História

Acontecimentos importantes:
 1922- Grande depressão dos anos 30, Mussolini chega ao
poder;
 1926- Início da ditadura em Portugal;
 1928- Salazar ocupa a pasta das finanças;
 1929- Crash da Bolsa de Wall Street;
 1930 – Portugal assina o Ato colonial «Acto Colonial»
 1932- Salazar é nomeado presidente do conselho;
 1933- Nova Constituição Portuguesa;
 1936- Criação da Legião Portuguesa e da Mocidade
Portuguesa;
 - Criação do secretariado da propaganda nacional.

A origem da Crise de 1929:

Ao longo dos anos 20, a economia americana tem vindo a
registar altos índices de crescimento.
Por volta de 1924, a Europa começou a recuperar, precisando
cada vez menos de recorrer aos EUA. Consequentemente, o
mercado americano começou a ficar saturado, dando-se uma baixa
de preços.
A oferta cresceu mais do que a procura, dando-se uma crise de
superprodução.

Desenvolvimento e consequências da crise

Neste período verificou-se um grande aumento do recurso ao
crédito e um maior volume de negócios nas Bolsas de Valores.
Entre 1924 e 1929, a Bolsa de Valores de Nova Iorque (Wall
Street) registou movimentos fora do comum.
A 24 de outubro de 1929 dá-se um crash na Bolsa de Wall Street.
Este dia ficou conhecido como Quinta-Feira Negra.
 A Bolsa entrou em rutura, os investidores, que tinham pedido
empréstimos para pagar as ações, não tinham pedido empréstimos
para pagar as ações, não tinham como os pagar, fazendo os
bancos declarar falência, muitas empresas foram obrigadas a
fechar, provocando o aumento do desemprega agravando as
condições de vida.

Fatores da grande depressão dos anos 30:

-Superprodução: agricultura e industrial: as empresas agrícolas e
industriais produziam excessivamente.
A produção não era escoada e acumulava-se em stocks, dado que
os mercados internos e externos estavam saturados

-Crash na bolsa de valores de New York, o valor das ações

subia em função do número de compradores e não em função do
rendimento das empresas.
Esta situação torna-se insustentável e provoca a descida
acentuada no valor das ações.

Consequências económicas e sociais da crise de 1929:

Com o crash da Bolsa houve descida do valor das ações, não
havia reembolso dos pedidos de empréstimo para pagar as ações,
não havia como pagar então os bancos declararam falência.
Muitas empresas foram obrigadas a fechar, a crise alastrou-se
rapidamente, levando à falência de empresas.
Consequentemente levou ao aumento o desemprego, diminuição
do consumo, baixa de preços, as condições de vida da população
pioraram.

Aumenta o desemprego, agravaram-se as condições de vida,

aumentam os fenómenos marginalidade social tais como
prostituição, alcoolismo, toxicodependência.
A mundialização da crise
Após a 1º Guerra Mundial, os EUA tornaram-se a principal potência
económica do Mundo.
Os EUA emprestaram dinheiro a Europa que via agora obrigada
a pagar. Sem crédito os bancos e muitas empresas foram a
falência.
As colónias e os países subdesenvolvidos deixaram de vender
matérias primas aos Estados Unidos.
A crise instalou-se rapidamente abalando todos os setores. Famílias
perderam os seus bens e ficaram sem casa, sem trabalho.
As pessoas esperaram horas em filas para obter alguma comida
que era distribuída pelo Governo. A crise económica aumentou as
tensões sociais e raciais, a criminalidade e outros aspetos de
miséria.

A afirmação dos grupos de extrema-direita

Após a 1ª Guerra Mundial, por toda a parte, desenvolveram-se os
movimentos políticos de extrema-direita favoráveis ao autoritarismo.

O crescimento destes movimentos deve-se às dificuldades

económicas que alguns países atravessaram a seguir à 1ª Guerra
Mundial e, mais tarde devido à crise de 1929. O desemprego
aumentou e o nível de vida de grande parte da população baixou e
muitos atribuíram a responsabilidade aos governos parlamentares.
Por outro lado, a burguesia passou a apoiar os movimentos de
extrema-direita para contrariar o avanço da esquerda, sobretudo
após a revolução soviética e as tentativas de revolução noutros
países europeus.
Fascismo Italiano
a) Contexto em que surgiu:

-Dificuldades económicas decorrentes da 1ª guerra mundial

-1922 marcha sobre Roma;

-1924 o Partido Nacional fascista (PNF) de Benito Mussolini

ganha as eleições.

