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EME502 - Mecânica dos Fluidos I

Capítulo 2 – Distribuição de pressão em um fluido

1º semestre de 2022

Prof. Nelson Manzanares Filho

Instituto de Engenharia Mecânica EME502T – Mecânica dos Fluidos I – T01 – Capítulo 2


Motivação
• Muitos problemas de mecânica dos fluidos não envolvem movimentos. Eles tratam da
distribuição de pressão em um fluido estático e seus efeitos sobre as superfícies sólidas e
sobre corpos flutuantes e submersos.
• Quando a velocidade do fluido é nula, na chamada condição hidrostática, a variação de
pressão deve-se apenas ao peso do fluido (campo gravitacional).
• As aplicações importantes deste capítulo:
(1) distribuição de pressão na atmosfera e nos oceanos
(2) projeto de instrumentos de medida de pressão (manômetros)
(3) forças sobre superfícies submersas, planas e curvas
(4) empuxo sobre corpos submersos
(5) comportamento de corpos flutuantes
As últimas duas resultam nos princípios de Arquimedes.
• Fluido em movimento de corpo rígido acelerado (sem tensões de cisalhamento)
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2.1 Pressão e gradiente de pressão

A tensão normal em qualquer plano por meio de um elemento de fluido em repouso é uma
propriedade pontual escalar chamada de pressão 𝑝𝑝 do fluido (positiva para compressão, por
convenção). Vamos mostrar que ela não depende da direção do plano (é de fato escalar).

Σ𝐹𝐹𝑥𝑥 = 0 = 𝑝𝑝𝑥𝑥 𝑏𝑏∆𝑧𝑧 − 𝑝𝑝𝑛𝑛 𝑏𝑏∆𝑠𝑠 sen 𝜃𝜃


𝑏𝑏∆𝑥𝑥∆𝑧𝑧
Σ𝐹𝐹𝑧𝑧 = 0 = 𝑝𝑝𝑧𝑧 𝑏𝑏∆𝑥𝑥 − 𝑝𝑝𝑛𝑛 𝑏𝑏∆𝑠𝑠 cos 𝜃𝜃 − 𝜌𝜌𝜌𝜌
2
∆𝑠𝑠 sen 𝜃𝜃 = ∆𝑧𝑧 ∆𝑠𝑠 cos 𝜃𝜃 = ∆𝑥𝑥
1
𝑝𝑝𝑥𝑥 = 𝑝𝑝𝑛𝑛 𝑝𝑝𝑧𝑧 = 𝑝𝑝𝑛𝑛 + 𝜌𝜌𝜌𝜌∆𝑧𝑧
2
No limite ao ponto 𝑂𝑂, com ∆𝑧𝑧 → 0 e ∆𝑥𝑥 → 0,

𝑝𝑝𝑥𝑥 = 𝑝𝑝𝑛𝑛 = 𝑝𝑝𝑧𝑧 = 𝑝𝑝


Figura 2.1 Equilíbrio de uma pequena cunha de fluido
em repouso.
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2.1 Pressão e gradiente de pressão

Força de pressão em um elemento de fluido


A pressão (ou qualquer outra tensão, neste contexto) causa uma força líquida em um
elemento de fluido quando ela varia espacialmente: 𝑝𝑝 = 𝑝𝑝(𝑥𝑥, 𝑦𝑦, 𝑧𝑧, 𝑡𝑡)

𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝑑𝑑𝐹𝐹𝑥𝑥 = 𝑝𝑝𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 − 𝑝𝑝 + 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 = − 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝑑𝑑𝐹𝐹𝑦𝑦 = − 𝑑𝑑𝑦𝑦𝑑𝑑𝑧𝑧𝑑𝑑𝑥𝑥 𝑑𝑑𝐹𝐹𝑧𝑧 = − 𝑑𝑑𝑧𝑧𝑑𝑑𝑥𝑥𝑑𝑑𝑦𝑦
𝜕𝜕𝑦𝑦 𝜕𝜕𝑧𝑧
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝑑𝑑𝐅𝐅press = − 𝐢𝐢 + 𝐣𝐣 + 𝐤𝐤 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦 𝜕𝜕𝑧𝑧
𝐟𝐟press = −𝛁𝛁𝑝𝑝
Vetor força de pressão por unidade de volume
Figura 2.2 Força líquida x sobre um elemento em
decorrência da variação de pressão. (p.u.v.)

