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TESTE DE AVALIAÇÃO

PORTUGUÊS

A PREENCHER PELO ALUNO

Nome:

Turma: Número: Data: 25 / 10 / 2019

A PREENCHER PELO PROFESSOR

Professor: Classificação:

Observações:

A PREENCHER PELO ENCARREGADO DE EDUCAÇÃO

Tomei conhecimento.

O Encarregado de Educação

8.º ANO
Grupo I – Leitura e Educação Literária

Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.


Parte A

Como ver o mundo de forma diferente


19.03.2016 || Joana Madeira Pereira

Façamos o teste. Qual o browser1 que utiliza para as suas pesquisas na Internet?
Mantém-se fiel ao velhinho Internet Explorer2 […] ou já descarregou as últimas versões
do Chrome2 e do Firefox2 e, sempre que possível, experimenta outras novidades no
campo das tecnologias?
Se a sua resposta tender para a primeira hipótese, então é daqueles
conservadores que, só por obrigação, tende a sair da sua zona de conforto; se, pelo
contrário, se enquadrar na segunda hipótese, é bem possível que seja uma daquelas
pessoas naturalmente mais predispostas para a inovação. […]
No seu livro, Originals, Adam Grant, um dos professores mais adorados da
prestigiada escola de negócios Wharton School da Universidade de Pensilvânia, explora
a forma como os inovadores veem o mundo de forma diferente e arrastam outros,
consigo, no caminho do sucesso. […]
Grant olha para os “originals”, os originais. E não tanto para os inovadores. Em
entrevista ao The New York Times, o professor explica a diferença entre a originalidade
e a criatividade: “Criatividade é a criação de ideias que são novidades e que são úteis.
Eu defino os originais como pessoas que vão para lá da criação de ideias, pessoas que
tomam iniciativa para tornarem as suas visões em realidade. Este livro é como a sequela
da criatividade – é sobre a forma como se faz vingar as novas ideias”, referiu. E assume:
“Este livro é sobre como todos nós nos podemos tornar mais originais.” E dá ferramentas
práticas para que possamos ‘libertar’ a criatividade escondida que existe em nós. Não
apenas no local de trabalho, mas também em casa, para que consigamos “construir
culturas de originalidade”. […]
Apresentando diversos estudos e teorias, de forma prática e humorística, […]
Adam Grant explica como existe uma maior tendência, entre os filhos mais novos, para
serem mais originais de forma a distinguirem-se dos irmãos mais velhos,
tendencialmente mais bem-comportados e obedientes. Nota: Grant fala apenas de
tendências. Porque se é verdade que alguém que seja o filho mais novo tem mais
probabilidades de fazer uma descoberta científica, são os filhos mais velhos que,
normalmente, se tornam prémio Nobel ou chegam a presidentes executivos de uma
companhia. Mais uma vez, probabilidades. […]
Por outro lado, Grant explica que a procrastinação3, geralmente, é boa para a
criatividade e gera resultados mais produtivos. Só quando a data-limite se aproxima é
que o cérebro parece processar o problema e resolvê-lo. […]
Segundo Adam Grant, cerca de 20% dos adultos dizem-se procrastinadores
crónicos. Mas a verdade é que, provavelmente, também são mais criativos. Grant conta
que se tornou mais sensível a este tema quando uma das suas alunas mais criativas
lhe contou que as suas ideias mais originais chegavam, na sua maioria, depois de ter
procrastinado. […]
Sem procrastinação, o mundo nunca teria conhecido a Mona Lisa de Leonardo
Da Vinci, obra-prima que levou 16 anos – e muitas interrupções – a fazer; e nunca teria
sido inspirado pelo famoso discurso “Eu tenho um sonho”, de Martin Luther King. À BBC
Radio 4, como conta o The Independent, Grant explicou: “Os grandes discursos da
História foram reescritos no último minuto e, por isso, tinham uma grande flexibilidade
para o improviso, muito mais do que se o texto tivesse sido escrito com meses de
antecedência”.
Ao mesmo tempo, explica o autor, os rasgos brilhantes dos “originais” tendem a
ocorrer em catadupa. Einstein, por exemplo, publicou ao longo da sua carreira 248
artigos, a grande maioria num período curto de apenas alguns anos. Da mesma forma,
nem todos os quadros de Picasso ou das composições de Mozart, Bach ou Beethoven,
são consideradas obras-primas. E aquelas que o são foram criadas, quase sem
exceção, num determinado período, “que não ultrapassa os dois dígitos”.
in Expresso, disponível em https://expresso.sapo.pt/cultura/2016-03-19-Como-ver-o-mundo-de-forma-
diferente
NOTAS
1. browser: aplicação que permite aceder à Internet e obter acesso aos vários recursos que existem na
rede. 2. Internet Explorer, Chrome, Firefox: exemplos de browsers. 3. procrastinação: adiamento.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são
dadas.
1. Para cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a
opção escolhida.

