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Me tornei líder! Por onde eu começo?

 Publicado em 10 de julho de 2022 no Linkedin

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Status: on-line

Claudia Giorgetti

Aprendizagem & Treinamento | Desenvovimento de Lideranças | Mentoria | Coaching |


Cultura e Clima Organizacional | Diversidade e Inclusão | Employer Branding |
Comunicação Interna | Recrutamento e Seleção

O título do artigo foi a primeira pergunta que eu fiz (para mim mesma) quando assumi o
cargo de gerente há 9 anos. Me arrisco em afirmar que quase todas as pessoas que
viraram líderes tiveram essa dúvida em algum momento. O fato é que exercer o cargo
de gestão exige preparação, abertura a mudanças e dedicação para aprender novos
conceitos, ferramentas e métodos.

Para prosseguirmos nessa conversa, convido as lideranças a refletirem sobre a seguinte


questão: Você prefere realizar suas tarefas e prestar contas de suas ações, até concluí-las
no prazo acordado, ou fazer com que as pessoas realizem as suas tarefas, com
responsabilidade e compromisso, para entregá-las no prazo acordado?

São duas formas de atuação profissional que incluem diferentes conhecimentos e


habilidades e que precisam ser consideradas na função de líder.

Se você prefere a segunda opção, você está no caminho certo, pois o cargo de líder
exige isso. Se você prefere a primeira opção, atente-se à sua forma de trabalho com a
equipe, pois alguma coisa relevante na sua posição pode estar deixando de ser feita.

Ao trabalhar como colaborador individual, independentemente da área de atuação, é


necessário desenvolver habilidades técnicas e comportamentais específicas para atender
as expectativas da função atribuída e produzir os resultados esperados. Ou seja, você é
responsável por realizar e concluir as suas tarefas e metas individuais atendendo a
prazos, conteúdo e qualidade.

Ao assumir a posição de liderança muitos questionamentos vêm em mente, por


exemplo: Como vou ganhar a confiança do time?” ou “Será que serei aceito?” e até
mesmo “Como vou dar conta do meu trabalho e ainda gerenciar pessoas?”.

Portanto, a primeira coisa a ser feita na posição de liderança é a pessoa estar aberta para
aprender novas competências e a segunda coisa é deixar de fazer o seu trabalho de antes
e ter foco em fazer o trabalho ser desenvolvido pelas pessoas do time.

No modelo de Pipeline de Liderança, há seis passagens que representam as transições


dos níveis de lideranças que exigem mudanças na atuação, devido ao grau de
complexidade no requisito do cargo. A primeira passagem, de gerenciar a si mesmo a
gerenciar outros, significa que ao invés da liderança dedicar 100% do seu tempo para
executar as tarefas, ela terá que utilizar o seu tempo para planejar o trabalho, dividir
as tarefas, orientar, motivar, dar feedback e mensurar o resultado do time.

Parece simples e óbvio, porém muitas pessoas assumem o cargo de líderes e apresentam
dificuldades em aceitar o que a nova posição requer, porque continuam apegados às
atividades que desempenhavam antes e que lhes trouxeram reconhecimento até então,
ou porque pularam passagens, deixando de aprender e assimilar requisitos considerados
indispensáveis, durante a transição de níveis de liderança, gerando dificuldades na
gestão e contribuindo para a falta de confiança do time.

Se a mudança não for realizada logo na primeira passagem, isso pode comprometer o
desempenho e o avanço da liderança a outros níveis estratégicos na organização, pois a
cada passagem será exigido mais tempo dedicado à gestão e menos tempo na execução.
A partir desse entendimento, fica mais fácil compreender o porquê boa parte dos
profissionais tem dificuldades de se adaptar à função de líder.

Realizar assessment, programas de treinamento, coaching ou mentoring para que as


competências de gestão sejam desenvolvidas pelos futuros e atuais líderes, reforça o
cuidado e o compromisso das empresas com a carreira dos seus profissionais e com a
sustentação dos negócios. Pessoas independentes e empreendedoras também devem
“beber” dessas fontes de desenvolvimento para se manterem competitivas no mercado.
Certa vez eu fiz um curso sobre liderança com o Mário Cortella e duas frases que ele
disse me marcaram: “Não existe líder nato.” e “O líder tem que impedir que sua equipe
fique com um grande passado pela frente.”

O fato é que ninguém nasce líder. Competências de liderança e gestão podem ser
desenvolvidas por meio de programas internos das empresas ou instituições e
consultorias especializadas.

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