Princípios doutrinários:

- monopartidárismo: neste tipo de regime politico legalmente só

existe partido politico;

-Antiparlamentarismo: o parlamento é reduzido a um órgão

consultivo;

-culto do chefe: o chefe era considerado um guia espiritual, a

quem todos deviam obediência

Bendito Mussolini usava o título DUCE (guia espiritual)

-totalitarismo: primazia do Estado sobre o indivíduo, isto é, os

interesses individuai estão subordinados aos interesses do Estado

-As liberdades fundamentais não eram respeitadas

-corporativismo: associações entre patrões e operários. Estas

associações de natureza económica e social tinha como objetivo
evitar os conflitos laborais

-nacionalismo: defesa exagerada dos valores nacionais;

-imperialismo: os fascistas italianos desejavam conquistar a antiga

grandeza do Antigo Império Romano

O fascismo italiano é um regime político antidemocrático,

antissindical, que vigorou em Itália desde 1922 até ao final da 2ª
Grandeza Mundial

No aspeto económico o fascismo italiano é defensor da autarcia

(modelo de autossuficiência económica)
O nazismo na Alemanha
Após a Guerra, a Alemanha passou a ser governada por um
regime democrático que ficou conhecido por República de Weimar.
Foi neste a clima de descontentamento que o nazismo se afirmou
através do Partido Nacional Socialista ou Partido Nazi.
Liberado por Adolf Hitler desde 1921, este partido, baseado numa
forte propaganda nacionalista, reuniu cada vez mais seguidores.
Defendia a ideia de uma Alemanha forte e rica, mas só para
«verdadeiros» alemães, assumindo um carácter racista e de
antissemitismo.
Em 1933, o Presidente da República nomeou Hitler chanceler
(chefe do Governo). Nas eleições de 1934, Hitler recorreu a uma
forte propaganda financiada por comerciais, banqueiros e industriais
e foi eleito também Presidente da República, passando a
acumular os dois cargos.

Princípios doutrinários:

-Antiparlamentarismo: o parlamento é reduzido a um órgão

consultivo;

-culto do chefe: o chefe era considerado um guia espiritual, a

quem todos deviam obediência

-totalitarismo: primazia do Estado sobre o indivíduo, isto é, os

interesses individuai estão subordinados aos interesses do Estado

-corporativismo: associações entre patrões e operários. Estas

associações de natureza económica e social tinha como objetivo
evitar os conflitos laborais

-nacionalismo: defesa exagerada dos valores nacionais;

-racismo: todas as raças humanas eram discriminadas exceto a

raça ariana;
-antissemitismo: hostilidade aos judeus;
- espaço visual: imperialismo: Hitler defendia a conquista de
territórios para expansão da raça ariana.
 -Condições que favoreceram a ascensão ao poder do Partido
Nazi na Alemanha

-a 1ª guerra (1914/1918) teve consequências desastrosas,

conduzindo ao desempenho e a miséria milhares de alemães
-o tratado de Versalhes tinha constituído uma humilhação para
os alemães
-as condições de via da maioria da população alemã tinham
sido agravadas, assim vastos grupos alemães consideravam que os
nazis eram a melhor solução para o país.

Estado Novo
Em 1928, o presidente da República, o general Óscar Carmona
nomeou António de Oliveira Salazar para ministro das finanças.
Salazar só aceitou o cargo com a condição de poder supervisionar
os orçamentos de todos os ministérios. Chegando ao poder
empreendeu uma política de austeridade, reorganizando as
finanças do país, conseguindo equilibrar o orçamento e reduzir a
dívida externa.
Em 1932, em resultado da sua crescente popularidade, Salazar
foi nomeado chefe do Governo e em 1933 apresentou ao país e fez
aprovar, uma nova Constituição

A Constituição de 1933 e o Estado Novo

A Constituição de1933, teoricamente, era democrática, pois
manteve o voto por sufrágio direto e a separação de poderes entre
o Presidente da República, a Assembleia Nacional (parlamento), o
Governo (conselho de ministros do qual Salazar era o presidente) e
os tribunais.
Esta Constituição limitou a ação dos cidadãos e restringiu direitos
e liberdades individuais, tais como o direito à liberdade de
expressão e à greve. Assim, acabou por favorecer a instalação da
ditadura salazarista, iniciando um período que o próprio Salazar
designou por Estado Novo.