1.1. De acordo com Adam Grant, a originalidade


A. pode ser considerada um sinónimo de criatividade.
B. deve ser considerada um antónimo de criatividade.
C. é o ponto de partida para sermos criativos.
D. tem como base a criatividade e leva-a a um novo patamar.

1.2. Grant mostra que, em termos probabilísticos,


A. os filhos mais velhos tendem a ser mais criativos e os mais novos mais
originais.
B. os filhos mais velhos tendem a ser mais conservadores e os mais novos mais
originais.
C. os filhos mais velhos tendem a ser mais originais e a ascenderem a cargos
de prestígio.
D. os filhos mais novos tendem a ser mais originais, embora raramente atinjam
o sucesso na vida.
1.3. Relativamente ao parágrafo anterior, a expressão “Por outro lado” (l. 29)
introduz
A. um reforço.
B. uma enumeração.
C. um contraste.
D. uma conclusão.

1.4. A procrastinação é benéfica para a criatividade e para a originalidade, pois


A. o cérebro é mais produtivo e inovador quando existe muito tempo para
resolver um problema.
B. o cérebro é mais produtivo e inovador quando é necessário improvisar.
C. o cérebro é mais produtivo e inovador quando um prazo para cumprir se
aproxima.
D. o cérebro é mais produtivo e inovador quando adiamos um problema de
forma constante.

1.5. No contexto em que surge, a expressão “em catadupa” (l.43) significa


A. de forma ruidosa.
B. em grande quantidade.
C. de forma imprevisível.
D. em simultâneo.

2. Tendo em conta a tipologia do texto apresentado, completa as frases abaixo:


a. O texto apresentado na parte A pode ser classificado como
________ (reportagem/entrevista/artigo de divulgação científica).
b. O autor deste tipo de textos apresenta factos sobre determinado assunto ou
tema, não podendo, por isso, dar a sua opinião. Como tal, a linguagem usada é
predominantemente (objetiva/subjetiva/legível).

3. Faz corresponder os elementos da coluna A ou elementos da coluna B, conforme


o teu conhecimento sobre a função dos textos de caráter comunicacional:

Coluna A Coluna B
a. Dar a conhecer algo ou alguém por
1. Artigo de divulgação científica meio de uma interação de
pergunta-resposta.
b. Divulgar conhecimento científico a
2. Verbete de enciclopédia público não especializado.

c. Informar sobre determinado ramo


3. Reportagem do saber.
d. Informar, de forma aprofundada,
4. Entrevista sobre determinado assunto
presente no quotidiano.
Lê o texto com atenção.
Parte B

Redes & companhia ilimitadas

No ciberespaço saber as preferências literárias


de amigos, conhecer os gostos musicais de ilustres
desconhecidos, partilhar uma música interessante,
comentar a política educativa, trocar receitas de
culinária ou simplesmente “cuscar” sobre os mais
variados assuntos tornou-se muito fácil através da
adesão a uma rede social. Num simples clique em
“confirmar amigo” somos surpreendidos com fotos das suas últimas férias, sabemos o que
pensa do filme mais in da temporada, passamos a conhecer de quem também são amigos
e o que cada um vai dizendo sobre cada qual, numa fração de tempo mínima. Este
fenómeno de comunicação ligado à tecnologia, que surge como uma revolução nas
relações interpessoais, merecia uma análise qualitativa por parte da psicologia social.
Segundo estudos efetuados pela Netsonda junto de utilizadores do Facebook em
Portugal, 80% dos inquiridos ligam-se pelo menos uma vez por dia, 60% gastam cerca de
uma hora diária, 4% já utilizaram a rede para fins profissionais e 72% aderem a causas
sociais. Refere ainda o estudo que as mulheres lideram o grupo que mais tempo dedica a
esta rede social. Neste âmbito, li numa revista da praça sobre histórias de relações
amorosas que começaram numa curiosa fotografia de perfil, outras menos amistosas e até
casos de divórcios causados por informações desagradáveis que os cônjuges descobrem
nas respetivas páginas.
A variedade de dados pessoais e de informações sensíveis que cada um disponibiliza
graças à ilusão de que é possível o anonimato torna-se constrangedora. A cada minuto que
passa centenas de updates são atualizados, centenas de posts são adicionados, denotando
um sentimento de pretensa pertença a um grupo mais irreal do que virtual. No mundo em
linha, a presença dá lugar à necessidade de “estar ligado”, o silêncio é substituído pelo
comentário insidioso, onde é mais importante entrar num chat do que arranjar tempo para
tomar um café com um amigo que precisa de nos ouvir cara a cara.
Laura Guimarães

