06-
018
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Sumário
Prefácio
Introdução
1 Objetivo
2 Referências Normativas
3 Definições
4 Condições Gerais
ABNT 5 –Fatores
Associação
Especiais
6 Arruamento
Brasileira de
Normas 7 Passagens
Técnicas de Tubulação
8 Parques de Armazenamento de Petróleo e Derivados
9 Sistemas
Sede: 10 Unidade de Processo
11 Unidades de Utilidades
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 28º andar
12 Instalações
CEP 20003-900 Complementares
– Caixa Postal 1680
Anexos
Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (021) 210-3122
A Tabela
Fax: (021) – Distâncias Mínimas Recomendadas em metros
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Figuras
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C Índice
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS),
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os associados da ABNT e demais interessados.
Introdução
Esta norma brasileira teve como texto básico a norma técnica N-1674 - PROJETO DE ARRANJO DE REFINARIAS DE
PETRÓLEO, revisão C de setembro de 1998, pertencente ao acervo normativo da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
A PETROBRAS concedeu também à ABNT o direito de uso do conteúdo das normas N-1645 – CRITÉRIOS DE
SEGURANÇA PARA PROJETO DE INSTALAÇÕES FIXAS DE ARMAZENAMENTO DE GÁS LIQÜEFEITO DE
PETRÓLEO, revisão D de dezembro de 1999 e N-57 – PROJETO MECÂNICO DE TUBULAÇÃO INDUSTRIAL, revisão D
de Junho de 1994, para complementação necessária de trechos do texto.
Além de definições, condições gerais e fatores especiais, esta norma inclui prescrições e recomendações de arranjo físico
(distâncias, elevações e informações correlatas) para as instalações unitárias que compõem uma refinaria de petróleo ou
planta de processamento de gás natural, de forma macro (inter-relacional, interna e externa) e micro (interior de cada
instalação).
Esta Norma vai ao encontro do Decreto n.º 4.085, de 15 de janeiro de 2002, que homologa a Convenção n.º 174 da OIT na
qual exige cuidados dos empregadores e do governo com relação ao layout das instalações industriais entre outras
prescrições.
1 Objetivo
1.1 Esta Norma recomenda critérios e procedimentos gerais para projetos de arranjo de refinarias de petróleo e derivados.
1.2 As recomendações contidas nesta Norma são de caráter geral,baseadas em experiências da Indústria do Petróleo e
de grandes firmas projetistas de instalações petrolíferas; são permitidos desvios dessas recomendações desde que
justificados por cálculos de engenharia e/ou por análise de natureza técnica, levando em conta limitações de natureza
intrínseca das instalações, sem prejuízo das garantias da segurança do pessoal, além da integridade física e o bom
desempenho das instalações e a preservação ambiental. Ferramentas como Análise de Riscos,Técnicas de Confiabilidade
e Vulnerabilidade devem ser utilizadas na busca do melhor arranjo físico, sob os pontos de vista de processo, de
segurança e econômico, mantendo condições aceitáveis de risco tanto para os empregados como para as populações
vizinhas e meioambiente, incluindo o patrimônio.
2 Referências Normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma.As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação.Como toda norma está sujeita a
revisão,recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as
edições mais recentes das normas citadas a seguir.A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado
momento:
Portaria 52 do DPC (Diretoria de Portos e Costas) de 04/09/2001.
Portaria MINTER nº 124, de 20 de agosto de 1980.
Decreto-Lei nº 83.399, de 03 de maio de 1979;
Decreto nº 60304, de 06 de março de 1967;
Portaria nº 3214, de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho:
Norma Regulamentadora NR-10 – Instalações e Serviços em Eletricidade
Norma Regulamentadora NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
Norma Regulamentadora NR-12 – Máquinas e Equipamentos.
Norma Regulamentadora NR -13 - Caldeiras e Vasos de Pressão.
Norma Regulamentadora NR -14 – Fornos.
Norma Regulamentadora NR -15 – Atividades e operações insalubres.
Norma Regulamentadora NR -23 – Proteção contra Incêndios.
Resolução CONAMA 20/86 de 18/06/86 - Classificação das águas, doces, salobras e salinas do território
nacional
Resolução CONAMA 005/89 de 15/07/1989 – PRONAR
Resolução CONAMA 003/90 de 28/06/90 – Revisão do PRONAR – Qualidade do ar
Resolução CONAMA 006/98 de 15/06/98 - Empreendimentos
Resolução CONAMA 008/90 de 06/12/90 – Limites de emissão de poluentes
Resolução CONAMA 237 de 19/12/1997 – Licenciamento
Resolução CONAMA 293 de 12/12/2001 – Plano de emergência individual para incidentes de poluição
Resolução CONAMA 302 de 20/03/2002 – Limites de áreas de preservação permanente
Portaria ANP nº 110/02, de 19 de julho de 2002 da Agência Nacional do Petróleo
Portaria nº 062/GM4, de 01 de julho de 1968 do Ministério da Aeronáutica
Portaria n° 018/GM5, de 14 de fevereiro de 1974 do Ministério da Aeronáutica
Portaria 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987 do Ministério da Aeronáutica
Anexo 14, Vol. II - Organização de Aviação Civil Internacional;
Doc 9261 - AN/903/2 Heliport Manual, da Organização de Aviação Civil Internacional.
IAC Nº 4301 do Departamento de Aviação Civil.
NB-222 - Segurança de Instalações de Ar Comprimido;
NBR-5418 - Instalações Elétricas em Ambientes com Líquidos, Gases ou Vapores Inflamáveis;
NBR-5419 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas;
NBR-5422 - Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica;
NBR-7505 - Armazenagem de Petróleo, seus Derivados Líquidos e Álcool Carburante;
NBR-7731 - Guia para Execução de Serviços de Medição de Ruído Aéreo e Avaliação dos seus Efeitos sobre
o Homem;
NBR-10152 - Níveis de Ruídos para conforto acústico;
NBR-14039 - Instalações Elétricas de Alta Tensão (de 1,0 a 36,2 kV);
IEC 60079-10 - Classification of Hazardous Areas
API RP 520 - Recommended Practice for the Design and Installation of Pressure-Relieving Systems in
Refineries;
API RP 521 - Guide for Pressure Relief and Depressuring Systems;
API RP 2001 - Fire Protection in Refineries;
API STD 2510 - Design and Construction of LP-Gas Installations at Marine and Pipeline Terminals, Natural
Gas Processing Plants, Refineries, and Tank Farms;
NFPA Nº 1 - Fire Prevention Code.
Nota: Para as referências legais (Portarias, Decretos) deve haver confirmação de sua validade, por ocasião do
projeto e outras resoluções do governo deverão ser avaliadas para a utilização da legislação que estiver em
vigor e/ou que tenha substituído uma das referências acima.
3 Definições
Desenho de localização do terreno reservado para construção da Refinaria em relação a construções, vias principais de
acesso, acidentes ou áreas geográficas existentes nas vizinhanças que, devido a sua importância, sejam de interesse
representar.
3.2 Plano diretor
Conjunto de documentos composto, no seu caso mais geral, de desenhos e memoriais descritivos, contendo informações,
diretrizes, critérios, decisões, referências históricas e correlatos com o objetivo de estabelecer um planejamento da
implantação de uma refinaria, de suas futuras ampliações e de suas alternativas operacionais dentro de um ou mais
cenários futuros. No caso mais simples, o Plano Diretor é o anteprojeto da Planta de Arranjo Geral.
3.5 Planta de locação
Desenho que posiciona uma determinada área, reservada para uma construção, em relação somente às construções ou
instalações existentes na refinaria que sejam de interesse representar.
3.7 Planta Chave
Desenho representativo de uma determinada área, dividida em blocos de uma forma adequada e ordenada, com a
finalidade de indexar os diversos desenhos do projeto de detalhamento.
A Planta de Segurança (“Safety Plan”) é um desenho que apresenta os sistemas e equipamentos inerentes à segurança
da instalação.
3.9 Limites de propriedade
Limites do terreno da propriedade, no qual é construída a Refinaria, incluindo as áreas reservadas para expansões,
acessos e áreas não aproveitáveis.
3.10 Limites de bateria
Limites de uma determinada área reservada para uma unidade.
3.11 Unidade
Instalação industrial caracterizada por sua função operacional e confinada em uma área destacada e perfeitamente
definida no conjunto de construções que compõem a Refinaria.
3.12 Quadra
Área reservada para construção de uma ou mais Unidades de Processo, de Utilidades ou Auxiliares de Processo,
usualmente de forma retangular e com ruas adjacentes a todos os seus lados.
3.14 Áreas externas
Áreas industriais fora das áreas internas. Além de outras, estão incluídas nessa denominação os parques de
armazenamento e instalações complementares.
3.15 Norte de projeto
Sentido estabelecido para orientação do projeto, independente do Norte Geográfico.
3.18 Elevação de projeto
Cota de um ponto em relação a um nível de referência convencionado como zero de projeto.
3.21 Altura
Distância, na vertical, de um ponto ao piso acabado.
3.22 Coordenadas de projeto
Valores das ordenadas e abscissas referentes a um sistema de coordenadas cartesianas preestabelecidos para o projeto
de uma determinada refinaria.
3.23 Ventos predominantes
Sentidos de onde sopram os ventos predominantes na Região. Devem ser representados nas plantas de arranjo geral e de
situação por uma seta que indica para onde sopram os ventos. Pelo menos dois sentidos devem ser indicados, com
referência à freqüência em que cada um deles existe e relativos a duas faixas predominantes de velocidade dos ventos.
Devem ser indicadas naquelas plantas, também, os valores das velocidades dos ventos (normal, máximo, mínimo, médias)
e suas fontes dos dados anotados.
6 Projeto 50:000.06-018
4 Condições Gerais
4.1 Princípios Básicos
Os critérios utilizados para o estabelecimento das recomendações contidas nesta Norma procuram compatibilizar aspectos
de disponibilidade de terreno/área, aspectos econômicos do empreendimento e operação da unidade, aspectos de
segurança, de preservação ambiental e aspectos de facilidades para operação, inspeção e manutenção; esses critérios
são fundamentados nos seguintes princípios:
4.1.1 Assegurar que a ocorrência e o subseqüente controle de anormalidades operacionais que envolvam aspectos de
segurança exponham, o mínimo possível, as pessoas ao perigo;
4.1.2 Dotar as instalações de um certo grau de isolamento de forma que, na ocorrência de um incêndio, explosão ou
liberação de produto perigoso, as instalações adjacentes ou fora do limite de propriedade sejam preservadas;
4.1.3 Assegurar acesso adequado a toda e qualquer área da planta para fins de exercício das atividades de segurança,
operação, manutenção e montagem;
4.1.5 Considerar, na localização de equipamentos que trabalham com produtos em temperatura acima da de auto-ignição,
a grande probabilidade de ocorrência de incêndio em caso de vazamento do fluido manuseado;
4.1.7 Observar a seqüência lógica dos fluxos de processo e de utilidades, com o objetivo de minimizar os custos de
tubulações e energia de bombeamento e compressão;
4.2 Regras Gerais
Nos projetos de Plantas de Arranjo devem ser consideradas as seguintes regras gerais:
4.2.1 O terreno disponível para as instalações deve ser ocupado de maneira racional, segundo um plano diretor que
incorpore estratégias de previsão de espaço para futuras ampliações.
4.2.2 Devem ser claramente previstas, além das áreas para as instalações industriais e administrativas, áreas adequadas
para as seguintes construções:
a) passagens de tubulação;
b) interligações elétricas e subestações;
c) casas de operadores e casas de controle;
d) sistemas de despejos;
e) sistemas de comunicações;
f) ruas;
g) áreas requeridas para uso em grandes paradas de manutenção;
h) faixas de servidão;
i) sistemas de combate a incêndio e controle de emergência;
j) rotas de fuga;
k) áreas reservadas para estoque temporário de resíduos, substâncias tóxicas e assemelhadas em condições
de emergência ou contingência.
4.2.3 Os seguintes fatores devem ser observados, na escolha do local da Refinaria e no seu projeto de arranjo:
- índices pluviométricos;
- incidência de raios;
- temperaturas.
i) meio-ambiente:
- quantidade e tipo de emissões atmosféricas, efluentes líquidos e resíduos sólidos;
- níveis de ruídos;
- preservação ecológica, uso atual e futuro do solo;
- rotas potenciais de liberação de poluentes e conseqüentes disposições para contenção e
encaminhamento para local adequado;
j) instalações vizinhas:
- industriais;
- residenciais;
- aeroportos;
- rodovias públicas;
- ferrovias;
- hidrovias
- portos;
- previsão sobre a utilização provável dos terrenos vizinhos.
k) classificação de áreas.
4.2.4 O arranjo das tubulações deve levar em conta as necessidades de processo, montagem, operação, segurança e
facilidades de manutenção. Deve ser prevista a possibilidade de ampliação futura nos arranjos de tubulação, reservando-
se espaço para esse fim. Deve ser considerado o acesso rápido e seguro aos equipamentos, válvulas e instrumentos,
tanto para a manutenção como para operação. As tubulações e acessórios devem ser locados de forma a permitir a sua
fácil desmontagem e retirada de peças que forem desmontáveis.
a) limites de propriedade;
b) sistema de coordenadas de projeto, Norte Verdadeiro e de Projeto, ventos predominantes e elevações de
projeto;
c) indicação das ruas com denominações e coordenadas das linhas de centro;
d) contorno das áreas reservadas para as Unidades de Processo, de Utilidades, Auxiliares de Processo,
Parques de Armazenamento, Edifícios, estações de bombas, subestações e estações de carregamento,
todas devem possuir indicação do código de identificação;
e) tubovias principais de interligações entre unidades, parques de tanques e terminais;
f) terminais de oleodutos e terminal para distribuição (Ponto A);
g) tanques com identificação individual;
h) contorno de áreas reservadas para expansão e atividades de manutenção e operação;
i) contorno das áreas reservadas para estação de tratamento de efluentes, instalações de reuso e reciclagem,
tochas, preparo de soluções de produtos químicos, casas de controle, casas de operadores e, se for o
caso, estação para controle de qualidade do ar;
j) canais principais de drenagem pluvial e canais de fuga de petróleo e derivados com as respectivas bacias de
contenção;
k) curvas de nível nas áreas não terraplenadas;
l) passagem de redes aéreas de energia elétrica considerando-se a faixa de domínio;
m) contorno da área industrial e limites de propriedade;
n) principais marcos de referência;
o) contornos das áreas destinadas à preservação ambiental;
p) o significado das indicações codificadas deve constar nos desenhos de plantas de arranjo;
q) as exceções a esta Norma devem constar nos desenhos de plantas de arranjo.
j) tipos de pavimentação;
l) locação do conjunto de caixas de enfiação ("pull-point");
k) indicação de cortes e vistas se necessárias;
m) lista de equipamentos com a codificação dos equipamentos com indicação do serviço correspondente;
n) as exceções a esta Norma devem constar nos desenhos de plantas de arranjo.
4.4 Sistema de Coordenadas
4.4.1 A localização de pontos e eixos nas diversas áreas deve ser feita por valores correspondentes a um ou mais
sistemas de coordenadas cartesianas arbitrado para cada refinaria em particular.
4.4.3 Os valores no sentido Sul-Norte devem ser precedidos da Letra "N" e os valores no sentido Oeste-Leste precedidos
da letra "E".
