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Introdução
1. Caracterização do grupo;
2. Objetivos de desenvolvimento e aprendizagem da atividade;
3. Decisões relativas à organização do ambiente educativo:
3.1. Organização do espaço;
3.2. Organização do tempo;
3.3. Organização do grupo;
4. Áreas de Conteúdos da atividade;
5. Estratégias utilizadas e a respetiva justificação;
6. Recursos e materiais educativos utilizados;
7. Reflexão da atividade realizada;
8. Referências bibliográficas;
9. Apêndices;
10. Anexos.
Introdução
Este grupo é constituído por vinte e três crianças, dezasseis meninas e sete meninos,
com idade entre os cinco e os seis anos. Ao longo do processo de planificação da
atividade e de construção da mesma e, ainda, na estruturação do relatório fomos
orientadas pela educadora Fátima Sousa e pela auxiliar Bruna Soares.
Esta atividade realizou-se no dia 24 de maio de 2022, e consistiu num jogo de percurso
(jogo da glória), ao ar livre. Neste momento lúdico, a díade conseguiu focar em temas
diversificados, que averiguou serem do interesse das crianças, tais como: ambiente;
português (ênfase nas rimas e na divisão silábica); matemática (realce nas contas de
adição e em problemas que envolvam a moeda portuguesa); corpo humano (destaque
para o sistema reprodutor, uma vez que este foi mote para o trabalho de projeto da sala);
alimentação e hábitos saudáveis; e, por fim, cidadania.
Para além deste fator, o grupo considera-se unido, cooperante, curioso, e mantem
relações saudáveis e de confiança entre eles e com a comunidade. São crianças
ativas, dispostas para as aprendizagens, autónomas, responsáveis e com grandes
valores morais, tal como é esperado segundo os pressupostos do PE do colégio.
Alguns dos interesses reconhecidos deste grupo, pela díade, foram as contas que
envolviam a adição e a moeda portuguesa; um conteúdo bastante abordado na sala
de atividades, uma vez que, todas as terças-feiras, o grupo organizou uma feirinha
para angariar fundos para a festa final. Nestes momentos as crianças eram as
responsáveis por vender os materiais/os objetos/os alimentos, que traziam de casa,
para esse fim; eram ainda responsáveis por receber o dinheiro da compra e,
consecutivamente, dar o troco quando assim fosse necessário. (Autonomia) Outro
interesse detetado foi a divisão silábica; visto que, no “ABC Emoções” (momento
que ocorre todas as terças-feiras, com a psicóloga da instituição, em grande ou
pequeno grupo) abordavam a consciência fonológica e debatiam o que tinham
adquirido sobre este assunto. Aqui, a díade descobriu que o grupo adorava
atividades que envolviam divisões silábicas e, consequentemente, rimas, pois o
grupo tinha conhecimento e afirmava diversas vezes que, “nas rimas o que contava
era a última sílaba" (Golfinhos,2022). Ainda sobre este aspeto, em diversas
interações que usufruímos com as crianças no exterior conseguimos compreender o
gozo destas pelas rimas, pois, sempre que formulávamos enunciados com frases que
rimavam, automaticamente, ouvíamos: “Até rimaste”, ou, por outro se dizíamos uma
palavra solta, por exemplo, "cão", as crianças espontaneamente diziam que “cão
rima com pão". Assim, estes foram alguns dos temas abordados na nossa atividade,
pois… (a importância de ouvir as crianças).
Em conversas com a educadora pudemos constatar que havia temas que iam se
perdendo, isto é, que não eram tão abordados na sala de atividades, como o adulto
pretendia, devido há falta de tempo e de oportunidades, visto que, tinham de
organizar as feirinhas, os ensaios para a festa de finalistas, os concursos que a
instituição realiza anualmente entre as salas, entre outros. Assim, a díade decidiu
que o jogo para além de conter perguntas dos temas de interesse das crianças;
acreditamos que estas devem ser ouvidas, e que a planificação de atividades deve de
ir de encontro aos interesses das mesmas e tem de ser flexível **; iria abranger
temas que os golfinhos já tinham abordado ao longo do ano e que já não eram
discutidos com tanta frequência, por exemplo, a importância da alimentação e de
hábitos saudáveis, e a cidadania (temas que vimos ser abordados esporadicamente
no “ABC Emoções” e que estavam expostos nas paredes da sala), pois consideramos
que isto seria uma necessidade do grupo. Para além destes, outro dos temas que não
poderia faltar era o corpo humano, mais especificamente, o sistema reprodutor, uma
vez que, o trabalho de projeto deste grupo era sobre este assunto, onde o mote foi a
pergunta construída pelo mesmo, "Porque é que os bebés não nascem da barriga dos
papás?". Por fim, outro tema importantíssimo presente na atividade foi o
“ambiente”, onde fizemos perguntas sobre a reciclagem e os problemas ambientais.
Estes são conteúdos de preocupação/cuidado do colégio e, em específico, das
crianças em questão (todas as salas de atividades têm sacos distintos para a
reciclagem: caixote do lixo comum; saco do papel; saco do vidro; e saco do plástico;
e na receção da instituição podemos ver ainda um pilhão; já houve um ecoponto
para doação de roupa, e, neste momento, tinha um sítio para as crianças deixarem
eletrodomésticos avariados para reaproveitamento).
Para concluir, outra necessidade que a díade observou no grupo foi o facto de as
crianças ainda diferenciarem muito os géneros e fazerem muitas distinções entre os
mesmos. Isto foi visível quando, por exemplo, os meninos dizem que ganham às
meninas no futebol mesmo que as equipas sejam mistas, ou seja, mesmo que na sua
equipa contenha meninas, estes afirmam que quem ganhou foram os meninos.
