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Brasília-DF.
Elaboração
Daniel Zibordi
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE ÚNICA
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
PROPRIEDADES DO FOGO E CONCEITOS BÁSICOS SOBRE INCÊNDIOS...................................... 9
CAPÍTULO 2
MEDIDAS PREVENTIVAS CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO............................................................. 26
CAPÍTULO 3
DISPOSITIVOS CONTRA INCÊNDIO........................................................................................... 30
CAPÍTULO 4
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA......................................................................................................... 40
CAPÍTULO 5
SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA....................................................................... 44
CAPÍTULO 6
PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E CUIDADOS COM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS... 55
CAPÍTULO 7
PROTEÇÃO CONTRA PROBLEMAS DECORRENTES DE UTILIZAÇÃO DE GÁS EM PRÉDIOS E
MORADIAS ............................................................................................................................. 66
CAPÍTULO 8
CÓDIGOS E LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO.............................. 72
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 75
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
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Introdução
O fogo está presente no nosso dia a dia desde os primórdios. Antigamente não se
conseguia controlá-lo e aconteciam queimadas nas matas.
A Diferença entre fogo e incêndio, é que o fogo conseguimos controlar, como por exemplo
ao acender um isqueiro, uma churrasqueira ou um fogão; já o incêndio é quando esse
fogo inicial sai de controle e se espalha em grandes proporções causando danos muitas
vezes irreparáveis e até fatais.
Abordaremos nesta disciplina alguns conceitos básicos de como evitar que esse fogo
torne-se um incêndio.
Ao terminar esse módulo, teremos uma visão diferente dos ambientes que frequentamos.
Ficaremos atentos às saídas de emergências, sinalizações e muitos outros aspectos que
passavam despercebidos.
Objetivos
»» Promover o conhecimento básico em prevenção de incêndios e aplicá-los
no âmbito pessoal e profissional.
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PREVENÇÃO DE UNIDADE
INCÊNDIOS ÚNICA
CAPÍTULO 1
Propriedades do fogo e conceitos
básicos sobre incêndios
Entre muitos fatores, o fogo foi um dos maiores responsáveis pelo grau de desenvolvimento
que a humanidade atingiu, apesar de que, durante muitos períodos da história, foi
utilizado como força destrutiva para a produção de armas.
Os primeiros 5 minutos
De acordo com os parâmetros internacionais, a quantidade de Postos de Bombeiros de
uma cidade é proporcional a população existente, na ordem de 1 (um) posto para cada
100.000 habitantes.
Conforme estudos feitos, esse tempo médio de atendimento (10 a 12 minutos) deve
ser considerado crítico, principalmente se no local incendiado houver um campo de
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
propagação ideal, como por exemplo, líquido inflamável. Se não houver uma intervenção
no sentido de eliminar o incêndio, provavelmente nos primeiros 15 minutos todo o local
deverá estar tomado pelas chamas.
Teoria do fogo
O cientista francês Lavoisier fez demonstrações de que o fogo é resultado de uma reação
química entre combustível e oxigênio, dando o nome dessa reação para Combustão.
»» Incêndio: é todo fogo que o homem perde o controle e que tem tendência
de se alastrar podendo destruir em grandes proporções.
Combustível
Podemos dizer de uma forma simples e direta que combustível é tudo aquilo que pega
fogo. Temos diversos exemplos de combustíveis classificados em:
»» Matéria: tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço. É ela que libera
os radicais livres para que possa ocorrer a combustão e é encontrada em
três estados físicos:
›› Sólido: papel, madeira, ferro, aço, tecido etc. Nessa situação os átomos
ficam oscilando em posições fixas em distribuição arbitrária (amorfos)
ou ordenada (cristais).
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Os tipos de combustão
Para obtermos combustão, não são suficientes somente seus reagentes mas, que também
tenhamos a presença de condições favoráveis para uma ignição e uma continuação das
reações químicas que são classificadas em:
»» oxidação rápida;
»» combustão simples;
»» deflagração;
»» detonação;
»» explosão.
Oxidação lenta
Combustão simples
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Explosão
Sempre que ondas de pressão produzem efeitos destrutivos e o ambiente não consegue
suportar a expansão de gases gerada.
Combustível
É toda a substância que possui a propriedade de queimar , é o que alimenta o fogo,
geralmente queimam utilizando oxigênio do ar como comburente , facilita sua propagação
e, com pequenas exceções, compreende todos os materiais em seus estados físicos a saber:
»» Líquidos:
›› não voláteis: Óleo diesel, graxa etc. – não emitem vapores à temperatura
ambiente.
Classes de incêndio
Classe A: fogo em combustíveis comuns que deixam resíduos, o resfriamento é o
melhor método de extinção. Exemplo: fogo em papel, madeira, tecidos etc.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Classe E: onde encontramos produtos radioativos. Incêndios estes que exigem agentes
extintores especiais.
Oxigênio (comburente)
O oxigênio é o que dá a vida á chama, dependendo da sua quantidade no momento da
queima. Chamado também de Comburente, no qual:
Fonte: <http://www.mundoeducacao.com/geografia/a-composicao-ar.htm>
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Calor
É o elemento que dá início ao fogo, que o mantém e amplia sua propagação. Trata-se
de uma energia que se transfere de um sistema para outro, sem transporte de massa.