4.4.4 Equipamentos, tubulações, estruturas e tudo o mais que tiver que ser localizado no terreno deve ter localização
direta ou indiretamente referenciada ao sistema de coordenadas de projeto da Refinaria.
4.4.5 Na Planta de Arranjo Geral o sistema de coordenadas deve ser representado por linhas paralelas aos eixos
cartesianos, formando quadrados de, no máximo, 250 m de lado, em escala, com seus valores indicados nos limites do
desenho.
4.4.6 No desenho da Planta de Arranjo Geral deve haver referência à correspondência das coordenadas do ponto de
origem com as coordenadas UTM (Universal Transverse Mercator).
4.4.7 Marcos de referência devem ser convenientemente localizados, em quantidades adequadas, com os valores de
coordenadas e elevações de projeto gravados em uma placa de bronze, inserida no concreto, no topo dos marcos. As
fundações destes marcos devem ser projetadas de modo que não haja recalques.
4.4.8 Os marcos de referência devem ser indicados no desenho de Planta de Arranjo Geral.
4.4.9 Tão logo existam condições, deve ser instalado um marco de referência em estrutura permanente durante a
construção da Refinaria.
4.5 Greides
4.5.1 A determinação dos vários greides no terreno da Refinaria é resultante do estudo geotécnico do subsolo e do estudo
econômico da terraplenagem necessária à planificação das diversas áreas para construção, otimizando os movimentos de
terra de corte, de aterro, "bota-fora" e empréstimo.
4.5.2 Para o estudo econômico dos greides é necessário o conhecimento do Plano Diretor com as diferenças de greides
desejados e/ou permissíveis entre as diversas áreas.
Projeto 50:000.06-018 9
4.5.3 Os volumes de escavação e aterro necessários, bem como a natureza do subsolo, devem ser considerados no
estudo econômico para determinação de greides de instalações, tais como os separadores de água e óleo, diques,
tubovias, bacias de contenção, fundações etc.
4.5.4 O estudo de greides deve ser realizado nas plantas de topografia do terreno, com curvas de nível no máximo a cada
5 m.
4.5.6 Recomenda-se uma inclinação máxima para ruas principais de 6%. Preferencialmente, em frente às Unidades, esta
inclinação deve ser nula.
4.5.7 Com exceção das ruas, recomenda-se que as demais áreas da Refinaria não devam ter declives. A diferença de
greides deve ser feita por degraus.
4.5.8 Os caimentos para drenagem, no interior de cada área, devem ser projetados após o estudo da Planta de Greides,
salvo para áreas muito extensas onde é possível prever os caimentos ainda na fase de terraplenagem.
4.5.9 Na definição dos greides deve ser levada em consideração a vantagem dos desníveis para os sistemas de
drenagem e esgoto.
4.5.10 Os sistemas que necessitam obedecer a uma declividade também devem ser considerados no estudo de greides,
tais como interligações elétricas subterrâneas e linhas de descarga de gases para tochas.
4.5.11 As ramificações de tubovias devem ter greides diferentes; as mudanças de direção, geralmente, também devem
ter.
4.5.12 No estudo de greides deve ser dada atenção à alteração da topografia original, em vista da contribuição de águas
pluviais de/para áreas vizinhas.
4.5.13 Para uma determinada área da refinaria, escolhida como referência, é normalmente arbitrado um greide de projeto
no valor de 100 m para o piso acabado mais baixo, e todas as demais áreas devem ter suas elevações de projeto referidas
a ele, mesmo que projetistas diferentes trabalhem em diversas áreas.
4.5.14 Na Planta de Arranjo Geral deve constar o valor dos greides de projeto das diversas áreas e uma nota indicando a
correspondência entre o greide de projeto e o greide real.
4.5.16 Os greides das diversas áreas da refinaria devem ser representados em um único desenho denominado "Planta de
Greides". (ver 3.18).
4.6 Limites de Bateria
4.6.1 Os Limites de Bateria devem ser definidos nas Plantas de Arranjo, com indicação dos valores das coordenadas de
projeto correspondentes.
4.6.2 Para as Unidades de Processo, recomenda-se que os Limites de Bateria sejam localizados a uma distância mínima
de 8 m das ruas que contornam as quadras, contando-se esta distância da margem mais próxima. No caso de já ser
conhecida a locação dos equipamentos esta distância pode ser contada a partir da parede do equipamento. A posição das
ruas deve atender ao disposto nos itens 6.16 e 6.18. Mesmo no caso de aplicação do estabelecido em 6.18 é
recomendada a previsão de uma faixa de área entre a margem da rua e o Limite de Bateria das Unidades de Processo,
com no mínimo 3 m de largura.
4.6.3 Os limites devem ser definidos de forma adequada ao desenvolvimento do projeto e tendo em vista as facilidades
para construção, operação, manutenção e requisitos de segurança.
4.6.4 Na determinação dos Limites de Bateria deve ser dada especial atenção às faixas de terreno necessárias para a
passagem da rede elétrica e de comunicações, linhas de água de combate a incêndio, canaletas de drenagem e esgoto
oleoso, que são construções em parte ou no todo independentes da Unidade considerada e que devem passar por fora
dos referidos limites.
4.6.5 Nas áreas compreendidas entre os Limites de Bateria de instalações industriais e as ruas adjacentes, não pode
haver qualquer tipo de construção, exceto as casas de controle, subestações, entradas de tubulações, hidrantes, postes de
iluminação, os sistemas subterrâneos e canaletas de drenagem.
4.7.3 As áreas previstas para utilização posterior devem ter a indicação "FUTURO".
4.7.4 As áreas que não forem terraplenadas devem ter suas curvas de nível representadas na Planta de Arranjo Geral.
4.8 Maquetes
4.8.1 As maquetes ou modelos de instalações industriais, quando utilizadas, têm por objetivo principal facilitar os estudos
de projeto, construção e operação, porém não desobrigam a emissão dos desenhos de Plantas de Arranjo.
4.8.3 Cada um dos tipos de maquetes varia em função do grau de detalhe das instalações e equipamentos representados,
da precisão desejada, da escala de redução e de outras particularidades, conforme o objetivo a que se destina.
4.8.4 Para a Planta de Arranjo Geral, os estudos são simplificados, geralmente elaborados em duas dimensões. Para
arranjos de Unidades empregam-se três dimensões, com representação apenas para os equipamentos, passagens de
tubulações e construções civis significativas.
4.8.5 Para estudos do Plano Diretor e das Plantas de Greides, é de grande utilidade o uso de maquete da topografia
original do terreno, o que não dispensa, todavia, as plantas de topografia.
4.9.1 Para o projeto de Planta de Arranjo Geral devem ser obedecidas as diretrizes específicas para cada refinaria.
Devem ser consideradas as legislações locais aplicáveis para os sistemas de segurança,meio ambiente e saúde, e
combate a incêndio bem como as aplicáveis à preservação ambiental. Devem ser observadas as Resoluções CONAMA
20/86 de 18/06/86, 302 de 20/03/2002, 003/90 de 28/06/90, 008/90 de 06/12/90, 006/98 de 15/06/98, 237 de 19/12/1997 e
293 de 12/12/2001, bem como a legislação ambiental complementar aplicável à instalação.
4.9.2 Essas diretrizes complementam esta Norma e, nos casos de divergências, prevalecem as diretrizes para o projeto
específico.
4.9.3 Os seguintes dados devem constar nas diretrizes básicas para projeto:
a) diagramas de blocos;
b) tipos, capacidades e características das Unidades de Processo, Auxiliares e de Tratamentos;
c) tipos, quantidades e capacidades de tanques de armazenamento;
d) características principais das Unidades de Processo e dos Sistemas de Utilidades;
e) características principais dos parques de armazenamento e transferência, estações de carregamento,
tochas, tratamento de efluentes, escoamento, estações de medição de vazões, tomada, adução e
reservatórios de água bruta;
f) diretrizes gerais para sistemas de combate a incêndio/emergência, drenagem pluvial e esgotos oleoso,
químico e sanitário;
g) características principais de casas de controle e de operadores;
h) diretrizes gerais para projeto de urbanismo;
i) previsões para expansão;
j) definição e características de prédios administrativos, almoxarifados, oficinas de manutenção, estações de
combate a incêndio, portarias, laboratórios e estações de carregamento de produtos;
l) planta topográfica, incluindo áreas adjacentes, com indicação dos Limites de Propriedade, Norte Geográfico
e coordenadas UTM;
k) planta de situação em relação a aeroportos, cidades, vilas, fábricas, rodovias públicas, ferrovias, portos,
redes elétricas e acidentes geográficos significativos, nas vizinhanças do terreno reservado para
construção da refinaria;
m) ventos predominantes e precipitação pluviométrica;
n) relatórios de sondagens de reconhecimento com plantas de locação dos furos e resultados das
investigações geotécnicas realizadas;
Projeto 50:000.06-018 11
4.9.4 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-11, da Portaria nº 3.214 de 08
de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
5 Fatores Especiais
5.1 Introdução
5.1.1 Na elaboração de Plantas de Arranjo devem ser levados em consideração aspectos especiais que podem ser
determinantes na disposição final das Áreas Externas e das áreas Internas e na microlocalização de alguns sistemas ou
equipamentos.
5.1.2 Esses aspectos - aqui denominados "fatores especiais" - normalmente dizem respeito a tópicos externos à refinaria,
de natureza física ou legislativa. Entre eles são citados:
5.2.1 Na elaboração de Plantas de Arranjo devem ser feitas análises de predição dos níveis de ruídos emitidos pelos
equipamentos, em conjunto com a análise do tempo de permanência de pessoas na área industrial, de forma a minimizar a
expansão ao ruído.
5.2.2 Os níveis admissíveis em função do tempo de exposição ao ruído são os constantes da Norma Regulamentadora
NR-15, Anexo 1, da Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
5.2.3 Os níveis de ruído máximos admissíveis em prédios devem ser conforme a NBR 10152.
5.2.4 Os sistemas de tubulação devem ser analisados em vista dos altos níveis de ruído que podem produzir. As
seguintes fontes de ruído devem merecer atenção especial nesses sistemas:
5.2.4.1 Nos pontos de descargas para a atmosfera, onde o nível de ruído ultrapasse ao limite especificado, devem ser
utilizados abafadores ou outros dispositivos e soluções de modo a enquadrar o nível de ruído ao limite especificado.
5.2.5 No estudo da Planta de Arranjo Geral devem ser levados em consideração os equipamentos e instalações
causadores de ruídos significativos, de modo que fiquem adequadamente afastados dos Limites de Propriedade da
refinaria, atendendo aos requisitos da legislação ambiental.
a) NBR-7731 - Guia para Execução de Serviços de Medição de Ruído Aéreo e Avaliação dos seus Efeitos
sobre o Homem.
5.3.1 Classificação de áreas é a elaboração de um mapa, que define os volumes de risco da instalação, dentro dos quais
podem ocorrer misturas inflamáveis ou explosivas.
5.3.2 De modo a não prejudicar a clareza dos desenhos de Plantas de Arranjo, os desenhos de classificações de áreas
devem ser executados em separado.
12 Projeto 50:000.06-018
5.3.3 Toda planta de arranjo deve fazer referência ao desenho correspondente de classificação de áreas.
5.3.4 Tanto quanto possível, as instalações elétricas devem ser localizadas em áreas onde seja menor a probabilidade de
ocorrência de misturas inflamáveis ou explosivas devidas a vazamentos ou acidentes.
5.3.6 – A classificação de áreas de uma instalação deve ser feita de acordo com a norma IEC 60079-10: Classification of
Hazardous Areas
5.3.7 Nas ampliações, revisões e/ou construção de novas instalações que operam com produtos inflamáveis ou
explosivos, nova classificação de áreas deve ser elaborada de modo que possa ser verificada a adequabilidade das
instalações já construídas, uma vez que as áreas onde elas estão localizadas podem ter suas classificações alteradas.
5.3.8 As seguintes normas devem ser consultadas para estudos de Plantas de Arranjo, em vista da classificação de áreas:
a) NBR-5418;
b) IEC 60079-10
5.4.1 A área do terreno reservada para construção da instalação deve ser analisada em vista das restrições especiais ao
aproveitamento das propriedades vizinhas aos aeródromos.
5.4.2 Estas restrições são regulamentadas pelas seguintes Portarias do Ministério da Aeronáutica:
a) restrições relativas ao aproveitamento das propriedades quanto a edificações e instalações que possam
interferir com o pouso e decolagem de aeronaves;
b) definições e normas para execução das zonas de proteção dos aeródromos;
c) sinalização de obstáculos;
d) normas para cumprimento dos regulamentos;
e) exigências quanto à documentação para aprovação de projetos nas zonas de proteção.
Devem ser consideradas as Portarias 52 do DPC (Diretoria de Portos e Costas) de 04/09/2001 e MINTER nº 124, de 20
de agosto de 1980, para a construção de instalações que tenham proximidades físicas ou interligações operacionais com
transporte marítimo e fluvial.
6 Arruamento
6.1 As áreas reservadas para as diversas instalações devem ter, sempre que possível, formato retangular.
6.2 Os lados destes retângulos devem ficar paralelos aos eixos de coordenadas de projeto.
6.3 Contornando as áreas retangulares, devem existir ruas que possibilitem o acesso às instalações. Recomenda-se que
as ruas sejam paralelas aos eixos das coordenadas.
6.4 Toda quadra reservada para uma Unidade de Processo deve ter acesso por ruas em todos os lados.
6.7 As ruas são localizadas nas Plantas de Arranjo pelas coordenadas de suas linhas de centro.
6.8 Nas ruas principais de acesso às instalações industriais, recomenda-se uma largura mínima de 7 metros, com raio de
curvatura interno igual à largura da rua.
Projeto 50:000.06-018 13
6.9 Para ruas de pouco tráfego, cujo acesso para combate a incêndio/controle de emergência é secundário, ou que têm
apenas a finalidade de acesso para manutenção, recomenda-se a largura mínima de 4 m, com raio de curvatura interno
igual à largura da rua.
6.10 As ruas fora das áreas industriais devem ter características próprias em função do projeto de urbanização.
6.11 Todas as ruas devem ser adequadamente projetadas quanto à drenagem. Recomenda-se um caimento do eixo para
as margens de 3%.
6.13 Como regra geral, devem ser evitados, nas áreas externas, obstáculos por cima de ruas. Quando imperativo, a altura
mínima do espaço livre deve ser de 4,50 m. Para redes elétricas aéreas, consultar a NBR 5422.
6.14 Recomenda-se que ruas à margem de tubovias, de diques ou de desníveis, tenham acostamento com largura
mínima de 1 m.
6.15 No projeto das ruas devem ser previstos os acessos aos hidrantes e tomadas de espuma para combate a incêndio.
Estes acessos devem ser projetados de modo que o veículo estacionado não bloqueie o tráfego na rua considerada.
6.16 As ruas de áreas externas não devem passar por áreas eletricamente classificadas como ZONA 0 (zero) ou ZONA 1
(um) e recomenda-se que suas margens estejam afastadas de, no mínimo, 15 m da projeção horizontal de válvulas de
segurança e respiros abertos para a atmosfera. Ver norma NBR 7505 para distâncias de ruas em relação a tanques e item
8.2 para distâncias de ruas em relação a esferas.
6.17 A distância mínima entre a margem das ruas de áreas externas e Limites de Bateria de Unidades de Processo deve
ser de acordo com o estabelecido em 4.6.2.