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2.2 Equilíbrio de um elemento de fluido

• O gradiente de pressão −𝛁𝛁𝑝𝑝 representa uma força de superfície que atua sobre os lados
do elemento.
• Vamos considerar também a força gravitacional (força de campo) que atua com uma
aceleração 𝐠𝐠 na massa do elemento de fluido mostrado na Fig. 2.2:
𝑑𝑑𝐅𝐅grav = 𝜌𝜌𝐠𝐠𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 ou 𝐟𝐟grav = 𝜌𝜌𝐠𝐠 força gravitacional p. u. v.
• Além da gravidade, um fluido em movimento terá forças de superfície em virtude das
tensões viscosas, 𝐟𝐟visc . Pela 2ª Lei de Newton, o somatório de todas as forças p.u.v. será
igual à massa p.u.v. vezes a aceleração 𝐚𝐚 do elemento de fluido, i. e., 𝜌𝜌𝐚𝐚:
Σ𝐟𝐟 = 𝐟𝐟press + 𝐟𝐟grav + 𝐟𝐟visc ⇒ −𝛁𝛁𝑝𝑝 + 𝜌𝜌𝐠𝐠 + 𝐟𝐟visc = 𝜌𝜌𝐚𝐚
• Essa equação geral será estudada em detalhes no Capítulo 4. Na hidrostática, estudada
neste capítulo, a aceleração e a força viscosa são nulas. As forças de pressão e
gravitacional (peso) se equilibram.

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2.2 Equilíbrio de um elemento de fluido
Pressão manométrica e pressão vacuométrica: termos relativos
• Os engenheiros costumam especificar uma certa pressão como
(1) absoluta ou de intensidade total: tomada em relação ao vácuo absoluto ao qual
se atribui o valor zero. É a pressão utilizada nas equações de estado da termodinâmica (por
exemplo, na equação dos gases perfeitos), ou
(2) relativa: tomada em relação à pressão atmosférica ambiente local 𝑝𝑝𝑎𝑎 . Muitos
instrumentos de medida de pressão são do tipo diferencial e medem a pressão relativa
(manômetros ou vacuômetros).
• Pressão relativa positiva (manométrica): indica pressão maior que a atmosférica
pressão manométrica: 𝑝𝑝 > 𝑝𝑝𝑎𝑎 ⇒ 𝑝𝑝 manométrica = 𝑝𝑝 − 𝑝𝑝𝑎𝑎 .
• Pressão relativa negativa (vacuométrica) indica pressão menor que a atmosférica.
pressão vacuométrica: 𝑝𝑝 < 𝑝𝑝𝑎𝑎 ⇒ 𝑝𝑝 vacuométrica = 𝑝𝑝𝑎𝑎 − 𝑝𝑝.
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2.2 Equilíbrio de um elemento de fluido

Figura 2.3 Ilustração das leituras de pressão absoluta, manométrica e vacuométrica.

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2.3 Distribuições de pressão hidrostática

Equilíbrio (dinâmico) de uma partícula de fluido: −𝛁𝛁𝑝𝑝 + 𝜌𝜌𝐠𝐠 + 𝐟𝐟visc = 𝜌𝜌𝐚𝐚


Fluido em repouso (ou velocidade constante): 𝐚𝐚 = 0 e 𝐟𝐟visc = 0:
𝛁𝛁𝑝𝑝 = 𝜌𝜌𝐠𝐠 Equação da hidrostática ou da estática dos fluidos
Sistema de coordenadas (𝑥𝑥, 𝑦𝑦, 𝑧𝑧) com 𝑧𝑧 para cima e planos horizontais 𝑥𝑥𝑥𝑥:
𝐠𝐠 = −𝑔𝑔𝐤𝐤
(𝑔𝑔 é o valor da gravidade local, por exemplo, 9,807 m/s 2 .)
𝜕𝜕𝑝𝑝 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
=0 =0 = −𝜌𝜌𝑔𝑔 = −𝛾𝛾
𝜕𝜕𝑥𝑥 𝜕𝜕𝑦𝑦 𝜕𝜕𝑧𝑧
2
𝑑𝑑𝑝𝑝
= −𝛾𝛾 ⇒ 𝑝𝑝2 − 𝑝𝑝1 = − � 𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾
𝑑𝑑𝑧𝑧 1

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2.3 Distribuições de pressão hidrostática

A pressão em um fluido estático uniforme continuamente distribuído varia somente com a


distância vertical e é independente da forma do recipiente. Ela é a mesma em todos os
pontos em um dado plano horizontal no fluido. Ela aumenta com a profundidade no fluido.

