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Estudante:
Disciplina: Compliance
Turma:
PARECER SIMPLIFICADO
BREVE RELATO:
Nessa secção do parecer, será analisa a atuação da alta diretoria com fulcro nos princípios do
compliance e também da governança corporativa, para se compreender as condutas
praticadas pela alta direção.
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GOVERNANÇA CORPORATIVA:
Transparência:
A maior virtude desse princípio é o seu objetivo, pois, aos stakeholders, deve ser informado
todos os dados, informações no tocante a tudo da empresa, ou seja, não basta só dados e
informações econômicos, balanços financeiros, mas também das estratégias da empresa, pois,
estão vinculados a missão, valores e objetivos.
Caberia a alta administração, deixar claro, principalmente para os setores de compliance, risk
assessment e auditoria interna que a compra de remédios com prazo de validade próxima para
futura distribuição e revenda, é uma das estratégias da empresa, e necessariamente abrir tal
estratégia a todos os setores e funcionários da empresa, haja vista resolução da ANVISA que
será apresentada mais à frente no relatório. A exposição da estratégia deve abranger não só
aqueles setores e áreas sensíveis no tocante a verificação se valores, missões, metas e
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IBGC - Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. Disponível em
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiIia-
Ihfn5AhXgJLkGHUuhACoQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fconhecimento.ibgc.org.br%2FLists
%2FPublicacoes%2FAttachments%2F21138%2FPublicacao-IBGCCodigo-
CodigodasMelhoresPraticasdeGC-5aEdicao.pdf&usg=AOvVaw00w4yDIPaeZNqhW8VcDASv. Acessado
em 03/09/2022 - Página 20.
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objetivos se coadunam com os procedimentos, processos, negócios e estratégias da empresa,
como compliance e risk assessment, auditoria mas toda a organização.
Se houvesse uma comunicação ao setor de auditoria de que a estratégia da empresa visa a
compra e revenda de medicamentos perto do vencimento, Claudio o auditor não teria
questionando a alta administração, contudo, com a ajuda dos dados do compliance e risk
assessment, poderia acompanhar quais impactos o apetite de risco da empresa poderia trazer
para o ambiente corporativo.
Portanto, faltou a alta administração transparência na adoção e condução de estratégias tendo
em vista os demais setores da empresa.
Equidade:
O tratamento e relação de agência e os demais stakeholders deve-se realizar isonomicamente
e de forma justa, sempre levando em consideração direitos, deveres, interesses, expectativas
e as necessidades.
No caso em tela, faltou a alta administração considerar a importância do auditor para o bom
desenvolvimento da empresa, entender as suas funções contratuais, legais e éticas, pois, se o
auditor Claudio comunicou a alta diretoria a respeito dos remédios com data próxima de
vencer, quanto a compra realizada pela empresa, se dá devido ao senso de importância que o
auditor tem para com o bom desenvolvimento da instituição, assim, o auditor, merece e deve
ser respeitado com isonomia e equidade, seja por ser um ser humano, seja pela importância
que seu cargo representa na empresa, seja pelo adequado cumprimento de seus deveres.
Portanto, a ríspida resposta da alta administração, poderia ser substituída por uma resposta
orientada tão somente na estratégia da empresa e orientar ao auditor que não há mais
necessidade de auditar essas operações, mas não porque ele é um funcionário, pois ele
cumpriu com o dever dele, mas em razão unicamente que a estratégia é um apetite de risco
(mesmo que desrespeite as normas da ANVISA, afinal é uma decisão da alta administração).
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empresa, cabe ao funcionário reportar a área que cuida de tal situação, para assim, os
gestores responsáveis tomarem as providência em relação a situação reportada pelo
funcionário.
No caso em comento, o auditor Claudio, atuou no exercício de seu cumprimento e dever
contratual, legal e ético, pois, ao verificar possível situação, a qual não tinha conhecimento da
estratégia da empresa, comunicou a alta administração a respeito, para que essa sim, com o
poder de gestão tomasse as providências pertinentes para mitigar impactos do risco
detectado.