6.18 Excepcionalmente, quando as ruas não atenderem às recomendações de distâncias mínimas a equipamentos ou
instalações, ou ao disposto em 6.16, elas são proibidas ao tráfego normal de veículos automotores e seu uso fica restrito
às ocasiões em que medidas de segurança forem tomadas. Seus acessos devem possuir portões ou correntes. As ruas
projetadas com essas características devem ser identificadas como tal nas plantas de arranjo.
6.19 A elevação das ruas não deve ser 0,40 m superior aos greides das áreas adjacentes de Unidades de Processo.
Preferencialmente devem ter o mesmo greide.
6.20 As ruas internas às Unidades de Processo e Utilidades são previstas para acesso a combate a incêndio/emergência,
resgate, manutenção e montagem de equipamentos. Suas dimensões e características devem ser analisadas para cada
caso em particular.
6.21 Devem ser utilizadas defensas para as ruas ao longo de tubovias ou de declives e adjacentes às instalações
industriais. As defensas não devem interferir com as facilidades de acesso para atividades de combate a incêndio/controle
de emergência, operação e manutenção.
6.22 Para estudos de arranjos devem ser considerados os sistemas de drenagem, coleta, segregação, canaletas e outros
tipos de encaminhamento, acumulação de efluentes líquidos industriais e domésticos da Refinaria.
7 Passagens de Tubulação
7.1 As faixas principais reservadas para passagem de tubulação devem ser previstas nos estudos de Plantas de Arranjo.
a) tubovia: passagem onde a elevação dos tubos é inferior, igual ou até 1 m acima aos greides das áreas
adjacentes;
b) ponte de tubulação: passagem onde a elevação dos tubos é superior em mais de 1 m aos greides das
áreas adjacentes;
c) trincheira: passagem, em forma de canaleta, onde a elevação dos tubos é inferior ao greide das áreas
adjacentes, com largura máxima de 2 m, construída em concreto armado, podendo possuir ou não
cobertura.
7.3 Como regra geral, as tubovias são usadas nas áreas externas e as pontes de tubulação nas áreas internas.
7.4 Recomenda-se que os greides de tubovias ou elevações de pontes de tubulação sejam diferentes dos de suas
ramificações e que as mudanças de direção também tenham greides ou elevações diferentes.
7.5 Recomenda-se que no projeto das passagens de tubulação seja prevista uma folga em sua largura de, no mínimo,
20% para ampliação.
7.7 As pontes de tubulação em áreas internas de Unidades de Processo, quando construídas em estruturas metálicas,
devem ter revestimento de proteção contra o fogo ("fireproofing"). Para as unidades de utilidades, de tratamento ou
auxiliares deve ser analisada a necessidade de utilização de proteção contra o fogo em função da possibilidade de
ocorrência de incêndio nas imediações da ponte de tubulação.
7.8 As pontes de tubulação em áreas internas, sobre ruas e equipamentos, ou quando sob elas são previstos acessos de
veículos para manutenção ou combate a incêndio, devem ter uma elevação mínima de 4 m.
7.9 Recomenda-se que o arranjo de pontes de tubulação seja feito de modo que sua malha obedeça às direções
perpendiculares, como nas formas das letras E, F, H, I, L, T e U. O número de níveis transversais da ponte de tubulação
deve ser adequadamente escolhido considerando as potencialidades de ampliação da instalação (incluindo o consumo de
utilidades). É conveniente agrupar as tubulações de maior diâmetro próximo às extremidades laterais da ponte. Deve ser
avaliado agrupar tubulações de serviço semelhantes (exemplo: utilidades frias) em faixas longitudinais. Devem ser
previstos estruturas de suportação, em elevações não concordantes com os níveis transversais da ponte de tubulação,
para permitir apoio das curvas de expansão das linhas.
7.10 A localização das pontes de tubulação não pode prejudicar o acesso para montagem, desmontagem, manutenção ou
operação de equipamentos.
7.11 Como regra geral, nenhum equipamento pode ficar cercado por pontes de tubulação.
7.12 Os projetos de pontes de tubulação devem prever a passagem, por elas, de cabos dos sistemas de eletricidade e de
instrumentação.
7.13 As tubovias devem ter pelo menos uma rua adjacente ao longo de toda a sua extensão. As tubovias com mais de
15 m de largura (incluindo o talude) devem ter acesso por ambos os lados.
7.14 A distância máxima recomendável entre as linhas de centro da tubovia e da rua adjacente é 20 m.
7.17 Recomenda-se que as tubovias com mais de 1 m de profundidade tenham acesso por meio de escada a cada 30 m.
7.18 7.18 Como regra geral, os taludes das tubovias devem ser de terra, protegidos por camada asfáltica ou grama. A
inclinação dos taludes das tubovias deve ser definida pela natureza do terreno, mas nunca inferior a 1:1,5 não estando
sujeito a erosão.
7.19 Recomenda-se que o greide das tubovias não seja inclinado no sentido longitudinal. Quando necessário, em
intervalos adequados, a alteração do greide pode ser feita através de degraus.
7.20 A travessia da tubovia por ruas deve ser feita através de pontilhões.
7.21 Os pontilhões devem ter seu piso em placas removíveis para acesso à tubulação.
7.22 Os apoios intermediários dos pontilhões devem ser vazados de modo a permitir o acesso lateral à tubulação.
7.23 Os apoios intermediários de todos os pontilhões, construídos ao longo de um trecho reto de tubovias, devem ser
alinhados em relação às mesmas coordenadas. Os apoios intermediários devem ter a mesma dimensão na direção
transversal à tubovia.
7.24 Os greides das tubovias são determinados, entre outros fatores, em função dos maiores diâmetros de tubos previstos
e da altura máxima adequada para os pontilhões.
7.25 Usualmente, a diferença máxima entre o greide do piso dos pontilhões e os das ruas é de 1 metro, com inclinação
máxima permissível da rampa entre eles, de 5%.
c) As trincheiras só podem ser utilizadas, em casos excepcionais, para linhas de incêndio, de utilidades e de
esgotos, não sendo recomendado o seu uso para tubulações que contenham hidrocarbonetos. Devem ser
evitadas trincheiras dentro de Unidades de Processo. Trincheiras localizadas em áreas operacionais
devem ser cobertas com placas removíveis ou grades de aço. A profundidade de trincheira deve ser a
mínima possível, suficiente para:
7.27 Os pontilhões das ruas de acesso para as unidades de processo devem ser projetados prevendo a carga de travessia
de equipamentos de processo durante as fases de montagem e de manutenção.
8.1.1 As Plantas de Arranjo de parques de armazenamento de petróleo e derivados líquidos em tanques atmosféricos
devem ser projetadas de acordo com a norma NBR 7505.
8.1.2 A diferença de greides entre as diversas áreas deve ser levada em consideração na localização dos parques de
tanques, em vista do projeto de drenagem e de escoamento do produto.
8.1.3 As ruas adjacentes a parques de tanques devem atender ao disposto na norma NBR 7505. Entre o dique e o meio-fio
da rua adjacente deve ser previsto espaço para construção de rede de incêndio, drenagem, rede elétrica e caixas de
passagem, servindo também para acostamento. A largura mínima recomendável é de 2 m.
8.1.4 Os tanques devem ser localizados em áreas onde os ventos predominantes não levem algum eventual vazamento
de gases ou vapores de produtos para as unidades de processo e central termoelétrica, administração e casa de controle..
8.1.5 Recomenda-se que tanques de armazenamento de produtos inflamáveis ou tóxicos não fiquem dentro dos Limites
de Bateria de Unidades de processo nem dentro de prédios.
8.1.6 A menor distância admissível entre os diques da bacia e o costado do tanque é de 3,00 metros ou 1/3 (um terço) da
maior dimensão do tanque (diâmetro ou altura), adotando-se a que for maior.
8.1.7 Os taludes de terra para bacias de tanques devem ser convenientemente revestidos e protegidos contra erosão..
8.1.8 As distâncias mínimas entre parques de tanques e outras instalações devem estar de acordo com as normas
NBR 7505 e item 8.2.
8.2.1 Os vasos de armazenamento de GLP devem ser localizados em áreas que permitam uma rápida dispersão do gás
na atmosfera. Deve ser evitada a instalação de parques de armazenamento de GLP em locais onde a livre circulação do ar
seja obstada pela presença de construções, encostas ou outros obstáculos, bem como em depressões do terreno.
8.2.2 Deve ser considerada, na localização dos vasos de GLP, a direção e o sentido dos ventos predominantes, de forma
a se evitar que os vazamentos ocorridos no parque de armazenamento de GLP sejam conduzidos para locais (ruas,
ferrovias, portos, aeroportos, hidrovias) onde haja concentração de pessoas ou com prováveis fontes de ignição.
8.2.3 Cada esfera ou bateria de cilindros deve possuir acesso por, pelo menos, uma rua adjacente. No caso de baterias de
cilindros, esta rua deve ser paralela à maior dimensão da bateria dos cilindros. O arranjo deve permitir acesso fácil para o
controle de vazamentos e combate a incêndio.
ferrova
8.2.4 Os cilindros não devem ser instalados sobrepostos, mesmo que respeitado o espaçamento previsto no item 8.2.8.
8.2.5 As distâncias recomendadas nos itens 8.2.7 a 8.2.13, a seguir, devem ser medidas a partir da projeção do vaso no
seu plano horizontal.
8.2.6 As distâncias mínimas de cada vaso de GLP ao limite de propriedade devem ser conforme estabelecido na Tabela 1.
Nota: Nas instalações de GLP que tiverem por vizinhanças residências, prédios públicos, ferrovias, portos, aeroportos,
hidrovias, industriais e outros locais onde haja concentração de pessoas, distâncias maiores ou medidas suplementares de
proteção devem ser previstos a partir de estudos de análise de risco.
16 Projeto 50:000.06-018
8.2.7 As distâncias mínimas de cada vaso de GLP a outros vasos de armazenamento de GLP ou produtos inflamáveis sob
pressão devem ser:
a) entre esferas: -1/2 do diâmetro (no caso de diâmetros diferentes, considerar o maior);
b) entre cilindros numa mesma bateria: -3/4 diâmetro (no caso de diâmetros diferentes, considerar o maior),
porém não menos que 1,5 metro;
c) entre esfera e cilindros ou bateria de cilindros: -1/2 diâmetro da esfera, porém não menos que 7,5 metros;
Nota: O número de cilindros por bateria deve ser fixado em função da disponibilidade de água para resfriamento, sem
ultrapassar o máximo de 9 cilindros.
8.2.8 As distâncias mínimas de cada vaso de GLP a outros tanques que armazenem produtos inflamáveis ou perigosos
não pressurizados, deve ser o maior valor encontrado nos critérios abaixo, não podendo ser inferior a 30 metros e não
sendo necessário ser superior a 60 metros.
b) entre esfera e tanques atmosféricos que armazenem produtos com ponto de fulgor igual ou menor que 37,8
°C: -1 diâmetro do maior tanque;
c) entre esfera e tanques atmosféricos que armazenem produtos com ponto de fulgor maior que 37,8 °C: -1/2
diâmetro do maior tanque.
b) entre vaso e edificações administrativas, laboratórios, oficina de manutenção e outros prédios regularmente
ocupados: 30 metros. (Em desacordo com Anexo A)
8.2.10 As distâncias mínimas de cada vaso de GLP a outras instalações, relacionadas a seguir, devem ser:
a) entre vaso de GLP e vasos de processo: -15 metros; (não mencionado no Anexo A)
b) entre vaso de GLP e equipamentos que utilizem chamas expostas, tais como fornos e caldeiras: -30 metros;
(não mencionado no Anexo A)
c) entre vaso de GLP e equipamentos rotativos: -15 metros (excetuando-se as bombas de transferência do
parque, que devem ter uma distância mínima de 3 metros); (não mencionado no Anexo A)
d) entre vaso de GLP e linhas de transmissão aéreas e subestações elétricas: -15 metros; (Em desacordo com
Anexo A)
e) entre vaso de GLP e instalações de carregamento rodoviário ou ferroviário: -15 metros; (Em desacordo com
Anexo A)
f) entre vaso de GLP e águas navegáveis, locais de atracação e locais de carga e descarga: -15 metros;
8.2.11 As distâncias mínimas de cada vaso de GLP ao queimador de segurança (tocha) deve ser tal que, na condição de
descarga de projeto do queimador, a intensidade de calor radiante no vaso seja igual ao estabelecido no item 9.1.2.11,
porém não inferior às distâncias estabelecidas no Anexo A.
8.2.12 As distâncias mínimas de cada vaso de GLP às tubovias externas ao parque de armazenamento de GLP devem ser
de 15 metros, medidos a partir da projeção horizontal da esfera até a primeira tubulação da tubovia.
8.2.13 O piso, sob os vasos, deve ser uniforme e com declividade que garanta o imediato afastamento de produto em caso
de vazamentos maiores. A declividade deve ser de 2,5 %, no mínimo, como nas áreas indicadas nas Figuras B-1 e B-2 do
Anexo B. Estas áreas devem ser pavimentadas em concreto, com uma espessura mínima de 0,10 metros, e não podem
possuir trincheiras ou canaletas para as tubulações.
8.2.14 Fora das áreas referidas no item anterior, as declividades devem ser de 1,33 %, no mínimo, como indicado nas
Figuras B-1 e B-2 do Anexo B.
8.2.15 O sistema de drenagem não deve permitir que o produto seja conduzido sob os vasos adjacentes.
Projeto 50:000.06-018 17
8.2.16 Deve ser previsto um sistema de canaletas para a condução da água e, eventualmente do GLP para uma bacia de
contenção. As canaletas devem ser calculadas para a condição de operação do sistema de combate a incêndio ou para
precipitação pluvial, adotando-se a vazão que for maior. Nenhuma canaleta deve se situar a menos de 5 metros da
projeção horizontal dos vasos. Tais canaletas, quando cobertas, devem possuir coberturas por grades vazadas, sendo a
área vazada de no mínimo 70 % da área total.
8.2.17 O sistema de canaletas deve descarregar em uma bacia de contenção, localizada a uma distância superior a 15
metros da projeção horizontal de qualquer vaso. O volume da bacia de contenção deve ser no mínimo, igual a 25 % do
volume nominal do vaso de maior volume nominal armazenando GLP com pressão de vapor absoluta, à temperatura de
37,8º C, igual ou superior a 7,0 kgf/cm 2 ou 50 % do volume nominal do vaso de maior volume nominal armazenando GLP
com pressão de vapor absoluta, à temperatura de 37,8 ºC, inferior a 7,0 kgf/cm 2 , o que for maior.
8.2.18 A bacia de contenção deve possuir um sistema que permita o seu esvaziamento periódico de água acumulada para
o sistema de água pluvial, controlado por uma válvula ou comporta, localizada fora da bacia e mantida normalmente
fechada (ver Figura b.1 do Anexo B).
8.2.19 Os vasos de GLP não devem ser instalados em bacia de contenção (dique).
8.2.20 Na área de armazenagem devem ser evitadas trincheiras para as tubulações. Onde existirem, devem ser cobertas
por grades, desde que a área vazada das mesmas seja, no mínimo, 70 % da área total.
8.2.21 Devem ser previstas áreas para um conveniente arranjo de tubulações, instrumentos e sistemas de segurança
peculiares ao parque de armazenamento de GLP. Devem ser considerados, além das tubulações de escoamento de GLP,
o sistema de drenagem de água dos vasos, o sistema de alívio de pressão, a proteção contra fogo dos suportes dos
vasos, o sistema de resfriamento dos vasos em caso de incêndio, a injeção de água de alta pressão nos vasos e muros
corta-fogo.