Assim, para combater esta necessidade, a díade implementou uma regra aquando a
construção das equipas que seria estas serem mistas, ainda que fossem as crianças a
escolhe-las.
O seguinte objetivo foi promover o bem-estar das crianças, uma vez que, a díade
considera essencial este tópico para o sucesso de qualquer atividade, pois
acreditamos que os educadores e os docentes têm de ter sempre em primeira
instância o bem-estar de cada criança. Cabe ao adulto despertar/incentivar a criança
para executar a atividade e, na nossa opinião, certamente, será mais fácil motivar a
criança para as atividades, quando estas se sentem seguras e principalmente felizes a
concretizá-las.
Por último, mas não menos importante, o foco era estimular a concentração/atenção
das crianças num certo período de tempo. Este ponto, tal como o primeiro, também
foi uma necessidade, na nossa opinião, dos Golfinhos, visto que, algumas crianças
ainda perdem a atenção, a motivação, o foco, muito facilmente pelo que estão ouvir
ou a fazer.
O nosso jogo da “glória” foi posto em prática no espaço exterior, num espaço amplo
com relvado, onde encontramos um escorrega e alguns pneus (por foto do 1º relatorio).
Contudo, a nossa atividade começou dentro da sala de atividades, onde explicamos a
mesma e organizamos o grupo, de forma a simplificar a transição para o exterior e o
início do jogo.
O jogo foi implementado em grande grupo, uma vez que estávamos todos no mesmo
espaço e embora estivessem divididos em equipas, cada uma respondia na sua vez, e
todos tinham de pensar nas perguntas colocadas, pois eram as outras equipas que diziam
se a resposta dada era correta ou não. E caso as respostas fossem diversificadas cabia ao
grupo que acertasse explicar as restantes equipas, incentivando a entreajuda, a
cooperação e a colaboração entre as crianças.
4. Áreas de Conteúdos da atividade
O jogo da “Glória” que planeamos abrangeu algumas áreas de conteúdos das OCEPE,
tais como: a área de formação pessoal e social; a área de expressão e comunicação; e a
área do conhecimento do mundo.
- Linguagem Oral:
-Consciência Linguística:
- Consciência fonológica;
- Consciência da palavra;
-Domínio da Matemática:
- Resolução de problemas;
Posto este momento inicial continuamos a atividade em grande grupo no exterior. Aqui,
a díade exemplificou e explicou mais uma vez, pois achamos que era pertinente e mais
esclarecedor para o grupo se o fizéssemos no local da atividade. Assim que constatamos
que as crianças perceberam o jogo que preparamos, deixamo-las à vontade para o jogar
e tirar o maior proveito que conseguissem do mesmo.
A díade, juntamente com a educadora do grupo, esteve sempre a acompanhar o jogo das
crianças, guiando-as, por vezes, nas sequências das tarefas e, principalmente, no facto
de as crianças “avançarem ou manterem-se nos pneus”, visto que, quando a equipa
acertasse teria de avançar um pneu (que representava uma casa) e, quando errava teria
de ficar no mesmo (todas as crianças da equipa estariam em volta do seu pneu). Este
último ponto mencionado, foi o que causou mais dificuldade na compreensão e no
sucesso do jogo, porém foi algo ultrapassado, uma vez que, a meio do jogo as crianças
já sabiam para onde teriam de se deslocar e se o tinham de fazer ou não.
No que diz respeito às tarefas, a primeira seria: a criança responsável por responder
(porta-voz da equipa) ia rodar a roleta. Nesta tarefa, a díade decidiu utilizar uma roleta
para a atribuição dos temas das perguntas, pois acredita que é um objeto dinâmico e que
desperta mais o interesse das criança, ao invés de ser o adulto a escolher o tema a ser
abordado. Na segunda tarefa, o/a porta-voz já sabia o tema, reunia-se com a equipa no
respetivo pneu para ouvir a pergunta. Após esta ser dita, as equipas teriam um período
de tempo para pensarem e refletir em grupo. Com isto, a díade, pretendeu que as
crianças valorizassem o trabalho colaborativo, que cooperassem entre elas, e que
conseguissem debater diferentes opiniões entre as mesmas. Após o termino do tempo
disponibilizado (cerca de 5 minutos), o/a porta- voz dizia a resposta que a equipa, em
conjunto, achou mais apropriada, e, o que inicialmente, não era suposto, mas que
depois, com o decorrer da atividade pareceu o mais apropriado, a díade, em vez de dizer
se estava certa ou errada a resposta dada e dar a respetiva explicação, preferiu deixar
que fossem as restantes equipas a dizerem se a resposta estava ou não correta e permitiu,
porque achamos mais eficaz, que os amigos das outras equipas dessem a sua opinião e
explicação sobre a pergunta. Assim, a atividade tornou-se mais atrativa, na nossa
opinião, pois “obrigou” todas as crianças estarem atentas, focadas e interessadas nas
perguntas, mesmo que não fosse para a equipa das mesmas.
No final, cada criança recebeu uma medalha que dizia “Medalha de Participação” e a
data da atividade, pois achamos como futuras docentes importantíssimo reforçar que o
importante não é ganhar mas sim participar, incentivando-os para o trabalho de grupo e
não para a competição.
Importa ainda referir que escolhemos fazer o “nosso” jogo no exterior, porque achamos
que as crianças são mais felizes com o meio envolvente e para salientar a importância
do exterior nas aprendizagens das crianças. Deixamos ainda o nosso jogo na sala dos
golfinhos, uma vez que estes mostraram interesse no mesmo, e com a esperança que o
grupo brinque muito e aprenda ainda mais com a atividade que preparamos para eles.
Para além destes materiais educativos que o nosso jogo precisou, utilizamos ainda um
recurso digital (tablet e projetor) para a visualização do vídeo de explicação da
atividade.