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COMPLEMENTAR
ANATOMIA
RESUMOS
SUMÁRIO
Conteúdo
Aula 1. Neurocrânio ...................................................................................................... 4
Aula 1. Neurocrânio
Definição: conjunto de ossos responsáveis por proteger o sistema nervoso central.
Formado por oito ossos:
Dividido em duas partes – dividido por uma incisura (onde articulará o osso etmoide).
Parietal (2)
Túber do parietal
Região interna –dividida em quatro fossas, divididas entre si por sulcos (passam
os seios venosos da dura-máter – seio transverso e seio sagital superior) com uma
protuberância na região central.
Parte mastoidea.
Processo estiloide.
○ Lâmina lateral.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 6
○ Lâmina medial.
Corpo – região com uma pequena depressão (sela turca) que abriga a glândula
hipófise → apresenta em seu interior os seios esfenoidais.
O osso frontal (região anterior) se forma em duas partes com uma sutura central.
Caso permaneça após a vida adulta, chama-se sutura metópica.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 7
Aula 2. Viscerocrânio
Definição: formado por 14 ossos (dois ímpares – vômer e mandíbula e seis ossos
pares – maxilas, zigomáticos, lacrimais, nasais, conchas nasais inferiores, palatinos).
Mandíbula (1)
Osso único, em forma de U, com cortical óssea extremamente densa em função da
grande força mastigatória imposta nele e em todos os músculos inseridos.
Maxila (2)
Osso que participa da formação de três cavidades da face → nasal, bucal e órbita.
Processo frontal da maxila – processo superior que se articula com o osso frontal →
participa da formação da parede lateral da cavidade nasal.
Processo palatino – forma todo o palato ósseo (teto da cavidade bucal e assoalho da
cavidade nasal).
O teto do seio maxilar forma o assoalho da cavidade orbital (representado pela seta
vermelha).
Crista zigomático alveolar (B)– área densa que comunica o processo zigomático da
maxila até seu processo alveolar e provém força para face (sustentação).
3) Palatino
Formado por duas lâminas → horizontal e perpendicular.
Possui concavidade voltada para baixo → delimita o meato nasal inferior, região de
passagem do canalículo lacrimonasal para drenagem de lágrima.
Três processos distintos → permite que esse osso se articule com as estruturas de
mesmo nome.
○ Processo etmoidal.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 10
○ Processo maxilar.
○ Processo lacrimal.
Apresenta concavidade junto com a maxila. Forma a fossa lacrimal → aloja o saco
lacrimal (drenagem das lágrimas).
Vômer (1)
Osso fino, plano e quase trapezoide.
○ Frontal – articula com o osso frontal para formar a parede lateral da órbita.
Nessa região, existe o forame cego – formado pela união da crista etmoidal com a
crista do osso frontal.
Limite posterior: margem superior da parte petrosa do osso temporal (parte óssea
extremamente dura).
Sela turca
Fossa hipofisal (abriga a glândula hipófise) e a formação do seio esfenoide (no corpo
do osso esfenoide).
Forame óptico – local de passagem do nervo óptico (1) e artéria oftálmica (2).
Fossa pterigopalatina:
Impressão trigeminal.
Pequena depressão na região da fossa craniana média onde está abrigado o nervo
trigêmeo.
Forame lacerado:
Forame irregular.
Processo mastoide
Células da mastoide.
Análise cefalométrica
Análise lateral e frontal – são feitas por meio das radiografias de perfil e frontal e
realizadas manualmente ou de forma digital.
Tal análise busca prever a simetria entre ossos, tecidos moles e dentes:
Ponto Násio (N) – corresponde à sutura entre osso frontal e nasal (ponto mais anterior
à sutura frontonasal).
Ângulo SNA > 82° – maxila muito para frente em relação à base do crânio.
Ângulo SNA < 82° – maxila muito para trás em relação à base do crânio.
Ângulo 1.NA → representa o ângulo entre a linha feita no longo eixo do incisivo
superior com a linha NA.
SNB > 80° – mandíbula muito para frente (paciente classe III esquelética).
Ângulo 1.NB → representa o ângulo entre a linha NB e a linha formada no longo eixo
do incisivo inferior.
Ângulo SN.GoGn
Movimentações feitas no intuito de intruir a maxila devem ser analisadas por meio
desse ângulo, pois modificá-lo representa um encurtamento do terço inferior da face em
função da rotação mandibular (sentido anti-horário) causada pela intrusão maxilar.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 16
○ Aparelho lacrimal.
Paredes orbitais
○ Cada órbita apresenta-se como uma cavidade piramidal quadrilátera na qual sua
cavidade se encontra aberta e sua região mais posterior corresponde à região de
canal óptico.
Apresenta uma parede fina – às vezes translúcida – formada basicamente pelo osso
frontal.
Parede mais forte entre as quatro e definida entre as fissuras orbitais (superior e
inferior) – basicamente formada por osso esfenoide e zigomático.
Assim como a inferior, é uma parede frágil em função de ser formada basicamente
pelo osso etmoide (bastante pneumatizado).
Tarso → reforço palpebral que dá suporte a essa estrutura e se fixa nas pálpebras
através dos ligamentos palpebrais.
Pirâmide nasal – Linha média – Facilita o trauma direto do nariz por ser mais exposta
em região da face.
Parte cartilaginosa
Propicia flexibilidade à região anterior da cavidade nasal.
Tecido que se forma à frente da cartilagem septal (tecido mole), que conclui a
formação da cavidade nasal.
O septo nasal é formado anteriormente pela cartilagem septal, mas em sua região
posterior é composto por osso.
Parte óssea:
1) CAVIDADE NASAL
Drenagem
Superior – seio cavernoso → veia jugular interna.
Posteriormente – plexo pterigoide → maxilar e retromandibular.
Anteriormente – veia facial.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 21
Palato
Corresponde ao limite superior (teto) da cavidade bucal.
Na região central, sobre a sutura mediana, existe área sem deposição de tecido
submucoso por baixo, conhecida como rafe palatina mediana.
Papila incisiva – elevação ovoide da mucosa, compatível com região de forame
incisivo.
Pregas palatinas transversas – são irregulares; cada indivíduo tem seu padrão e
auxiliam no reconhecimento cadavérico, pois são consideradas as impressões digitais da
mucosa bucal.
Aponeurose palatina – estrutura inelástica que permite a inserção de musculatura de
palato mole.
Músculo tensor do véu palatino – compõe o palato mole e tem função maior em
nasofaringe (abrir a tuba auditiva para passagem de ar e secreção para região de
nasofaringe) do que no palato mole.
Músculo palatoglosso + mucosa = arco palatoglosso – aponeurose palatina → base
de língua.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 22
BOCHECHAS
Paredes laterais → formadas pelo músculo bucinador.
Tal região não apresenta grandes acidentes anatômicos, sendo a papila parotídea a
única em destaque.