9 Sistemas
Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-15, da Portaria nº 3.214 de 08 de
junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
9.1.1.1 A locação e a altura de chaminés e sistemas abertos de alívio de pressão dependem da concentração máxima
admissível dos gases no solo ou em locais elevados onde é prevista a presença de pessoas.
9.1.1.2 Os métodos de cálculo aplicáveis a esses dispositivos podem ser os descritos no API RP 520 e API RP 521.(ou
similar)
9.1.1.3 A análise da contaminação pelos gases de descarga deve se estender além dos limites de propriedade da
instalação, observando-se o disposto na Resolução CONAMA 003 de 28/06/90 e as demais legislações ambientais
aplicáveis a nível local.
9.1.1.4 A elevação do topo do dispositivo de descarga deve satisfazer os códigos de segurança específicos para cada
local e, em nenhum caso, a sua zona de influência, conforme mostrada na Figura 2, deve abranger áreas vizinhas onde
haja trânsito ou permanência de pessoas (escadas, plataformas etc.). Num raio de 50 m, o topo do dispositivo de descarga
deve estar, no mínimo, 3 m acima das tomadas de ar para pressurização e/ou condicionamento de ar, com um
afastamento na horizontal, mínimo recomendado de 15m (ver 12.3.4).
9.1.1.5 Níveis de ruído causados pelos dispositivos de descarga podem ser calculados pelo API RP 521, devendo atender
ao disposto em 5.2.
9.1.1.6 Para localização e dimensionamento dos dispositivos de descarga, os seguintes fatores devem ser considerados:
a) temperatura ambiente;
b) velocidade dos ventos;
c) turbulência atmosférica;
d) inversões térmicas ambientais;
e) composição dos gases;
f) relevos topográficos;
g) influência de outros dispositivos de descargas próximos.
18 Projeto 50:000.06-018
9.1.2 Tochas
Os itens a seguir, até 9.1.2.22, se aplicam a tochas com dispositivo de descargas convencionais. Para tochas
enclausuradas, ver item 9.1.2.23.
9.1.2.1 As tochas, juntamente com os coletores, vasos de separação de líquido e de selagem, devem permitir o
escoamento de líquido e gás excedentes de uma unidade de processo, separando o líquido e queimando o gás com
segurança.
9.1.2.2 A localização das tochas deve ser definida em função de diversos fatores relativos a cada instalação em
particular. Os projetos devem atender à legislação em relação aos efeitos de poluição, inclusive no caso de seu
apagamento acidental, e ao critério que estabelece círculos concêntricos, representativos das taxas de radiação emitidas,
conforme API RP 521, cujos limites determinam valores admissíveis para a proteção de pessoas e equipamentos (ver
9.1.1.1 e 9.1.1.3).
9.1.2.3 Os níveis máximos de radiação de calor são calculados para a situação mais severa na condição de emergência
do sistema da tocha, considerando-se o efeito solar quando justificável. Os valores indicados nos itens seguintes referem-
se a essa situação, cuja ocorrência é considerada ocasional e de curta duração. Nos casos onde é prevista radiação
permanente ou por longos períodos, os valores admissíveis devem ser inferiores a 1,279 kW/m² (1.100 kcal/h.m²) nas
instalações onde é esperada a presença freqüente de pessoas. O valor da intensidade de radiação nesses locais não deve
causar desconforto e deve ser determinado para cada caso em particular e considerando a Norma Regulamentadora NR-
15 - Anexo nº 3 da Portaria n 3214 do Ministério do Trabalho.
9.1.2.4 Nas áreas sujeitas a taxas iguais ou superiores a 15,697 kW/m² (13.500 kcal/h.m²) não é permitida a localização
de equipamentos e/ou instalações onde se requer a presença de pessoas. Nas áreas com radiação acima de 9,418 kW/m²
(8.100 kcal/h.m²) e até 15,697 kW/m² (13.500 kcal/h.m²), permite-se a presença de equipamentos desde que haja proteção
contra radiação e que a presença de pessoas nesses locais seja eventual.
9.1.2.5 Nas áreas com níveis de radiação entre 9,418 kW/m² (8.100 kcal/h.m²) e 4,767 kW/m² (4.100 kcal/h.m²), admite-
se a localização de equipamentos e a presença de pessoas, desde que sejam devidamente instruídas, treinadas e
equipadas para permanência por curtos períodos e com facilidades para escape em tempo hábil.
Projeto 50:000.06-018 19
9.1.2.6 As instalações industriais que requerem presença freqüente de pessoas devem ser localizadas em áreas com
nível de radiação igual ou inferior a 4,767 kW/m² (4.100 kcal/h.m²), devendo haver facilidades de escape para um local
seguro contra a radiação.
9.1.2.7 Os valores das Tabelas 2 e 3 devem ser considerados para definição do tempo de escape até um local seguro,
face aos efeitos da radiação.
9.1.2.8 Fora dos limites de propriedade e em áreas da Refinaria onde não possa ser exigido o afastamento de pessoas
durante o período de uma emergência, ainda que de rara ocorrência e curta duração, o nível máximo de radiação permitido
é de 1,395 kW/m² (1.200 kcal/h.m²).
9.1.2.9 Para os casos de tochas múltiplas devem ser considerados os efeitos combinados entre elas.
9.1.2.10 Os níveis de radiação de calor devem ser calculados considerando as elevações dos equipamentos e das
plataformas de operação e todos os demais locais onde a presença de pessoas é prevista.
9.1.2.11 A taxa de radiação permitida em áreas de armazenagem de GLP deve ser igual ou superior a 1260 W/m² (1085
kcal/h.m²) (ver item 8.2.12)
Tabela 4 - Distância Mínima Recomendada Entre Tochas Tipo Rasa (Ground Flare) E Outras Instalações
Distância Mínima
Instalação (metros)
Limites de Propriedade, Limites de Unidades de
Processo, Utilidades, ruas e tubovias 180
Tabela 5 - Distância Mínima Recomendada Entre Tochas Tipo Elevada E Outras Instalações (Ver Anexo A)
Distância Mínima
Instalação (metros)
Equipamentos com altura igual ou superior à da tocha.
180
Qualquer outro equipamento sujeito a ignição ocasional
causada por fagulhas. 90
9.1.2.13 Recomenda-se que o tambor de separação de líquido e o tambor de selagem fiquem localizados em área com
taxa de radiação menor que 4,767 kW/m² (4.100 kcal/h.m²), e afastados de, no mínimo, 60 m dos Limites de Bateria da
unidade ou de qualquer equipamento com serviço de produtos inflamáveis em instalações vizinhas, e 80 m dos Limites de
Propriedade.
20 Projeto 50:000.06-018
9.1.2.14 Os tambores de separação de líquido e de selagem devem estar situados em locais bem ventilados. Quando
abaixo do greide da área adjacente, deve ser previsto espaço suficiente para ventilação, devendo ser projetados taludes
em vez de muros de arrimo.
9.1.2.15 Os cabos de sustentação das tochas devem ocupar uma área livre, não podendo passar sobre instalações
industriais, bacias de tanques e redes aéreas de energia elétrica.
9.1.2.16 Na localização da tocha devem ser considerados os efeitos de luminosidade, ruído, e poluição do ar nas áreas
vizinhas à Refinaria.
9.1.2.17 Redes aéreas de energia elétrica devem ser localizadas em áreas seguras contra o calor de radiação causado
pelas tochas.
9.1.2.18 O afastamento mínimo entre tochas deve ser tal que seja possível a realização de trabalhos de manutenção em
qualquer uma delas, com as demais operando e o nível de radiação no topo da primeira não ultrapasse 9,418 kW/m²
(8.100 kcal/h m²), com previsão para proteção e facilidade de escape rápido para local seguro contra radiação (ver 9.1.2.6
e 9.1.2.7).
9.1.2.20 Para a localização de tochas , deve ser considerado o sentido dos ventos predominantes, de modo que os gases
inflamáveis e vapores provenientes de possíveis vazamentos em outros equipamentos não sejam carregados para o local
das tochas.
9.1.2.21 A norma API RP 521 deve ser consultada para os estudos de localização de tochas.
9.1.2.23 Para tochas do tipo enclausurada (“totally enclosed flare”), devem ser tomados cuidados especiais com relação
ao levantamento dos cenários de perigo. Devem também ser seguidas as recomendações do projetista do equipamento.
9.2 Instalações Subterrâneas
9.2.1 Nos projetos de Plantas de Arranjo devem ser previstas faixas de passagem para sistemas subterrâneos.
9.2.3 Eventualmente, podem existir instalações subterrâneas para tubulação de água de combate a incêndio e água de
resfriamento.
9.2.5 A cota mínima recomendada entre o topo da instalação subterrânea e o greide da unidade é de 0,30m.
9.2.6 No estudo de áreas para sistemas subterrâneos devem ser consideradas as dimensões das caixas de passagem, de
visita e de selagem.
9.2.7 Todas as construções e instalações subterrâneas de uma Unidade de Processo devem ser apresentadas em um
único desenho (Planta de Instalações Subterrâneas), objetivando evitar problemas de interferência, não devendo essas
informações ser representadas nas Plantas de Arranjo.
9.3 Sistemas de Despejos
9.3.1 Nos projetos de Plantas de Arranjo Geral devem ser previstas faixas de passagem para sistemas de despejos.
Projeto 50:000.06-018 21
9.3.2 As classes de efluentes devem estar de acordo com a Resolução CONAMA 20/86 e as demais legislações
ambientais aplicáveis a nível local.
9.3.3 Na estimativa das larguras das faixas de áreas reservadas para estes sistemas devem ser consideradas as
dimensões das caixas de visita, de passagem, de areia, de selagem etc.
9.3.4 O escoamento dos diversos esgotos deve, sempre que possível, ser por gravidade. Deve ser considerada a infra-
estrutura requerida para os sistemas de controle e monitoramento dos efluentes.
9.3.5 Os sistemas de tratamento de efluentes líquidos devem estar localizados, preferencialmente, nos greides inferiores
da Refinaria.
9.3.6 Os sistemas de drenagem devem ser projetados de modo que, em nenhum local, haja possibilidade de inundação.
9.3.7 As caixas subterrâneas devem ser acessíveis, não podendo haver sobre elas qualquer construção.
9.3.8 Os projetos de drenagem pluvial devem considerar a possibilidade de contribuição de áreas vizinhas ao terreno da
Refinaria.
9.3.9 As canaletas abertas de esgoto oleoso ou contaminado, preferencialmente, não devem passar por baixo de
equipamentos ou de tubulações.
9.3.10 Os coletores de drenagem não devem passar dentro dos limites de bateria de unidades.
9.4.1 O sistema de água para combate a incêndio é composto de reservatório d'água, estação de bombeamento, rede de
tubulação com hidrantes, canhões de jato d'água e redes de aspersores d'água.
9.4.2 Complementam o sistema as tubulações de espuma para tanques os sistemas móveis de proteção de espuma, os
extintores portáteis e tomadas de vapor nas Unidades de processo e áreas de armazenamento de GLP.
9.4.3 Deve ser prevista uma área adequada para a instalação do prédio da Segurança Industrial, que deve conter, entre
outras, as seguintes facilidades: garagem dos veículos de combate a incêndio, espaço para lavagem e secagem de
mangueiras, depósitos de equipamentos de combate a incêndio e de proteção individual, central de alarme, instalações
para o pessoal de Segurança Industrial e tanques para líquido gerador de espuma (LGE).
9.4.4 O prédio da Segurança Industrial deve ter facilidades e localização adequada para os casos de emergência, com
mais de uma saída e fácil acesso às instalações.
9.4.5 No estudo de Plantas de Arranjo devem ser previstas faixas adequadas para passagem de tubulação de água para
combate a incêndio, instalações de hidrantes, tomadas para espuma e canhões de jato d'água.
9.4.6 Os hidrantes devem ter livre acesso e espaço suficiente para manuseio de mangueiras e devem ser localizados ao
longo das ruas e em outros locais previamente determinados nos projetos.
9.4.7 Para projetos de plantas de arranjo, tendo em vista os sistemas de combate a incêndio deve ser consultada a
norma NBR 7505 (tancagem) e considerar as práticas de projeto para dimensionamento dos componentes destes sistemas
para demais áreas da refinaria.
9.4.8 Deve ser prevista área para construção do campo de treinamento de combate a incêndio.
10 Unidades de Processo
10.1 Localização
10.1.1 As Unidades devem ser instaladas em quadras, localizadas próximas entre si, preferencialmente em linha paralela,
adjacente a uma tubovia principal.
10.1.2 As Unidades devem ser convenientemente espaçadas, de modo a minimizar o envolvimento entre elas nos casos
de acidentes.
10.1.3 Os acessos dentro das unidades têm que ser adequados, de modo a permitir o combate a emergências e o resgate
de pessoal.
10.1.4 A localização das Unidades devem considerar os efeitos de incêndios e/ou explosões nas áreas vizinhas ao limite
de propriedade.
22 Projeto 50:000.06-018
10.1.5 As Unidades devem ter pelo menos duas entradas para veículos, independentes entre si, para acesso aos
equipamentos e combate a emergências.
10.1.6 Unidades com existência de produtos tóxicos devem ficar afastadas dos locais com concentração de pessoas e dos
limites de propriedade.
10.1.7 As Unidades devem ser localizadas em quadras separadas. É permitido que duas ou mais Unidades sejam
localizadas em uma mesma quadra, de forma integrada.
a) No caso do conjunto dessas instalações operem simultaneamente, sem a possibilidade de ocorrer parada para
manutenção de forma separada, essas instalações são consideradas como uma única unidade operacional, para
fins de limite de bateria e demais recomendações relacionadas a uma unidade.
b) No caso das instalações do conjunto possam ocorrer paradas para manutenção em separado, é recomendável
separar o limite de bateria e a disposição dos equipamentos de cada instalação.
10.1.8 A decisão de adotar arranjos de Unidades de Processo integradas, conforme mencionado em 10.1.7, deve ser
precedida de um estudo, com considerações de cunho de segurança, operacionais e econômicos.
10.1.9 Áreas para expansão devem ser previstas de tal forma que unidades de mesmo processo fiquem integradas ou em
quadras adjacentes.
10.1.10 Os afastamentos mínimos recomendados entre os Limites de Bateria das Unidades de Processo e outras
Instalações estão no Anexo A.
Nota: As distâncias referidas aos Limites de Bateria podem ser contadas a partir dos equipamentos e tubulações quando
a sua localização e arranjo já forem conhecidos.
10.1.11 A disposição das Unidades de Processo deve atender à interdependência dessas Unidades, entre si e com outras
Instalações.
10.1.12 As Unidades devem ser situadas em local de boa ventilação e, preferencialmente, nos greides mais altos do
terreno, observado o disposto em 8.1.4.
a)
10.1.13 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-12, da Portaria nº 3.214 de
08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
10.1.14 Asvem ser previstas áreas livres próximas as unidades de processo fcilitara facilitar os serviços de paradas de
manu.
10.2 Arranjo de Equipamentos
O arranjo interno das Unidades de Processo deve ser estudado em função dos fluxogramas, de modo que a disposição
dos equipamentos obedeça a uma lógica seqüencial das correntes de processamento, com conseqüente minimização das
tubulações, áreas, estruturas, potência de máquinas etc. Nos arranjos de tubulações devem ser considerados espaços
necessários para adequação do encaminhamento das linhas , devendo ser observados, entre outros, os seguintes fatores:
O arranjo de equipamentos deve ter em vista a segurança do pessoal e das instalações e as facilidades para operação,
manutenção, construção e montagem.
