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Índice

1 Introdução ............................................................................................................................. 1

2 Objectivos ............................................................................................................................. 3

2.1 Objectivo Geral .............................................................................................................. 3

2.2 Objectivo Específico ...................................................................................................... 3

3 Parte Experimental ............................................................................................................... 3

3.1 Materiais & Reagentes ................................................................................................... 3

3.2 Procedimento Experimental ........................................................................................... 3

4 Resultados e Discussão......................................................................................................... 4

5 Conclusão ............................................................................................................................. 7

6 Referências Bibliográficas.................................................................................................... 8

Anexos ..................................................................................................................................... 9

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1 Introdução
As reacções químicas são o resultado da transformação que ocorre nas substâncias, onde os
átomos rearranjam-se modificando seu estado inicial. (Batista, sd). Este rearranjo de átomos
só acontece após garantir-se um conjunto mínimo de condições específicas à nível molecular,
condições essas que, segundo Feltre (2010), são:

 As moléculas dos reagentes devem ser postas em contacto de modo mais


eficaz possível;
 Os reagentes devem ter uma certa afinidade química, ou seja, uma tendência a
reagir;
 Deve se gerar uma energia que permita que as espécies atinjam um patamar
mínimo de energia para que a reacção possa ocorrer.

À reunião desses factores, espera-se que em um sistema, os reagentes rearranjem suas


estruturas para formar os respectivos produtos. Cada tipo de rearranjo/reacção pode ser
classificado quanto ao agrupamento de diversos factores, mas a classificação que nos vem a
interessar nesta pratica, é a referente a ”transferência de electrões”. Esta classificação dá-nos
conhecer as reacções de Oxirredução são as que ocorre variação do numero de oxidação das
sustâncias envolventes. Como os electrões são partículas reais e não podem ser perdidos,
sempre que em uma reacção uma espécie se oxida (perde electrões), outra tem que se reduzir
(ganhar electrões). Como exemplo tem-se a reacção Permanganato-Oxalato:

Nesta reacção, o Mn reduziu ganhando 5 electrões e o C oxidou perdendo 1 electrão.

De maneira genérica, diz-se que em uma reacção , os reagentes A


são consumidos enquanto os produtos B são formados ao decorrer da mesma. Em umas
reacções a formação de produtos é rápida e em outras, ela é relativamente mais lenta, esta
diferença torna de nosso interesse a introdução do conceito “velocidade de uma reacção” que
é, para Chang e Goldsby (2010), a variação da concentração de um reagente/produto com o
tempo e é medida em M/s (molares por segundo). Assim, quanto menor o tempo da reacção,
mais rápida ela é. É de grande interesse para o Homem estudar a velocidade das reacções pois
o estudo da cinética torna possível optimizar desde grandes processos industriais,
maximizando seus rendimentos, a até situações quotidianas, retardando ou acelerando as
reacções.

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De modo geral, os factores que influenciam a velocidade das reacções também influenciam
na frequência e na energia em que ocorrem as colisões, são:
 Pressão: Em uma dada temperatura, o aumento da pressão em um sistema é
directamente proporcional ao aumento da velocidade da reacção;
 Concentração: O aumento da concentração dos reagentes diminui o tempo de
reacção;
 Temperatura: A variação de temperatura é um factor directamente
proporcional a velocidade da reacção;
 Superfície de contacto: este é um factor directamente proporcional a
velocidade da reacção, pois há um aumento na probabilidade choques efectivos;
 Energia de activação: uma menor energia de activação implica um aumento na
velocidade de reacção pois ara que uma reacção ocorra, é necessário que aconteça a
quebra das ligações dos reagentes e a formação de novas ligações.
 Catalisador: Esta substância promove caminhos (mecanismos) diferentes, mais
rápidos e com menor energia de activação para que as transformações ocorram. Logo
com uma diminuição na energia de activação, resulta numa velocidade de reacção
maior.

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2 Objectivos

2.1 Objectivo Geral


 Estudar a velocidade de reacções

2.2 Objectivo Específico


 Analisar a reacção de oxirredução Oxalato-Permanganato
 Observar a influência da concentração, catalisador e temperatura na velocidade de
uma reacção

3 Parte Experimental

3.1 Materiais & Reagentes


Foram matérias e equipamentos usados neste laboratório, os seguintes: Becker 3x (250 mL);
Pipeta graduada (10 mL); Pêra de sucção; Proveta graduada (100 mL); Conta-gotas; Pisseta;
Cronômetro; Termómetro; Bico de Bunsen; Tripé; Tela de amianto.
Foram usados como reagentes neste laboratório, as seguintes: Solução de ácido sulfúrico
(H2SO4) 5M; Solução de ácido oxálico (H2C2O4) 0.5 M; Solução de permanganato de
potássio (KMnO4) 0.04 M, Solução diluída de Sulfato de Manganês (MnSO4); Água
destilada.