Figura 2.4 Distribuição da pressão


hidrostática. Os pontos a, b, c e d
estão em profundidades iguais na
água e, portanto, têm pressões
idênticas. Os pontos A, B e C também
estão em profundidades iguais na
água e têm pressões idênticas
maiores que em a, b, c e d. O ponto D
tem uma pressão diferente de A, B e C
porque ele não está conectado aos
outros por uma trajetória somente na
água.

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2.3 Distribuições de pressão hidrostática

Pressão hidrostática nos líquidos


2
𝑝𝑝2 𝑝𝑝1
𝑝𝑝2 − 𝑝𝑝1 = − � 𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾 ⇒ 𝑝𝑝2 − 𝑝𝑝1 = −𝛾𝛾 𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧1 ⇒ 𝑧𝑧1 − 𝑧𝑧2 = −
1 𝛾𝛾 𝛾𝛾

Tabela 2.1 Peso específico de


alguns fluidos comuns

𝛾𝛾 = 𝜌𝜌𝜌𝜌

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2.3 Distribuições de pressão hidrostática

Lagos e oceanos: 𝑝𝑝 = 𝑝𝑝𝑎𝑎 − 𝛾𝛾𝑧𝑧

Figura 2.5 Distribuição de pressão hidrostática nos oceanos e atmosferas.

Exemplo 2.1
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2.3 Distribuições de pressão hidrostática

O barômetro de mercúrio

𝑝𝑝2 − 𝑝𝑝1 = −𝛾𝛾 𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧1


𝑝𝑝𝑎𝑎 − 𝑝𝑝�
𝑣𝑣𝑣𝑣 = −𝛾𝛾𝑀𝑀 0 − ℎ
≈0
𝑝𝑝𝑎𝑎
𝑝𝑝𝑎𝑎 = 𝛾𝛾𝑀𝑀 ℎ ⇒ ℎ=
𝛾𝛾𝑀𝑀

Figura 2.6 Um barômetro mede a pressão atmosférica


absoluta local: a altura de uma coluna de mercúrio é
proporcional a 𝑝𝑝𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎

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2.3 Distribuições de pressão hidrostática
Pressão hidrostática nos gases
2 2
𝑑𝑑𝑝𝑝 𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑝𝑝 𝑔𝑔 𝑝𝑝2 𝑔𝑔 2 𝑑𝑑𝑑𝑑
= −𝜌𝜌𝜌𝜌 = − 𝑔𝑔 ⇒ � = −� 𝑑𝑑𝑑𝑑 ⇒ ln =− �
𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑅𝑅𝑅𝑅 1 𝑝𝑝 1 𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑝𝑝1 𝑅𝑅 1 𝑇𝑇
Atmosfera isotérmica: 𝑇𝑇 = 𝑇𝑇0
𝑔𝑔(𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧1 )
𝑝𝑝2 = 𝑝𝑝1 exp −
𝑅𝑅𝑇𝑇0
Troposfera: temperatura decai linearmente: 𝑇𝑇 = 𝑇𝑇0 − 𝐵𝐵𝐵𝐵 (𝑧𝑧 entre 0 e 11.000 m)
(𝐵𝐵 ≡ taxa de declínio) Valores padrões aceitos por acordo internacional:
𝑇𝑇0 = 288,16 K = 15℃ 𝐵𝐵 = 0,00650 K/m
𝑔𝑔/(𝑅𝑅𝑅𝑅)
𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑔𝑔
𝑝𝑝2 = 𝑝𝑝, 𝑧𝑧2 = 𝑧𝑧, 𝑝𝑝1 = 𝑝𝑝𝑎𝑎 , 𝑧𝑧1 = 0 𝑝𝑝 = 𝑝𝑝𝑎𝑎 1− = 5,2
𝑇𝑇𝑇𝑇 𝑅𝑅𝑅𝑅

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2.3 Distribuições de pressão hidrostática

Figura 2.7 Distribuição de


temperatura e pressão na
atmosfera padrão dos Estados
Unidos.