10.2.1 Fornos
10.2.1.1 Para a localização, deve ser considerado o sentido dos ventos predominantes, de modo que os gases inflamáveis
e vapores provenientes de possíveis vazamentos em outros equipamentos não sejam carregados para o local dos fornos.
10.2.1.2 Recomenda-se que os fornos fiquem afastados, no mínimo, 15 m de conexões e equipamentos de serviços com
produtos inflamáveis que são sujeitos a vazamentos freqüentes (p. ex.: bombas, válvulas de segurança).
Projeto 50:000.06-018 23
10.2.1.3 Como regra geral, os fornos são localizados na periferia da Unidade, de modo que não fiquem entre
equipamentos ou instalações.
10.2.1.4 Canaletas, trincheiras ou outras depressões não devem ser construídas nas proximidades dos fornos.
10.2.1.5 As tubulações ligadas aos fornos devem estar sobre pontes de tubulação construídas ao longo de seus
alinhamentos. Considerações especiais devem ser feitas para as configurações das linhas de transferência, objetivando a
flexibilidade e a necessidade de minimizar a perda de carga e vibrações.
10.2.1.6 Deve ser feita previsão adequada de espaço livre para remoção de tubos e outros trabalhos de manutenção.
10.2.1.7 Deve ser previsto acesso adequado em torno de cada forno de modo a permitir as atividades de operação,
manutenção e segurança.
10.2.1.8 Sempre que possível, as chaminés devem ser localizadas perto dos limites externos da quadra e longe dos
equipamentos da Unidade.
10.2.1.9 As distâncias mínimas recomendadas entre fornos e outras Instalações estão no Anexo A.
10.2.1.10 O piso em torno dos fornos deve ter caimento e o seu sistema de drenagem deve ser independente dos demais
sistemas de drenagem.
10.2.1.11 Devem ser consideradas as orientações constantes das Normas Regulamentadoras NR-14 e NR-15 da Portaria
nº 3.214 de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho
10.2.2 Caldeiras
10.2.2.1 Devem ser observadas, de forma geral, as mesmas recomendações referentes a fornos. No caso das caldeiras
recuperadoras de calor sem uso de chama podem ser adotados critérios menos restritivos com o item 1.3 desta Norma.
10.2.2.2 Devem ser consideradas as orientações constantes Devem ser consideradas as orientações constantes das
Normas Regulamentadoras NR-13 e NR-15, da Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 do Ministério do
Trabalho.
10.2.3 Torres e Reatores
10.2.3.1 As torres e reatores, usualmente, devem ser localizados próximos de pontes de tubulação.
10.2.3.2 Devem ser previstos acessos adequados para manutenção, retirada de internos e colocação de recheios e
catalisadores.
10.2.3.3 Depósito de catalisador e sistema de reposição devem ser previstos nos estudos de arranjo de reatores.
10.2.3.4 Na determinação do espaçamento entre torres, reatores e outros equipamentos ou estruturas, considerar a
existência de plataformas de operação ou de serviço em várias elevações.
10.2.3.5 Grandes torres e reatores requerem suportes estruturais de dimensões significativas que devem ser considerados
nos estudos de arranjo da Unidade.
10.2.3.6 Como regra geral, recomenda-se, no mínimo, uma distância de 3 m entre os costados de torres, reatores e outros
equipamentos ou estruturas. Ver Anexo A para distâncias recomendadas entre torres e outras instalações.
10.2.3.7 As elevações de fundo das torres e reatores devem ser determinadas por razões de processo e/ou necessidades
de arranjo. Suas bases de concreto devem ter, no mínimo, a altura de 0,40 m.
10.2.3.8 Torres e reatores, como regra geral, devem ser localizados em áreas não congestionadas, de modo a facilitar a
montagem, manutenção e área de acesso de controle de emergências em qualquer estágio da construção da Unidade.
10.2.4.5 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13, da Portaria nº 3.214 de
08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
10.2.4. Vasos
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10.2.4.5 Os vasos devem ser convenientemente localizados de forma compatível com a seqüência dos fluxos de
processo.
10.2.4.5 Espaços convenientes devem ser previstos ao redor dos vasos objetivando a manutenção e operação.
10.2.4.5 Como regra geral, recomenda-se a distância mínima, entre costados de vasos e outros equipamentos ou
estruturas, de 1,20 m. Ver Anexo A para distâncias mínimas recomendadas entre vasos e outras instalações.
10.2.4.5 Não havendo razões de processo, a posição de vasos na vertical é preferível à posição horizontal.
10.2.4.5 A elevação dos vasos é determinada pelas exigências de processo. Suas bases de concreto devem ter, no
mínimo, a altura de 0,50 m quando horizontais e 0,30 m quando verticais.
10.2.4.6 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13, da Portaria nº 3.214 de
08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho
10.2.5.1 A principal consideração para arranjos de permutadores de calor e resfriadores a ar é, normalmente, o fluxo do
processo.
10.2.5.2 Configurações em grupos, no plano horizontal, no vertical, ou em ambos, devem ser consideradas para
minimização de tubulações, áreas, estruturas de suportes e pontes de tubulação.
10.2.5.4 Recomenda-se que permutadores de calor acima de 3,50 m do solo tenham uma estrutura permanente para
fixação de dispositivo de levantamento de carga e retirada de peças.
10.2.5.5 Para permutadores de calor e resfriadores a ar localizados em estruturas elevadas, devem ser previstas
plataformas para operação e manutenção, assim como acesso ou fixação de dispositivos de movimentação de carga para
a retirada e montagem de feixes tubulares e outras peças.
10.2.5.6 Não são recomendáveis permutadores de calor na posição vertical, salvo quando exigido por razões de processo.
Neste caso devem ser considerados os problemas decorrentes da retirada dos feixes.
10.2.5.7 Grupos de permutadores de calor, na posição horizontal, com diâmetros aproximadamente iguais, devem ter a
mesma elevação de linha de centro. No caso dos diâmetros serem muito diferentes, os permutadores devem ter suas
geratrizes inferiores na mesma elevação.
10.2.5.8 Os carretéis devem estar voltados para o mesmo lado e, preferencialmente, alinhados, e orientados para facilitar
a operação e a manutenção.
10.2.5.9 Recomendam-se distâncias mínimas de 1 m, na horizontal, entre costados de permutadores. A menor distância
recomendada entre o fundo do permutador e o piso é de 1,30 metros.
10.2.5.10 Devem ser previstos espaços adequados para a retirada dos feixes tubulares. A distância mínima requerida é de
1,50 m a mais do comprimento do feixe, na área em frente atampa do carretel. Acesso de veículos de levantamento de
carga deve ser considerado.
10.2.5.11 As tubulações, equipamentos e estruturas não devem impedir o acesso a qualquer um dos lados dos
permutadores e resfriadores a ar.
10.2.5.12 Resfriadores a ar podem ser localizados em estruturas aproveitadas para suportar outros equipamentos ou
sistemas. Preferencialmente, devem ser suportados em estruturas próprias com elevação próxima ao solo. A menor altura
do espaço livre embaixo do resfriador a ar deve ser igual ao raio do ventilador.
10.2.5.13 No arranjo de resfriadores a ar deve ser considerado o fluxo de ar quente sobre outros equipamentos e
plataformas de operação e, principalmente, sobre outros resfriadores a ar (recirculação).
10.2.5.14 Embaixo de resfriadores a ar não devem ser instalados equipamentos suscetíveis de vazamentos de
hidrocarbonetos (permutadores de calor, bombas, vasos, compressores, entre outros). Nos casos em que ocorre
impossibilidade de área disponível para atendimento a este requisito, devem ser tomadas medidas mitigadoras de riscos.
10.2.5.15 As estruturas de suportes de resfriadores a ar devem ser independentes das estruturas de casas de controle e
subestações elétricas. Essas estruturas de suportes devem ser rígidas o suficiente para evitar vibrações excessivas.
10.2.5.16 Os resfriadores a ar não devem ser localizados próximos a equipamentos com dissipação de calor.
10.2.5.18 Na localização de resfriadores a ar devem ser considerados os efeitos de vibração e ruído que normalmente são
produzidos por esses equipamentos.
10.2.5.19 No estudo de arranjo de resfriadores a ar devem ser previstas facilidades para retirada dos motores elétricos e
ventiladores, atentando para a posição relativa dos mesmos, no caso de ventilação forçada ou induzida.
10.2.5.20 Para resfriadores a ar, sujeitos a limpeza dos tubos com varetas, deve ser previsto espaço para esta
manutenção com instalação de plataformas provisórias ou, se justificado, de plataformas permanentes.
10.2.5.21 As distâncias mínimas recomendadas entre resfriadores a ar e outros equipamentos ou instalações estão no
Anexo A.
10.2.5.22 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13 da Portaria nº 3.214 de
08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho
10.2.6 Bombas
10.2.6.1 Como regra geral, as linhas de centro de um conjunto de bombas devem ser paralelas e seus acionadores devem
estar voltados para um mesmo lado, visando as facilidades de alimentação elétrica, coleta de vazamento e de acesso de
tubulações.
10.2.6.2 As bombas devem possuir fácil acesso para operação e manutenção, devendo ser prevista sua desmontagem,
quando necessária, por meio de veículos ou dispositivos de levantamento de carga.
10.2.6.4 As distâncias verticais e horizontais devem ser consideradas na localização das bombas tendo em vista os
valores do NPSH.
10.2.6.5 Como regra geral, as bombas são localizadas perto ou parcialmente embaixo das pontes de tubulação, com seus
bocais fora da projeção horizontal da estrutura e com seus acionadores voltados para dentro da ponte.
10.2.6.7 As bombas devem ser dispostas em grupos. O espaçamento recomendado entre os grupos é de 1,50 m ou de
2,50 m, conforme a disposição relativa dos grupos. (ver Figura 3).
10.2.6.8 Sugere-se que as Bombas de mesmo serviço devem estar no mesmo grupo, dispostas uma ao lado da outra.
10.2.6.9 Bombas para serviços com hidrocarbonetos e temperatura acima de 300ºC devem ser convenientemente
afastadas das demais.
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10.2.6.10 O espaçamento mínimo recomendado entre bombas é de 1 m quando não existirem conexões laterais; nesses
casos, o espaçamento recomendado é de 1,50 m medido em relação às conexões.
10.2.6.11 Preferencialmente, as elevações das linhas de centro de um mesmo grupo de bombas devem ser iguais.
10.2.6.12 As bombas de um mesmo grupo devem ser alinhadas pelas suas linhas de descarga.
10.2.6.13 O tipo e o porte das bombas e dos acionadores devem ser considerados na determinação de espaços para
manutenção e acesso de equipamento para levantamento de carga.
10.2.6.15 Como regra geral, as bombas devem ter bases individuais de concreto, com altura mínima de 0,25 m.
10.2.6.16 Para bombas de grande porte, considerações especiais devem ser feitas na previsão de espaço e acesso aos
seus sistemas auxiliares e acessórios de tubulação.
10.2.6.18 Para bombas e seus acionadores, recomenda-se um espaço livre mínimo acima deles de 2 m.
10.2.6.19 As distâncias mínimas recomendadas entre bombas de produtos inflamáveis, instaladas em áreas internas, e
outras instalações estão no Anexo A.
10.2.7.1 Para compressores e seus acionadores recomenda-se um espaço livre acima deles, no mínimo, de 2 m.
10.2.7.2 Compressores instalados em estruturas elevadas devem ter plataformas de operação e manutenção com
espaços e facilidades similares aos recomendados para Instalações ao nível do solo.
10.2.7.3 Recomenda-se que os compressores de grande porte sejam locados, preferencialmente, na mesma área de
operação e afastados de equipamentos de alto risco.
10.2.7.4 As tomadas de ar para compressores devem estar localizadas, preferencialmente, fora de prédios.
10.2.7.5 A tomada de ar para compressores deve ser feita em ambiente não contaminado por gases inflamáveis ou
corrosivos e sem concentração de poeira.
10.2.7.6 Compressores de grande porte devem ter suas fundações independentes entre si e de outras fundações
existentes na Unidade, inclusive do prédio onde eles são instalados.
10.2.7.7 As áreas adjacentes aos compressores devem prever fácil acesso para operação e manutenção, inclusive do
sistema de controle e instrumentação. Considerações especiais devem ser feitas para as peças de grande porte
desmontáveis, para os acionadores e todos os sistemas auxiliares.
10.2.7.8 O espaçamento mínimo recomendado entre carcaças de compressores de grande porte é de 1,80 m.
10.2.7.9 Quando compressores de gás forem instalados em abrigos, deve ser previsto que estas instalações sejam bem
ventiladas.
10.2.7.10 Trincheiras, canaletas e quaisquer depressões em geral devem ser evitadas nas áreas próximas à instalação de
compressores de gás.
10.2.7.11 Devem ser previstos acessos para combate a incêndio, no mínimo por dois lados, de compressores com
serviços de produtos inflamáveis.
10.2.7.12 Deve ser prevista a instalação de pontes rolantes para a área ou prédio de localização de compressores de
médio e grande porte.
10.2.7.13 Para compressores com menos de 150 kW de potência podem ser seguidas as mesmas recomendações
adotadas para bombas.
10.2.7.14 As distâncias mínimas recomendadas entre compressores de gás, incluindo seus periféricos, e outras
instalações estão no Anexo A.
Projeto 50:000.06-018 27
10.2.8 Turbinas a Vapor
10.2.8.1 Deve ser considerado, no estudo de localização de turbinas, o arranjo das tubulações de vapor a elas ligadas.
10.2.8.2 Tanto quanto possível, as turbinas localizadas em uma mesma região devem ser servidas por um mesmo tronco
de vapor.
10.2.8.3 Devem ser consideradas, no estudo de arranjo, as características das turbinas quanto à existência ou não de
sistemas de condensação.
10.2.8.5 Devem ser previstos espaços adequados para acesso às turbinas, tendo em vista a operação e manutenção.
10.2.8.6 Deve haver previsão de equipamentos de levantamento de cargas, fixos ou móveis, para turbinas de grande
porte.
10.2.9 Turbinas a Gás
10.2.9.1 Para arranjo de turbinas a gás, devem ser seguidas as orientações dos fabricantes do equipamento e da máquina
acionada.
10.2.9.3 Devem ser seguidas as orientações do item 5.2 relativo a níveis de ruído.
10.2.10 Dessalgadoras
10.2.10.1 As distâncias mínimas recomendadas entre dessalgadoras de petróleo e outras instalações estão no Anexo A.
10.2.10.2 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13 da Portaria nº 3.214 de
08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
10.3 Tubulações e Instrumentos
10.3.1 Como regra geral, dentro das áreas de processo, as tubulações são agrupadas em tubovias elevadas (pontes de
tubulação), construídas paralelamente às direções ortogonais de projeto. Essas pontes podem ser construídas para
passagens em vários níveis. Quando previsto tráfego de veículos, essas tubovias devem ter uma altura tal que permita um
arranjo de tubulação com espaços livres mínimos de 4,00 m de altura por 3,00 m de largura. Quando for previsto tráfego
somente de pessoas, a altura pode ser reduzida para 3,00 m e a largura para 1,50 m. Quando estiver previsto o trânsito de
equipamentos de movimentação ou elevação de cargas os espaços sob as tubovias devem ser adequados a esses
equipamentos. Permitem-se trechos de tubulação a pequena altura do piso, desde que não obstruam as vias de tráfego de
veículos e pessoas. Por razões de processo ou econômicas, permitem-se tubulações instaladas a grandes alturas
convenientemente suportadas, ligando diretamente equipamentos entre si.
