Aluna: Filipa Alexandra Santos Pimentel. Nº 2018287624
Na obra “El mundo histórico” de Wilhelm Dilthey este propõe a compreensão do
mundo, através da “manifestação de vida”. A manifestação de vida tem como propósito pragmático definido, ajuda na compreensão das dimensões espirituais, expressas através do autoconhecimento. Existem três classes de manifestações de vida que condicionam o modo como compreendemos as coisas. Em primeiro lugar são apresentados os conceitos, os juízos e as construções intelectuais. Estas são validas por si próprias e para uma análise de conteúdo. Em segundo lugar é apresentada a relação entre ação e o espírito intelectual que cria as bases para o conhecimento espiritual. O contexto situacional deste espírito pode condicionar a comunicação. Em terceiro lugar a experiência da vivencia, não se reduz à observação, à reflexão, nem à teoria. Há um certo entendimento que escapa deste circuito. Os pontos apresentados anteriormente refletem a importância da subjetividade interna como fator crítico para a compreensão do objetivo externo, na minha opinião. O ser humano é captado pela perceção e pelo conhecimento que representa um formato físico acessível pelo conhecimento científico natural. Este surge como objeto das ciências do espírito na medida em que residem estados humanos, no qual expressam manifestações de vida diferentes. É na forma como as expressões de vida psíquicas individuais afetam o contexto vivencial e os que nos rodeiam, podemos proceder a um maior entendimento e autoconhecimento, por consequência de um conhecimento mais objetivo. No contexto histórico social o ser humano age sendo padrões intuídos de forma inconscientes. Daí, para entender e estudar um determinado aspeto de uma comunidade, o investigador necessita estar integrado com os modelos sociais definidos pelo grupo onde se inserem. A área das Ciências do Espírito, a compreensão das formas objetivas do espírito, concretizando as suas ações. A compreensão surge dentro de um círculo de interesses da vida prática. O Homem dotado do seu espírito objetivo, molda as instituições onde vai enquadrar e criar uma organização interna, comum a todos e passível de ser entendido por todos. Em suma a “interpretação é a compreensão técnica de manifestações de vida permanentemente fixas”, ou seja, a interpretação completa-se com os vestígios de existência humana contidos nas obras escritas. Consegue-se repetir vivências pela interpretação de textos de forma objetiva e fidedigna que preserva determinadas manifestações de vida acoplando não só a expressão espiritual do autor, mas sim toda a marca histórico-social.