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DERMATOPATIAS

ALÉRGICAS

MV Leticia de Paula Siqueira Isidoro


Dermatopatias Alérgicas

Dermatite
alérgica a picada Dermatite Dermatite
de ectoparasitas Trofoalérgica Atopica
( DAPE)
DAPE

❑Pulgas
Ctenocephalides felis
Ctenocephalides canis

❑Carrapato
Rhipicephalis sanguineus
Etiopatogenia

❑Alérgenos presentes na saliva

❑Reação de hipersensibilidade tipo I


Reação imediata Liberação de IgE e degranulação de
mastócitos
❑Reação de hipersensibilidade tipo IV
Reação tardia que ocorre mesmo na ausência das pulgas
Aspectos clínicos

❑Incidência e predisposição
Sazonalidade

❑ Quadro Sintomático/Lesional – Cães


Alopecia em região lombar
próximo a base da cauda
Região ventral
Aspectos clínicos

Quadro Sintomático/Lesional Gatos:


❑ Alopecia Simétrica
❑Complexo Granuloma Eosinofílico
❑ Dermatite Miliar
❑Prurido cabeça e pescoço
Paulo Salzo

Paulo Salzo
Paulo Salzo

Paulo Salzo
Paulo Salzo

Paulo Salzo
Diagnóstico

Anamnese
❑Frequências de passeios
❑Utilização periódica de ectoparasitas
❑Presença de animais contactantes
❑Tipo de piso onde o animal vive
Diagnóstico
Exame físico

❑Distribuição lesional
❑Presença de pulga e /ou carrapato
Diagnóstico
Manobra de Mackenzie

❑Papel ou algodão molhado


❑Cor avermelhada/marrom , pois as fezes dos
parasitas possuem hemoglobina não digerida
Tratamento
❑Controle da pulgas
❑Tratamento de todos animais da casa
❑Controle pulgas adultas no animal
❑ Adulta: Fipronil, Selamectina, Imidacloprid
❑Adulto e jovens: Nitempiram, Spinosad, Fluralaner,
Afoxolaner, Sarolaner

❑Tratamento pelo menos 45 dias


Tratamento

❑Redução do Prurido
Corticoesteróides: prednisolona - 7 - 10 dias
Oclacitinib – Apoquel® 10-20 dias
Anti-histamínicos: hidroxizina, cetirizina, clemastina

❑ Controle de infecções secundárias


Manejo ambiental
Locais protegidos do calor e luz excessivos, com deposição
de restos orgânicos:

❑Assoalhos de madeira
❑Carpetes
❑Gramados
❑Casinhas de madeira
❑Locais com pouca higienização...
Manejo ambiental

❑Limpeza com vapor de alta pressão e alta temperatura

❑ Higienização regular: ambiente, camas, caixas de


transporte, tapetes...

❑Dedetização
DERMATITE TROFOALÉRGICA

❑Definição: reação adversa a compostos alimentares


Alergia alimentar
Proteínas 10000 a 70000 daltons
Dieta oferecida por longo período
Ácaros presentes em alimentos ?

❑ Sistema imune envolvido


Reação hipersensibilidade do tipo I , III, IV
DERMATITE TROFOALÉRGICA

❑Alimentos mais incriminados: leite bovino, carne


bovina, carne suína, frango, peixe, ovos, trigo,
milho, arroz, soja, vísceras, batata e rações
comerciais.

❑Outros: glicoproteínas, lipoproteínas,


lipopolissacárides, carboidratos, corantes,
aromatizantes, palatabilizantes.
Manifestações clínicas

❑Prurido não sazonal , generalizado ou localizado

❑Idade : adulto jovens – até 3 anos


Manifestações clínica em Cães
❑Prurido (generalizado ou localizado)
❑Localização: orelhas, patas, axilas e região inguinal
❑Lesões: pápulas, alopecia, eritema, lignificação,
escoriações, úlceras, escamas e crostas.
❑MUITO PRURIDO COM POUCAS LESÕES!
❑Dermatopatias secundárias: disqueratinização, otite
ceruminosa, dermatite piotraumática, piodermite
recidivante.
❑Sinais gastrointestinais
Manifestações clínica em gatos