Calor da combustão
Também conhecido com poder calorífico e que durante uma combustão desprende
uma quantidade de energia térmica liberada no meio ambiente causando o efeito que
sentimos ao nos aproximarmos de fogo.
Quantidade de calor liberada para o meio ambiente por uma combustão completa
ou incompleta de uma substância qualquer. Medida em metros cúbicos (m3) ou
quilocalorias (Kcal).
Calor específico
Quantidade de calor gerada pelo atrito dos átomos que compõem uma substância
mantendo-a estável.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Medidas de calor
Não podemos confundir temperatura com caloria pois são coisas distintas.
Caloria é a quantidade de calor que um corpo pode liberar ou absorver, é uma forma de
energia medida em calorias e causa elevação ou redução de temperatura.
Qualquer corpo em combustão desprende uma certa quantidade de calor que pode ser
mensurada teoricamente, se empregarmos água à temperatura de 20ºC (temperatura
ambiente) para extinção de um incêndio. Necessitaremos de tantos litros de água
quantos resultarem da divisão do número de calorias do corpo em chamas, por 620
calorias, que é o índice constante de calor absorvido por 01 (um) litro de água, se esta
vaporizar totalmente.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Dividindo-se esse número por 620, teremos a quantidade de água, que se totalmente
vaporizada extinguirá o incêndio, ou seja, cerca de 80 litros. Pelo exposto, conclui-se
que a ação máxima de resfriamento de água somente é obtida quando seu volume total
se transforma em vapor.
E quanto maior a área em contato como calor, maior será o poder de absorção.
Reação em cadeia
É a transformação que se produz quando diversas espécies químicas são colocadas
em contato, umas com as outras, ou quando uma única espécie química recebe uma
contribuição extra de energia, traduzindo-se pelo micas.
Para haver fogo, a reação ocorre quando átomos de carbono (C) e átomos de oxigênio
(O2) se misturam liberando luz, calor, gases e cinzas. Com esta reação acontecendo,
poderemos dizer que a combustão é uma reação de oxigenação, e que pode ser traduzida
na seguinte equação química:
Para que ocorra a combustão há a necessidade de que a substância seja ela sólida ou
líquida, desprenda os átomos que formam as suas moléculas.
Isto se dá, através do fornecimento de mais energia para os átomos que assim se tornam
os chamados Radicais Livres, que em consequência irão reagir com o oxigênio gerando
a combustão.
Outros corpos sólidos como o plástico deve primeiramente passar para o estado líquido
para depois liberar radicais livres.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Substâncias que em condições normais de pressão e de temperatura são gases, como por
exemplo, hélio (He), hidrogênio (H), metano (NH4) etc. queimam em uma combustão
especial assumindo a forma de explosão.
Conduta da combustão
O combustível é o ar estão intimamente misturados, no ambiente atmosférico e não há
incêndio, a menos que algum fator propicie a ignição do sistema. Esta ideia simples da
natureza do fogo deve ser entendida e é útil.
Quando uma substância queima, há produção de calor e emissão de luz e esta queima
também é chamada de combustão.
A oxidação tem lugar todas as vezes que o oxigênio se une com outras substâncias, quer
rápida ou lentamente. Assim, quando o oxigênio se une à gasolina, numa combustão,
a ação se desenvolve rapidamente, havendo produção de calor e emissão de luz, já no
caso de oxigênio se unir ao ferro e originar a ferrugem, apenas se verifica a oxidação.
Esse processo pelo qual o combustível sólido é decomposto termicamente para líquido
e finalmente em gás, denomina-se Pirólise.
Num incêndio, o Bombeiro deverá levar em conta que a queima de materiais sólidos
combustíveis está relacionada com sua área superficial, pois quanto maior for esta,
mais rápida será a queima deste material e aumento da velocidade de Pirólise.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Produtos da combustão
Gases do fogo
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Chama
Quando se risca um fósforo, ele queima se forma uma chama pela mistura das partículas
de fósforo com o oxigênio do ar.
A chama se torna cada vez mais quente e menos luminosa quando há uma combustão
completa do carbono; razão de ser considerada produto da combustão.
»» Vermelho: 515ºC
»» Amarelo: 1100ºC
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Calor
»» desidratação;
»» fadiga;
Fumaça
Ponto de fulgor
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Ponto de combustão
Ponto de ignição
Figura 2.
Fonte: <http://blogdoenem.com.br/quimica-reacao-combustao/>
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Proporcionalidade
Para que inicie o fogo é preciso haver adequada proporção de Combustível, Comburente
e Calor. Esse equilíbrio é determinante básico do fogo.
Mistura pobre
Mistura rica
Mistura ideal
A evolução do incêndio num local pode ser caracterizada por uma curva com quatro
fases:
1. fase inicial;
2. fase crescente;
4. fase final.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Fonte: CBMDF.
Condução
Alguns corpos são considerados bons condutores de calor a exemplo dos metais e
outros, são considerados maus condutores de calor como por exemplo, a madeira, o
papel, o carvão etc.
»» Bons condutores de calor: prata, cobre, ouro, zinco, estanho, ferro, platina
etc. dispostos nesta ordem decrescente de condutividade de calor.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Irradiação
Figura 4. Irradiação.
Fonte: <http://www.infoescola.com/fisica/mecanismos-de-propagacao-termica/>
Convecção
Figura 5. Convecção.