Responsabilidade corporativa:
Sabe-se que a empresa visa e precisa de lucro para sua sobrevivência, mas lucro por lucro,
não se encaixa mais na sociedade atual. É dever dos gestores saberem gerir, controlar,
preservar e aumentar os recursos da empresa, seja recursos financeiros, natural e humano,
ainda, cabe aos gestores saberem prever eventos negativos com o fito de reduzir risco e
prejuízos senão minimizá-los ou ainda, eventos positivos, saber aproveitá-los para gerar
riquezas e oportunidades de crescimento para a empresa. O equilíbrio e perenidade nas ações
dos gestores, é de suma importância para a continuidade da empresa.
No quesito Governança Corporativa, deve a Distribuidora de Remédios e Medicamentos LTDA,
fazer alguns ajuste, adotando uma cultura de diálogo, transparência, responsabilidade com
recursos e atitudes, honestidade, e respeito com o fito de inserir na empresa uma cultura de
paz e resolução de conflitos, com o maior escopo de permitir a continuidade da empresa de
forma perene e sustentável, proporcionando a ela, o alcance de seus objetivos e sempre
mitigando risco.
Conclui-se, portanto, que no que concerne a governança corporativa, a Distribuidora de
Remédios e Medicamentos LTDA, deixou de observar os princípios, destacados nesse relatório
e bem delineados pela IBGC, porém, alguns ajustes de conduta levarão a uma melhora e
adequação nas atitudes da empresa.
COMPLIANCE:
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morais.
A ética é a reflexão da moral, mas respeitando a dignidade da pessoa humana e tentando
universalizar conceitos metafísicos como o bem, dignidade, justiça, equidade, inclusão social e
respeito a saúde. Ética é princípio, universal e sempre permanente, já a moral advém de
costumes, cultura e modos, além de leis (legislação) por isso, temporários que vão evoluindo,
se modificando conforme a sociedade muda.
Analisando a questão a da assunção de responsabilidades, a luz do compliance, necessário
ponderar se a atitude da alta administração ao autorizar compra e revenda de medicamentos
para crianças com prazo de validade próxima, importa descumprimento legal ou interno da
empresa (código de conduta ética ou compliance), para tanto, deve-se analisar o
entendimento da ANVISA.
Na RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009 2 da ANVISA,
que dispõe sobre as boas práticas farmacêuticas quanto a dispensação e comercialização de
produtos em farmácias e drogarias, há previsão que autoriza a comercialização de
medicamentos com prazo próximo ao do vencimento, contudo, há também a previsão do
dever de se orientar e informar no momento da venda, a respeito do prazo de validade, tudo
conforme o império do art. 51 da referida resolução, in verbis:
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ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwjhg5-
P2Yj6AhVWqpUCHUhLDsEQFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs
%2Fsaudelegis%2Fanvisa%2F2009%2Frdc0044_17_08_2009.pdf&usg=AOvVaw0RFbjRVfnw6CE-
b0x2ya0d. Acessado em 09/09/2022
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falsificação, corrupção, adulteração ou alteração devem ser
segregados em ambiente seguro e diverso da área de dispensação
e identificados quanto a sua condição e destino, de modo a evitar
sua entrega ao consumo.
[...]
[...]
[...]
§4º A política da empresa em relação aos produtos com o prazo de
validade próximo ao vencimento deve estar clara a todos os
funcionários e descrita no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas
do estabelecimento.
Examinando a conduta da alta administração com fulcro na estratégia da empresa de compra
e revender/redistribuir medicamentos com prazo de validade próximo, se percebe o
descumprimento de normas e consequentemente o descumprimento do compliance da
empresa, uma vez que a empresa Distribuidora de Remédios e Medicamentos LTDA deixou de
cumprir uma das parte mais importantes da RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC
Nº 44 da ANVISA, o caput do art. 51 e parágrafo 4ª do artigo 38, já que deixou de comunicar,
informar, propagar a todos os funcionários da empresa a sua conduta e estratégia em relação
a comercialização de produtos perto do vencimento.