10.3.3 Deve ser considerado no estudo de arranjo das Unidades o espaço para curvas de expansão, principalmente de
linhas com temperaturas acima de 200ºC e diâmetros maiores que 8 polegadas.
10.3.4 As linhas quentes, preferencialmente, devem ser localizadas nas margens das pontes de tubulações, de modo que
as curvas de expansão não ultrapassem os limites da ponte.
10.3.5 Tubulações nas áreas externas, com produtos inflamáveis, não devem ficar situadas ao longo dos limites das
Unidades, salvo se localizadas a uma distância mínima recomendada de 10 m.
10.3.7 Todos os componentes de tubulações devem ser acessíveis para inspeção, reparos e desmontagem.
10.3.8 As linhas verticais devem ser instaladas paralelas e próximas aos equipamentos ou estruturas e as linhas
horizontais em elevações adequadas e em direções ortogonais.
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10.3.9 Os arranjos de tubulações devem prever o acesso para operação, inspeção e manutenção de equipamentos e
instalações.
10.3.10 Recomenda-se que as válvulas sejam localizadas, de modo que possam ser operadas ao nível do piso, com
volantes na altura entre 0,75 m e 1,50 m.
10.3.11 As válvulas não podem ter suas hastes e volantes prejudicando o trânsito em áreas de circulação.
10.3.12 Válvulas operadas freqüentemente, instaladas em níveis elevados, devem ter acesso por plataformas.
10.3.13 Válvulas elevadas que não têm operação freqüente e que não sejam importantes nas emergências podem ser
operadas por correntes.
10.3.14 Válvulas até 1 1/2" podem ser manobradas por acesso através de escadas de marinheiro.
10.3.15 Toda tubulação de entrada ou saída da Unidade deve ter válvula de bloqueio de preferência próximo ao Limite de
Bateria. As válvulas devem ser montadas, preferencialmente, dentro dos Limites de Bateria.
10.3.16 Todos os instrumentos devem ser acessíveis e, tanto quanto possível, instalados com acesso pelo nível do solo;
caso contrário, devem ser acessíveis pelo nível das plataformas.
10.3.17 Podem ser previstas escadas verticais (escadas de marinheiro), para acesso aos instrumentos medidores de
nível, indicadores de pressão e temperatura e flanges de orifício,onde aplicável.
10.3.18 As válvulas de controle devem ser instaladas ao nível do solo, salvo por razões de processo, devendo, nesse
caso, ser instaladas com fácil acesso por plataformas.
10.3.19 As válvulas de alívio e de segurança, descarregando para a atmosfera, devem ser direcionadas de modo que o
produto descarregado não atinja equipamentos ou áreas de acesso. Para serviços com hidrocarbonetos, a descarga deve
ser feita, no mínimo, a 3,50 m acima destes locais em um raio de 13 m. Os critérios do API RP 521 devem ser
considerados; entretanto o bocal de descarga dos gases deve distar, no mínimo, 35 m de fontes de ignição (p. ex: fornos e
caldeiras) e de tomadas de ar para condicionamento.
10.3.20 Devem ser previstos espaços suficientes e facilidades para remoção de válvulas de controle, de segurança e de
alívio de grande porte.
10.3.21 Recomenda-se que as válvulas de segurança sejam acessíveis, por plataformas permanentes, para manutenção.
10.3.22 Instrumentos que necessitam de leitura devem ser instalados em uma altura adequada do solo ou da plataforma.
10.3.23 Analisadores, quando localizados fora das casas de controle, devem ser instalados em abrigos próprios de acordo
com a especificação para cada equipamento em particular. Sempre que possível, devem ser centralizados em um abrigo
único.
10.4 Instalações Diversas
10.4.1 Quando forem utilizados sistemas subterrâneos de distribuição elétrica, estes devem ser construídos com
eletrodutos em envelopes de concreto:
a) com caixas de enfiação (“Pull Point”) acima do solo, em áreas classificadas ou que possam tornar-se
classificadas;
b) com caixas de visita (“Manhole”), em áreas não classificadas e que não possam tornar-se classificadas.
10.4.2 Nos estudos de arranjo devem ser reservadas faixas de terrenos para localização dos envelopes de concreto,
conjuntos de caixas de enfiação (“Pull-Point”) e caixas de visita (“Manhole”).
10.4.3 As recomendações de afastamentos e acessos para motores elétricos são as mesmas feitas para os equipamentos
que eles acionam.
10.4.4 Como regra geral, os equipamentos sujeitos a desmontagem devem ter um espaço livre acima deles conforme
recomendado pelos fabricantes.
10.4.5 Recomenda-se que turbinas a gás e motores de combustão interna fiquem a uma distância adequada de outros
equipamentos com serviço de hidrocarbonetos, exceto para os equipamentos que eles acionam.
10.4.6 Todos os equipamentos e instrumentos ligados a tubulações devem ser arranjados de forma que os mesmos
possam ser desmontados para inspeção e manutenção com o mínimo de interferência ou desmontagem dos componentes
das tubulações.
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10.4.7 Os hidrantes devem ficar afastados de estruturas e equipamentos de modo a não dificultar as manobras para
conexão das mangueiras.
10.4.8 Plataformas usadas por operadores mais de uma vez por turno devem ter acesso por escadas inclinadas; em caso
contrário, podem ser usadas escadas de marinheiro.
10.4.9 É recomendável que plataformas tenham dois acessos independentes e posicionados em lugar seguro.
10.4.10 As dimensões mínimas da Tabela 7 (largura e comprimento) são recomendadas para plataformas de operação.
10.4.11 A distância recomendada entre o piso da plataforma e a linha de centro da boca de visita é de 1 m.
10.4.12 A altura livre recomendada entre plataformas ou entre o solo e a plataforma é, no mínimo, de 2,10 m mais o
espaço a ser ocupado por luminárias, quando for o caso.
10.4.13 Os pisos nas proximidades dos equipamentos devem ser de concreto e as áreas de acesso a veículos devem ter
pavimentação de paralelepípedos ou concreto. As áreas livres, próximas aos limites da Unidade, devem ser limpas, sem
vegetação, compactadas e com revestimento de brita na superfície.
10.4.14 Ao redor de equipamentos que possam ter vazamentos freqüentes, devem ser construídas muretas de altura
máxima de 0,10 m, com o piso interno convenientemente inclinado para drenos selados.
10.4.16 A rede de drenagem deve ser enterrada. Todos os drenos devem ser selados, exceto para as áreas livres e
isentas de contaminação de hidrocarbonetos.
10.4.17 Em locais adequados, devem ser previstas estações de serviço (vapor, água e ar) usualmente com conexões de
3/4" de diâmetro, com engates rápidos e dispostos um ao lado do outro, afastados 0,20 m.
10.4.18 As estações de serviço são localizadas para acesso ao nível do solo, de modo que as áreas próximaspossam ser
atendidas. Em locais elevados, elas devem ser instaladas nas plataformas.
10.4.19 Muros corta-fogo devem ser evitados dentro de Unidades de Processo, exceto para o caso do item 12.4.6.
10.4.20 Estruturas permanentes para movimentação de cargas devem ser evitadas. Preferencialmente, devem ser
utilizados equipamentos móveis e acessos adequados.
10.4.21 Para fixação dos equipamentos nas suas bases, deve ser prevista uma altura de 0,025 m para massa de
enchimento ("grout") acima da base. Para torres e vasos com diâmetros maiores que 4,50 m, a altura deve ser de 0,04 m.
10.4.22 Estruturas metálicas nas áreas internas para suportes de equipamentos devem atender às normas para
revestimento de proteção contra fogo ("fireproofing").
10 Unidades de Utilidades
11.1 Geral
11.1.1 As Unidades de Utilidades são instalações compostas de, pelo menos, um dos seguintes sistemas:
11.1.2 As Instalações de utilidades, com exceção da subestação de entrada, da captação e adução de água e do
tratamento de efluentes, devem ser localizadas próximas entre si, podendo ficar em quadras separadas ou integradas.
11.1.3 Os afastamentos das diversas Instalações de utilidades em relação às unidades de processo e parques de tanques
devem ser determinados de modo que suas áreas estejam livres de contaminação por produtos inflamáveis ou explosivos
e seguros contra danos devido a incêndios ou explosões de Instalações vizinhas.
11.1.4 As previsões para expansões devem ser consideradas de modo que cada unidade possa ser preferencialmente
ampliada em quadra integrada e projetada em módulos.
11.1.5 As Unidades de Utilidades devem ter fácil acesso e áreas compatíveis para manutenção e movimentação de
equipamentos.
11.1.6 Como regra geral, as Unidades de Utilidades devem ser instaladas em quadras separadas.
11.1.7 As Unidades de Utilidades devem ter um arranjo de modo que sejam servidas pelas mesmas tubovias e pontes de
tubulações principais.
11.1.8 As distâncias mínimas recomendadas entre os Limites de Bateria das Unidades de Utilidades e outras Instalações
estão no Anexo A. As distâncias referidas aos limites de bateria podem ser contadas a partir dos equipamentos e
tubulações quando estas já forem conhecidas.
11.1.9 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-12 da Portaria nº 3.214 de 08
de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
a) localização das áreas principais de operação (turbogeradores e queimadores dos geradores de vapor) em
um mesmo piso de operação;
b) possibilidade de acesso rápido e seguro aos vários pisos e locais de operação;
c) facilidade para futuras ampliações;
d) aproveitamento máximo das pontes rolantes;
e) facilidades para manutenção;
f) proximidade máxima das várias áreas de operação.
11.2.3 A localização dos geradores de vapor deve permitir uma fácil conexão das tubulações da central termoelétrica com
a tubovia de acesso às Unidades de Processo e com os turbogeradores.
11.2.4 A disposição das diversas áreas no prédio da central termoelétrica pode ser feita em pisos de elevações diferentes.
11.2.5 Os painéis elétricos devem ser localizados dentro do prédio, em área destacada para tal, e quando utilizados
transformadores a óleo, estes devem ser localizados fora do prédio.
11.2.6 Os turbo geradores devem ser em prédios fechados, e devem ser previstas facilidades para sua retirada através de
ponte rolante.
11.2.7 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13 da Portaria nº 3.214 de 08
de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
11.3 Geração de Ar Comprimido
11.3.2 A tomada de ar para os compressores deve ser conforme os itens 10.2.7.4 e 10.2.7.5.
Projeto 50:000.06-018 31
11.3.3 Em vista do projeto de Planta de Arranjo, deve ser consultada a norma NB-222 - Segurança de Instalações de
Ar Comprimido.
11.3.4 As distâncias mínimas recomendadas entre compressores de ar e outras Instalações estão no Anexo A.
11.3.5 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13 da Portaria nº 3.214 de 08
de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
11.4 Tratamento de Efluentes
11.4.1 Os esgotos sanitário, oleoso, contaminado e químico são tratados separadamente, em Instalações próprias.
11.4.2 Quando forem utilizados sistemas subterrâneos de distribuição elétrica, devem ser reservadas áreas adjacentes às
subestações para os envelopes elétricos e os conjuntos de caixas de enfiação (“Pull-Point”).
11.4.3 As estações de tratamento de esgoto devem ser localizadas de modo que o sentido dos ventos predominantes seja
contrário às Unidades e Instalações de apoio e concentrações de pessoas..
11.4.4 As distâncias mínimas recomendadas entre separadores de água e óleo e outras Instalações estão no Anexo A.
11.4.5 Devem ser previstas áreas adequadas para tratamento e disposição temporária de resíduos sólidos e líquidos.
(separar do item)
11.5.1 Usualmente, a captação de água é feita fora dos limites do terreno da Refinaria. Nesses casos, deve haver um
tratamento à parte para os projetos de arranjo, locação e situação dessa instalação.
11.5.2 Recomenda-se que o trecho de adutoras nos terrenos da refinaria seja aéreo e preferencialmente localizado nas
tubovias.
11.5.3 Os reservatórios de água bruta devem ser localizados em um greide superior ao da unidade de tratamento de água,
de modo que a transferência seja feita por gravidade.
11.5.4 Nas proximidades do reservatório, deve ser prevista uma área adequada para acesso e limpeza de lama
depositada no mesmo.
11.5.5 A unidade de captação de água do mar ou de rios deve ser projetada de modo direto, através de canais de tomada
de água. Quando através de barragens ou do subsolo, a tomada deve ser feita por tubulação.
11.6 Tratamento de água
11.6.1 O sistema de tratamento de água é composto de instalações que podem visar obter os seguintes produtos:
a) água de resfriamento;
b) água industrial;
c) água potável;
d) água para geração de vapor;
e) água de resfriamento de máquina.
11.6.2 As instalações de cloração devem ser projetadas em vista dos critérios de segurança próprios para essas
instalações, em locais bem ventilados e com diques de proteção para os recipientes de cloro ou hipoclorito.
11.6.3 As instalações de tratamento de água devem ter acesso para transporte de produtos químicos.
11.6.4 Recomenda-se que a água potável seja armazenada em reservatório elevado para distribuição por gravidade.
11.6.5 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13 da Portaria nº 3.214 de 08
de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
11.7 Água de Resfriamento
11.7.1 Para localização das torres de resfriamento as seguintes considerações devem ser observadas:
32 Projeto 50:000.06-018
a) o arranjo deve prever que não haja restrições aos fluxos de ar para as torres;
b) os afastamentos às Instalações vizinhas, em função das direções dos ventos predominantes, devem ser
adequados, em vista da água de arraste e neblina causadas pelas descargas de ar das torres;
c) fácil acesso e adequada área para manutenção devem ser previstos por todos os lados das torres;
d) equipamentos que irradiam calor devem ficar afastados das torres;
e) a disposição relativa e os afastamentos entre torres devem levar em consideração as direções dos ventos
predominantes de modo a minimizar os efeitos da contaminação do ar de entrada de uma torre pelos
vapores de descarga de outras (recirculação). Em geral, são mais convenientes as disposições em linha,
com os lados menores adjacentes e a direção dos ventos predominantes perpendicular aos lados maiores;
f) o arranjo inicial das torres deve levar em consideração as previsões para ampliações, de modo que as
construções de novas torres não causem problemas de recirculação;
g) as torres de resfriamento devem possuir nas proximidades uma atmosfera livre de poluição por agentes
corrosivos, fuligem, poeira e vapores;
h) a localização de torres deve considerar as vantagens de proximidade com as Unidades consumidoras de
água de resfriamento, em vista do custo das tubulações, geralmente de grandes diâmetros, e de
bombeamento;
i) as Instalações de bombeamento devem ser localizadas próximas das torres.
11.7.2 As distâncias mínimas recomendadas entre torres de resfriamento e outras Instalações estão no Anexo A.
11.8.1 As bombas de água para combate a incêndio devem ser localizadas em ambientes bem ventilados, principalmente
quando forem acionadas por motores de combustão interna.
11.8.2 As bombas de água para combate a incêndio devem ficar próximas do reservatório d'água, em área segura e com
fácil acesso.
11.8.3 As bombas de água para combate a incêndio devem ser localizadas em áreas seguras contra incêndio ou
contaminações de produtos inflamáveis ou explosivos provenientes de Instalações vizinhas.
11.8.4 As distâncias mínimas recomendadas entre bombas de água para combate a incêndio e outras Instalações estão
no Anexo A.