Fonte: <http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/2012/09/transferencia-de-calor-e-termodinamica.html>
A Convecção é uma situação bastante comum em edifícios, em que acontece por meio
de aberturas, como: janelas, poços de elevadores, vão das escadas, podendo atingir
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Figura 6.
Fonte: <http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-9.html>
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CAPÍTULO 2
Medidas preventivas contra incêndio
e pânico
Ainda de acordo com a NBR no 14.432, proteção ativa é o “tipo de proteção contra incêndio
que é ativada manual ou automaticamente em resposta aos estímulos provocados pelo
fogo, composta basicamente das instalações prediais de proteção contra incêndio”.
Por outro lado, para Brentano (2005), a proteção ativa “envolve todas as formas de
detecção, de alarme do controle do crescimento do fogo até a chegada do corpo de
bombeiros ou, então, a extinção de um princípio de incêndio já instalado”.
Nas abordagens conceituais sobre proteção passiva e proteção ativa, existem pontos
comuns e complementares, bem como divergências. O objetivo deste manual não é
discutir, academicamente, tais conceitos, mas, sim, estudar os parâmetros normativos
dos sistemas de proteção passiva. Aproveitando os pontos principais das definições,
pode-se definir proteção passiva e ativa como segue:
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
»» abafadores;
»» bombas costais.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
›› sinalização de segurança;
›› afastamentos;
›› aceiros.
›› sistema de alarme;
d. Meios de escape:
›› saídas de emergência;
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
›› vias de acesso;
›› acesso à edificação;
›› hidrantes urbanos;
›› mananciais.
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CAPÍTULO 3
Dispositivos contra incêndio
Métodos de extinção
»» Abafamento: o abafamento ocorre com a retirada do oxigênio, é o mais
difícil, a não ser em pequenos incêndios.
Extintores
Extintores portáteis
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Os extintores deverão ter um lugar fixo conforme norma padrão, de onde serão retirados
somente por três motivos:
Água pressurizada – age inicialmente por resfriamento. Sua ação por abafamento
ocorre devido à sua capacidade de transformação em vapor, na razão de 1(um) litro de
água para 1.500 litros de vapor. Específico para classe A.
Figura 7.
Fonte: <http://www.pontodosocorrista.com.br/produto.php?cod_produto=1345774>
É o agente extintor mais antigo que se tem conhecimento e é utilizado sob três formas
básicas:
»» jato sólido;
Jato sólido – trata-se de um jorro forte de água produzido sob alta pressão, por meio de
um esguicho com orifício de descarga circular. Nesta situação a água atinge o material
incendiado com violência e penetra no seu interior. É o mais utilizado e o mais eficiente
para incêndios de classe A pois encharca o material e garante com isso a total extinção
do fogo.
Se não existir um outro meio mais eficiente, a água sob neblina, poderá ser utilizada nos
incêndios de classe C pois neste estado possui menor poder de penetração no interior
dos equipamentos e menor probabilidade de causar curto-circuito.
A água sob suas três formas, extingue o fogo por Resfriamento pois baixa a temperatura
de ignição dos materiais que estão queimando.
Porém é importante saber que a água também extingue incêndios por Abafamento
quando aplicada sobre qualquer material incendiado, se transforma em vapor e o
vapor possui a ação primária de abafamento. Ou seja, a água tem função primária de
resfriamento e função secundária de abafamento.
Figura 8.
Fonte: <http://realextintores.com.br/po_quimico_bc.php>
São produtos químicos pulverizados e que tem a propriedade de extinguir o fogo por
Abafamento. Quando aplicado sobre o combustível, forma uma nuvem de pó que
desloca o ar rico em oxigênio e assentará sobre o combustível evitando o contato de
radicais livres com o comburente.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Pesquisas mostraram que o bicarbonato de sódio quando entra em contato com o fogo
decompõe-se e reagem com os radicais livres o que mostra que os agentes químicos
agem quebrando as reações em cadeia.
Podemos dizer que os agentes químicos secos, extinguem o fogo primeiramente por
Abafamento e secundariamente por Extinção Química.
Estes agentes quando aplicados sobre os combustíveis, reagem com eles, ou com seus
radicais livres, gerando compostos estáveis que evitam a reação em cadeia.
Para utilização deste agente extintor o Bombeiro deverá estar devidamente equipado
com máscaras respiratórias como por exemplo, do tipo PA 540.
Figura 9.
Fonte: <http://www.bucka.com.br/extintores/extintores-de-incendio-portateis/extintor-de-incendio-portatil-co2/>
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Age por abafamento, e por resfriamento em ação secundária. É um gás sem cheiro, sem
cor e não conduz eletricidade, sendo recomendado na extinção de fogo classes B e C. É
asfixiante e por isso deve-se evitar o seu uso em ambientes pequenos.
Este tipo de gás não é condutor de eletricidade por isso é especificamente usado
em incêndios de Classe C. Porém, seu uso é eficaz em princípios de incêndios de
qualquer classe.
É empregado em extinção de incêndios por abafamento por ser um gás inerte e não
alimentar a combustão pois, cria em seu redor, uma nuvem rica em CO2 e por sua vez,
pobre em oxigênio o que não permite que a combustão continue.
Por ser utilizado no combate a incêndios a uma temperatura muito baixa, provoca
resfriamento. Entretanto devemos saber que o gás carbônico extingue o foco primeiramente
por abafamento e secundariamente por resfriamento.
Espuma mecânica – age primeiro por abafamento e de forma secundária por resfriamento.
