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A cidade alemã de Nördlingen foi construída numa antiga cratera de impacto de um asteroide que colidiu
com a Terra há cerca de 15 Ma.
A rocha utilizada na construção da catedral e dos restantes edifícios é uma brecha de impacto desig- nada por
suevito, que se descobriu, recentemente, ser rica em milhões de diamantes microscópicos.
Os habitantes desta cidade, na Baviera, acreditavam que a depressão onde foi edificada a cidade era uma
cratera vulcânica (fig. 1), mas os estudos geológicos realizados durante o século passado confirmaram a sua
origem como resultado de impacto com um asteroide.
O asteroide com 1 km de diâmetro ter-se-á deslocado a uma velocidade estimada de 25 km/s. A cratera
de impacto que se formou terá mais de 26 km de diâmetro, encontrando-se Nördlingen na região central. As
elevadas pressões e temperaturas geradas pelo impacto devem ter convertido o carbono presente nas rochas
em pequenos diamantes, com menos de 0,2 mm e invisíveis à vista desarmada.
A estrutura mais alta da cidade, a Igreja de St. Georgs, foi construída com suevito, uma rocha que resultou
do impacto e que contém cerca de 5000 quilates de diamante. Todavia, os diamantes têm dimensões
reduzidas e só podem ser observados ao microscópio. As pedras que contêm dia- mantes refletem a luz do
Sol, conferindo aos edifícios um brilho suave.
Esta cratera e as rochas que contém são tão especiais que os astronautas das missões Apollo 14 e Apollo
16 visitaram a região para estudarem as rochas que poderiam encontrar nas suas mis- sões lunares.
Baseado em https://bit.ly/3brFzbt [consult. jan 2021]
Na figura 2 representa-se, de forma simplificada, o enquadramento geológico e a coluna estrati- gráfica da
região.
4. Tendo em conta o processo de formação, explique a classificação do suevito como uma rocha
metamórfica.
6. Tendo em conta a coluna estratigráfica, apresente um argumento que os investigadores teriam proposto
para afirmar que a depressão não poderia ser de origem vulcânica.
7. Refira o princípio que pressupõe a observação e a compreensão dos fenómenos que estão a ocorrer
presentemente para interpretar os que ocorreram no passado.