ASSOALHO DE BOCA
Espaço pequeno delimitado abaixo da região de língua pelo músculo milo-hioideo.
Mucosa oral
Processo alveolar – Gengiva inserida: espessa, bem inserida, cor rosada, com aspecto
de casca de laranja, com projeções entre os dentes, em formato triangular (papila
interdental).
Glândula Parótida
Glândula serosa.
Limites:
Por ser um ducto longo, pode estar relacionado à formação de calcificações (cálculos
– sialolitíases) que, às vezes, ocluem o ducto e impedem a passagem da saliva.
Apesar de atravessar a glândula, o nervo facial (responsável pela mímica facial) não
inerva essa glândula.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 25
A artéria carótida externa entra na glândula e emite seus dois ramos terminais – A.
maxilar e A. temporal superficial.
Carótida interna e veia jugular estão estruturalmente próximas da carótida.
Glândula submandibular
Tem a maior parte abaixo da basilar mandibular. A parte anterior se coloca sobre
o ventre anterior do músculo digástrico, mas não está totalmente localizado abaixo da
basilar e também se estende superiormente.
Glândula sublingual
Predominantemente mucosa.
Superficial no assoalho de boca (recoberta apenas pela mucosa do assoalho).
Coloca-se acima da linha milo-hioidea e se coloca na fossa sublingual.
Tal glândula apresenta diversos ductos. O ducto de Bartholin pode existir e representa
condensação de alguns ductos da região anterior da glândula.
Sistema Carótico
A artéria carótida comum tem trajeto ascendente juntamente com a veia jugular
interna e se apresenta lateral à traqueia, tireoide, faringe e esôfago.
Trajeto
A carótida interna ascende sem emitir nenhum ramo até a base de crânio.
Ramos cervicais:
Ramos faciais:
○ A. nasal lateral → nem sempre está presente; respondee pela irrigação de áreas
de nariz (dorso e lateral). ¨
1) A. maxilar (MANDIBULAR)
A. meníngea média (seta verde-claro) → passa pelo forame espinhoso e irriga ossos
da calvária e regiões adjacentes.
A. meníngea acessória (seta amarela) → passa pelo forame oval e adentra crânio
(irriga músculos pterigoideos).
Camada externa (outer layer): formada pelo periósteo, que cobre a face interna da
calvária; adere-se à face interna do crânio. Sua inserção é resistente ao longo das
linhas de sutura e na base do crânio.
Camada interna (inner layer): membrana fibrosa forte e contínua no forame magno
com a parte espinal da dura-máter que reveste a medula espinal.
Foice do cérebro:
Foice do cerebelo:
Tentório do cerebelo:
○ Segue na margem livre côncava inferior da foice do cérebro e termina no seio reto.
Seio reto:
○ Formado pela união do seio sagital inferior com a veia cerebral magna.
Seio sigmoide
Seio cavernoso
○ Grande plexo venoso, localizado de cada lado da sela turca, sobre a face superior
do corpo do esfenoide, que contém o seio esfenoidal.
○ Recebe sangue das veias oftálmicas superior e inferior, veia cerebral média
superficial e seio esfenoparietal.
○ Em cada seio cavernoso, estão a artéria carótida interna com seus pequenos
ramos, circundados pelo plexo carótico de nervo(s) simpático(s) e o nervo
abducente (NC VI).
○ Os nervos oculomotor (NC III) e troclear (NC IV), mais duas das três divisões do
nervo trigêmeo (NC V), estão embutidos na parede lateral do seio.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 33
Assim como nas veias, os vasos linfáticos apresentam valvas que garantem o fluxo da
linfa em um único sentido. A movimentação da linfa ocorre graças às forças externas
que agem sobre as paredes dos vasos, como a ação massageadora dos músculos
esqueléticos. Entre cada valva dos vasos linfáticos, é possível perceber um dilatação, e,
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 35
como existem várias valvas nessas estruturas, o vaso linfático adquire um aspecto de
colar de contas.
Capilares mais finos vão se unindo em vasos linfáticos, que terminam em dois
grandes dutos principais: o duto torácico (recebe a linfa procedente da parte inferior do
corpo, do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes do tórax) e o duto
linfático (recebe a linfa procedente do lado direito da cabeça, do braço direito e de parte
do tórax), que desembocam em veias próximas ao coração.
Linfonodos → pequenos corpos ovais formados por tecido linfático e envoltos por
cápsulas de tecido conjuntivo, com tamanhos variados (1 a 2 mm de comprimento). O
parênquima do linfonodo é formado por uma região cortical, logo abaixo da cápsula, e uma
região medular, que se encontra no centro do órgão. A região por onde entram e saem os
vasos sanguíneos no linfonodo recebe o nome de hilo.
A linfa circula no interior do linfonodo por uma via unidirecional. Ela entra no órgão por
meio de vasos linfáticos aferentes que desembocam na borda convexa do linfonodo e sai
pelos vasos linfáticos eferentes que saem do hilo. No interior dos linfonodos, encontra-se
uma grande quantidade de células responsáveis pela nossa defesa, tais como macrófagos
e linfócitos.
Níveis anatômicos dos linfonodos do pescoço – divisão anatômica que tem como
importância a classificação em níveis para padronização da linguagem entre os diversos
especialistas.
○ Nível I – Submandibular
○ Nível Va:
○ Nível Vb:
○ Nível VI
Consistência dura;
Sem dor;
Seio cavernoso
Localizam-se de cada lado da sela turca (ao lado do corpo do osso esfenoide).
Drenam para o seio transverso por meio do seio petroso superior e para a veia jugular
interna por meio do seio petroso inferior.
○ O sistema venoso profundo: diversas veias → drenam para duas veias tributárias,
cerebral interna e basilar. Ambas se juntam para originar a veia cerebral magna,
que drena para o seio reto.
A veia angular constitui uma tributária da veia facial e tem início no ângulo medial da
órbita. Realiza anastomose com as veias supratroclear e supraorbital, tributárias da
veia oftálmica, portanto drena para a região da órbita e para a veia facial.
3. Veia infraorbital → drena pálpebra inferior, região da asa do nariz e lábio superior.
Penetra no forame infraorbital, percorrendo canal e sulco infraorbitários, seguindo o nervo
e artérias infraorbitários.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 41
○ Deságua todo seu conteúdo nas veias maxilares, que se encontram com a veia
temporal superficial, na região posterior ao ramo da mandíbula, formando a veia
retromandibular.
O ramo anterior → une-se à veia facial, na região abaixo da borda inferior do corpo da
mandíbula, formando um tronco denominado veia facial comum.
○ Clivagem ou segmentação
○ Gastrulação
○ Organogênese.
• Epiderme
• SNC e SNP
Ectoderma
• Olhos
• Ouvidos
• Músculos esqueléticos
• Células sanguíneas e revestimento dos vasos sanguíneos
Mesoderma
• Musculatura lisa das vísceras
• Etc...
Dobramento do embrião
Ocorre na quarta semana do desenvolvimento embrionário (de vida intrauterina).