Quando a espuma é do tipo AFFF, o líquido drenado forma um filme aquoso na superfície
do combustível, dificultando a reignição. É ideal para extinguir fogo classe B. Também é
eficiente na extinção de fogo classe A.
Figura 10.
Fonte: <http://www.lmc.ep.usp.br/grupos/gsi/wp-content/PTSII/PTSII/extintores.html>
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Espuma química – é uma mistura de bolhas, formadas basicamente por C02 resultado
de uma reação química entre as soluções aquosas contendo na primeira solução
bicarbonato de sódio e na segunda solução sulfato de alumínio + alcaçuz.
Forma uma mistura muito consistente e forma uma camada resistente ao fogo e devido
sua consistência geralmente adere nos anteparos onde ela é lançada e acaba não
contornando os obstáculos encontrados.
Equipamentos pressurizados
Figura 11.
Fonte: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/fogo.html>
Figura 12.
Fonte: <http://fundec.edu.br/cipa/extintores.htm>
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Figura 13.
Fonte: <http://www.cccme.org.cn/shop/rayscx/index.aspx>
Em casos de incêndios, a válvula somente poderá ser fechada após a extinção total do
foco de incêndio.
Quanto ao dimensionamento:
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Abafadores
Figura 14.
Fonte: <http://www.www.ambclean.com.br>
Figura 15.
Fonte: <http://coletivo.maiscomunidade.com/conteudo/2013-0713/cidades/8743/BOMBEIROS-DEBELAM-INCENDIO-EM-REGIOES.pnhtml>
O material pode ser improvisado com tiras de mangueiras velhas de incêndio fixadas
em um cabo de madeira de cerca de 1m. Lembre-se que o abafador não pode ser muito
pesado para não deixar quem está combatendo o incêndio exausto rapidamente.
Geralmente são usados em conjunto com as bombas costais que veremos a seguir.
Bombas costais
Figura 16.
Fonte: <http://www.multstock.com.br/nossos-produtos/sed-posuere-consectetur/>
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
»» áreas florestais;
»» propriedades agrícolas;
»» clubes de campo/acampamentos;
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CAPÍTULO 4
Saídas de emergência
Introdução
Ao contrário do que se possa imaginar, as saídas de emergência devem ser pensadas em
primeiro plano quando se trata de proteção contra incêndio e pânico. O comportamento
inicial das pessoas frente ao incêndio é de fugir ou buscar um refúgio. Poucas são
as pessoas que se sentem habilitadas a operar um aparelho extintor de incêndio ou
a conduzir as outras pessoas por uma rota de fuga segura num ambiente sinistrado.
Decorre daí a necessidade prioritária que deve ser dispensada às saídas de emergência
duma edificação ou área cercada com aglomeração de pessoas.
Além disso, deve-se ter em mente que o objetivo maior da segurança contra incêndio e
pânico é a salvaguarda de vidas. Portanto, garantir que as pessoas sujeitas a uma situação
de incêndio sobrevivam com os menores danos possíveis deve ser uma meta buscada
incessantemente. Uma das medidas de proteção mais eficazes nesse sentido são as saídas
de emergência. Elas atendem basicamente a dois objetivos: permitir a evacuação dos
ocupantes da edificação com segurança e prover o acesso seguro das equipes de bombeiros.
c. descarga.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
As rotas verticais mais comuns são as escadas de emergência, que são escadas integrantes
de uma rota de saída. Elas podem ser escadas enclausuradas à prova de fumaça, escadas
enclausuradas protegidas ou escadas não enclausuradas. Além das escadas, existem
as rampas, que são partes inclinadas de uma rota de saída, que unem dois níveis de
pavimento, e os elevadores de emergência.
Exemplificando: uma pessoa num prédio de escritórios, em sua sala no 7o andar, num
caso de evacuação pelas saídas de emergência, ela percorrerá inicialmente o corredor de
circulação do seu andar (o sétimo) até chegar às escadas. Logo, o corredor do 7o andar é
uma rota horizontal. A escada, que a pessoa percorrerá até chegar ao térreo, constitui a
rota vertical. O trecho percorrido entre a porta da escada de emergência no térreo até a
portaria da edificação, que dá acesso à calçada externa à edificação, vem a ser a descarga.
Uma pergunta pertinente nesse momento seria: quais os critérios estabelecidos para
cada componente das saídas de emergência? As seções seguintes esclarecem tal questão
e para tanto utiliza os padrões normativos da NBR no 9.077 da ABNT.
Acessos
Outro aspecto a ser observado nos acessos são as larguras mínimas das saídas que, em
qualquer caso (corredores, escadas, rampas), devem ser as seguintes:
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e
em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída.
As portas das antecâmaras e das escadas devem ser providas de dispositivos mecânicos
e automáticos, de modo a permanecerem fechadas, mas destrancadas, no sentido do
fluxo de saída, sendo admissível que se mantenham abertas, desde que disponham de
dispositivos de fechamento, quando necessário.
Em salas com capacidade acima de 200 pessoas e nas rotas de saída de locais de reunião
com capacidade acima de 200 pessoas, as portas de comunicação com os acessos,
escadas e descarga devem ser dotadas de ferragem do tipo antipânico, conforme NBR
no 11.785.
Figura 17. Porta corta fogo dotada de ferragem antipânico.