Vocabulário
denotando – mostrando, significando
pretensa – suposta, pretendida
insidioso – traiçoeiro

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. Se


necessário, relê o texto.

1. Indica as vantagens de fazer parte de uma rede social.


2. Qual é o grau de dificuldade no processo de adesão ao grupo de pessoas que fazem
parte de uma rede social?
2.1. Segundo o texto, ao tornares-te “amigo” que género de informação esperas
receber e partilhar?

3. Explica o significado da expressão “Este fenómeno de comunicação ligado à


tecnologia, que surge como uma revolução nas relações interpessoais (…)”.

4. Indica os resultados apresentados pela Netsonda relativamente ao Facebook.

5. Ao despender-se muito tempo no Facebook, indica as consequências que daí podem


ocorrer nas relações afetivas.

6. Na tua opinião, o anonimato é preservado? Inclui dois argumentos na tua resposta.

7. Na última frase do texto, está subjacente uma crítica a este universo de relações entre
cibernautas. Refere-a.

Grupo II – Gramática

1. Identifica a função sintática de cada um dos elementos sublinhados nas seguintes


frases:
a. “A cada minuto que passa centenas de updates são atualizados”

b. “Este fenómeno de comunicação […] merecia uma análise qualitativa”

c. “o silêncio é substituído pelo comentário insidioso”


d. ““cuscar” sobre os mais variados assuntos tornou-se muito fácil”

2. Substitui os constituintes destacados por pronomes pessoais.


a. “Refere ainda o estudo que as mulheres lideram o grupo que mais tempo dedica
a esta rede social”
b. “partilhar uma música interessante”

3. Lê a seguinte frase e seleciona a opção que completa as afirmações abaixo de forma


correta.
a procrastinação é boa para a criatividade e gera resultados mais produtivos
3.1 Na frase…
a. o verbo “gerar” é transitivo indireto e o verbo “ser” é auxiliar.
b. o verbo “gerar” é transitivo direto e o verbo “ser” é copulativo.
c. o verbo “gerar” é intransitivo e o verbo “ser” é transitivo direto.
d. o verbo “gerar” é transitivo direto e indireto e o verbo “ser” é intransitivo.
3.2. As classes de palavras que constituem a oração sublinhada são, pela respetiva
ordem, as seguintes:
a. conjunção – nome – verbo – determinante – adjetivo.
b. conjunção – determinante – preposição – advérbio – adjetivo.
c. preposição – verbo – adjetivo – advérbio – nome.
d. conjunção – verbo – nome – advérbio – adjetivo

3.3. A oração sublinha é classificada como


a. oração coordenada copulativa.
b. oração subordinada copulativa.
c. oração subordinada explicativa.
d. oração coordenada disjuntiva.

4. Identifica a relação semântica estabelecida entre as palavras “Facebook”,


“Instagram”, “Twitter” e a palavra “rede social”.

5. Completa a frase seguinte, conjugando os verbos apresentados entre parênteses no


modo e tempo indicados.
Futuro do conjuntivo/Futuro do indicativo
Quando nós (saber) gerir bem o nosso temo,
(conseguir) utilizar a Internet de forma ponderada.

6. Classifica as orações destacadas.


a. “Criatividade é a criação de ideias que são novidades”
b. “Grant conta que se tornou mais sensível a este tema quando uma das
suas alunas mais criativas lhe contou que as suas ideias mais originais
chegavam, na sua maioria, depois de ter procrastinado”
c. “Mantém-se fiel ao velhinho Internet Explorer […] ou já descarregou as
últimas versões do Chrome e do Firefox.”

Perfer et obdura.
(Sê persistente e resiste.)

Bom trabalho!
A Professora,
Ana Raquel Silva

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