Exemplo 2.2

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2.4 Aplicação à manometria

Figura 2.8 Avaliação das


variações de pressão por
uma coluna com múltiplos
fluidos.

A pressão cresce para baixo

𝑝𝑝5 − 𝑝𝑝1 = −𝛾𝛾𝑜𝑜 𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧1 − 𝛾𝛾𝐴𝐴 𝑧𝑧3 − 𝑧𝑧2 − 𝛾𝛾𝐺𝐺 𝑧𝑧4 − 𝑧𝑧3 − 𝛾𝛾𝑀𝑀 𝑧𝑧5 − 𝑧𝑧4
𝑝𝑝5 = 𝑝𝑝1 + 𝛾𝛾𝑜𝑜 𝑧𝑧1 − 𝑧𝑧2 + 𝛾𝛾𝐴𝐴 𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧3 + 𝛾𝛾𝐺𝐺 𝑧𝑧3 − 𝑧𝑧2 + 𝛾𝛾𝑀𝑀 𝑧𝑧4 − 𝑧𝑧5
𝑝𝑝1 = 𝑝𝑝5 − 𝛾𝛾𝑜𝑜 𝑧𝑧1 − 𝑧𝑧2 − 𝛾𝛾𝐴𝐴 𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧3 − 𝛾𝛾𝐺𝐺 𝑧𝑧3 − 𝑧𝑧2 − 𝛾𝛾𝑀𝑀 𝑧𝑧4 − 𝑧𝑧5
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2.4 Aplicação à manometria

Aplicação: um
manômetro simples

Figura 2.9 Manômetro


aberto simples para
medida de 𝑝𝑝𝐴𝐴 em relação
à pressão atmosférica.

“Dois pontos quaisquer à mesma elevação, em uma massa contínua do mesmo fluido
estático, estarão à mesma pressão.”
𝑝𝑝𝐴𝐴 + 𝛾𝛾1 𝑧𝑧𝐴𝐴 − 𝑧𝑧1 − 𝛾𝛾2 𝑧𝑧1 − 𝑧𝑧2 = 𝑝𝑝2 ≈ 𝑝𝑝atm
Exemplo 2.3
𝑝𝑝𝐴𝐴(man) = 𝑝𝑝𝐴𝐴 −𝑝𝑝atm = −𝛾𝛾1 𝑧𝑧𝐴𝐴 − 𝑧𝑧1 + 𝛾𝛾2 𝑧𝑧1 − 𝑧𝑧2

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2.4 Aplicação à manometria

Figura 2.10 Um manômetro


complicado, com múltiplos fluidos,
para relacionar 𝑝𝑝𝐴𝐴 com 𝑝𝑝𝐵𝐵 . Este
sistema não é especialmente
prático, mas constitui um bom
exercício de casa ou problema para
a prova.

𝑝𝑝𝐴𝐴 + 𝛾𝛾1 𝑧𝑧𝐴𝐴 − 𝑧𝑧1 − 𝛾𝛾2 𝑧𝑧1 − 𝑧𝑧2 + 𝛾𝛾3 𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧3 − 𝛾𝛾4 𝑧𝑧3 − 𝑧𝑧𝐵𝐵 = 𝑝𝑝𝐵𝐵
𝑝𝑝𝐴𝐴 − 𝑝𝑝𝐵𝐵 = −𝛾𝛾1 𝑧𝑧𝐴𝐴 − 𝑧𝑧1 + 𝛾𝛾2 𝑧𝑧1 − 𝑧𝑧2 − 𝛾𝛾3 𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧3 + 𝛾𝛾4 𝑧𝑧3 − 𝑧𝑧𝐵𝐵
Exemplo 2.4
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2.5 Forças hidrostáticas em superfícies planas

• O projeto de estruturas de contenção requer o cálculo das forças hidrostáticas sobre


várias superfícies sólidas adjacentes ao fluido. Essas forças se relacionam com o peso do
fluido agindo sobre a superfície.
• Exemplo: um recipiente com um fundo plano e horizontal de área 𝐴𝐴𝑓𝑓 e profundidade 𝐻𝐻
de água estará submetido a uma força para baixo 𝐹𝐹𝑓𝑓 = 𝛾𝛾𝐻𝐻𝐴𝐴𝑓𝑓 . O ponto de aplicação da
força é o centróide (ou centro de gravidade CG) de área da superfície do fundo.
• Desprezando a variação de densidade do fluido, a pressão varia linearmente com a
profundidade em qualquer superfície submersa.
• No caso de uma superfície submersa plana, a direção da força é sempre conhecida de
antemão. Porém, se a superfície não for horizontal, a distribuição das forças de pressão
não será uniforme. Serão necessários mais cálculos para encontrar componentes
horizontais e o ponto de aplicação da força de pressão resultante (centro de pressão CP).
• Para superfícies submersas não horizontais, O CP é mais profundo que o CG.
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2.5 Forças hidrostáticas em superfícies planas