Os dobramentos levarão à transformação de um disco trilaminar plano em um
embrião praticamente cilíndrico.
O embrião torna-se curvado e tubular
Prega cefálica
No início, o encéfalo em desenvolvimento cresce para dentro da cavidade amniótica.
Prega caudal
Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural. À medida que o embrião
cresce, a região caudal projeta-se sobre a membrana cloacal.
Arcos faríngeos
Durante o desenvolvimento embrionário, surge, por volta de quatro ou cinco semanas,
uma série de estruturas chave para o desenvolvimento da cabeça e pescoço: os arcos
faríngeos ou arcos branquiais.
O nervo deste arco desenvolve, no quinto nervo craniano, o trigêmeo. Seus ramos
caudais dão origem à inervação maxilar e mandibular.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 45
3º arco faríngeo forma o corno maior e a porção inferior do corpo do osso hioide. A
musculatura é a da deglutição, localizada, no adulto, nas paredes da faringe (músculos
constritor superior da faringe e estilofaríngeo).
O nervo do terceiro arco é o IX par craniano (nervo glossofaríngeo.)
São inervados pelo ramo laríngeo superior do nervo vago (X par craniano). Os demais
músculos intrínsecos da laringe são inervados pelo ramo laríngeo recorrente do nervo
vago, que é o nervo correspondente ao sexto arco branquial.
Desenvolvimento da face
A formação da face é um tanto complexa e ocorre entre a quarta e a oitava semana.
O tubo digestório abre-se primitivamente ao exterior por meio de uma degradação da
membrana bucofaríngea, estrutura que corresponde à fusão do ectoderma e do endoderma.
Essa membrana está situada no fundo de uma depressão transversal, conhecida como
estomodeu, e vai se aprofundando aos poucos devido ao crescimento das estruturas que
o rodeiam
Desenvolvimento da língua
O desenvolvimento da língua se dá no final da quarta semana de vida intrauterina.
Os dois brotos linguais (tumefação lingual mediana) anteriores, originários do primeiro
arco, crescem em direção central recobrindo o tubérculo ímpar. Fundem-se e crescem em
direção anterior, indo para a região ectodérmica, que forma a boca primitiva.
Formam o corpo da língua cuja linha de fusão forma o sulco mediano da língua.
A estrutura resultante da fusão dos dois processos nasais medianos na linha média
é o segmento intermaxilar
Ambas as cristas palatinas se fusionam com o septo nasal, o qual não se une à zona
posterior das cristas palatinas. Nesse local, serão formados o palato mole e a úvula.
O palato definitivo deriva, então, dos palatos primário e secundário, permanecendo
entre ambos um orifício que dá passagem ao forame incisivo (o que assinala, portanto, a
divisão entre os dois ossos palatinos).
Do palato secundário deriva não só grande parte do palato duro, mas também o palato
mole.
Brotos Brotos
ectodérmicos da endodérmicos Brotos epiteliais
cavidade oral do assoalho do endométricos
estomódeu
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 49
Representa a primeira fase da digestão e, para que ela ocorra de maneira benéfica para
o nosso organismo, os alimentos devem ser bem mastigados para que as partículas
sejam expostas ao suco gástrico e às enzimas, que vão digerir esses alimentos e
absorver os nutrientes de maneira saudável e eficaz pela mucosa intestinal.
Fases da mastigação
Incisão – apreensão do alimento obtida através da elevação da mandíbula em protrusão.
A língua, coordenadamente com as bochechas, posiciona o alimento entre as superfícies
oclusais dos dentes pré-molares e molares, preparando as etapas seguintes.
Estruturas associadas:
▪ M. masseter
▪ M. temporal
▪ M. pterigoide medial
▪ M. pterigoide lateral
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 50
Dentes
Língua
Bochechas
Lábios
Saliva
A face lateral do músculo masseter é coberta por uma fáscia bastante resistente, de
forma retangular e que envia traves fibrosas para o interior dos corpos musculares.
Sua disposição permite a formação de uma loja osteofascial aberta e apenas no nível
da incisura da mandíbula, através da qual há comunicação com a fossa infratemporal.
Feixe superficial:
Feixe profundo:
Sua porção superficial é irrigada pela artéria masseterina inferior superficial, ramo da
artéria facial, e, em sua porção profunda, pela artéria masseterina superior profunda,
ramo da artéria maxilar.
Devido ao seu tamanho, pode ser palpado sem dificuldade, especialmente quando o
paciente abre e fecha a boca alternadamente.
Situa-se na fossa temporal e pode ser coberto por uma longa e forte aponeurose
(terminação ou origem muscular).
Origem e inserção:
Porção medial tem extensa origem nos ossos frontal, parietal e esquamosal (linha
temporal), inserindo nas extremidades anteriores e superiores do processo coronoide
e sendo separada em duas lâminas.
Juntamente com o masseter, esse músculo forma uma alça ao redor da mandíbula.
O pterigoide medial pode ser palpado medialmente ao ramo da mandíbula tanto por dentro
quanto por fora da cavidade oral.
Função → seu mecanismo de ação é uma combinação de elevação, protração
(movimento para frente), translação medial e rotação lateral (esses dois últimos
movimentos quando em conjunto com o músculo pterigoideo lateral) da fileira dentária
(movimentos presentes durante a abertura da boca).
Inserção → a inserção das duas cabeças do músculo fica no colo da mandíbula (fóvea
pterigoidea), disco articular (margem anterior e medial) e cápsula da ATM.
Função → a contração pode ocorrer de forma bilateral ou unilateral. Atuando juntos
protruem (movimento da mandíbula para frente) e deprimem o mento.
Atuando de forma separada (unilateral) produzem movimentos de lateralização da
mandíbula – giro mandibular sobre o eixo vertical em direção ao lado oposto.
Há um nervo para cada cabeça. O nervo para a cabeça superior e para a metade
lateral da cabeça inferior recebe fibras do nervo bucal, que, por sua vez, é um ramo
do nervo mandibular.
O nervo para a metade medial da cabeça inferior recebe fibras diretamente do nervo
mandibular.
Irrigação → realizada por ramos pterigoideos da artéria maxilar e pelo ramo palatino
ascendente da artéria facial.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 54
Músculos Músculos
da Mastigação Supra-hioideos
Abaixadores
Elevadores
Digástrico;
Masseter; Temporal; Milo-hioideo;
Pterigoide Medial Gênio-hioideo
Estabilizador
Protrusor do hioide
Pterigoide Lateral
Estilo-hioideo
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 55
Ventre posterior → surge do segundo arco faríngeo, motivo pelo qual é inervado pelo
nervo facial (ramo digástrico).
São responsáveis por posicionar o osso hioide juntamente aos músculos supra-
hioideos. Possuem um papel ativo na deglutição e na movimentação da laringe e
soalho de boca.