Mesmo que a empresa, Distribuidora de Remédios e Medicamentos LTDA, pratique o
parágrafo 1ª do art. 51 que impõe que o usuário seja comunicado acerca do prazo de validade
próximo, ainda sim, descumpriu parte da Resolução, ao tratar a questão como estratégia da
empresa e não comunicar a auditoria, não comunicar o compliance, não comunicar o setor de
risk assessment e não comunicar a todos da empresa.
Quanto a comunicação ao usuário, se ele for o consumidor final, o Código de Defesa do
Consumidor detém mecanismo em prol dos consumidores, impondo que as informações sobre
produtos e sua segurança sejam claras, vejamos o artigo 6ª inciso I a III:
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igualdade nas contratações;
Não obstante, o artigo 31 do mesmo diploma legal, faz advertências as empresas quanto as
informações acerca dos produtos ofertados no mercado.
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com prazo de validade próximo, e descumpri parte de resolução da ANVISA, quer dizer, que a
empresa não se preocupa com a ética em suas operações, e igualmente não se preocupa com
a governança corporativa.
Posto isto, a empresa Distribuidora de Remédios e Medicamentos LTDA está em desacordo
com o entendimento de governança corporativa segundo as orientações da IBGC e em
desacordo com compliance da empresa e com a ética empresarial. Os atos da empresa,
quando deixa de respeitar pilares da governa corporativa e compliance está comprometendo
inclusive a continuidade da empresa e sua perenidade e a responsabilidade social e
sustentabilidade, colocando em risco a vida de inúmeras pessoas, além de imagem e
reputação, já que a empresa deixa de analisar os impactos que o riscos e ameaças podem
trazer caso não melhor se adeque a legislação vigente e as normas da ANVISA. Não se trata
mais de questão estratégica da empresa, mas sim de se adequar a lei, de ser sustentável, de
ter responsabilidade corporativa, de ser ética.
Pois bem, analisando o caso em comento, com fulcro nas tarefas e funções que uma auditoria
deva ter na empresa, entende-se que a função do auditor, no caso o Claudio, é claramente
auditar situações, processo, procedimentos, negócios, da empresa, investigando, com base
nos dados coletos e fornecidos por outras áreas como risk assessment e compliance, mas
mantendo a imparcialidade, objetividade e clareza nas suas avaliações, para assegurar que o
reporte à alta diretoria seja realizado com informações corretas, clara, objetivas e verdadeiras.
Na sua avaliação, que é de assessoramento é seus dever verificar se o que fora avaliado
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SANTOS, Milton de Castro Junior. COELHO. Claudio Carneiro de Bezerra Pinto. Compliance. FGV.
Disponível
em: https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/414655/628732/assets/compliance.pdf.
Acessado em 09/09/2022 - página 87.
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coaduna com as metas, objetivos, valores e missões definidos pela empresa, bem como a
eficiência, eficácia dos sistemas de controle e qualidade de desempenho de todos os setores
da instituição quanto, a missão, valores, metas e objetivos da instituição.
Mas o que se questiona é, o comportamento de Claudio, e a ordem por ele recebida. Mesmo
como auditor, cujo setor na qual trabalha deve agir de forma independente, ou seja, não
precisa ser instigado para tanto, devendo sempre agir pensando no bom desenvolvimento,
continuidade e perenidade da empresa, o auditor deve obedecer a alta administração e não
mais se envolver no assunto dos medicamentos com prazo de validade próximo ?
Claudio, em que pese ser um auditor, ele é auditor interno ou seja, faz parte do quadro de
funcionários e colaboradores da empresa, está sujeito a uma hierarquia, por mais que sua
função, seja de acrescentar valor e melhorar as operações da empresa, verificando de forma
independente as normas e processos impostos pela administração, ainda sim, Claudio se
reporta a alguém, deve obediência hierárquica, portanto, se a alta administração, a quem um
auditor se reporta, lhe ordena um impeditivo claro, Claudio deve obedecer.