Por definição de CG (centróide):

� 𝑥𝑥𝑑𝑑𝑑𝑑 = 0 � 𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦 = 0
𝐴𝐴 𝐴𝐴
Coordenada auxiliar 𝜉𝜉

𝜉𝜉 = 𝜉𝜉 = 𝜉𝜉CG − 𝑦𝑦
sen 𝜃𝜃
1 1
𝜉𝜉CG = � 𝜉𝜉𝜉𝜉𝜉𝜉 ℎCG = � ℎ𝑑𝑑𝑑𝑑
𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴

𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥 = � 𝑦𝑦 2 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥 = � 𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥


𝐴𝐴 𝐴𝐴
Momento de inércia Produto de inércia
Figura 2.11 Força hidrostática e centro de pressão em uma superfície plana
arbitrária de área 𝐴𝐴 e inclinada de um ângulo 𝜃𝜃 abaixo da superfície livre.
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2.5 Forças hidrostáticas em superfícies planas
Intensidade da força 𝐹𝐹

𝐹𝐹 = � 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 = � 𝑝𝑝𝑎𝑎 + 𝛾𝛾𝛾 𝑑𝑑𝑑𝑑 = 𝑝𝑝𝑎𝑎 𝐴𝐴 + 𝛾𝛾 � ℎ𝑑𝑑𝑑𝑑 = 𝑝𝑝𝑎𝑎 𝐴𝐴 + 𝛾𝛾ℎCG 𝐴𝐴

𝐹𝐹 = (𝑝𝑝𝑎𝑎 +𝛾𝛾ℎCG )𝐴𝐴 = 𝑝𝑝CG 𝐴𝐴

Figura 2.12 A força de pressão hidrostática sobre


uma superfície plana, independentemente de seu
formato, é igual à resultante da distribuição linear
tridimensional de pressão naquela superfície
𝐹𝐹 = 𝑝𝑝CG 𝐴𝐴.

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2.5 Forças hidrostáticas em superfícies planas
Coordenadas do CP 𝑦𝑦𝐶𝐶P , 𝑥𝑥𝐶𝐶𝐶𝐶
=0

𝐹𝐹𝑦𝑦CP = � 𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦 = � 𝑦𝑦 𝑝𝑝𝑎𝑎 + 𝛾𝛾𝛾 𝑑𝑑𝑑𝑑 = 𝑝𝑝𝑎𝑎 � 𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦 + 𝛾𝛾 sen 𝜃𝜃 � 𝑦𝑦𝜉𝜉𝑑𝑑𝑑𝑑 =

=0 𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥

𝛾𝛾 sen 𝜃𝜃 � 𝑦𝑦(𝜉𝜉CG −𝑦𝑦)𝑑𝑑𝐴𝐴 = 𝛾𝛾 sen 𝜃𝜃 𝜉𝜉CG � 𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦 − � 𝑦𝑦 2 𝑑𝑑𝑑𝑑 ⇒ 𝐹𝐹𝐹𝐹CP = −𝛾𝛾 sen 𝜃𝜃 𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥

𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥 𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥
𝑦𝑦CP = −𝛾𝛾 sen 𝜃𝜃 𝑥𝑥 ⇄ 𝑦𝑦: 𝑥𝑥CP = −𝛾𝛾 sen 𝜃𝜃
𝑝𝑝CG 𝐴𝐴 𝑝𝑝CG 𝐴𝐴

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2.5 Forças hidrostáticas em superfícies planas
Fórmulas para pressão manométrica
Em muitos casos, a pressão ambiente 𝑝𝑝𝑎𝑎 é desconsiderada porque ela age em ambos os lados
da superfície; por exemplo, o outro lado pode ser a parte interna do casco de um navio ou o
lado seco de uma comporta ou barragem. Neste caso 𝑝𝑝CG = 𝛾𝛾ℎCG , e o centro de pressão se
torna independente do peso específico:

𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥 𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥
𝐹𝐹 = 𝛾𝛾ℎCG 𝐴𝐴 𝑦𝑦CP = − sen 𝜃𝜃 𝑥𝑥CP = − sen 𝜃𝜃
ℎCG 𝐴𝐴 ℎCG 𝐴𝐴

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Figura 2.13 Momentos e
produtos de inércia para várias
seções transversais, em relação
ao centroide: (a) retângulo,
(b) círculo, (c) triângulo e
(d) semicírculo.