Músculos Cutâneos
da Face
1. Músculo orbicular do olho – é um par de músculos faciais que circundam cada órbita
e a região periorbital adjacente. É um músculo plano e largo que forma uma elipse ao
redor da circunferência da órbita.
○ Não possui inserções ósseas, mas insere-se em várias estruturas de tecido mole
da região periorbital.
○ As fibras mais periféricas da parte palpebral que cursam pelas margens de cada
pálpebra formam o feixe ciliar.
Funções:
Artéria maxilar
Temporal superficial
Artéria facial.
Artéria oftálmica (ramo da artéria carótida interna) também irriga o músculo.
Função:
3. Músculo risório → é um pequeno músculo da face localizado próximo aos lábios, nas
partes laterais do canto da boca.
Origem e inserção → pode ter vários pontos de origem, incluindo o arco zigomático,
a fáscia parotídea, a fáscia sobre o masseter anterior à glândula parótida, a fáscia que
recobre o platisma ou a fáscia sobre o processo mastoide.
As fibras musculares do risório convergem medialmente, em um trajeto quase
horizontal, em direção ao ângulo da boca. O músculo então se entrelaça com outros
músculos que também convergem para o ângulo da boca, formando uma massa
fibromuscular densa e móvel chamada de modíolo.
Inervação → ramo bucal do nervo facial (NC VII).
Vascularização → é irrigado principalmente pela artéria labial superior, ramo da
artéria facial, que se origina entre o risório e o bucinador. O sangue venoso é drenado pela
veia facial, que também cursa profundamente ao risório e pela veia facial transversa.
Músculos do lábio superior
○ Contribui para isso elevando o lábio superior, expondo, assim, os dentes maxilares.
Ao executar essa ação, o músculo ajuda a realizar várias expressões faciais, tais
como sorrir ou fazer cara de desdém.
Função → realiza tração direta no lábio superior juntamente com o zigomático menor
e o levantador do lábio superior e da asa do nariz.
○ M. zigomático maior
Origem
(Parte posterior do) aspecto lateral do osso zigomático
Inserção
Modíolo, se mistura com músculos do lábio superior
Função
Elevação e eversão do ângulo da boca
Inervação
Ramo bucal do nervo facial (NC VII)
Vascularização
Artéria labial superior (artéria facial)
○ M. zigomático menor
Origem
(Parte anterior do) aspecto lateral do osso zigomático
Inserção
Se mistura aos músculos do lábio superior (medial ao
músculo zigomático maior)
Ação
Eleva o lábio, expõe os dentes maxilares
Inervação
Ramo zigomático e bucal do nervo facial (NC VII)
Vascularização
Ramo labial superior da artéria facial
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 62
○ Eleva a base do lábio inferior ao tracionar sua inserção cutânea, fazendo sua
eversão e protrusão. Esse movimento também enruga a pele do queixo.
○ A função desses movimentos é ajustar o formato dos lábios para beber alguma
coisa, assim como gerar expressões faciais associadas às emoções de tristeza,
desprezo e dúvida.
Músculo nasal → par de músculos que cobre o dorso do nariz. Consiste em duas
partes:
Origem
Parte alar: processo frontal da maxila (superiormente ao incisivo lateral)
Parte transversa: maxila (superolateralmente à fossa incisiva)
Inserção
Parte alar: pele alar;
Parte transversa: funde-se com a parte contralateral do músculo no
dorso do nariz
Ação
Parte alar: abaixa a aleta nasal lateralmente, dilata as narinas
Parte transversa: enruga a pede do dorso do nariz
Inervação
Ramo bucal do nervo facial (NC VII)
Vascularização
Ramo labial superior, septal e nasal lateral da artéria facial;
Ramo infraorbital da artéria maxilar
Ação
Rebaixa a extremidade medial da sobrancelha, enruga a pele da glabela
Inervação
Ramo temporal, zigomático inferior ou bucal do nervo facial (NC VII)
Vascularização
Ramo angular e nasal lateral da artéria facial
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 64
Os músculos com que a língua está ligada ao crânio são denominados músculos
extrínsecos → movem a língua fisicamente e fixam a língua em estruturas anatômicas
vizinhas (hioide, mandíbula, processo estiloide, palato mole e parede anterior da
faringe)
1. Genioglosso
2. Hioglosso
3. Estiloglosso
4. Palatoglosso
Músculos extrínsecos
Atuando unilateralmente, a língua diverge para o lado oposto do músculo que contraiu.
Passa para frente e para baixo e divide-se no lado da língua em uma parte longitudinal,
que penetra na língua fundindo-se com o m. longitudinal inferior da língua, e uma
parte oblíqua, que se insere no m. hioglosso.
Função → quando contrai, o músculo puxa a língua para cima e para trás.
Origem → face anterior do palato mole (aponeurose palatina), onde tem continuidade
com seu par do lado oposto (contralateral).
Suas fibras vão para baixo e um pouco para lateral, inserindo-se nos lados da língua,
mesclando-se e tornando-se contínuas com as dos músculos transversos da língua e com
as fibras superficiais dos músculos estiloglosso e hioglosso.
Função → sua contração pode abaixar o palato mole ou levantar a parte posterior da
língua (raiz da língua), sulcando o dorso.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 67
O bulbo do olho possui vários músculos, visto que realiza vários movimentos: para
um lado e para o outro, para cima e para baixo, e movimenta-se até mesmo na diagonal.
Este tendão forma quatro fitas que constituem as quatro inserções tendinosas:
súpero-interna, súpero-externa, ínfero-interna, ínfero-externa. Cada fita está entre os
dois músculos que lhe dão o nome e cada músculo nasce da união das duas fitas que o
separam dos músculos vizinhos.
Todas as estruturas que adentram a órbita pelo canal óptico passam através do anel
de Zinn
Algumas estruturas que adentram a órbita pela fissura orbital superior passam
através do anel de Zinn
N. Oftálmico N. Lacrimal
N. Abducente
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 68
Músculos extraoculares, junto com os músculos reto superior, reto inferior, reto
medial, reto lateral, oblíquo superior e oblíquo inferior → facilita indiretamente os
movimentos do olho ao elevar e retrair a pálpebra superior, permitindo olhar para
cima.
Origem e inserção: origina-se com um curto tendão a partir do aspecto inferior da asa
menor do esfenoide, superior (acima do canal ótico) e anterior ao anel tendíneo comum.
O ventre muscular se alarga gradualmente conforme cursa anteriormente em direção à
pálpebra.
As fibras musculares penetram na pálpebra superior, inserindo-se às suas partes
através de dois fascículos aponeuróticos.
Função:
As principais ações do músculo elevador da pálpebra são a retração e a elevação
da pálpebra superior e o alargamento da fissura palpebral. Estas ações são limitadas por
várias características anatômicas do músculo.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 69
Músculos retos
São responsáveis pelo movimento do olho nas direções cardinais. Os quatro músculos
(reto superior, reto inferior, reto medial e reto lateral), junto com os músculos oblíquos
superior e inferior, pertencem ao grupo dos músculos extraoculares.