11.8.5 Como regra geral, o reservatório de água bruta pode ser também o depósito de água para combate a incêndio.
Nesse caso, a tomada para a bomba de combate a incêndio deve estar em um nível mais baixo de forma que que não haja
possibilidade de que outras tomadas escoem a reserva mínima para incêndio.
11.9.1 A Unidade de óleo combustível deve ter a capacidade de armazenar e bombear o óleo combustível para consumo
nos geradores de vapor e nos fornos das Unidades de Processo.
11.10 Subestação de Entrada
11.10.1 Deve ser localizada o mais próximo possível do limite da Refinaria, nas proximidades da linha de transmissão da
concessionária, a fim de evitar ou reduzir a faixa de servidão. Deve ainda permitir fácil interligação com a central
termoelétrica.
11.10.3 São recomendadas as distâncias mínimas constantes do Anexo A, entre subestações de entrada e outras
Instalações.
11.10.4 A linha de transmissão da concessionária deve entrar na subestação principal, sempre que possível,
perpendicularmente ao pórtico de entrada.. Caso isto não seja possível, deve-se seguir a recomendação da concessionária
e, caso não exista esta recomendação, adotar um ângulo de no máximo 7,5 graus.
11 Instalações Complementares
Devem ser consideradas as orientações constantes das Normas Regulamentadoras NR-12 e NR-23 da Portaria nº 3.214
de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho e as legislações ambientais aplicáveis a nível local.
.
12.1 Estações de Carregamento de Produtos Líquidos
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12.1.1 O acesso às Instalações de carregamento deve ser feito de modo que os caminhões ou trens não passem pela
área industrial da Refinaria e área dos prédios administrativos.
12.1.2 A existência de carregamento ferroviário é um fator importante no estudo da Planta de Arranjo e pode condicionar
todo o projeto e até influir na escolha do terreno da Refinaria.
12.1.3 A área, o leito e outros fatores da ferrovia internos à refinaria devem ser projetados em consonância com as
exigências da companhia ferroviária que serve à região.
12.1.4 Quando houver previsão para carregamento ferroviário, considerações especiais devem ser feitas quanto às áreas
necessárias, trânsito, acesso, raios de curvaturas e inclinação do terreno para construção da ferrovia.
12.1.5 A menor distância recomendada entre a estrada de ferro e um equipamento com serviço de produtos inflamáveis é
de 50 m.
12.1.6 Na localização de Instalações vizinhas à ferrovia devem ser considerados os efeitos dos ruídos e da trepidação.
12.1.7 A ferrovia não pode interromper as vias de circulação com acesso às unidades industriais.
12.1.9 Deve ser previsto um pátio para estacionamento de caminhões e outro para trens, independentes entre si.
12.1.11 O projeto deve prever um trânsito ordenado e recomenda-se que haja somente um portão para entrada e saída de
caminhões. O acesso ferroviário deve ser independente.
12.1.12 Cada plataforma deve ser abastecedora de um produto de mesma natureza. As plataformas devem ser agrupadas
em função do produto.
12.1.13 O piso das estações de carregamento deve ser pavimentado, com previsão de drenagem oleosa.
12.1.14 O menor espaço livre recomendado na vertical, entre o piso da estrada de ferro e qualquer obstáculo, é de 7 m.
12.1.15 As balanças para pesar caminhões devem ser localizadas próximas do posto de controle e de modo a não
prejudicar o trânsito nas ruas principais. A localização deve ser feita em trecho reto e as curvas devem distar da balança,
no mínimo, 20 m.
12.1.16 As estações devem ser localizadas em uma mesma área, tanto quanto possível, próximas das bombas de
transferência dos produtos e em local suficientemente seguro em relação aos parques de tanques e Unidades de
Processo.
12.1.17 Recomenda-se que estações de carregamento de GLP fiquem afastadas das outras estações, em áreas bem
ventiladas, com piso pavimentado e sem depressões. Na sua localização deve ser considerado o sentido dos ventos
predominantes de modo a não contaminar outras Instalações.
12.1.18 Recomenda-se que as estações de carregamento fiquem afastadas, no mínimo, 60 m de qualquer equipamento
de Instalações vizinhas que contenha produtos inflamáveis.
12.1.19 As distâncias mínimas constantes do Anexo A, entre estações de carregamento e outras Instalações, são
recomendadas.
Nota: Recomenda-se aumentar estas distâncias de 20 m para as estações de carregamento de GLP (Ver Tabela no
Anexo A desta Norma).
12.2.2 Para localização das casas de controle devem ser considerados os efeitos das vibrações e ruídos das Instalações
vizinhas, que não devem afetá-las.
12.2.4 No projeto das casas de controle deve ser previsto portão para acesso dos equipamentos (painéis). As portas para
operadores devem ter largura mínima de 1,20 m, abrindo para o exterior e devem ser, no mínimo, em número de duas, de
preferência em faces opostas do prédio.
12.2.5 No estudo de arranjo das casas de controle deve ser prevista área para ampliações.
34 Projeto 50:000.06-018
12.2.6 Espaços junto às casas de controle devem ser previstos para a passagem subterrânea dos dutos dos diversos
sistemas.
12.2.7 As casas de controle devem ter fácil acesso para os operadores e para manutenção.
12.2.8 A direção dos ventos, localização de fornos e de chaminés são aspectos que devem ser considerados na escolha
de localização das casas de controle.
12.2.10 As casas de controle devem ter a sua menor dimensão voltada para a zona de onde poderia vir uma onda de
choque devido a explosão e de preferência não devem ter portas ou aberturas na face voltada para a citada zona;
12.2.11 As casas de controle devem ser projetadas para resistir ao impacto de onda de choque conforme cálculo baseado
em análise de riscos;
12.2.12 As portas de acesso a casa de controle devem ser ou nas faces laterais, ou oposta à zona onde possa ocorrer
uma onda de choque.
12.3.1 As casas de controle locais têm por finalidade abrigar os equipamentos de interface de controle do processo.
12.3.2 As casas de controle locais não precisam ter supervisão visual das instalações.
12.3.3 Na localização da casa de controle local deve ser selecionada a região mais segura da área de processo e, desde
que economicamente justificável, deve-se procurar localizá-la em áreas não classificadas.
12.3.4 As tomadas de ar para pressurização devem ser localizadas em uma atmosfera livre de gases inflamáveis e/ou
explosivos. Os afastamentos da Tabela 8 são recomendados.
Notas: 1) Estudos especiais devem ser elaborados para a localização de tomadas de ar, quando nas proximidades
houver probabilidade de contaminação do ambiente por gases tóxicos (ver 1.3 e 12.12.4 ).
2) Deve ser considerada a direção dos ventos predominantes de modo que os gases provenientes de Instalações
vizinhas não sejam carregados no sentido das tomadas de ar.
12.3.5 Recomenda-se que as casas de controle locais fiquem no mínimo a 15 m de distância de equipamentos de
processo.
12.3.7 Os itens 12.2.2, 12.2.4, 12.2.5, 12.2.6, 12.2.7, 12.2.8 e 12.2.9 aplicam-se à casa de controle local.
12.4 Subestações Elétricas
12.4.1 As subestações devem ser localizadas próximas aos seus centros de cargas.
12.4.2 As subestações, tanto quanto possível, devem ser localizadas fora das áreas classificadas.
Projeto 50:000.06-018 35
12.4.3 Devem ser previstas vias de acesso para veículos visando a remoção de equipamentos das subestações.
12.4.4 Se o sistema for subterrâneo devem ser reservadas áreas adjacentes às subestações para passagem subterrânea
de cabos elétricos e caixas de passagem ("Pull Point").
12.4.5 Os painéis de força, transformadores e painéis de iluminação da subestação, carregadores de baterias, chaves
seccionadoras a SF6, caixas de blocos terminais e conversores de freqüência devem ser instalados no interior do prédio,
enquanto que os transformadores de potência a óleo e resistores de aterramento devem ser instalados em área externa
adjacente ao prédio, protegida por cerca.
12.4.6 Os transformadores de potência a óleo devem ser separados por muros corta-fogo.
12.4.7 Subestações em áreas classificadas e ao tempo somente devem ser construídas nos casos em que tal solução for
economicamente justificável, considerando os aspectos de instalação, manutenção e operação, quando comparada com
os custos de construção e pressurização do prédio.
12.4.10 Recomenda-se que o piso do prédio da subestação fique pelo menos 1 m acima do nível do terreno em volta da
subestação.
12.4.11 Os equipamentos devem ser localizados de maneira a evitar qualquer interferência em caso de remoção.
12.4.12 A entrada de energia nas subestações das unidades deve ser, preferencialmente, por cabo subterrâneo. Quando a
linha de alimentação for aérea, deve ser projetada estrutura de transição com pára-raios, chave seccionadora seca e mufla
12.4.13 Recomenda-se que as subestações de unidades distem, no mínimo, 10 m dos equipamentos de processo (Ver
Tabela do Anexo A desta Norma.)
12. 4.14 As casas de controle devem ter a sua menor dimensão voltada para a zona de onde poderia vir uma onda de
choque devido a explosão e de preferência não devem ter portas ou aberturas na face voltada para a citada zona;
12. 4.15 As casas de controle devem ser projetadas para resistir ao impacto de onda de choque conforme cálculo baseado
em análise de riscos;
12.4.16 As portas de acesso a casa de controle devem ser ou nas faces laterais, ou oposta à zona onde possa ocorrer
uma onda de choque.
12.5.1 As estações de bombas de transferência de petróleo e derivados devem ficar próximas aos parques de tanques
correspondentes, fora das bacias.
12.5.2 Como regra geral, as estações de bombas ficam próximas das tubovias principais.
12.5.5 Bombas que servem a produtos diferentes podem ser localizadas na mesma estação, desde que as condições dos
arranjos mostrem ser uma solução econômica.
12.5.6 As bombas são dispostas de acordo com o item 10.2.6.1, sem necessidade de abrigo.
12.5.7 Cada estação de bombas deve ter um projeto de drenagem independente das áreas vizinhas.
12.5.9 As distâncias e greides das estações devem estar adequadas, em relação aos tanques, em vista das condições de
sucção.
12.5.10 Usualmente, cada estação é alimentada por uma subestação elétrica própria. Deve ser avaliada a necessidade de
uma casa de operadores de campo.
36 Projeto 50:000.06-018
12.6.1 O armazenamento e preparo de solução de soda cáustica para tratamento de produtos é feito em uma instalação
própria.
12.6.2 A unidade de soda cáustica tem a finalidade de receber, diluir, armazenar e expedir soda cáustica diluída para a
Unidade de Tratamento de Produtos. A soda cáustica pode ser recebida em tambores ou em caminhões-tanque.
12.6.3 A área de instalação da Unidade de Soda Cáustica deve ter acesso a veículos de transporte e ser localizada de
forma adequada a expedir para as Unidades que fazem tratamento cáustico.
12.6.4 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13 da Portaria nº 3.214 de 08
de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
12.7.1 As Unidades de Recuperação de Enxofre devem ser localizadas, preferencialmente, nas quadras das Unidades
Produtoras de Gás Sulfídrico.
12.7.2 As piscinas de solidificação do produto, quando existentes, o pátio de armazenamento e a expedição de enxofre,
devem ficar afastadas das Unidades de Processo e podem ser localizadas na área das estações de carregamento de
produtos líquidos. A localização deve considerar a logística do movimento rodoviário ou ferroviário, procurando minimizar o
percurso e o tempo de residência dos caminhões/vagões entre os limites da refinaria. Devem ser consideradas as
recomendações do item 12.1.
12.7.3 Devem ser consideradas as orientações constantes da Norma Regulamentadora NR-13 da Portaria nº 3.214 de
08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
12.8.1 As áreas de armazenamento e expedição de coque de petróleo devem ficar o mais próximo possível dos limites da
refinaria, de modo a minimizar o trajeto e tempo de permanência dos veículos ou vagões ferroviários em terreno da
refinaria.
12.8.2 Deve ser considerada área suficiente para abrigar uma casa de faturamento, balança para pesar caminhões ou
vagões e, principalmente, área adequada para o pátio de armazenamento de coque.
12.8.3 Cuidados especiais devem ser tomados com relação à altura da pilha de coque, com os sistemas de redução de
poeira do coque e traçado para movimentação de coque por correia transportadora. A mesma recomendação é aplicável
para as máquinas que manuseiam o coque (retomadoras, silos etc.). Também devem ser considerados os cuidados
relacionados com a contaminação de lençóis freáticos (drenagem exclusiva) e fundações da pilha de coque.
12.8.4 Na área de estacionamento de caminhões deve haver espaço destinado ao enlonamento da carga de coque. Neste
local deve ser instalada estrutura para importação de cinto de segurança que garanta ao executante do enlonamento
segurança contra quedas ao executar este serviço.
12.8.5 As drenagens das áreas de manuseio, carregamento e estocagem de coque devem ser dirigidas para piscinas de
decantação de coque, piscinas estas providas de cortina na saída de água. A cortina pode ser de concreto armado ou aço
e se destina a evitar o arraste de ultrafinos de coque na forma de espuma.
12.8.6 As áreas de estocagem de coque devem ser protegidas contra o arraste de finos de coque pelo vento para a
vizinhança. Pode-se utilizar galpão fechado, muro ou cerca de contenção e cercas vivas. As cercas vivas são constituídas
de árvores plantadas em três fileiras, sendo a primeira de árvores de porte alto, a segunda de porte médio e a terceira de
porte baixo. A primeira fileira deve ficar voltada para o lado externo.
12.8.7 Devem ser seguidas as seguintes orientações gerais para as unidades de coqueamento retardado
b) Os sistemas ou unidades de tratamento (DEA, MEROX e Águas Ácidas) requeridos para os produtos oriundos dos
gases coqueados devem ficar, preferencialmente, na mesma quadra da unidade de coque (ver 10.1.10 e 10.1.11);
c) Os tambores de coque devem ser localizados em linha, próximo aos fornos de carga, em estrutura adjacente ao pátio
de descoqueamento e piscina de recuperação de água.
d) O pátio de descoqueamento deve estar próximo a um limite de bateria da unidade, de forma que a ponte rolante possa
transferir o coque para o sistema de movimentação de sólidos, que o transportará até o pátio de armazenamento de
coque.
12.9.1 Além do fornecimento através das estações de carregamento, os produtos são entregues em um terminal (Ponto A)
adequado para conexão de tubulações de terceiros.
12.9.2 A área reservada para esse terminal deve ficar localizada próxima ao Limite de Propriedade, em local adequado em
vista das Instalações de bases de provimento de terceiros.
12.9.4 Quando a estação de bombeamento de oleodutos ou gasodutos está localizada na Refinaria, os trechos das linhas
dentro dos Limites de Propriedade devem ser aéreos.
12.9.5 Na localização da estação de medição de produtos, constituída dos instrumentos e casa de operadores, deve ser
prevista área adequada para os provadores.
12.10.1 O terminal de oleoduto de petróleo que abastece a refinaria deve ficar localizado perto do parque de tanques de
petróleo.
12.10.2 Deve ser previsto acesso e espaço adequado para operação, inspeção e manutenção do terminal.
12.11 Instalações de Apoio
12.11.1 Deve-se prever áreas adequadas às Instalações de apoio que compreendem as oficinas de manutenção,
almoxarifado, laboratório, parque de estacionamento de veículos, posto médico, guarita de entrada, prédio da segurança
industrial, garagem, restaurante, prédios administrativos, facilidades para empresas contratadas e outros.
