Neurociências e Saúde Mental

Ano Letivo 2020/2021 – 2º semestre

Avaliação Prática -PSIQUIATRIA

1- O diagnóstico mais provável é a Perturbação obsessivo-compulsiva.

2- Os quadros a considerar apresentados pela doente são pensamentos obsessivos, tais

como medo e insegurança de falhar como mãe, pensamentos de morte ou tragédia
com suas filhas, o estado de alerta e vigia constante para com suas filhas,
pensamentos obsessivos de contaminação, causando assim um transtorno de
ansiedade afetando o sono, a vida quotidiana, profissional e familiar, onde esta,
procura resolver essas situações através de atitudes compulsivas tais como: limpeza
excessiva para prevenir possíveis contaminações, certificar sempre se a criança menor
está a respirar, medição excessiva da temperatura corporal dos familiares, etc.

3- Os fatores de risco são: a ansiedade, insegurança maternal, conflito conjugal, privação

crónica do sono, isolamento social e perturbação psicológica após a primeira gestação.
Quanto aos fatores protetores temos: o apoio conjugal (após a primeira gestação) e o
isolamento devido á pandemia.

4- O tratamento pode ser feito com, antidepressivos tricíclicos (clomipramina) e ISRS

(Fluoxetina) para o comportamento obsessivo, juntamente com ansiolítico
(clonazepam), para as crises de ansiedade, e possivelmente um acompanhamento
psicológico para ajudar a paciente a conter os comportamentos compulsivos. As
dificuldades na adesão á terapêutica seriam, a permanência por muito tempo sem
tratamento devido à procura com frequência outros médicos como primeira opção
(devido ás consequências físicas dos comportamentos compulsivos), por relutância e
vergonha em procurarem ajuda psiquiátrica.

5- O período pós parto mais grave foi após a segunda gestação, onde a bebé nasceu no
meio da pandemia da COVID, tornando assim as inseguranças e os comportamentos
compulsivos de limpeza da paciente mais intensos, fazendo assim que ela até
negligenciasse a filha menor, desenvolvendo sentimento de culpa e sinais de uma
possível depressão.