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Ficha de ampliação G5 – Cratera de impacto de Nördlingen com diamantes

Nome: N.º: Turma:

Data: Professor/a:

Domínio: Geologia e métodos


Capítulo: Dos princípios do raciocínio geológico à tectónica de placas
Aprendizagem Essencial por domínio: Utilizar princípios do raciocínio geológico (atualismo,
catastrofismo e uniformitarismo) na interpretação de evidências de factos da História da Terra
(sequências estratigráficas, fósseis, tipos de rochas e formas de relevo).

A cidade alemã de Nördlingen foi construída numa antiga cratera de impacto de um asteroide que colidiu
com a Terra há cerca de 15 Ma.
A rocha utilizada na construção da catedral e dos restantes edifícios é uma brecha de impacto desig- nada por
suevito, que se descobriu, recentemente, ser rica em milhões de diamantes microscópicos.
Os habitantes desta cidade, na Baviera, acreditavam que a depressão onde foi edificada a cidade era uma
cratera vulcânica (fig. 1), mas os estudos geológicos realizados durante o século passado confirmaram a sua
origem como resultado de impacto com um asteroide.
O asteroide com 1 km de diâmetro ter-se-á deslocado a uma velocidade estimada de 25 km/s. A cratera
de impacto que se formou terá mais de 26 km de diâmetro, encontrando-se Nördlingen na região central. As
elevadas pressões e temperaturas geradas pelo impacto devem ter convertido o carbono presente nas rochas
em pequenos diamantes, com menos de 0,2 mm e invisíveis à vista desarmada.

Figura 1. A cidade de Nördlingen foi construída numa depressão circular.

A estrutura mais alta da cidade, a Igreja de St. Georgs, foi construída com suevito, uma rocha que resultou
do impacto e que contém cerca de 5000 quilates de diamante. Todavia, os diamantes têm dimensões
reduzidas e só podem ser observados ao microscópio. As pedras que contêm dia- mantes refletem a luz do
Sol, conferindo aos edifícios um brilho suave.
Esta cratera e as rochas que contém são tão especiais que os astronautas das missões Apollo 14 e Apollo
16 visitaram a região para estudarem as rochas que poderiam encontrar nas suas mis- sões lunares.
Baseado em https://bit.ly/3brFzbt [consult. jan 2021]
Na figura 2 representa-se, de forma simplificada, o enquadramento geológico e a coluna estrati- gráfica da
região.

Figura 2. Enquadramento geográfico da cidade de Nördlingen e coluna estratigráfica simplificada da


sondagem realizada em Polsingen.
Baseado em Jung, D., Sturm, S., Artp, G., Pohl, J. & Kenkmann, T. (2011). First descriptions of two new borehole profiles from the Ries
Impact Crater, Germany. Poster apresentado na 74th Annual Meteoritical Society Meeting. Disponível em http://www.geobiologie-
biofilme.de/research/ries_crater/images/pdf/jung2011-metsoc_poster.pdf [consult. jan 2021]

1. Classifique o tipo de rochas do Jurássico que existiam na região.

2. Mencione, justificando, o princípio do raciocínio geológico que explica a génese da sequência


estratigráfica do Jurássico.

3. Refira, justificando, o princípio do raciocínio geológico em que poderia enquadrar a formação da


cratera onde se encontra a cidade de Nördlingen.

4. Tendo em conta o processo de formação, explique a classificação do suevito como uma rocha
metamórfica.

5. Os diamantes formam-se naturalmente em condições de pressão e temperatura muito elevadas, no


manto terrestre. Explique a sua formação e o seu reduzido tamanho na cratera de Nördlingen.

6. Tendo em conta a coluna estratigráfica, apresente um argumento que os investigadores teriam proposto
para afirmar que a depressão não poderia ser de origem vulcânica.

7. Refira o princípio que pressupõe a observação e a compreensão dos fenómenos que estão a ocorrer
presentemente para interpretar os que ocorreram no passado.

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