bingo com a ficha do nome.
Descobrir as letras do nome em um texto.
Forca com os nomes próprios.
Caça-palavras com os nomes da turma.
Os educandos deverão procurar e circular os nomes
encontrados.
Bingo com a assinatura dos educandos.
Jogo da memória com os nomes dos educandos e letra
inicial.
Nomes mágicos: com as fichas dos nomes, o grupo tenta
formar palavras trocando as letras de lugar.
Acróstico: o educador escreve o nome de um educando na
lousa ou em uma folha de papel na vertical. As crianças, em
duplas ou em grupos, descrevem palavras positivas sobre a
criança, de cujo nome estão sendo usadas as letras iniciais.
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> Nomes dos meninos
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O educador mostra fichas com as letras dos nomes
invertidas. Os educandos recompõem os nomes na ordem
certa.
Quebra-cabeça com nomes próprios.
Recortar de jornais e revistas as letras dos nomes dos
colegas do grupo e colar no caderno.
Baralho com os nomes da turma X a letra inicial.
O educador dita os nomes dos educandos para todos. Eles
escrevem apenas a letra inicial do nome ditado.
Classificar as fichas dos nomes pelo número de letras dos
mesmos.
As fichas (ou crachás) com os nomes devem ficar disponíveis na
sala de aula, em um local de fácil acesso e visibilidade. Dicas para
confeccionar a ficha (ou crachás) dos educandos:
CONHECER O ALFABETO
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Com as 26 letras do alfabeto podemos escrever todas as palavras
da língua portuguesa. A importância da aprendizagem do alfabeto
na fase inicial da alfabetização está, sobretudo, na necessidade de
o aluno identificar e saber os nomes das letras. Além disso, um
conhecimento básico a ser trabalhado nesse momento é a regra
geral de que o nome de cada letra tem relação com pelo menos
um dos “sons” da fala que ela pode representar na escrita.
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cada uma delas pode representar na escrita, representando os
sons das palavras que falamos.
SONS E LETRAS
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simultaneamente, e não há possibilidade de se controlar esse
processo.
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Apagar algumas palavras que compõem cada verso e pedir
aos educandos para completar, escrevendo a palavra que
falta.
Completar as letras que faltam nas palavras ou sentenças
tiradas da música.
Exemplo:
OUTRAS SUGESTÕES:
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Consultar o significado de uma lista de palavras do texto
e colocá-las em ordem alfabética.
Recompor versos ou todo o texto da música com as letras
móveis.
Procurar em um caça-palavras algumas palavras da
música e passar o lápis em torno delas. Reescrever estas
palavras por ordem crescente, de acordo com o número
de letras.
Fazer uma lista de palavras do texto e ligar: palavra à letra
inicial ou ao desenho.
Copiar do texto todas as palavras com uma determinada
letra escolhida.
Transcrever algumas palavras do texto com letras
diferentes: cursiva, manuscrita, impressa etc.
Montar quebra-cabeça com palavras da música: ÇA BE CA
DO SOL DA GO FO CO A DE
Formar sentenças dos versos apresentados fora da
ordem.
Explorar o título, autores e mensagens da música.
Recompor todo o texto com fichas contendo palavras da
música que os educandos têm em mãos.
Representação da música em outra linguagem: desenho,
pintura, colagem, mímica, coreografia etc.
Completar as palavras que faltam nas frases da música.
Cantar trechos de músicas diversas para os educandos
dizerem o título.
Fazer concurso entre dois grupos de educandos: pedir
que digam o nome da música através de palavras ditas
pelo educador.
Ex.: soldado, mão, anel, Natal etc.
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Adivinhar o nome do autor de uma música através do
título.
Descobrir o nome da música através do movimento da
boca.
Adivinhar o título de uma música através de pistas.
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20 Escrita coletiva de cartas, bilhetes, avisos etc.
21 Ditado em duplas (de educando para educando).
22 Escrita de legendas em fotos trazidas pelas crianças.
23 Confecção de um livro de histórias.
É importante o educador saber como as crianças lidam com a
leitura e a escrita de uma forma geral, como enfrentam desafios e
quanto são capazes de arriscar-se, colocando em jogo suas
hipóteses e compartilhando-as com os colegas.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência. São Paulo: Loyola, 1999, p.101
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HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. 10ª edição - São Paulo:
Disponível em http://falar-portugues.blogspot.com/2005/09/lngua-
portuguesa-pormoacyr-scliar.html (acesso em 08/10/2017) e
http://www.minc.gov.br/textos/olhar/linguaportuguesa.htm
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