Resolução - Atestado psicológico, fica facultado ao psicólogo o uso do CID e outras fontes
de diagnóstico. O CID foi publicado pela OMS, construção por várias áreas do conhecimento.
Diagnóstico - 3 problemas
● Formação do profissional;
● Formação da psicopatologia na faculdade foi pelo viés da psicanálise;
● Próprio empenho do profissional para aprender sobre esse assunto.
Críticas
● Reducionista
● Diagnóstico rotula e estigmatiza o paciente
● O paciente usa isso para justificar os seus problemas (ex.: não consigo fazer isso
porque tenho depressão)
Transtorno mental significa disfunção prejudicial - o indivíduo não vai conseguir realizar
suas atividades de maneira funcional (idade, sociedade e cultura) + prejuízo clinicamente
significativo para o indivíduo ou sociedade.
Diagnóstico
● Tem características de que algo é assim e amanhã pode não ser;
● Ciência se embasa em probabilidades;
● Psicologia baseada em evidências;
● Respeitando uma transitoriedade;
● Diagnósticos que deixam de ser - porque a ciência não é um dogma.
Assuntos abordados:
● Histórico do DSM
● Psicopatologia ateórica num contexto maior
DSM
Criado pela APA (Associação Psiquiátrica Americana) em 1952. Antes da APA se reunir já
houveram outras tentativas de fazer um material neste sentido.
Psicopatologia
Vem antes do DSM;
Estudo científica dos transtornos mentais;
(Ateórica/dinâmica)
Não é baseada em fatos do passado (do paciente), baseada nos sinais e sintomas
Sinais - é tudo aquilo que se pode observar no paciente (ex.: higiene, comportamento,
expressões faciais)
Sintomas - é aquilo que não podemos observar, mas o paciente pode relatar (ex.:
pensamentos do paciente "penso em me matar", ouvir vozes, emoções "me sinto triste")
Modelos do DSM
● I e II - modelo hierárquico
● III, IV e IV-TR - modelo categórico
● V - modelo dimensional
● I e II - modelo hierárquico
Baseados na psicopatologia psicodinâmica, embasados na psicanálise. Era dividido em
neuroses e psicoses;
1980 - cisão da psiquiatria, onde se associa com o CID;
Pirâmide hierárquica
- Distúrbios orgânicos (retardo mental, questões neurocognitivos)
- Psicoses graves (esquizofrenia, PMD - Psicose Maníaca Depressiva [agora é
transtorno bipolar]
- Neuroses e transtornos de personalidade - perversão (antissocial)
● V - modelo dimensional
- Tem os transtornos dentro de um espectro (possibilidade de gradação - leve,
moderado, grave);
- Aumentar a visão integrada do ser humano;
- Não tem mais a dicotomia entre mente e corpo;
- Possibilidade de dimensionar quanto cada critério está presente;
Sensibilidade
- Quando tem um teste, questionário ou inventário que é mais sensível e pode incluir
casos que não são. Tem a possibilidade de encaixar pessoas que não se enquadrem
totalmente no conceito diagnóstico, mas tem alguns traços.
Especificidade
- Só vai incluir pessoas que tem aquele problema, excluir quem tem os traços e só
deixar quem tem o diagnóstico.
Desvantagens:
- Necessidade do profissional conhecer mais sobre cada transtorno;
- Risco de patalogizar;
- Risco de ser flexível demais (discordâncias de diagnósticos).
Correlação - qualquer coisa pode ter uma correlação. Na estatística é chamado de pevalor,
um número que se der a partir de tal dado significa que tem correlação. Correlação não tem
a ver com causalidade.
Reflexões
● Estamos criando uma cultura de patalogização ou as pessoas estão intolerantes a
dor? Quando se tem recursos químicos para lidar com isso, a pessoa pode escolher
não querer sofrer;
● Estamos enquadrando falsos diagnósticos? Incluindo todo mundo que não tem
critérios diagnósticos;
● Quem é o novo paciente que vai chegar, o que não tolera a dor, o que quer um
remedinho.
Para alguém ser diagnosticado não é simples. Precisa ter os critérios descritos pelo DSM,
ter uma frequência alta, intensidade elevada, sofrimento clinicamente significativo.
Alguns pacientes não irão preencher os critérios - então eles terão os traços e não o
transtorno propriamente dito.
A principal ideia dos sistemas de classificação é fazer com que todo mundo fale a mesma
língua dentro da saúde mental. Desenvolve uma ciência com estudos. A partir dos
diagnósticos se geram tratamentos e intervenções.
APA diz que o diagnóstico tem uma utilidade clínica. Saber como conduzir o tratamento,
criar um plano de tratamento, determinar prognósticos e os resultados potenciais.
Problemas:
● Comorbidades - grandes números de diagnósticos no mesmo sintoma. 》》 Passou
a ser Especificador - mudou apenas o nome.
● Diagnóstico diferencial - dificuldade em diferenciar um diagnóstico do outro, pela
semelhança.