Claramente, que Claudio, caso haja abertura com a alta administração, pode se valer da razão
pública kantiana, na qual, apesar de obedecer, lhe é facultado a discussão ética de processos e
procedimentos para o bem da empresa.
No caso em tela, não parece que a alta direção da empresa queria diálogo, ponto esse, motivo
de críticas no presente relatório, pois não representa a boa governança corporativa.
Assim, Claudio deve conforme mando da alta administração, não mais auditar negócios que
envolve compra, revenda ou redistribuição de medicamentos com prazo de validade próximo.
Contudo, a função de Claudio exige uma conduta ética e essa conduta foi parcialmente
cumprida. O fato de Claudio comunicar a alta administração, os casos de compra de remédio
com prazo de validade próximo e posteriormente verificar que a empresa não cumpre com as
normas da ANVISA, pois não informa a todos os funcionários a respeito da validade dos
remédios, nesse momento Claudio se desincumbiu parcialmente de suas responsabilidades.
Claudio não tem poder de mando, não tem poder de gestão e controle, como auditor, sua
função mesmo que independente e esporádica é assessorar a alta administração, fornecendo-
lhes informações importante. Cumprindo essa função, Claudio já não pode ser
responsabilizado pelo que encontrou de irregularidade, uma vez que informado a alta
administração.
Porém, a Claudio cabe mais uma atitude, mesmo que seja impedido de auditar situações de
compra, revenda e redistribuição de remédios com data de vencimento próxima cuja
informação não fora repassada para todos da empresa, cabe a Claudio, como um funcionário
da empresa, fazer a denúncia do ocorrido por meio dos canais de denúncia, os chamados
hotline, seja ele por e-mail, telefone, aplicativo de celular, via carta ou até presencialmente.
Nos casos de denúncia que envolva a alta administração, CEO’s, presidente, a denúncia é
levada ao Conselho de administração, um órgão, que existe exatamente para fiscalizar a
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administração da empresa.
Tal previsão, é oriunda da Lei nº 13.303/16 a chamada Compliance Público (Programa de
Integridade), mas que claramente tem e deve ter influência nas empresas privadas. Vejamos
o §3ª e §4ª do artigo 9ª do referido diploma legal.
Com a denúncia realizada, Claudio poderá então, realmente cumprir com seu dever ético, pois,
estará assegurando, com a denúncia, que os fatos sejam investigados e aqueles da alta
administração que lhe deram orientações em desacordo com o compliance e governança
corporativa, responderão pela sua conduta, a luz do accountability.
A lei penal brasileira tratar assuntos voltados a produtos inseridos no mercado de consumo,
que não apresentem a segurança necessária, conforme artigo 278 do Código Penal.
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Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Conduto, o artigo 29 do também Código Penal, prevê que a pena deva ser proporcional a
culpabilidade, in verbis:
3. Medidas sugeridas
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responsabilidade corporativa.
A transparência envolve o erro do caso em análise, onde não há vedação da comercialização
de produtos/remédios com data de vencimento próxima, o que não se pode deixar de fazer é
não comunicar, informação e deixar transparente a todos os colaboradores da empresa que
essa, tem como modelo de negócio a comercialização de remédios com data a expirar em um
momento não tão longínquo. Para que os funcionários da empresa possam lidar rapidamente
com os remédios, trata-los de forma célere e adequada para que caso vençam, não haja
contaminação e até morte do consumidor final, ou seja, a transparência com mitigadora de
risco.
Como responsabilidade corporativa, cabe a alta administração, gestores, conselhos a vontade
de mudar a empresa, de darem o rumo adequado, em conformidade com compliance, com a
ética, com a sustentabilidade e responsabilidade corporativa socio-econômica-ambiental. A
motivação deve vir de cima, na qual os funcionários, gerentes e coordenadores enxerguem na
alta administração um exemplo a ser seguido na qual, se não estiverem de acordo com o
código de conduta ética e suas atitudes não estiverem aliadas a missão, valores e objetivos da
empresa, os funcionários podem sofrer sanções, mas, a alta administração deve ter um
comportamento, orientado ao diálogo, honestidade, retidão, justiça e equidade, para serem
capaz de cobrar os níveis hierárquicos inferiores.