Exemplos 2.5,
2.6, 2.7
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2.6 Forças hidrostáticas em superfícies curvas

A direção normal a uma superfície curva submersa é variável o que sugere uma integração
por componentes. Contudo, o cálculo é facilitado separando a força em seus componentes
horizontal (horizontais) e vertical.

Figura 2.14 Cálculo da força


hidrostática sobre uma
superfície curva: (a) superfície
curva submersa; (b) diagrama
de corpo livre do fluido acima
da superfície curva.

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2.6 Forças hidrostáticas em superfícies curvas
Componente horizontal
“O (um) componente horizontal da força decorrente da pressão sobre uma superfície curva é
igual à força sobre a área plana formada pela projeção da superfície curva sobre um plano
vertical normal ao componente.”
Se houver dois componentes horizontais, ambos podem ser calculados por esse esquema.

Componente vertical
“O componente vertical da força decorrente da pressão sobre uma superfície curva é igual
em intensidade e direção ao peso da coluna total de fluido, tanto do líquido como da
atmosfera, acima da superfície curva.”
O efeito da pressão atmosférica pode ser desconsiderado em várias situações. A força
vertical nesse caso é igual ao peso do volume líquido entre a superfície livre e a superfície e
sua linha de ação passa pelo centróide (centro de massa) desse volume.
Exemplos 2.8 e 2.9
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2.6 Forças hidrostáticas em camadas de fluidos

𝐹𝐹 = � 𝐹𝐹𝑖𝑖 = � 𝑝𝑝CG 𝑖𝑖 𝐴𝐴𝑖𝑖

𝐼𝐼𝑥𝑥𝑥𝑥 𝑖𝑖
𝑦𝑦CP𝑖𝑖 = −𝛾𝛾𝑖𝑖 sen 𝜃𝜃𝑖𝑖
𝑝𝑝CG 𝑖𝑖 𝐴𝐴𝑖𝑖
𝐼𝐼𝑥𝑥𝑦𝑦
𝑖𝑖
𝑥𝑥CP𝑖𝑖 = −𝛾𝛾𝑖𝑖 sen 𝜃𝜃𝑖𝑖
𝑝𝑝CG 𝑖𝑖 𝐴𝐴𝑖𝑖

Exemplo 2.10
Figura 2.15 As forças hidrostáticas sobre uma superfície submersa em um
fluido em camadas devem ser calculadas pela soma de parcelas separadas.
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2.8 Empuxo e estabilidade

Os mesmos princípios usados no cálculo das forças hidrostáticas sobre superfícies podem
ser aplicados para calcular a força líquida de pressão sobre um corpo completamente
submerso ou flutuante. Os resultados são as duas leis do empuxo descobertas por
Arquimedes no século 3 a.C.:

1. Um corpo imerso em um fluido está sujeito a uma força de empuxo vertical igual ao
peso do fluido que ele desloca.

2. Um corpo flutuante desloca seu próprio peso no fluido em que flutua.

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Empuxo (1ª Lei de Arquimedes)
(a)
𝐹𝐹𝐸𝐸 = 𝐹𝐹𝑉𝑉 2 − 𝐹𝐹𝑉𝑉 1
= (Peso do fluido acima de 2) −
(Peso do fluido acima de 1)
= Peso do volume de fluido
deslocado = 𝑃𝑃𝑓𝑓𝑑𝑑
(b)

𝐹𝐹𝐸𝐸 = � (𝑝𝑝2 − 𝑝𝑝1 )𝑑𝑑𝐴𝐴𝐻𝐻 =


corpo

𝛾𝛾 � 𝑧𝑧2 − 𝑧𝑧1 𝑑𝑑𝐴𝐴𝐻𝐻 =


Figura 2.16 Duas abordagens diferentes para a força de empuxo sobre um corpo
imerso arbitrário: (a) forças sobre as superfícies curvas superior e inferior; (b) 𝛾𝛾 volume deslocado = 𝑃𝑃𝑓𝑓𝑑𝑑
integração das forças elementares de pressão verticais.
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2.8 Empuxo e estabilidade

• A fórmula 𝐹𝐹𝐸𝐸 = 𝑃𝑃𝑓𝑓𝑓𝑓 corresponde à primeira lei de Arquimedes.