❑Prurido (generalizado ou localizado)


❑Localização: região cefálica e cervical
❑Lesões: pápulas, dermatite miliar, CGE, úlceras, alopecia
simétrica e otite externa.
❑Sinas TGI: diarréia aquosa a sanguinolenta, eructação,
flatulência, emese, muco nas fezes.
Rita Carmona
Rita Carmona
Paulo Salzo

Paulo Salzo
Rita Carmona
Diagnostico / tratamento

❑Clínico
❑Dieta de eliminação Dieta exclusiva
Retirar sachês petiscos, suplementos alimentares Tempo
para início da resposta: 6-8 semanas
Dieta caseira Fonte inédita de proteína: coelho, cordeiro,
pato, cabrito, cavalo, rã
Dieta comercial - Royal Canin Hypoallergenic, Hill’s z/d –
10 kDa Proteína hidrolisada Exposição provocativa
Dermatite atópica

A dermatite atópica canina é uma dermatopatia alérgica,


pruriginosa, inflamatória, de predisposição genética e sinais
clínicos característicos, associada à IgE direcionada, na
maioria das vezes, a alérgenos ambientais.
Dermatite atópica

Dermatite Atópica like

A dermatite semelhante à atópica é definida como uma


dermatopatia inflamatória e pruriginosa com características
clínicas idênticas às da dermatite atópica canina, na qual a
resposta de imunoglobulinas E a alérgenos, ambientais ou outros,
não é observada
Etiopatogenia
Genes Suscetíveis

Fatores ambientais Defeitos da barreira


da pele
ATOPIA

Alterações imunológicas Agentes infecciosos


Etiopatogenia

Barreira cutâneo

Os pacientes atópicos apresentam maior perda de água


transepidérmica e tal diferença pode estar relacionada com
a presença de inflamação cutânea, as alterações na
composição lipídica do estrato córneo, o dano físico
secundário a prurido ou as infecções secundárias
bacterianas
ETIOPATOGENIA

Infecções secundárias

Os pacientes atópicos apresentam maior quantidade de bactérias


estafilocócicas aderidas em sua pele; além disso, a aderência desses
microrganismos aos queratinócitos desses cães é maior do que aos de
pacientes saudáveis, fatores que podem estar relacionados com a maior
prevalência de infecções bacterianas recorrentes nesses animais

Malassezia pachydermatis
ETIOPATOGENIA

Fatores ambientais

Cerca de 80% dos cães atópicos


apresentam IgE específica contra alérgenos ambientais,
como ácaros da poeira doméstica e grama.
Dermatite atópica

• Idade: 1 a 3 anos
• Raça: cães : Lhasa apso, Shih-tzu, Pug, Bulldog inglês e francês ,
Poodles, Labradores, Golden Retrievers, Cocker spaniels,
Dálmatas
Manifestações clínicas

❑•Prurido intenso e contínuo


❑•Lesões: eritema, crostas, escamas
❑•Pelame ferruginoso por lambedura
❑•Localização: face, patas, ventre e axilas
❑•Generalização sintomática e lesional: 40%
❑•Otopatias e conjuntivites: 50%
Manifestações clínicas

❑Complicações: piodermites, seborréia, malassezíase,


rinite, asma, irregularidades estrais

❑Piora durante o cio (?)