É um músculo orbitário estreito, com forma de fita, que se estende sobre o assoalho
da órbita.
Origem e inserção → como a maioria dos músculos extraoculares, origina-se na
parte superior do anel tendíneo comum (abaixo do canal óptico), que é encontrado no polo
posterior da órbita, envolvendo as margens do canal óptico.
Por exemplo, o músculo reto inferior trabalha tanto em sinergia quanto em oposição
ao músculo oblíquo superior. Eles trabalham em sinergia para abaixar a pupila, mas
ao mesmo tempo eles se opõem porque o reto inferior aduz e roda externamente o
globo ocular, enquanto o oblíquo superior abduz e roda internamente o globo ocular.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 70
É o músculo mais curto porém mais forte dos quatro retos. Cursa anteriormente,
deslizando sobre a parte medial do olho até o seu equador, para atingir a metade anterior
do globo ocular.
Origem e inserção → origina-se da parte medial do anel tendíneo comum, entre os
retos superior e inferior e a superfície de dura-máter adjacente que envolve o nervo óptico
(bainha dural do nervo óptico).
Função → quando se contrai, o músculo reto medial aduz o globo ocular, ou seja,
puxa o globo ocular medialmente. Esta ação é importante em dois tipos de movimentos
oculares: conjugados e desconjugados.
Função → abduz o olho e dirige o olhar lateralmente no plano horizontal. Esta ação é
assistida pelos músculos oblíquos superior e inferior, que também abduzem o olho, entre
outras funções.
Para abduzir o olhar, o reto lateral tem que trabalhar em coordenação com o reto
medial do outro olho, enquanto o reto medial do primeiro olho tem que relaxar quando o
reto lateral se contrai. Estes músculos são chamados de músculos conjugados, descritos
como sinergistas contralaterais funcionalmente pareados.
Músculos oblíquos
1. Músculo oblíquo superior → músculo mais longo deste grupo, com característica
fusiforme, estendendo-se do corpo do osso esfenoide até a porção superolateral do
globo ocular.
Localizada entre o tendão e a tróclea está uma bainha sinovial fina, que as separa.
Depois da tróclea, o tendão faz uma grande curva posterolateral antes de se inserir
na esclera superficial póstero-súpero-lateral do olho. Esta inserção está localizada
atrás do equador do olho, entre as fixações dos músculos reto superior e do reto
lateral.
É nomeado por sua posição na órbita em relação ao globo ocular, já que ocupa o
aspecto inferior da órbita, circunscrevendo a parte inferior do globo ocular.
Além das estruturas ósseas, a ATM também é composta por um disco articular, uma
cápsula articular e ligamentos. Em virtude da sua forma de dobradiça (ginglymus) e sua
função de deslizamento (arthrodia), também é denominada de articulação ginglimoartroidal.
1. Superfícies ósseas
3. Disco articular → uma das principais estruturas da anatomia da ATM. É formado por
uma estrutura fibrocartilaginosa bicôncava (mais espessa nas periferias e delgada
no centro). Está dividido em três porções:
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 74
Quando a mandíbula volta à posição retrusiva, outro ruído pode ocorrer, sendo
denominado ruído recíproco, quando novamente o disco volta a se posicionar incorretamente
à frente do côndilo.
Assim como o deslocamento anterior prolongado do disco pode levar a uma grande
perda da elasticidade da lâmina retrodiscal superior, se a borda posterior do disco se torna
fina, o músculo pterigoideo lateral superior pode tracioná-lo completamente através do
espaço interdiscal e assim o disco fica fixo em posição anteriorizada.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 77
Células serosas → têm, em geral, um formato piramidal, com uma base larga que
repousa sobre uma lâmina basal e um ápice com microvilosidades pequenos e
irregulares voltados para o lúmen. As células secretoras adjacentes estão unidas
entre si por complexos juncionais que formam uma massa esférica, denominada
ácino, contendo um lúmen central, onde o conteúdo proteico sintetizado pode ser
expelido.
O ducto parotídeo (também conhecido como ducto de Stensen) é por onde se drena a
saliva para o interior da cavidade oral, próximo ao dente segundo molar, através da papila
parotídea. Apresenta 5 cm de comprimento por 3 mm de largura, originando-se da borda
anterior da glândula.
Em seu curso, cruza o masseter e perfura o bucinador. Tecidos glandulares ao longo
do ducto parotídeo e sobre o músculo masseter são chamados de glândulas parótidas
acessórias (estrutura que aparece em 20% da população).
Vascularização e inervação:
As artérias facial e lingual contribuem para a vascularização da glândula submandibular
enquanto a drenagem venosa é de responsabilidade das veias correspondentes.
O mecanismo secretório da glândula submandibular é regulado diretamente pelo
sistema nervoso parassimpático, pelo qual é estimulado, e indiretamente pelo sistema
nervoso simpático, pelo qual é inibido.
C) Glândula sublingual: assim como a submandibular, também é uma glândula
tubuloacinar, composta por células serosas e mucosas, que são predominantes. É o
menor dos três pares de glândulas salivares maiores. São coletivos de massas teciduais
exócrinas, mas possuem muitos ductos que se abrem na área em que estão situadas.
Limites: repousam bilateralmente no assoalho da boca e no interior das pregas
linguais. São limitadas:
São cobertas superiormente pela língua. Numerosos ductos podem ser vistos
secretando saliva ao longo da margem das pregas sublinguais.
Irrigação: existem dois suprimentos arteriais separados que contribuem para a
vascularização da glândula sublingual, que têm sua drenagem venosa através das veias
correspondentes. O primeiro é o da artéria lingual, que se ramifica para a artéria sublingual.
O segundo é o da artéria facial, que dá origem à artéria submentoniana.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 80
Porção oral (2/3) → orientada no plano horizontal que se encontra dentro da cavidade
bucal.
Papilas filiformes → estruturas da língua que recebem esse nome porque têm forma
filiar, cilíndricas ou cônicas (que apontam para a faringe). Elas se localizam na
superfície dorsal da língua, em fileiras diagonais, exceto no ápice da língua, onde são
transversais.
○ Tipo mais comum de papila visto na região anterior da língua e o único tipo que
não contém botões gustativos.
○ A estrutura dessas papilas é circular, com superfície achatada. Dessa forma, essa
área permite que os líquidos ingeridos fluam facilmente.
○ São circundadas por um sulco (seta verde) (circundada pela elevação de mucosa)
e apresentam centenas de botões gustativos.
○ São cobertos com epitélio, carecem de queratina e, portanto, são mais macios que
o restante das papilas.
Menor tamanho
Por volta dos 6 anos, os dentes de leite começam a cair e são substituídos por dentes
permanentes. Os primeiros dentes da dentição permanente a aparecer na boca são os
primeiros molares e aproximadamente aos 12 anos a criança já pode apresentar apenas
dentição permanente.