• Ela considera que o fluido tenha peso específico uniforme.

• A linha de ação da força de empuxo passa pelo centro de volume do corpo deslocado
(centróide) chamado de centro de empuxo (indicado por 𝐸𝐸 ou CE nos desenhos).

• O ponto 𝐸𝐸 pode ou não corresponder ao centro de massa real do próprio material do


corpo, que pode ter densidade variável.

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2.8 Empuxo e estabilidade
Flutuação (2ª Lei de Arquimedes)

Figura 2.17 Equilíbrio estático


de um corpo flutuante.

Exemplo 2.11

• 𝛾𝛾 volume deslocado = peso do corpo flutuante 𝐹𝐹𝐸𝐸 = 𝑃𝑃 (2ª Lei de Arquimedes)


• 𝐹𝐹𝐸𝐸 e 𝑃𝑃 são colineares (momento líquido é nulo no equilíbrio estático).
• O centro de gravidade do corpo CG e o centro de empuxo 𝐸𝐸 estão na mesma linha vertical
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Estabilidade
• A configuração de um corpo flutuante pode ser instável. O estudo da estabilidade de
flutuação é muito importante no projeto de navios e embarcações.
• Vamos esboçar os princípios básicos do cálculo de estabilidade estática (caso simétrico).
• Esse cálculo depende do conceito ne metacentro e altura metacêntrica.

Figura 2.18 Cálculo do metacentro 𝑀𝑀


do corpo flutuante mostrado em (a).
Incline o corpo a um pequeno
ângulo ∆𝜃𝜃. Então, (b) 𝐸𝐸′ move-se
bastante (o ponto 𝑀𝑀 acima de 𝐺𝐺 mostra
estabilidade); ou (c) 𝐸𝐸𝐸 move-se
levemente (o ponto 𝑀𝑀 abaixo de
𝐺𝐺 mostra instabilidade).

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2.8 Empuxo e estabilidade

𝑥𝑥̅ 𝐼𝐼𝑂𝑂
= 𝑀𝑀𝑀𝑀 =
tan 𝜃𝜃 𝒱𝒱𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑀𝑀𝑀𝑀 = 𝑀𝑀𝐺𝐺 + 𝐺𝐺𝐸𝐸
𝐼𝐼𝑂𝑂
𝑀𝑀𝑀𝑀 = − 𝐺𝐺𝐺𝐺
𝒱𝒱𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠

𝐼𝐼𝑂𝑂 é o momento de inércia da


área da linha d’água
(em relação ao eixo passando
por 𝑂𝑂 perpendicular ao plano
Figura 2.19 Um corpo flutuante inclinado a um pequeno ângulo 𝜃𝜃. do papel)
O movimento 𝑥𝑥̅ do centro de empuxo 𝐸𝐸 está relacionado com o momento de
inércia da área da linha d’água. Exemplo 2.12
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2.9 Distribuição de pressão no movimento de corpo rígido

• No movimento de corpo rígido, todas as partículas estão em translação e rotação


combinadas, não havendo movimento relativo entre elas.
• Sem movimento relativo, não há deformações nem taxas de deformações, de modo que
o termo viscoso na Equação (2.8) desaparece, restando um equilíbrio entre pressão,
gravidade e aceleração das partículas:
−𝛁𝛁𝑝𝑝 + 𝜌𝜌𝐠𝐠 + 𝐟𝐟�
visc = 𝜌𝜌𝐚𝐚 ⇒ 𝛁𝛁𝑝𝑝 = 𝜌𝜌(𝐠𝐠 − 𝐚𝐚)
=𝟎𝟎
• O gradiente de pressão atua na direção 𝐠𝐠 − 𝐚𝐚: as superfícies de pressão constante são
perpendiculares a essa direção (incluindo a superfície livre, se houver).
• Os fluidos raramente podem se mover em movimento de corpo rígido a menos que
estejam restritos por paredes de confinamento por um longo tempo.
• Vamos estudar dois tipos de movimento acelerado: aceleração linear uniforme (pouco
realista) e rotação com velocidade angular constante (bem realista).
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2.9 Distribuição de pressão no movimento de corpo rígido
Aceleração linear uniforme
𝑎𝑎𝑥𝑥
𝜃𝜃 = tan−1
𝑔𝑔 + 𝑎𝑎𝑧𝑧