Não obstante, é dever da empresa a instauração de um setor ou melhorias nos setor de risk
assessment, para que tal setor, juntamente com a auditoria interna, compliance e
controladoria, possam o prevenir, detectar, corrigir possíveis riscos e ameaças que possam
trazer prejuízos de qualquer natureza a empresa, além de máculas a imagem e a reputação da
instituição. Com esse ciclo e verificação de novas medidas a serem tomadas além é claro de
treinamentos, orientações periódicos, para assegurar aos trabalhos rotineiros, processo,
procedimentos, negócios e atitudes a segurança e qualidade necessários para o pleno e
continuo desenvolvimento da empresa, ou seja, a empresa deve sempre aperfeiçoar seus
programas de análise de risco e compliance.
Caso a empresa não tenha ou se tem, a revisão do canal de denúncia, para que atenda por
diversos meios (telefone, e-mail, aplicativo de celular, carta, etc) e que o canal de denúncia
seja efetivo, concedendo protocolo de atendimento ao denunciante, que se proceda a
investigação da denúncia e que haja não só a resposta ao denunciante mas também a devida
punição ao denunciado no caso de ratificação da denúncia.
Finalmente e não menos importante, a revisão do setor de compliance da empresa e as
normas internas juntamente com o código de conduta ética. Se necessário inclusive a
mudança do Compliance Officer e até a verificação se o que lá está não acumula com outros
cargos que gere conflito de interesses.
A estruturação do compliance não se limita a criação ou melhoramento de um código de
conduta mas sim, por meio da governança corporativa- responsabilidade corporativa, garantir
que o compliance atinja a toda a empresa, por isso, necessário que os administradores
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estejam engajados em facilitar que toda a empresa se adeque as diretrizes internas, código
de conduta ética, a legislação brasileira e internacional e as normas de órgãos reguladores
com a ANVISA.
Ainda, é fazer valer o código de conduta ética, comunicando e compartilhando sua existência,
e por meio de reuniões, treinamentos, palestras explicando sua função, funcionalidades,
garantias, direitos e deveres lá previstos bem com as sanções e punições. Esporadicamente, o
código e condutas devem ser revisitados, reanalisados para garantir o aperfeiçoamento do
compliace.
Ainda, a exemplo do risk assessment o aperfeiçoamento do programa/setor de compliance
deve ser corriqueiro, sempre promovendo treinamentos acerca de controle de qualidade e
segurança, para que o programa ajude a empresa a conciliar processos, procedimentos e
negócios a visão, valores e missão da instituição, e que ajude a empresas a performar com
qualidade e alcançar os objetivos institucionais.
Por fim, cabe a empresa realmente, por meio de seus gestores da alta administração,
tomarem atitudes éticas, seja ela um modelo Kantiana de razão privada e pública ou até do
utilitarismo inglês, contudo, a tomada de decisões devem ser rem prol da dignidade da pessoa
humana, a justiça, retidão, honestidade, promovendo o bem individual para criar um ambiente
de trabalho saudável.
Censurar um auditor interno pelo bom trabalho, executado com excelência é obstruir a paz
social, desconstituir a justiça, faltar com a retidão e honestidade.
Portanto, um trabalho orientado a ética é uma das medidas a serem implementadas na
empresa, mas desde que haja vontade, engajamento e exemplo da alta administração.
CONCLUSÃO
Assim, para a solução dos problemas, a revisão do modelo de negócio não basta, o que é
necessário é o engajamento da alta administração em promover uma comunicação mais
verdadeira, honesta, bem como ser exemplo para as condutas ética existente no código de
conduta ética, além de ser a alta diretoria uma facilitadora em promover que o compliance
chegue em todas as áreas, setores e níveis da empresa.
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Referências bibliográficas
SANTOS, Milton de Castro Junior. COELHO. Claudio Carneiro de Bezerra Pinto. Compliance.
FGV. Disponível em:
https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/414655/628732/assets/compliance.pdf.
Acessado em 22/08/2022.
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