Você está na página 1de 6

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE EXCELÊNCIA

AMANDA SOUSA DE ALMEIDA


BÁRBARA CRISTINA ANDRADE DA SILVIA
MARILIA AZEVEDO DE OLIVEIRA
MELISSA DE OLIVEIRA SANTOS
RÁVILA RAMOS DOS SANTOS
WILLIANE DA SILVIA BASTOS VASCONCELOS

ESTUDO DIRIGIDO:
Função social da educação em saúde

Feira de Santana
2022
AMANDA SOUSA DE ALMEIDA
BÁRBARA CRISTINA ANDRADE DA SILVIA
MARILIA AZEVEDO DE OLIVEIRA
MELISSA DE OLIVEIRA SANTOS
RÁVILA RAMOS DOS SANTOS
WILLIANE DA SILVIA BASTOS VASCONCELOS

ESTUDO DIRIGIDO:
Função social da educação em saúde

Atividade avaliativa do Curso Enfermagem da UNEX-


Centro Universitário de Excelência, da disciplina
Estratégia de Ensino e Aprendizagem, compondo a nota
da primeira unidade.

Orientadora: Francieli Aparecida de Oliveira

Feira de Santana
2022
1. QUAL A FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE?

A Política Nacional de Educação Popular em Saúde diz respeito ao exercício


da cidadania e se relaciona com o setor da saúde, direta e indiretamente. A PNEPS
dispõe ser uma Lei para todos, justa, que trabalha no sentido de tratar os diferentes
em suas diferenças e alcançar, através da educação, o olhar do todo do indivíduo,
garantindo a participação popular no Sistema Único de Saúde.

A educação popular em saúde não se limita apenas no setor de saúde. É na


verdade, um tema transversal a outros setores, mas, por conta de se trabalhar
próximo à vida das pessoas, precisa-se desse olhar de trabalhar com a educação no
sentido da população. A população e a educação popular em saúde estão
relacionadas ao exercício da cidadania, no qual se trabalha, consequentemente,
com empoderamento, diálogo e transversalidade. Isto é, não existe uma linha de
diálogo vertical, e sim horizontal, em que todos os envolvidos no processo de
educação popular em saúde têm sua importância. Os saberes da população também
devem ser validados para que haja uma troca de saberes.

A PNEPS traz a especificidade de estar alinhada aos princípios doutrinários


do SUS: universalidade, equidade e integralidade, somados a um dos princípios
organizativos do SUS, que é a participação da comunidade por meio dos conselhos
de saúde e das conferências de saúde. Segundo os princípios, os serviços devem
ofertar ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde, sendo que essas
ações devem estar integradas aos espaços em que serão ofertados os serviços de
saúde do SUS. A PNEPS é fundamental para garantir a promoção da saúde e
prevenção de enfermidades, devido a disseminação de conhecimentos em saúde
que transformou contextos sociais, fomentou o empoderamento da população e
consequente conscientização dos indivíduos acerca da sua própria saúde e
autocuidado.

2. QUAL A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA VIDA COTIDIANA?

A educação em saúde deve se fazer presente em todos os níveis de atenção


a saúde, mas primordialmente no nível primário, como coordenadora do cuidado e
principal porta de entrada para os serviços de saúde, é o nível de atenção a saúde
com maior contato com a população, ou seja, é maior potencializadora em promover
educação em saúde para os usuários, possibilitando práticas de caráter preventivo
para com as doenças e seus agravos, promoção da saúde e, consequentemente,
evitando a sobrecarga nos níveis secundário e terciário. O indivíduo que detém de
conhecimentos em saúde, a citar como exemplo, sobre hábitos alimentares
saudáveis e a importância de realizar atividades físicas podem evitar, caso não seja
um fator hereditário, doenças crônicas como a Hipertensão e a Diabetes Mellitus.
Destarte, a educação em saúde é imprescindível para ampliar através da educação
o acesso as informações sobre medidas preventivas para a população, com relação
aos determinantes sociais da saúde, desenvolvendo o hábito e a conscientização
acerca do autocuidado com a sua própria saúde, desse modo, modificam contextos
sociais deletérios e epidemiológicos com elevados índices de morbimortalidade no
Brasil, a favorecer o desenvolvimento social e a consolidação daquilo que é
preconizado pelo SUS.