𝑑𝑑𝑑𝑑
= 𝜌𝜌𝜌𝜌
𝑑𝑑𝑑𝑑

𝐺𝐺 = 𝑎𝑎𝑥𝑥 2 + 𝑔𝑔 + 𝑎𝑎𝑧𝑧 2 1/2

Esses resultados são independentes do


tamanho e da forma do recipiente,
desde que o fluido esteja continuamente
conectado no recipiente.

Figura 2.21 Inclinação das superfícies de pressão constante em um Exemplo 2.13


tanque de líquido em aceleração de corpo rígido.
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Rotação de corpo rígido (sem translação)

Figura 2.22 Desenvolvimento de superfícies de pressão constante paraboloidais em um fluido em rotação de


corpo rígido. A linha tracejada ao longo da direção de máximo aumento de pressão é uma curva exponencial.

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Rotação de corpo rígido (sem translação)
𝛀𝛀 = 𝐤𝐤Ω 𝐫𝐫𝟎𝟎 = 𝐢𝐢𝑟𝑟 𝑟𝑟 𝐚𝐚 = 𝛀𝛀 × 𝛀𝛀 × 𝐫𝐫𝟎𝟎 = −𝑟𝑟Ω2 𝐢𝐢𝑟𝑟
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝛁𝛁𝑝𝑝 = 𝐢𝐢𝑟𝑟 + 𝐤𝐤 = 𝜌𝜌 𝐠𝐠 − 𝐚𝐚 = 𝜌𝜌 −𝑔𝑔𝐤𝐤 + 𝑟𝑟Ω2 𝐢𝐢𝑟𝑟
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜕𝜕𝜕𝜕 2
𝜕𝜕𝜕𝜕
= 𝜌𝜌𝑟𝑟Ω 𝐴𝐴 = −𝛾𝛾 (𝐵𝐵)
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
1
Integre parcialmente 𝐴𝐴 com relação a 𝑟𝑟: 𝑝𝑝 = 𝜌𝜌𝑟𝑟 2 Ω2 + 𝑓𝑓 𝑧𝑧 (𝐶𝐶)
2
Diferencie (𝐶𝐶) com relação a 𝑧𝑧 e compare com (𝐵𝐵):
𝜕𝜕𝜕𝜕
= 0 + 𝑓𝑓 ′ 𝑧𝑧 = −𝛾𝛾 ⇒ 𝑓𝑓 𝑧𝑧 = −𝛾𝛾𝛾𝛾 + const
𝜕𝜕𝜕𝜕
Levando em (𝐶𝐶), resulta a distribuição de pressão:
1 2 2
𝑝𝑝 = 𝜌𝜌𝑟𝑟 Ω − 𝛾𝛾𝛾𝛾 + const
2
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• Considerando 𝑝𝑝 = 𝑝𝑝0 em 𝑟𝑟, 𝑧𝑧 =
0, 0 , tem-se const = 𝑝𝑝0 e:
1 2 2
𝑝𝑝 = 𝑝𝑝0 − 𝛾𝛾𝑧𝑧 + 𝜌𝜌𝑟𝑟 Ω
2
• Formato das superfícies de pressão
constante: faça 𝑝𝑝 = 𝑝𝑝1 e explicite 𝑧𝑧:
𝑝𝑝0 − 𝑝𝑝1 𝑟𝑟 2 Ω2
𝑧𝑧 = + = 𝑎𝑎 + 𝑏𝑏𝑟𝑟 2
𝛾𝛾 2𝑔𝑔
Paraboloides de revolução com concavida-
de para cima e pontos mínimos no eixo de
rotação. Figura 2.23 Determinação da posição da
superfície livre para a rotação de um cilindro de
• A posição da superfície livre é
fluido em torno do seu eixo central.
encontrada pela conservação do volume
do fluido. Exemplos 2.14 e 2.15
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FIM!

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