3.2 Procedimento Experimental


I) Influência da Concentração

Enumeraram-se três Becker de um a três e adicionou-se 10ml em cada um, solução de


H2SO4 e de seguida mediu-se 5mL de solução de H2C2O4 com uma pipeta e cada um dos
bequeres esse volume foi adicionado. No Becker 1 adicionou-se 4ml de solução KMnO4 de e
anotou-se o tempo de descoramento da solução a partir do instante em que se adicionou a
solução de permanganato de potássio. No Becker 2 adicionou-se 50ml de água destilada e de
seguida adicionou-se 4mL de solução de KMnO4 e, anotou-se o tempo de descoramento da
solução a partir do momento da adição do permanganato. No Becker 3 adicionou-se 100mL
de água destilada e mais 4mL de solução de KMnO4 e, anotou-se o tempo de descoramento a
partir do momento da adição do permanganato.

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II) Influência do Catalisador
Enumeraram-se dois béqueres e adicionaram-se aos dois, 10mL de solução H2SO4 e mais
5mL de solução H2C2O4. No Becker 1 adicionou-se 50ml de água destilada e acrescentou-se
4mL da solução KMnO4 e anotou-se o tempo de descoramento da solução a partir do
momento da adição do permanganato, não descartou-se a solução. No Becker 2 adicionaram-
se 5 gotas de solução de MnSO4diluído e, de seguida adicionaram-se 4mL de solução de
KMnO4 e, anotou-se o tempo de descoramento a partir do momento da adição do
permanganato. No Becker 1 após o descoramento da solução acrescentou-se novamente 4mL
de solução de KMnO4, e voltou-se a anotar o tempo de descoramento da solução a partir do
momento da adição ao do permanganato.
III) Influência da Temperatura
Enumerou-se 3 béqueres e à cada um deles adicionou-se 10mL de solução H2SO4, 5ml de
solução H2C2O4 e mais 100mL de água destilada. No Becker 1 adicionou-se 4mL de solução
de KMnO4, anotou-se o tempo de descoramento e mediu-se a temperatura (Controle). O
Becker 2 aqueceu-se 20º Celcius acima da temperatura do Becker 1, após atingir-se a
temperatura desejada adicionou-se 4mL de solução de KMnO4, anotou-se o tempo de
descoramento a partir do momento da adição do permanganato. O Becker 3 aqueceu-se 30º
Celcius acima da temperatura do Becker 1, após atingir-se a temperatura desejada adicionou-
se 4mL de solução de e anotou-se o tempo de descoramento a parir do momento da adição do
permanganato.

4 Resultados e Discussão
I) Influência da Concentração
Nesta fase, ao se ter feito reagir a solução de ácido sulfúrico, oxálico e, de permanganato de
potássio em mesmo Becker, observou-se que ao decorrer do tempo, a solução final ia
descolorindo, mudando a cor do sistema de roxo/lilás para incolor.
Este facto deu-se pois os reagentes, sob as condições em que a reacção foi realizada, se
rearranjam, em uma reacção de oxirredução dada pela equação:

(Roxo/Violeta)

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Esta reacção foi feita em 3 béqueres e em cada um deles o tempo de descoramento, ou seja
tempo necessário para que o permanganato de potássio fosse totalmente consumido foi
diferente. Este facto deveu-se principalmente pela diferença da concentração usada dos
reagentes, pois, a diminuição da concentração dos reagentes aumenta o tempo de reacção,
devido a dispersão e afastamento partículas em um maior volume que causa uma diminuição
das colisões entre elas resultando numa menor velocidade de reacção.

A Tabela 1 abaixo e a Figura 1 (em anexo) ilustram o tempo de descoramento das soluções
e melhor representam o excerto acima.

Tabela 1
Resultados da Influência da Concentração
Becker Volume adicionado (mL) Tempo Concentração (mol/L)
Sol. I Sol. II Sol. III Água de H2C2O4 KMnO4
(H2SO4) (H2C2O4) (KMnO4) Destilada reacção
(s)
1 10 5 4 - 10 0.1316 0.0084
2 10 5 4 50 23 0.0362 0.0023
3 10 5 4 100 35 0.0210 0.0013

II) Influência do Catalisador


Nesta fase do experimento, ao serem misturados os reagentes no Becker 1 a reacção de
descoramento sucedeu em um tempo de 1 minuto e 31 segundos e, quando se preparou no
Becker 2 a mesma solução com adição de 5 gotas de MnSO4 diluído, este descoramento
levou apenas 1 minuto para que fosse visualizado.
Esta diferença de tempo deu-se pois o MnSO4 adicionado funcionou como catalisador que
é, “[…] uma substância que permite acelerar uma reacção sem ser consumido.” (Chenaud et
al., 2013). Este catalisador não modifica o equilíbrio da reacção mas permite que este seja
atingido mais rapidamente pois ele modifica o mecanismo da reacção executando-a em uma
sequência de etapas cujas energias de activação são todas bem inferiores à da reacção não
catalisada.
A segunda etapa da reacção do Becker 1, que consistia em adicionar um novo volume de
KMnO4 à solução já descorada, ocorreu em menor tempo comparando-se com a primeira
etapa pois, nesta segunda etapa se encontrava uma quantidade de MnSO4 obtida como
produto da primeira reacção e que funcionou como catalisador.