Fonte: CBMDF.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Na NBR no 9077 você encontra de forma detalhada as dimensões das saídas, assim
como peculiaridades sobre as barras antipânico para cada situação. Lembrando
que no nosso curso nós passamos alguns pontos importantes e mostramos o
caminho para encontrar mais informações sobre tal assunto.
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CAPÍTULO 5
Sinalização e iluminação
de emergência
Sinalização
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico tem como objetivo reduzir o risco
de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes, e garantir que sejam
adotadas ações adequadas à situação de risco, que orientem as ações de combate e
facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da
edificação em caso de incêndio. Vamos nos basear na NBR no 13434 da ABNT.
Classificação da sinalização
Sinalização básica
A sinalização básica é constituída por quatro categorias, de acordo com a sua função,
descritas a seguir:
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Sinalização complementar
Implantação da sinalização
Sinalização de proibição
A sinalização apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura mínima de
1,80 m, medida do piso acabado à base da sinalização. A mesma sinalização deve estar
distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos
uma delas seja claramente visível de qualquer posição dentro da área, e devem estar
distanciadas entre si em no máximo 15,0 m.
Sinalização de alerta
A sinalização apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura mínima de
1,80 m, medida do piso acabado à base da sinalização, próxima ao risco isolado ou
distribuída ao longo da área de risco generalizado.
Neste último caso, cada sinalização deve estar distanciada entre si em no máximo 15,0 m.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base esteja no mínimo a 1,80 m do
piso acabado;
Nota 2: a abertura das portas em escadas não dever obstruir a visualização de qualquer
sinalização.
Sinalização complementar
Caso exista a necessidade de se utilizar um segundo idioma, este nunca deve substituir
o idioma original, mas ser incluso adicionalmente.
A sinalização de indicação continuada das rotas de saída deve ser implantada sobre o
piso acabado ou sobre as paredes das rotas de saída. O espaçamento de instalação deve
ser de no máximo 3,0 m entre cada sinalização e a cada mudança de sentido, atendendo
uma das seguintes condições:
a. desnível de piso;
b. rebaixo de teto;
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Figura 18.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Figura 19.
Figura 20.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Figura 21.
Nota: após o acidente na boate Kiss (estudaremos o caso nas próximas disciplinas), tornou-se
obrigatório a identificação do CNPJ da empresa fabricante nas placas de sinalizações.
Iluminação
Tipos de sistemas:
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
No caso de blocos autônomos, podem ser ligadas uma ou várias lâmpadas em paralelo
para iluminação do mesmo local.
O sistema centralizado de iluminação de emergência com baterias não pode ser utilizado
para alimentar quaisquer outros circuitos ou equipamentos.
As baterias utilizadas devem ser garantidas pelo instalador para uso específico,
garantindo uma vida útil de pelo menos 4 (quatro) anos de uso com perda de capacidade
máxima de 10% do valor exigido na instalação.
Grupo moto-gerador
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
»» deve ser garantido o acesso irrestrito desde a área externa do prédio, sem
passar por áreas com material combustível;
Equipamentos portáteis
Este tipo de equipamento não pode ser usado para indicar saídas de emergência,
aclaramento ou balizamento.
Luminárias
Resistência ao calor
Ausência de ofuscamento
Os pontos de luz não devem ser resplandecentes, seja diretamente ou por iluminação
refletida.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Quando o ponto de luz for ofuscante deve ser utilizado um anteparo translúcido de
forma a evitar o ofuscamento nas pessoas durante seu deslocamento.
Material
Localização
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
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CAPÍTULO 6
Proteção contra descargas
atmosféricas e cuidados com
instalações elétricas
O raio sempre existiu, fazendo parte da própria evolução e formação da Terra. No início,
há milhões de anos, no processo de resfriamento do planeta, tempestades violentas
existiam em abundância. Com o resfriamento da Terra, as tempestades se estabilizaram,
mantendo-se num equilíbrio natural.
O raio é um fenômeno natural que sempre impôs temor aos homens, tanto pelo ruído do
trovão como pelos incêndios e destruições que causa. Foi longo o caminho percorrido
para se descobrir a natureza elétrica das descargas atmosféricas e para se chegar a regras
confiáveis de proteção para propriedades, aparelhos, equipamentos, objetos, animais e,
principalmente, para as pessoas.
A experiência mais famosa (já no século XVIII) foi a de Benjamin Franklin, que conseguiu
obter faíscas elétricas entre um fio metálico de uma pipa e objetos metálicos aterrados.
Richman, faleceu ao ser atingido por uma violenta descarga ao procurar captar
eletricidade no alto da catedral de S. Petersburgo.
Franklin propôs, pela primeira vez, um método de proteção contra raios de um edifício:
colocando-se uma ponta metálica pontiaguda, 2,5 a 3,0 metros acima da casa e em
contato com a terra, ela deverá descarregar silenciosamente a nuvem antes que ocorra
o raio, ou conduzirá a descarga para a terra, sem que o edifício sofra danos. A primeira
parte (descarga silenciosa da nuvem) estava errada, mas a segunda parte ainda hoje é
a base do sistema de proteção pelo método do ângulo de proteção, também chamado
método Franklin.