Tecidos dentários
Esmalte → tecido mais resistente e mineralizado do corpo humano e, juntamente
com a dentina e a polpa dentária, forma os dentes. É o componente dos dentes que é
normalmente visto em boca clinicamente (em situações normais) e é suportado pelo
tecido subjacente (dentina).
Sua espessura varia ao longo da superfície dentária e frequentemente é mais espessa nas
cúspides e mais fina na junção amelocementária.
Composição: matéria inorgânica (70%), matéria orgânica (20%) e água (10%). Esta
composição varia com a idade do dente, devido a sua fosforilação progressiva, mesmo já
estando totalmente formado.
Polpa → estrutura interna do dente formada por tecido conjuntivo frouxo ricamente
vascularizado e inervado. Junto com a dentina, forma estrutura integrada denominada
complexo dentinopulpar, que tem origem embriológica na papila dentária.
Terços da coroa:
Faces vestibular e lingual (faces livres): as faces livres são divididas, no sentido
mesiodistal em terços mesial, médio e distal. No sentido cérvico-oclusal/incisal, são
divididas em terços cervical, médio e oclusal/incisal.
Face oclusal: no sentido mesiodistal, a face oclusal é dividida em terços mesial, médio
e distal. A divisão no sentido vestibulolingual ocorre apenas nas faces oclusais dos
dentes pré-molares e molares em terços vestibular, médio e lingual.
Essa divisão em terços pode ser aplicada à raiz dental, mudando-se a nomenclatura
para determinar a divisão no sentido da altura de cérvico-oclusal para cérvico-apical,
mantendo-se a mesma nomenclatura para os demais sentidos.
O primeiro molar superior tem um bulbo radicular, que se divide em três raízes, nas
posições mesiovestibular, distovestibular e lingual.
Superfícies dentárias:
Face livre → vestibular: face da coroa que está em relação com o vestíbulo da boca
e lingual: oposta à face vestibular e está em relação com a boca propriamente dita.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 85
Faces proximais → faces de contato denominadas de face mesial (FM), mais próxima
do plano sagital mediano, e face distal (FD), mais distante do plano sagital mediano;
Face oclusal (FO) → face da coroa que entra em contato com sua homônima no arco
antagônico. Corresponde à face triturante dos dentes posteriores. Nos incisivos, essa
face é denominada de borda incisal (BI).
Colo clínico: limite entre coroa e tecido gengival visto clinicamente. Em casos de
saúde gengival, é coincidente com o colo anatômico (junção coroa-raiz)
Colo cirúrgico: porção inicial ou basal da raiz que fica sempre acima do alvéolo
dentário e que, no indivíduo revestido de suas partes moles, permanece revestida
pela gengiva. A retirada cirúrgica da coroa dental é feita sempre nesta parte basal da
raiz, justificando plenamente o seu nome.
A coroa dos dentes humanos caracteriza-se pela sua alta complexidade morfológica.
Essa complexidade se traduz na presença de uma variedade de estruturas anatômicas que
apresenta a superfície da coroa desses elementos dentais.
Crista marginal: eminência situada nas bordas mesial e distal da face lingual dos
dentes incisivos e caninos e nas bordas mesial e distal da face oclusal dos dentes pré-
molares e molares. Na face lingual dos dentes anteriores, essa estrutura anatômica
se estende do cíngulo ao ângulo incisal, como um pilar de reforço enquanto, nos
elementos posteriores, estende-se das cúspides vestibulares às linguais;
○ Tubérculo de Carabelli: saliência menor que a cúspide, sem forma definida, presente
na face lingual da cúspide mesiolingual do primeiro molar superior permanente;
○ Bossa lingual: elevação arredondada situada entre os terços cervical e médio dos
dentes posteriores;
○ Unirradiculares
Caninos: composto por quatro dentes, sendo um para cada hemiarco. Em conjunto
com os incisivos, compõe o grupo de dentes anteriores ou labiais. Esse grupo tem
como função primordial a mastigação, durante a qual exerce a função de perfurar e
dilacerar os alimentos. Além disso, exerce função relevante na estética e fonética.
A superfície oclusal apresenta duas cúspides: uma vestibular mais alta e mais larga,
voltada para distal, e outra lingual menos volumosa em todas as dimensões, voltada para
mesial.
2° pré-molar inferior: a face oclusal dessa unidade apresenta forma circular, com
possíveis variações morfológicas. As duas formas mais comuns são a bicuspidada e a
tricuspidada.
Além dos sulcos, essa face apresenta crista de direção oblíqua, que se estende
da cúspide mesiolingual à distovestibular, denominada ponte de esmalte.
2° molar superior – a face oclusal do segundo molar superior apresenta quase todos
os acidentes anatômicos já descritos para o primeiro molar, com exceção da ponte de
esmalte, que é uma característica própria do primeiro molar superior.
1° molar inferior – a superfície oclusal desse dente se caracteriza por apresentar
cinco cúspides:
2° molar inferior – essa face tem forma retangular com quatro cúspides, sendo duas
vestibulares: mesiovestibular e distovestibular, e duas linguais: mesiolingual e distolingual.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 89
A união dos canalículos lacrimais superior e inferior ocorre em 90% dos pacientes,
formando o canalículo lacrimal comum, também chamado de seio de Maier ou ampola
do canalículo lacrimal. Nos 10% restantes, os canalículos se unem ao saco lacrimal
de forma independente. O seio de Maier se une à parede lateral do saco lacrimal na
junção dos terços superior e médio. Esta abertura é coberta por uma dobra mucosa
chamada de válvula de Rosenmüller.
Saco lacrimal
É a parte superior alargada do ducto nasolacrimal. Com forma oval, o saco lacrimal
tem comprimento de cerca de 12 a 15 mm. Sua extremidade superior tem estrutura fechada
e arredondada e sua extremidade inferior corre para o canal lacrimal.
A cobertura na superfície externa do saco é uma parte fibrosa do ligamento palpebral
medial que é responsável por anexar a placa das bordas das pálpebras com a cavidade
ocular. O músculo responsável pelo fechamento das pálpebras atravessa a superfície
interna do saco.
Localização → colocado em um sulco profundo, o saco lacrimal é criado pelo osso
lacrimal e pelo processo frontal da maxila. O osso lacrimal, menor e menos resistente dos
ossos da face, aloja o saco de sua metade superior através de uma abertura chamada de
fossa lacrimal. A parte inferior dessa abertura é onde o canal lacrimal está localizado. O
processo frontal da maxila está envolvido com a formação do saco, unindo-se à margem
interna do sulco longitudinal do osso lacrimal, denominado sulco lacrimal ou sulco
lacrimal.
O saco lacrimal conecta duas partes do aparelho lacrimal: os canalículos lacrimais e
o ducto nasolacrimal. Ele drena as lágrimas da superfície do olho através dos canalículos
lacrimais, que são tão comumente chamados de canais lacrimais e ductos lacrimais. Estes
estão ligados ao saco pelo ducto superior, que viaja de maneira intermediária para baixo,
e pelo ducto inferior, abaixo do ducto superior, que corre em curso horizontal. O ducto
lacrimal então transporta as lágrimas do saco para a cavidade nasal.