Outro imprescindível campo de influência das ações de educação em saúde é


o ambiente escolar, visto que são grandes centros de oportunidades para promover
educação em saúde, tanto por parte da grade escolar que deveriam ser ensinados
pelos professores, como também ações de promoção e prevenção através de
programas de Educação para a Saúde aplicados na escola, pelos profissionais de
saúde. Com o objetivo de atingir indivíduos em fase de formação física, mental e
social, os quais possuem enorme capacidade de aprendizagem de hábitos e
assimilação de conhecimentos. Desta forma, os alunos terão a oportunidade de
aprender sobre a vida na comunidade, os conhecimentos científicos e os hábitos
sociais, como também conhecimentos em saúde, envolvendo os hábitos de higiene
e autocuidado.

3. QUAIS SÃO OS IMPACTOS DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS


SOCIEDADES?

A Educação Popular em Saúde traz a ideia de que a sociedade só pode ser


transformada por meio da educação. Essa mudança gera autonomia e um exercício
mais forte da cidadania, fazendo com que as pessoas lutem por seus direitos,
alinhando-se com os preceitos do SUS. Desse modo, o compromisso com a
educação popular em saúde diz respeito à participação de todos aqueles que estão
envolvidos no processo para que se alcance a democracia em relação à construção
das ações e serviços de saúde. Dentre as ações de educação em saúde na
sociedade estão a construção compartilhada envolvendo a troca de saberes e o
diálogo entre educador e educando, além da problematização visando buscar
soluções junto com a coletividade, transformando o coletivo desde a teoria até a
prática no seu cotidiano, nesse sentido, têm-se como importante impacto a
emancipação da população.

Ao compartilhar saberes, leva-se em consideração estar diante de culturas e


inserções sociais diferentes. A população traz o seu saber popular, e, nesse
momento, há uma troca, na qual aquele que ensina e aquele que aprende vão estar
misturados. Quando se fala em educação popular em saúde, fala-se em troca de
saberes, em respeito àquilo que a comunidade traz, respeito em relação a qualquer
situação, educando e educador se misturam em vários momentos. Segundo Paulo
Freire não existe uma hierarquia na troca de saberes, essa troca exige uma linha
horizontal, na qual cada saber é importante, é válido. A emissão do juízo de valor na
educação popular em saúde deve ser deixada de lado, pois é fundamental recordar
que a coletividade e comunidade são importantes nesse processo e necessitam
desse saber, inclusive para melhorar o tratamento, o cuidado, as ações de
promoção, de proteção e de recuperação. A educação através do diálogo faz com
que aqueles envolvidos se transformem e, quando se trabalha com respeito,
conhecendo realidades e diversidades, está-se alinhado com a humanização, que é
a quebra de relação de poder entre todos os envolvidos no processo de cuidado: o
usuário, o gestor e o trabalhador.

Por fim, sobre a problematização, se a coletividade tem uma dificuldade X,


deve-se problematizar alguma situação relacionada e solicitar, na roda de conversa,
que a própria comunidade traga a solução desse problema. Isso faz com que eles se
sintam envolvidos e participantes do processo de cuidado. Na construção
compartilhada não há verticalização, constrói-se o saber necessário para cada
comunidade, porque cada comunidade é diferente e traz em si uma história e uma
formação. Há comunidades antigas onde há população idosa muito presente, e
deve-se respeitar essa historicidade; há comunidades que foram formadas por
bolsões de pobreza, é necessário respeitar também esse tipo de formação e o que
eles trazem de carga de conhecimento. Em suma, a educação emancipa qualquer
grupo e qualquer pessoa, por isso a PNEPS está relacionada intimamente ao
exercício da cidadania.

Você também pode gostar