Hoje, para estudar o raio, usa-se um processo mais sofisticado, como o de criar, entre
o laboratório e a nuvem, um caminho de ar ionizado produzido pelo lançamento de
foguetes. Por meio do caminho de ar ionizado, a probabilidade de o raio escoar para a
terra é maior. Dessa maneira, pode-se examinar melhor o raio por meio de máquinas
fotográficas rotativas especiais de alta velocidade, que foram desenvolvidas para
congelar várias tomadas sucessivas do raio, e oscilógrafos especiais podem acompanhar
sua performance.
A gota aumenta de tamanho até ficar com um diâmetro de, aproximadamente, 5mm,
tornando-se instável e fragmentando-se em várias gotículas menores. No momento da
fragmentação, há formação de íons positivos, na parte inferior, e negativos na superior.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Como essas gotas ascendentes (agora positivas) estão dotadas de grande energia
cinética, conseguem subir até a parte superior da nuvem. Os íons negativos resultantes
da fragmentação de uma grande gota descem até parar, subindo em seguida, também
arrastados pelo ar ascendente. Os íons têm menor energia cinética que as gotículas
positivas e, por isso, elas aglomeram-se na parte inferior da nuvem, deixando-a
carregada positivamente, na parte superior e negativamente na inferior.
Aproximadamente, 95% das nuvens ficam carregadas. Apesar de o fenômeno não ser
bem compreendido, verifica-se que algumas nuvens ficam carregadas ao contrário, isso
é, com cargas positivas embaixo e negativas em cima.
Muitas nuvens, por serem grandes e extensas, podem ter várias ilhas de cargas elétricas.
Desse modo, durante uma tempestade, a nuvem pode se fragmentar, formando nuvens
menores, com possibilidade de diversas combinações de cargas, tais como:
Essa dissociação, formando diversas nuvens com cargas distintas, vem contribuir ainda
mais com a tempestade. Isso ocorre devido à formação de diversos raios entre nuvens
e deslocamentos entre nuvens de modo aleatório, ocasionados pelas forças de atração e
repulsão das cargas elétricas e pelas forças eletromagnéticas devido à descarga.
Esses “raios” podem causar destruição de residências que venham a ser atingidas
e frequentemente causam “explosão” de transformadores da rede de energia
elétrica, além de danos eletrodomésticos, mesmo que tenham caído a longa distância
das residências.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Tensão de passo – um ser vivo, com os apoios (pés ou patas) separados, fica sujeito
a uma tensão que provocará a circulação de corrente pelo tronco. Nos bípedes isso,
raramente causa a morte, pois a parcela da corrente que passa pelo coração é muito
pequena; já para os quadrúpedes, a totalidade da corrente passa pelo tronco e é a causa
mais frequente de morte durante as tempestades.
Definições
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Ponto de impacto: ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra, uma estrutura
ou o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (uma descarga atmosférica
pode ter vários pontos de impacto).
Volume a proteger: volume de uma estrutura ou de uma região que requer proteção
contra os efeitos das descargas atmosféricas.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
»» Nível II: é aquele no qual uma falha no SPDA poderá causar danos
elevados ou destruir bens insubstituíveis, porém com os danos restritos
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Condições gerais
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Dicas de proteção
Para-raios externos
São projetados para projetar as edificações e, em parte, as pessoas que nelas estão. A
sua função é levar a energia do raio com segurança para a terra. Sua instalação deve
seguir norma específica (ABNT no 5419:2001) por técnicos especializados. O para-raios
externo não protege os aparelhos eletroeletrônicos, pois não elimina os surtos elétricos.
Aterramento
Como o próprio nome diz, este dispositivo só protege as instalações contra os surtos, ou
seja, quando uma descarga atmosférica incide direta ou indiretamente na rede elétrica
que alimenta sua residência, a corrente induzida que atingiria os equipamentos, caso
este não fosse utilizado, passa por ele.
»» evite contato com qualquer objeto que possua estrutura metálica, tais
como fogões, geladeiras, torneiras, canos etc.
No banho
Evite usar chuveiro. Tomar banho durante tempestades não significa que o raio vá cair
dentro da sua casa, mas pode atingir as linhas de energia na rua e provocar sobretensão
na rede. O resultado pode ser um choque em quem estiver debaixo d´água.
Telefone
Falar ao telefone também pode ser perigoso e deve ser evitado devido à sobretensão
na rede. Se os aparelhos eletroeletrônicos não estiverem protegidos, é recomendável
mantê-los desligados.
Nadando
Em superfícies lisas como piscinas, rio ou mar, a cabeça do banhista é o ponto mais alto
na área, atraindo os raios.
No futebol
O perigo aqui é similar ao que ocorre quando está nadando.
Zona rural
O problema também existe no campo. Se um trabalhador estiver arando a terra ou
dirigindo um trator sem capota, ele corre riscos. Em uma cabine sem proteção, a cabeça
é o ponto mais alto.
Árvores
Ficar em locais onde há uma árvore pode ser arriscado. A árvore atrai o raio. Numa
floresta, a situação é diferente.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Carro
Permanecer dentro do carro é uma ótima proteção, pois o veículo é blindado a raios. É
bom fugir do contato com material inflamável.
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CAPÍTULO 7
Proteção contra problemas decorrentes de
utilização de gás em prédios e moradias
Para que o GLP se inflame, após alguma concentração, necessitará apenas de uma
centelha (faísca) que são facilmente encontradas em fontes como relês de motores de
geladeiras, interruptores de luz, aparelhos elétricos etc.