Em alguns casos, o ducto nasolacrimal pode coletar o excesso de lágrimas do saco
lacrimal. O excesso de fluido é então depositado no meato nasal inferior, que é a maior das
três aberturas do nariz.
Válvula de Hasner → prega da mucosa, localizada na abertura inferior do canal
nasolacrimal.
Causas do lacrimejamento:
São revestidos por uma camada de muco denominada mucosa que possui vários
tipos de células, incluindo:
Células que combatem as infecções (que são parte do sistema imunológico), células
do sistema vascular e outras células de suporte.
O seio frontal inicia seu desenvolvimento aos 2 anos e sua pneumatização, a partir
da migração de uma célula etmoidal para o osso frontal, ocorre ao redor dos 6 anos.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 95
Seio frontal
Seio maxilar
A inervação ocorre através de nervos que possuem os mesmos nomes que as artérias.
Seio esfenoidal
A parede anterior separa este par de seios da cavidade nasal e da fossa hipofisária.
A parede superior separa da glândula hipófise e do quiasma óptico.
A parede inferior separa da nasofaringe e do canal pterigoide.
A parede lateral separa do seio cavernoso e carótida interna.
Células etmoidais
Anatomia → estão localizadas entre as partes superiores das cavidades nasais (fossa
canina anterior) e orbitárias (osso frontal), separadas destas por delgada lâmina óssea. De
cada lado estão distribuídos em três grandes grupos: anterior, médio e posterior.
Seio frontal e seio maxilar – comunicam-se com o meato médio pelo canal frontonasal;
presente na parte anterior do infundíbulo etmoidal.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 97
A rinossinusite aguda é uma infecção das cavidades nasais e dos seios da face que
pode ter origem viral ou bacteriana quando o paciente apresenta um quadro clínico de
rinite e sinusite ao mesmo tempo.
Normalmente, essas cavidades ficam cheias de ar, mas infecções ou inflamações
podem fazer com que elas fiquem com secreção. Conhecida também como “resfriado”, a
rinossinusite viral (resfriado comum) é extremamente frequente até os 7 anos, podendo
ocorrer de seis a dez vezes ao ano nesta faixa etária.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 98
Fibras motoras:
○ Músculo estilo-hioideo
○ Músculo estapédio
Emerge da sua origem encefálica, o sulco bulbo pontino. Seu núcleo motor está
na formação reticular do tegumento da ponte, ventral ao núcleo do VI NC (nervo
abducente). Emite fibras em sentido posterior, que contornam o núcleo do VI NC,
formando o joelho interno do sétimo par.
Nervo petroso maior → nervo superficial que cursa somente com fibras
parassimpáticas. Sai da parte petrosa do osso temporal, segue em direção ao forame
lacerado e une-se ao nervo petroso profundo (fibras pós-ganglionares simpáticas do plexo
carotídeo), subdivide-se e vai no sentido do gânglio submandibular, bem como o gânglio
pterigopalatino, o qual dá origem às fibras pós-ganglionares para a glândula lacrimal.
Nervo corda do tímpano → as fibras parassimpáticas se desprendem e emitem o
nervo do estapédio e a corda do tímpano, que se conectam com o plexo timpânico (para
o qual o nervo glossofaríngeo – NC IX – contribui com fibras parassimpáticas através do
nervo timpânico).
Este nervo sai da orelha média através da fissura petrotimpânica (fossa infratemporal)
e encontra-se com o nervo lingual formando um só. Esta junção nervosa recebe as
sensações gustativas dos 2/3 da língua.
Emite os seguintes ramos: nervo auricular posterior para o nervo auricular, nervo
occipital, ramo do nervo estilo-hioideo e ramo do nervo digástrico, ramo mandibular
marginal, que emite o ramo cervical, o ramo bucal e o ramo zigomático, que formam
uma anastomose, e finalmente, o ramo temporal.
Através da fissura orbitária superior passam alguns nervos: oculomotor (III), troclear
(IV) abducente (VI) e ramo oftálmico do trigêmeo (V¹), além de outras estruturas como
artéria oftálmica e veia oftálmica.
Nervo oftálmico → primeira divisão do nervo trigêmeo, consiste em fibras sensitivas
aferentes. O ramo oftálmico tem seu trajeto iniciado antes mesmo de penetrar na órbita,
emitindo um pequeno ramo denominado ramo meníngeo recorrente. Em seguida, dirige-se
anteriormente, apoiado na parede lateral do seio cavernoso, e entra na órbita pela fissura
orbital superior do osso esfenoide. Emite três ramos principais antes de emergir do crânio:
Nervo frontal
Nervo lacrimal
Nervo nasociliar
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 101
Nervo frontal – maior ramo do nervo oftálmico que entra superior e medialmente
na órbita acima do anel tendíneo comum. Transita sobre o músculo levantador da
pálpebra superior.
O nervo frontal transmite impulsos de uma extensa área cutânea da fronte e porção
anterossuperior do couro cabeludo e divide-se em nervo supraorbitário (ramo lateral) e
nervo supratroclear (ramo medial).
Nervo lacrimal – ramo terminal do nervo oftálmico, sendo o menor dos ramos. Passa
perto do ângulo lateral do olho, onde supre uma pequena área de pele próxima à
pálpebra superior e a túnica conjuntiva mais profundamente. Junto com um ramo do
nervo maxilar, inerva a glândula lacrimal e entra na face lateral da órbita. Recebe fibras
secretomotoras do nervo facial próximo à glândula lacrimal e ramo comunicante do
nervo zigomático.
Nervo nasociliar – entra através do anel tendíneo e segue abaixo do músculo reto
superior. Cruza medialmente, originando os nervos:
○ Longos ciliares,
○ Etmoidal posterior,
○ Etmoidal anterior.
Nervo maxilar → segundo ramo do trigêmeo. Tem origem dentro do crânio, no gânglio
trigeminal, e sai do crânio pelo forame redondo e adentra a fossa pterigopalatina. É um
nervo exclusivamente sensitivo e suas ramificações são responsáveis por inervar a pele
da face, pálpebra inferior, bochecha e lábio superior, parte da mucosa nasal, mucosa do
palato e véu palatino, todos os dentes do arco superior e a região gengival da maxila.
Nasopalatino → responsável por inervar o palato duro, ou seja, a parte anterior do céu
da boca, na região dos dentes incisivos e caninos.
Nervo palatino maior → inerva o palato duro na região dos dentes caninos e molares
superiores.
Nervo zigomático → passa pela fissura orbital inferior, transita pela parede lateral da
órbita e segue inferiormente ao olho para suprir a parte inferior do músculo orbicular
do olho e outros músculos faciais inferiores à órbita.