❑Pode apresentar apenas prurido ótico (otite eczematosa)


Manifestações clínicas
Paulo Salzo
Paulo Salzo
Rita Carmona
Arquivo pessoal

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Rita Carmona
Paulo Salzo
Fabiana Monti
Fabiana Monti
Fabiana Monti
Diagnóstico

❑Abordagem inicial
❑Citologia
❑Raspados cutâneos
❑Lâmpada de wood
❑Cultura fúngica
Diagnóstico

❑Identificação (raça e idade)


❑Anamnese (hereditariedade)
❑Exame físico
❑Descartar outras dermatites que causa
❑Críterios de favrot
• 5 critérios: S-85% e E- 79%
Teste intradérmico

Os testes intradérmicos devem ser executados após a realização do


diagnóstico clínico de dermatite atópica canina. Por meio dos resultados
obtidos nesses testes, é possível implementar medidas que busquem
menor exposição aos alérgenos envolvidos no desencadeamento das
crises e selecionar o melhor protocolo para a imunoterapia alérgeno-
específica (imunoterapia alérgeno-específica)
TESTE SOROLÓGICO

Detectam IgE direcionada especificamente a um determinado


painel de antígenos considerados de relevância na
apresentação clínica do paciente. Independentemente da
técnica utilizada, o princípio fundamental de tais testes é o
mesmo.
Vantagens em relação ao intradérmico

❑Não há risco de anafilaxia e tampouco riscos referentes à sedação;


❑É mais conveniente, pois não requer tricotomia, sedação química ou
espera com o paciente para a leitura de resultados;
❑Tem pouca chance de que os fármacos utilizados no tratamento
da dermatite atópica canina interfiram no resultado;
❑Existe a possibilidade de ser aplicado em animais com quadros
extensos de dermatite;
❑Apresenta resultados de imunoterapia alérgeno-
específica semelhantes aos fundamentados em teste intradérmico.
Histopatológico

• O exame histopatológico apresenta


alterações inespecíficas; portanto, não deve
ser utilizado como método diagnóstico
de dermatite atópica canina.
Tratamento

❑Diminuição de exposição aos alérgenos,


❑Recuperação da barreira epidérmica,
❑Fármacos anti-inflamatórios e
antimicroianos
❑ Imunoterapia alérgeno-específica.
Menor exposição aos alérgenos

❑Preventivo para pulga e carrapato.


❑Troca da ração
❑Remoção de carpetes , controle de umidade do
ambiente
❑Manutenção do ar condicionado
❑Uso de tecidos impermeáveis na cama
❑Banhos frequentes ( pólen)
Terapia antimicrobianos

❑Infecções cutâneas e otites redicivantes


❑Instituir tratamento via tópica ou oral
❑Clorexidine , miconazol e cetoconazol
❑Amoxicilina com clavulanato , cefalexina,
itraconazol
Recuperação da barreira epidérmica

❑Shampoo hidratantes
❑Reposição de lipídeos , manutenção do ph ácido e retenção de agua

❑Ômega 3

❑Uso de pulverizador spray


Controle do prurido

❑Glicocorticoides

❑Prednisolona 0,5-1 mg/ kg SID/BID


❑Dexametasona 0,1-0,25 mg/kg SID
❑ acetato de metilprednisolona: CUIDADO
❑Aceponato de hidrocortisona ( TÓPICO)
Anti-histamínico

❑Cetirizina : 1 mg/kg, VO, SID


❑Hidroxizina : 2 mg/kg, VO, TID
❑Fenoxifinadina (cães): 18mg/kg, VO, SID
❑Fenoxifenadina (gatos): 10mg/gato VO SID
❑ Clemastina : 0,05 – 1 mg/kg, VO, BID
❑Clorfeniramina (felinos): 2 – 4 mg/gato, BID
Controle do prurido

❑Imunossupressores

❑Ciclosporina 5 mg/kg SID


❑Tacrolimus 0,1% BID
Controle de prurido

❑OCLACITINIB (Apoquel)
❑Inibidor da janus kinase (JAK), que inibe a IL-
31 e, consequentemente, controla o prurido
associado à dermatite atópica canina
❑0,4 a 0,6 mg/kg BID ( 14 dias) / SID
Controle de prurido

❑Lokivetmab - Cytopoint®

❑Ligação seguida de neutralização das IL-31


solúveis, inibindo, dessa forma, o prurido e
reduzindo as lesões de pele associadas
❑ 1 a 3,3 mg/kg SC ( Dose única) ( 0-28 dias)
Arquivo pessoal Fabiana Monti

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