Um botijão de GLP por si só não explode; o que ocorre é uma instantânea queima do gás
que está acumulado no ambiente e que se espalhou por vazamento, o que dá uma sensação
de explosão. Ou seja, o grande risco com GLP está nos vazamentos e posteriormente na
produção de uma faísca que originará num primeiro momento uma queima instantânea
do gás, e num segundo momento, haverá a continuidade do incêndio caso este gás
continue vazando, podendo tornar um incêndio de grandes proporções caso não seja
contido rapidamente.
A maioria dos incêndios é causada por falhas humanas e não por falha dos equipamentos.
Como exemplo citamos: passar a mangueira por trás do fogão, sair de casa e esquecendo
panelas no fogo, manter botijões de gás dentro das residências e recintos fechados,
o acoplamento errado da válvula reguladora, os equipamentos após o vencimento do
prazo de validade etc.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Adentrar ao ambiente sem calçados. Ventilar o local abrindo lentamente portas e janelas
e transportar o botijão para local aberto e ventilado, longe de riscos.
Explosão: o único botijão que pode explodir é aquele que não possui válvula de
segurança, portanto, os de 1 (um) e 2 (dois) kg.
Vantagens do GLP
Comparado a outros combustíveis, o GLP apresenta vantagens técnicas e econômicas,
associando a superioridade dos gases na hora da queima com a facilidade de transporte e
armazenamento dos líquidos. Como gás, sua mistura com o ar é mais simples e completa,
o que permite uma combustão limpa, não poluente e de maior rendimento. Liquefeito,
sob suave pressão na temperatura ambiente, pode ser armazenado e transportado com
facilidade, inclusive em grandes quantidades.
O rendimento do GLP e seu poder calorífico também são comparativamente mais elevados.
Armazenamento de GLP
O gás de cozinha é amplamente conhecido na forma dos botijões P13, chamado de gás
de cozinha. Pelas vantagens citadas, ampliou-se o seu uso em restaurantes, lavanderias,
67
UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
entre tantos outros, contudo, esses necessitam de grande quantidade de gás e menor
perda de tempo possível na troca do recipiente. Por tudo isso, aliado à segurança, foi
estabelecida a alimentação de GLP por meio de centrais que atendessem essa demanda,
podendo ser de recipientes fixos ou transportáveis.
Os Recipientes com capacidade superior a 0,25 metros cúbicos são classificados como
estacionários, pois são recipientes fixos, devendo ser abastecidos “in loco”, ou seja,
a granel.
Os botijões são fabricados com chapas de aço capazes de suportar altas pressões,
conforme prevê as normas técnicas de segurança da Associação Brasileira de Normas
Técnica (ABNT). O gás dentro dos botijões encontra-se no estado líquido e no de vapor.
Do volume do botijão, 85% é de gás em fase líquida e 15% em fase de vapor, o que
constitui um espaço de segurança que evita uma pressão elevada dentro do botijão.
P2
As botijas de 2 (dois) kg (P2) foram concebidas para operar sem regulador de pressão.
São indicados para fogareiros de acampamentos, lampiões a gás e maçaricos para
pequenas soldagens.
A válvula de saída de gás é acionada por uma mola, que retorna automaticamente
quando da desconexão. Quando aquecido, há aumento da temperatura interna e grande
risco de explosão, pois não possui uma válvula de segurança.
P5 e P13
São usados basicamente para cozinhar, tanto nas residências como em bares e
lanchonetes de pequeno porte. A válvula de saída de gás também é acionada por uma
mola, que retorna automaticamente quando da desconexão, mas nesse caso existe
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
uma válvula de segurança, o plugue-fusível. Ele é fabricado com uma liga metálica de
bismuto que derrete quando a temperatura ambiente atinge 78°C. O P5 é idêntico ao
P13, mas é pouco conhecido.
P20
O GLP também pode ser utilizado como combustível para motores de veículos a
combustão, como as empilhadeiras, que utilizam um recipiente especial de 20 kg (P20).
É o único vasilhame de GLP que deve ser utilizado na horizontal, pois todo o seu sistema é
planejado para funcionar nessa posição. A partir desse recipiente, todos possuem registro
de corte na saída de gás.
P45 e P90
Os botijões de 180 e 190 kg, e agora o mais recente de 125 Kg (apesar de este último
ser um recipiente transportável) são preferidos como centrais estacionárias devido à
dificuldade de remoção. Também possuem válvula de passagem de gás de fechamento
manual, válvula de segurança para aumento de pressão e alguns são dotados ainda com
indicador de nível do GLP.
Centrais de GLP
Para tratar desse assunto, adotaremos três normas: a NBR no 13.523/1995 (Central
Predial de GLP); a NBR no 13.932/1995 (Instalações Internas de GLP); e a NT no
05/2002-CBMDF, que define parâmetros gerais a serem adotados no DF. Além dessas,
a NBR no 14.570 e a NR no 13 do Ministério do Trabalho serão citadas.
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UNIDADE ÚNICA │ PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Pelo próprio título das NBRs, elas não se aplicam à instalação de um aparelho a um
só recipiente com capacidade inferior a 0,032 m3, quer seja ligado por mangueira ou
tubo flexível (item 1 da 13.932 e 2.3 da 13.523). Nesse caso, adota-se apenas a NT no 5,
a exceção de residência unifamiliar. Outra restrição é que a NBR no 13.523 é aplicada a
centrais transportáveis até 4.000 Kg e estacionárias até 8.000 Kg (item 1.1 da 13523).