O principal ramo do nervo zigomático é uma exceção, uma vez que não
forma sinapse direta no gânglio pterigopalatino, mas carrega tanto fibras
simpáticas quanto parassimpáticas do gânglio até a glândula lacrimal.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 103
Nervo infraorbital → ramo terminal do nervo maxilar superior, que caminha em direção
à face, depois de percorrer o canal infraorbital, de onde saem seus ramos alveolares
médio e anterior.
O nervo mandibular passa entre o tensor do véu palatino, que é medial, e o pterigoideo
lateral, que é lateral. O nervo então se divide em um pequeno tronco anterior e um grande
tronco posterior.
Nervo bucal – é um nervo sensitivo. Desce, passa entre as duas porções (cabeças) do
músculo pterigoideo lateral, carregando fibras motoras para esse músculo. Inclui-se
temporariamente na borda anterior do músculo temporal, alcança a superfície lateral
do músculo bucinador e à mucosa da bochecha e das gengivas (2° e 3° molares),
inervando sensitivamente essas áreas. Por alguns filetes, une-se ao ramo bucal do
nervo facial.
A origem real desses pares cranianos é onde o seu núcleo está localizado,
Origem aparente, por sua vez, é onde suas fibras aparecem no sistema nervoso,
Origem óssea corresponde aos forames por onde esses nervos passam.
Estria medial: envia estímulos para o tálamo e depois para o córtex orbitofrontal,
responsável pela percepção do cheiro.
2. Nervo óptico (II par) → nervo unicamente sensitivo, portanto, aferente. Suas fibras
são somáticas especiais e o nervo é responsável pela visão, mais especificamente
por transmitir impulsos especiais de luz para o cérebro.
O trato óptico é a continuação intracraniana desse nervo e é uma estrutura par, formada
pelas fibras citadas anteriormente. A maior parte dessas fibras vai em direção ao núcleo
geniculado lateral, onde a informação será transmitida para o córtex visual primário.
3. Nervo oculomotor (III par) → nervo exclusivamente motor somático e visceral que
contém fibras pré-ganglionares parassimpáticas.
Ele contrai o músculo ciliar, que, por sua vez, relaxa as zônulas ciliares, deixando o
cristalino mais arredondado, conferindo acuidade visual. Além disso, por possuir fibras
parassimpáticas, realiza a miose da pupila. Ao aplicar um reflexo luminoso em apenas
um olho, haverá a contração das duas pupilas, pois será recrutado um núcleo ipsilateral e
contralateral.
4. Nervo troclear (IV par) → nervo exclusivamente motor, formado por fibras somáticas
gerais.
Ele é responsável pela inervação do músculo obliquo superior. Esse músculo realiza
os movimentos de adução, depressão e rotação medial (interna) do olho.
5. Nervo trigêmeo (V par) → nervo misto, ou seja, tem função motora e sensitiva,
constituído por fibras viscerais especiais e somáticas gerais. É importante salientar
que, a partir do gânglio trigeminal, surgem três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular.
Cada um tem a sua emergência craniana: fissura orbital superior, forame redondo e
oval, respectivamente. Já a encefálica está localizada entre a ponte e o pedúnculo
cerebral médio, e seus núcleos estão no tronco encefálico e na parte superior da
medula espinhal.
O ramo oftálmico é formado por fibras pré-ganglionares do gânglio ciliar e fibras dos
ramos periféricos. Forma sinapse com o gânglio trigeminal e inerva a região anterior do
crânio, nariz e regiões oftálmicas da face. Ao chegar à órbita, fornece três ramos terminais,
que são os nervos nasociliar, frontal e lacrimal.
O ramo maxilar inerva a região maxilar e abaixo dos olhos. Ao penetrar na cavidade
orbital, passa a ser chamado de nervo infraorbital, que, por sua vez, fornece outros ramos,
como o nervo alveolar superior.
O ramo mandibular possui dois ramos principais: nervo lingual e alveolar inferior. Tem
como função a inervação da porção mais inferior da face.
6. Nervo abducente (VI par) → exclusivamente motor, constituído por fibras eferentes
somáticas gerais.
Assim como o oculomotor e troclear, tem como função a motricidade do globo ocular.
É responsável, mais especificamente, pela inervação do músculo reto lateral, que realiza o
movimento de abdução do olho.
É evidente a semelhança na função desses três pares cranianos. Com isso, pode-se
explicar a razão de possuírem a mesma emergência craniana.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 109
7. Nervo facial (VII par) → nervo misto, possui uma raiz motora, nervo facial propriamente
dito, e uma raiz sensorial, chamada de nervo intermédio. Suas fibras são pré-
ganglionares parassimpáticas.
Sua emergência craniana é o forame estilomastoideo e a encefálica é o sulco bulbo
pontino. Possui quatro núcleos: lacrimal, motor, salivatório superior e o núcleo do
trato solitário.
O nervo facial possui cinco ramos principais: auricular, marginal, mandibular, bucal,
zigomático e temporal. Eles realizam a inervação dos músculos da expressão facial. O
intermédio inerva os 2/3 anteriores da língua, gerando o paladar. Logo, de maneira geral,
esse par craniano é responsável pela mímica facial, inervação dos 2/3 anteriores da língua,
das glândulas salivares e lacrimal.
9. Nervo glossofaríngeo (IX par) →nervo misto, suas fibras são motoras e parassimpáticas
eferentes. Sua emergência craniana é o forame jugular e a encefálica é o sulco lateral
posterior. Possui os núcleos ambíguo, salivatório inferior e solitário.
10. Nervo vago (X par) → nervo misto e o maior nervo craniano. Sua emergência craniana
é o forame jugular, enquanto a encefálica é o sulco lateral posterior. Seus núcleos
são o ambíguo, vagal motor dorsal e solitário. Suas fibras são eferentes motoras e
parassimpáticas e fibras aferentes sensitivas.
Tem como função a inervação dos músculos da faringe, traqueia, laringe, estruturas
torácicas e abdominais e conduz a inervação parassimpática para os órgãos viscerais.
11. Nervo acessório (XI par)→ nervo exclusivamente motor formado por uma raiz craniana
e uma espinhal. Sua emergência craniana é o forame jugular e a encefálica é o sulco
lateral posterior. Possui o núcleo ambíguo e acessório espinhal.
PRODUTO ÚNICO – ANATOMIA 110
Possui divisão interna e externa. A interna segue junto com o vago e forma o laríngeo
recorrente enquanto a externa vai para o trapézio e esternocleidomastoideo. Realiza a
inervação do músculo trapézio e esternocleidomastoideo.
12. Nervo hipoglosso (XII par) → nervo essencialmente motor, suas fibras nervosas se
comunicam com a alça cervical. Sua emergência craniana é o canal do hipoglosso e
a encefálica é o sulco lateral anterior do bulbo. Seu núcleo está localizado no tronco
encefálico, ao nível do trígono do hipoglosso.
BONS ESTUDOS!