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A Tabela 2 e a Figura 2 (em anexo) melhor ilustram os resultados obtidos e a variação de
tempo que se deu em cada etapa.
Tabela 2
Resultados da Influencia do Catalisador
Volume adicionado (mL) Tempo de
Becker Solução Solução Solução Solução Água reacção (s)
I (H2SO4) II III IV Destilada
(H2C2O4) (KMnO4) (MnSO4)
1 (1ª 10 5 4 - 50 91
etapa)
1 (2ª - 5 4 - - 60
etapa)
2 10 5 4 5 50 45

III) Influência da Temperatura


Nesta fase do experiencia, os reagentes no Becker deram também como resultado a reacção
de “descoramento”. O primeiro Becker com as soluções à temperatura de controlo (27º C),
consumiu todo reagente em 1 minuto e 30 segundos, facto que não se verificou nos restantes
2 béqueres que foram aquecidos.
Os béqueres aquecidos apresentaram menores tempos de reacção e, assim maiores
velocidades. Este fenómeno pode ser entendido pela “Teoria das Colisões” que induz ao
pensamento de que o aumento da temperatura aumenta as velocidades moleculares. Se as
moléculas se movem mais rapidamente, elas irão colidir com mais energia e com mais
frequência, aumentando, assim, as velocidades da reacção. Como a velocidade e o tempo de
uma reacção são grandezas inversamente proporcionais, o aumento da velocidade facilitado
pela temperatura justifica a diminuição dos tempos de reacção.
A Tabela 3 à seguir ilustra a acção da temperatura nas soluções de cada Becker e, também
no tempos de reacção de cada solução.

Tabela 3
Resultados da Influência da Temperatura
Becker Volume adicionado (mL) Aquecim Temperatura Tempo
Sol. I Sol. II Sol. III Água ento (ºC) (ºC) de
(H2SO4) (H2C2O4) (KMnO4) Destila reacção
da (s)
1 10 5 4 100 - 27 90
2 10 5 4 100 20 47 25
3 10 5 4 100 30 57 13

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5 Conclusão
Ao final deste laboratório, pude concluir que os factores utilizados nesta experiencia
(temperatura e concentração), favorecem o aumento da velocidade da reacção pois permitem
o aumento da frequência de colisões das partículas moleculares. A diminuição da
concentração dos reagentes, diminuiu o tempo da reacção em quase duas vezes, pois o tempo
decorrido após uma diluição faseada de 50mL foi de 23 e 35 segundos, respectivamente. O
aumento da temperatura reduziu o tempo da reacção em quase 4 vezes quando este foi feito
em 20ºC e aumentou em quase 7 vezes quando este, aquecimento foi em 30ºC, mostrando a
grande influência da temperatura.
O catalisador actuou reduzindo a energia de activação da reacção e, consequentemente,
aumentando a velocidade da mesma, mesmo este estando em pequenas quantidades. O
aumento da velocidade foi visualizado pela redução do tempo de descoramento da solução
que saiu de 91 segundos (reacção não catalisada) para 45 segundos (reacção catalisada).

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6 Referências Bibliográficas
Batista, C. (sd). Reacções Químicas. Retirado de https://www.todamateria.com.br/reacoes-
quimicas/

Chang, R., Goldsby, K. A. (2013). Química (11ª ed.). Porto Alegre: AMGH

Chenaud, E. B, Silva, L. C., Novais, M. C., (2009). Cinética Química. Retirado de


https://pt.slideshare.net/ingredesilva/relatorio-quimica-geral2-cinetica?from_action=save

Feltre, R. (2004). QUIMÍCA (6ª edição). São Paulo: Moderna

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Anexos

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1. Os cálculos realizados para a determinação das concentrações de permanganato de
potássio e ácido oxálico usadas para analisar “A Influencia da Concentração” nos três
béqueres encontram-se abaixo.

Becker 1:

Becker 2:

Becker 3:

10
2.

Figura 1

Gráfico da Concentração de Ácido Oxálico em Função do Tempo de Descoramento da


Solução.

Concentração do H2C2O4 x Tempo de


Descoramento
0.14
Concentração do H2C2O4 (mol/L)

0.12

0.1

0.08

0.06

0.04

0.02

0
10 23 35
Tempo de Descoramneto (s)

O aumento da concentração dos reagentes, tem um efeito positivo na velocidade da reacção,


portanto, essas duas grandezas são directamente proporcionais.

3. Na prática II, usou-se como catalisador, o Sulfato de Manganês (MnSO4).

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4.

Figura 2

Gráfico da Temperatura da Solução em Função do Tempo de Descoramento

Temperatura da Solução x Tempo de


Descoramento
100
90
Tempo de Descoramento (s)

80
70
60
50
40
30
20
10
0
27 47 57
Temperatura da Solução (ºC)

O aumento da temperatura das soluções a reagir, influi positivamente na velocidade da


reacção, facto que torna essas duas grandezas, directamente proporcionais.

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