12.11.2 As Instalações de apoio são separadas das áreas industriais e devem ser localizadas em áreas seguras.
12.11.3 Como regra geral, as Instalações de apoio devem ficar na periferia do conjunto industrial e agrupadas em um
mesmo local, de modo que as distâncias entre elas não sejam grandes.
12.11.4 As oficinas de manutenção, prédio de segurança industrial e laboratório devem ficar em locais mais próximos às
Unidades de Processo.
12.11.6 Na determinação da área para almoxarifados deve ser previsto o "almoxarifado a céu aberto".
12.11.7 É conveniente reservar uma área para as instalações destinadas às empresas prestadoras de serviço, que atuem
em grandes paradas de manutenção ou na implantação de empreendimentos de ampliação da refinaria. Esta área deve
ser tal que minimize os deslocamentos dos funcionários das contratadas entre as áreas onde serão realizados os trabalhos
e esta área.
12.11.8 Caso seja imprescindível a implantação de heliponto, devem ser seguidas, no mínimo, as seguintes legislações,
para atendimento ao DAC (Departamento de Aviação Civil):
12.11.9 Nas refinarias, que estejam às margens de corpos hídricos tais como rios, lagos e mar, nas quais for previsto ou
definida a instalação de CDA (Centro de Defesa Ambiental), com o objetivo de abrigar equipamentos de emergência para
controle de vazamentos e outros acidentes que possam causar danos ambientais e antrópicos, devem ser consideradas as
seguintes recomendações:
a) O CDA deve estar estrategicamente localizado, afastado de unidades de processo e próximo dos corpos
hídricos, se for o caso, para facilitar o lançamento de defensas;
38 Projeto 50:000.06-018
b) O CDA deve ter acesso por, no mínimo, três ruas; sendo uma delas, necessariamente, para propiciar acesso
externo da refinaria;
c) O CDA também deve ser dotado de sala de reuniões de combate à emergência, sala para instalação
provisória do sistema supervisório e de controle distribuído, sala de atendimento à imprensa e organizações
diversas, sala para centro de emergência médica, e de depósito de materiais e ferramentas de combate a
emergências.
12.11.10 Sendo possível, o heliponto e o CDA devem estar localizados próximos um ao outro, para funcionarem
conjuntamente em uma emergência.
12.11.12 As distâncias mínimas recomendadas entre as Instalações de apoio e outras Instalações estão no Anexo NBR
12.12 Miscelânea
12.12.1 Os prédios de Instalações industriais devem ser construídos próximos às ruas ou acesso, de modo a facilitar os
serviços de manutenção e o combate a incêndio.
12.12.2 Preferencialmente as instalações industriais são ao tempo. Entretanto, os seguintes fatores podem determinar o
uso de construções fechadas, total ou parcialmente, a fim de proteger os operadores e equipamentos das intempéries ou
por motivos ditadas pela segurança:
Notas: 1) Nesses casos deve ser verificada a conveniência do uso de muros corta-fogo em vez de prédios.
2) Instalações com manuseio de produtos inflamáveis ou explosivos abrigados em prédios devem ter as seguintes
precauções:
- sistemas de ventilação de modo a manter misturas gás-ar abaixo dos limites de explosividade;
- sistemas de drenagem com rápido escoamento de líquidos eventualmente despejados na área;
- sistemas automáticos de combate a incêndios,tais como aspersores de água, sistemas de espuma e de gás
inerte.
12.12.3 Equipamentos e Instalações industriais devem ter uma distância mínima dos limites de propriedade conforme as
recomendações constantes nesta Norma. Para os casos omissos, a distância mínima recomendada é de 10 m, salvo para
instalações enterradas, postes de iluminação, redes elétricas, canaletas de drenagem e ruas, para as quais não há
restrições (ver 12.12.8).
12.12.4 Os projetos de unidades devem ter a Planta de Segurança, elaborada a partir da Planta de Arranjo, contendo,
entre outros, os seguintes tópicos:
extintores de incêndio (portáteis e sobre rodas);
a) botoeiras de alarme de incêndio;
b) dispositivos de alarme sonoro;
c) placas educativas;
d) telefones de emergência;
e) pára-raios;
f) caixas de DPI e EPC;
g) chuveiros e lava-olhos de segurança;
h) detectores de incêndio (calor, fumaça e chama);
i) detectores de gases (inflamáveis e tóxicos);
j) hidrantes;
k) canhões monitores fixos de água e espuma;
l) armários de incêndio (abrigos de mangueiras, etc);
m) válvulas de bloqueio da rede de combate a incêndio;
n) bombas de combate a incêndio;
o) tubulação de água de incêndio (anel de incêndio);
p) tubulação de LGE;
q) unidade de LGE;
r) câmaras de espuma;
s) bacia de contenção de parques de esferas de GLP;
t) rede de água de injeção em esferas;
u) rotas de fuga.
v) Instrumentos que emitam radiação ionizante.
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12.12.5 Quando linhas aéreas de energia elétrica de terceiros atravessarem o terreno da Refinaria, devem ser previstas as
faixas de domínio correspondentes.
12.12.6 Em vista do projeto de Plantas de Arranjo, deve ser consultada a norma NBR-14039.
12.12.7 Qualquer estrutura ou equipamento tem que ficar, no mínimo, a uma distância igual a sua altura, do limite de
propriedade.
12.12.8 No estudo de Plantas de Arranjo deve ser considerada a existência de Instalações vizinhas do terreno que podem
poluir ou afetar a segurança da refinaria.
12.12.9 O terreno da refinaria deve ser cercado convenientemente nos limites de propriedade de forma a não permitir
qualquer tipo de acesso por animais e pessoas não autorizadas à rotina da refinaria.
12.12.10 Qualquer cerca deve ficar afastada dos limites de Unidades de Processo e de diques de bacias de tanques e
localizadas de forma a não dificultar a fuga de operadores e o combate a incêndio. Portões de saída de emergência devem
ser previstos.
12.12.11 Devem ser previstos locais adequados para os arranjos destinados às instalações de recebimento, manutenção e
armazenamento de recipiente para gases comprimidos, bem como às instalações de para manuseio e preservação de
hidrogênio, acetileno, gás carbônico, cloro, oxigênio, nitrogênio e amoníaco, engarrafados sob pressão. Devem ser
consideradas as orientações dos fabricantes/fornecedores, além da legislação local aplicável, NBR-12176, NBR-13429 e
NBR-12274 e as boas práticas de engenharia.
12.12.12 O resumo das distâncias mínimas recomendadas entre Instalações encontra-se no Anexo A.
____________
40 Projeto 50:000.06-018
Anexo A – Tabela
A a)
B b) b)
C 100 b) 60
D 80 b) 100
E e) b), e) 90 e) e)
F 80 b) 100 40 100
G 80 b) 90 80 e) 50
H b) 100 30 e) 40
I 70 b) 100 100 35 80
J 50 b) 80 30 70 80 50 40 50
K 70 60 c) 100 50 e) 100 50 60 70
L 20 8
M l) 15 15 g)
N 40 b) 100 40 60 40 30 35 40 50 10
O 15 15 g) j)
P 15 15 4 3,5
Q b) 10 e) 50 10 10 10 10 10
R 35 40 10 8 8 10 1,8
S 15 15 5 3 5 10 8 k)
T 20 20 3 8 10 10 5 2
U 30 b) 40 70 35 30 40 50 70 30 10 1,8
V 70 b) 80 35 35 35 70 90
W 50 80 50 90 15 35 50 80 50
X 50 80 30 70 10 30 40 60 25
Y 60 80 60 35 40 60
Z 80 80 35 30 50 30
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
NOTAS:
a) Ver 10.1.13;
b) Ver NBR 7505;
c) Ver também NBR 7505 - Usar o maior valor;
d) Ver 9.1.2 - Usar a maior dimensão;
e) Ver 8.2;
f) Ver 12.2.6;
g) Ver 10.2.3.8 e 10.2.4.3;
h) Bombas com produtos inflamáveis em áreas internas;
i) Subestações de Unidades de Processo - Ver 12.4.13;
j) Ver 10.2.5.9;
k) Ver 10.2.6.7 e 10.2.6.10;
l) Ver 12.11.7 e 12.11.3.
Unidade de Processo A
Tanque B
Projeto 50:000.06-018 41
Tochas d) C
Limite de Propriedades D
Armazenamento de GLP E
Bomba de Incêndio F
S.A.O. G
Casa de Controle Local f) H
Instalação de Apoio I
Estação de Carregamento J
Carregamento de GLP K
Fornos L
Torres e Vasos M
Torre de Resfriamento N
Permutador de Calor O
Resfriador a Ar P
Subestação i) Q
Compressor de Gás e) R
Bomba de Processo h) S
Dessalgadora T
Compressor de Ar U
Subestação Principal V
Termoelétrica/Ger.Vapor W
Tratamento d'Água X
Captação d'Água Y
Reserv. d'Água contra Incêndio Z
Anexo B: Figuras
42 Projeto 50:000.06-018
Projeto 50:000.06-018 43
Anexo C - Índice
44 Projeto 50:000.06-018
1 Objetivo ........................................................................................................................................................................... 2
2 Referências Normativas.................................................................................................................................................. 2
3 Definições......................................................................................................................................................................... 3
3.1 Planta de situação............................................................................................................................................................ 3
3.2 Plano Diretor..................................................................................................................................................................... 3
3.3 Planta de Arranjo Geral.................................................................................................................................................... 3
3.4 Planta de Arranjo.............................................................................................................................................................. 3
3.5 Planta de Locação............................................................................................................................................................ 3
3.6 Planta Índice Geral........................................................................................................................................................... 3
3.7 Planta Índice..................................................................................................................................................................... 4
3.8 Limites de Propriedade.................................................................................................................................................... 4
3.9 Limites de Bateria............................................................................................................................................................ 4
3.10 Unidade.......................................................................................................................................................................... 4
3.11 Quadra............................................................................................................................................................................ 4
3.12 Área Interna.................................................................................................................................................................... 4
3.13 Áreas Externas............................................................................................................................................................... 4
3.14 Norte de Projeto............................................................................................................................................................. 4
3.15 Elevação Real (Altitude) ................................................................................................................................................ 4
3.16 Elevação de Projeto....................................................................................................................................................... 4
3.17 Greide............................................................................................................................................................................. 4
3.18 Planta de Greides........................................................................................................................................................... 5
3.19 Altura.............................................................................................................................................................................. 5
3.20 Coordenadas de Projeto................................................................................................................................................. 5
3.21 Ventos Predominantes................................................................................................................................................... 5
4 Condições Gerais.......................................................................................................................................................... 5
4.1 Princípios Básicos........................................................................................................................................................... 5
4.2 Regras Gerais................................................................................................................................................................. 6
4.3 Conteúdo das Plantas de Arranjo................................................................................................................................... 6
4.3.1 Planta de Arranjo Geral................................................................................................................................................. 7
4.3.2 Plantas de Arranjo de Áreas Internas........................................................................................................................... 7
4.3.3 Plantas de Arranjo de Áreas Externas.......................................................................................................................... 7
4.4 Sistema de Coordenadas................................................................................................................................................ 7
4.5 Greides............................................................................................................................................................................ 8
4.6 Limites de Bateria............................................................................................................................................................ 9
4.7 Identificação de Áreas e Equipamentos......................................................................................................................... 9
4.8 Maquetes......................................................................................................................................................................... 9
4.9 Diretrizes Básicas para o Projeto.................................................................................................................................. 10
5 Fatores Especiais......................................................................................................................................................... 10
5.1 Introdução........................................................................................................................................................................ 10
5.2 Níveis de Ruído............................................................................................................................................................... 10
5.3 Classificação de Áreas................................................................................................................................................... 11
5.4 Interferências com Aeródromos...................................................................................................................................... 12
5.5 Interferências com Portos e Vias Navegáveis................................................................................................................ 12
6 Arruamento...................................................................................................................................................................... 12
7 Passagens de Tubulação............................................................................................................................................... 13
8 Parques de Armazenamento de Petróleo e Derivados................................................................................................ 14
9 Sistemas......................................................................................................................................................................... 17
9.1 Descarga de Gases na Atmosfera................................................................................................................................. 17
9.1.1Chaminés e Sistemas Abertos de Alívio de Pressão............................................................................................. 17
9.1.2Tochas..................................................................................................................................................................... 18
9.2 Instalações Subterrâneas............................................................................................................................................ 20
9.3 Sistemas de Despejos................................................................................................................................................ 20
9.4 Sistemas de Prevenção e Combate a Incêndio......................................................................................................... 21
10 Unidade de Processo................................................................................................................................................ 21
10.1 Localização................................................................................................................................................................ 21
10.2 Arranjo de Equipamentos.......................................................................................................................................... 23
10.2.1 Fornos..................................................................................................................................................................... 24
10.2.2 Caldeiras................................................................................................................................................................. 24
10.2.3 Torres e Reatores................................................................................................................................................... 24
10.2.4 Vasos...................................................................................................................................................................... 24
10.2.5 Permutadores de Calor e Resfriadores a Ar......................................................................................................... 25
10.2.6 Bombas.................................................................................................................................................................. 26
10.2.7 Compressores........................................................................................................................................................ 27
10.2.8 Turbinas a Vapor................................................................................................................................................... 28
Projeto 50:000.06-018 45
10.2.9 Dessalgadoras....................................................................................................................................................... 28
10.3Tubulações e Instrumentos....................................................................................................................................... 28
10.4 Instalações Diversas................................................................................................................................................. 29
11 Unidades de Utilidades........................................................................................................................................... 30
11.1 Geral......................................................................................................................................................................... 30
11.2 Instalação para Geração de Vapor e Energia Elétrica (Central Termoelétrica)...................................................... 31
11.3 Geração de Ar Comprimido..................................................................................................................................... 32
11.4 Tratamento de Efluentes......................................................................................................................................... 32
11.5 Captação e Adução de Água Bruta........................................................................................................................ 32
11.6 Tratamento de Água............................................................................................................................................... 32
11.7 Água de Resfriamento............................................................................................................................................ 33
11.8 Água para Combate a Incêndio.............................................................................................................................. 33
11.9 Óleo e Gás Combustível......................................................................................................................................... 33
11.10 Subestação de Entrada....................................................................................................................................... 33
12 Instalações Complementares................................................................................................................................. 34
12.1 Estações de Carregamento de Produtos................................................................................................................ 34
12.2 Casas de Controle Centralizadas............................................................................................................................ 35
12.3 Casa de Controle Local........................................................................................................................................... 35
12.4 Subestações Elétricas............................................................................................................................................. 36
12.5 Estações de Bombas de Transferência na Área Externa...................................................................................... 36
12.6 Unidade de Soda Cáustica...................................................................................................................................... 37
12.7 Unidades de Recuperação de Enxofre................................................................................................................... 37
12.8 Áreas Dd Armazenamento e Expedição de Coque................................................................................................. 37
12.9 Terminal de Distribuição de Produtos..................................................................................................................... 38
12.10 Terminal de Oleodutos de Petróleo..................................................................................................................... 38
12.11 Instalações de Apoio............................................................................................................................................ 38
12.12 Miscelânea............................................................................................................................................................ 39
Anexos
A Tabela – Distâncias Mínimas Recomendadas em metros....................................................................................... 41
B Figuras.......(alterar de A-2 para
B-................................................................................................................................................................. 42
C Índice.......................................................................................................................................................................... 44