Os princípios do Estado Novo

 Exaltação da História da pátria e dos seus heróis;

 Preservação das tradições culturais e artísticas de cada

região do país e a valorização do estilo de vida português,
identificado com o das populações rurais…

 Adoção do catolicismo como religião oficial do Estado;

 Um Estado forte, autoritário, dirigista e antiparlamentar, eram

proibidos os partidos políticos, existindo um partido único, a
União Nacional;

 O culto do chefe-tal como Mussolini e Hitler, Salazar foi

proclamado como um homem de exceção e quase infalível,
cujo regime promoveu a veneração da Nação

 A organização corporativa do trabalho, para evitar

situações de contestação social foram criadas associações
profissionais que juntavam patrões e funcionários, as
corporações;

 O nacionalismo, o patriotismo e o colonialismo ,defendendo

de formas intransigente a manutenção do Império colonial

Em 1930, foi publicado o Ato Colonias, uma espécie de

«Constituição para os territórios de além-mar», que justificava a
presença dos Portugueses nas colónias como uma tarefa
civilizacional, de levar a línguas, a religião e a cultura aos povos
«não civilizados».
O controlo da cultura
 Para consolidar o poder, o Estado Novo criou e desenvolveu um
sistema de propaganda e controlo da cultura que garantia o
apoio da população às ideias do regime, por se convencer que
eram as mais adequadas ou por ter medo de as contestar.
O Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), CRIADO EM
1933, praticava uma “Política de Espírito», para influenciar os
diversos ramos da comunicação social e a população em geral.
O combate ao analfabetismo levado a cabo pelo regime
contribuiu também para o controlo ideológico e os livros escolares
tinham implícitas mensagens de apoio ao regime.
As ideias do Estado Novo eram incutidas desde muito cedo na
população. Para defender o regime e combater o aparecimento de
ideias do comunismo, foram criadas, em 1936, duas organizações
paramilitares: A Mocidade Portuguesa e a Legião Portuguesa,
inspiradas nas organizações fascistas e nazis.
A Mocidade Portuguesa, à qual todos os jovens dos 7 anos aos
14 anos tinham de pertencer, pretendia incutir nos jovens as ideias
nacionalistas e os valores de dever e obediência.
A Legião Portuguesa defendia a ideologia salazarista e combatia
as ideias de comunismo e anarquia.
Desde o primeiro ano de escola os alunos aprendiam a ler,
escrever e contar por livros controlados pelo Estado, onde eram
realçados os valores de Deus, Pátria e Família, defendidos pelo
regime.

O carácter repressivo do regime

Para controlar a oposição foram criadas instituições de carácter
repressivo, como a polícia política (PVDE-Polícia de Vigilância e
Defesa do Estado, mais tarde PIDE- Polícia Internacional de Defesa
do Estado) e a Censura.
Estas perseguiam, reprimiam e condenavam todos os que, de
algum modo, defendessem as ideias que podiam pôr em causa
os valores do regime.
A ditadura estalinista na URSS
 -temporalidade: em 1922 Estaline tornou-se o secretário geral
do partido comunista da União Soviética (PCUS) e chefe
máximo e absoluto.
-espacialidade: União Soviética, Europa/Ásia;
-instrumentos de repressão: polícia política (KGB),
estabelecimento de censura é imprensa, GULASGS- campos
de reabilitação para onde ela enviava os opositores ao regime,
onde eram obrigados a trabalho escravo.
Estaline usou os seus poderes para impor uma ditadura de
partido único que, apesar de defensora de valores do
comunismo, tinha métodos e princípios que tornavam muito
próxima das ditaduras fascistas.

Política económica de Estaline

-Estaline tomou várias medidas para por em Prática uma
economia socialista, para tais pós em prática os planos
quinquenais- programas económicos e metas a atingir durante um
período de 5 anos;
-A económica (agricultura, indústria, comércio) foi coletivizada, isto
é os meios de produção eram controlados pelo estado.