1. Quanto ao transporte:
2. Quanto ao abastecimento:
›› Troca (transportáveis).
›› A granel (estacionários).
A localização da central é uma escolha estratégica, pois deve ser no exterior da edificação
para propiciar um ambiente ventilado e um acesso fácil e desimpedido, não só para a
carga e descarga de botijões/GLP, mas principalmente para o socorro (item 5.1.5 da
NBR no 13.523). O mesmo ocorre com a localização das tomadas de descarga caso não
esteja na central a granel, pois o local de estacionamento do caminhão abastecedor deve
ser de forma que a mangueira de abastecimento não passe em locais de concentração de
público (item 5.2.18 da NBR no 13.523).
Essa exigência de que seja no exterior da edificação pode ser dispensada no caso de
edificações existentes em que for oficialmente comprovado que não há espaço físico
exterior para a instalação da central. Nesse caso, a central poderá ficar dentro da
projeção horizontal da edificação desde que atenda as condições de segurança, exigidas
pelo CBMDF, e de boa ventilação (item 4.2.2 da NT no 5).
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
Apesar dessa vantagem, não é permitido que essas centrais sejam instaladas em forros,
terraços de coberturas ou sob as edificações. Dessa forma, e pelo critério de ventilação,
só resta como opção o pavimento do nível do logradouro público (item 5.2.5 e 5.2.14.1
da NBR no 13.523).
O piso também possui características próprias: deve ser firme, nivelado e de material
“incombustível”. A estabilidade dos recipientes é atendida por esses critérios, contudo,
para que seja atendido o da ventilação, deve ter ainda nível superior ao piso circundante,
de forma que não haja rebaixamentos que acumulem água ou gás (itens 5.1.9 e 5.1.11 da
NT no 5).
A área da central aérea estacionária é delimitada por uma cerca de tela, gradil ou
elemento vazado com 1.8 m de altura, contendo, no mínimo, dois portões em lados
opostos assegurando a ventilação na área (item 5.2.15 da NBR no 13.523).
71
CAPÍTULO 8
Códigos e legislação de segurança
contra incêndio e pânico
As Legislações e normas são alteradas de acordo com cada estado, o que permanece são
as Normas Regulamentadoras.
Fique atento no estado em que você mora, pois pode haver mudanças.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS │ UNIDADE ÚNICA
O GT que propõe regulamentação nacional foi criado pela Senasp no mês de março,
juntamente com outros três grupos de trabalho, voltados a regulamentar as atividades
dos Corpos de Bombeiros Militares e dos Bombeiros Civis, Municipais e Voluntários;
padronizar os procedimentos operacionais para os Corpos de Bombeiros e criar um
programa educacional nas escolas para prevenir incêndios e desastres.
Investimentos
Nos últimos dois anos, a Senasp entregou às unidades da federação 70 viaturas, 506
aparelhos autônomos de ar comprimido respirável e 67 conjuntos desencarceradores
hidráulicos, utilizados em acidentes automobilísticos. O valor disponibilizado para a
compra desses equipamentos foi R$ 9,6 milhões. Até 2014, serão investidos mais R$ 40
milhões para aquisição de 27 veículos operacionais do tipo Auto Bomba Tanque (ABT),
usados no combate a incêndios.
Outro foco do governo federal é a capacitação desses profissionais. Desde 2005, cerca
de 44 mil bombeiros brasileiros já fizeram ao menos um dos 52 cursos que lhes são
ofertados pela Rede Nacional de Educação a Distância (EAD) da Senasp. Na área
específica da atividade de bombeiro militar, a Rede dispõe de cursos como “Emergencista
Pré-Hospitalar”, “Sistema de Comando de Incidentes”, “Segurança Contra Incêndio” e
“Intervenção em Emergências com Produtos Perigosos”.
Fonte: <http://www.justica.gov.br/noticias/mj-cria-proposta-de-lei-nacional-de-
seguranca-contra-incendio-e-panico>
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Para (não) Finalizar
Como tarefa valendo nota envie pelo memorial uma análise sobre a legislação de
Segurança contra Incêndio e Pânico vigente no seu estado em cima da empresa que
você trabalha, contendo as seguintes informações:
Caso não queira ou não possa fazer na sua empresa, escolha um local para observar, tais
como shopping, teatro, parque etc.
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Referências
FREITAS, Osvaldo N.; SÁ, José Marques de. Manual técnico-profissional para
bombeiro. 3. ed. Brasília – DF. 1993.
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REFERÊNCIAS
Sites
<http://www.areaseg.com/fogo>/
<http://www.mundoeducacao.com/geografia/a-composicao-ar.htm>
<http://www.casaolivetti.com.br/classes.html>
<http://dgst.cbmerj.rj.gov.br/>
<http://www.dme-pc.com.br/bv_oc_dicas_raiosetempestades.php>
<http://www.justica.gov.br/noticias/mj-cria-proposta-de-lei-nacional-de-seguranca-
contra-incendio-e-panico>
<http://www.bombeiros.pb.gov.br/wp-content/uploads/2013/05/NT-DAT-006-2013-
SINALIZA%C3%87%C3%83O-DE-SEGURAN%C3%87A-E-EMERG%C3%8ANCIA-
CONTRA-INC%C3%8ANDIO-E-P%C3%82NICO-PDF.pdf>
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