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Introdução

Neste preste trabalho pretende se abordar acerca de um dos maiores equívocos da


agricultura modernas, os insecticidas e os impactos que os mesmos criam no solo. o uso de
agro-toxicos para a produção de alimentos pode causar sérios impactos na saúde do solo e
humana. Ao causar desequilíbrio e perda de agrobiodiversidade, contribui para o
desenvolvimento de doenças, que atingem trabalhadores rurais e consumidores, além de
conduzir os agricultores para um ciclo vicioso de dependência. É de grande relevância a
transição agro ecológico do modelo produtivo actual, pois influenciará directamente na saúde
do solo e humana, com a diminuição dos impactos antrópicos nos ecossistemas naturais,
evitando doenças crónicas e agudas causadas pelo uso desses venenos agrícolas
1.Tema
Avaliação do impacto do uso dos agro-toxicos em Montepuez, caso Rio Montepuez

1.1.Delimitação do estudo
Este estudo será realizado no distrito de Montepuez no tempo determinado em 2022-
2033.

2. Problematização
Segundo Petersen, (2015), afirma que nas últimas décadas, a utilização global de agrotóxicos
representa diferentes graus de ameaça à qualidade do ambiente e a saúde humana. O modelo
convencional de produção de alimentos vem causando sérios problemas à saúde humana
(Pinheiros, 1998). Produzindo alimentos com pouca qualidade nutricional, pois tem sua
origem em um solo doente, contaminado pelo uso de agrotóxico.
Os agrotóxicos quando usados na agricultura podem gerar uma serie de impactos negativos
que refletem na perda de agrobiodiversidade, afectando portanto a saúde do solo. Alguns dos
princípios activos dessas substâncias têm efeito quelador de minerais (Pinheiros, 1998).
“Os pesticidas são substâncias que podem matar directamente um organismo
indesejável ou controlar o processo reprodutivo”, (Petersen, 2015).
Especialmente nos países pobres como è o caso de Moçambique, com argumentos de que a
manutenção da segurança alimentar da população deve ser assegurada, o uso de acaricidas,
insecticidas, fungicidas, herbicidas, dentre outros, vem aumentando em uma escala
preocupante.

2.1.Justificativa
Os agro-tóxicos de uso agrícola, também chamados de pesticidas, são tóxicos às plantas e aos
animais, incluindo os seres humanos. Utilizados na produção, armazenamento e
beneficiamento de alimentos, que podem ser adicionados ao solo, nas sementes ou
pulverizados nas plantas, com o intuito de controlar pragas e doenças dos plantios, no entanto,
pode desencadear processos que impactam a biodiversidade, causando efeitos indesejáveis à
saúde do solo e humana (Brasil, 2008).

Somado aos impactos negativos na saúde do solo, já é de amplo conhecimento, que o uso de
agrotóxico, pode ocasionar problemas na saúde humana, causando intoxicações crónicas e
agudas em trabalhadores rurais e consumidores, (Toledo, 2015).
É urgente a adopção de modelos produtivos alimentares aliados a cuidados do solo e que
primem a qualidade de vida tanto para o consumidor como para o produtor, pois, solo com
vida, com boa qualidade, dá autonomia aos agricultores, além de resiliência e produtividade a
longo prazo, (Toledo, 2015). Face a esta situação coloca se a seguinte questão.

1.Quais os impactos negativos gerados pelo mau uso de agrotoxicos?

3.Objectivos

3.1.1Objectivo Geral:
Descer os impactos criados pelos agrotoxicos

3.2.Objectivos específicos:
Identificar as Razoes do mau uso do agrotoxicos;
Mencionar os principais problemas relacionados ao uso dos agrotoxicos;
Caracterizar a classe dos agrotoxicos comummente utilizados.
Revisão de literaturas

4.Insecticidas
Os pesticidas são produtos químicos utilizados para controlar e combater as pragas, nas áreas
destinadas à agricultura, na pecuária, em domicílios, como também nos programas de saúde
pública. Porém, um dos maiores desafios na agricultura é garantir alimentos em quantidade e
qualidade adequada para uma população em plena expansão sem provocar impactos
ambientais. a química de alguns pesticidas, como a contaminação destes produtos químicos
em ecossistemas e no meio ambiente, e seus efeitos nocivos à saúde humana. As
características físico-químicas dos pesticidas, e sua forma de uso acarretam factores
importantes que explicam a dinâmica desses resíduos no ambiente.

“Insecticidas compostos de substâncias químicas destinadas ao controle, destruição ou


prevenção, directa ou indirectamente, de agentes patogénicos para plantas e animais úteis e às
pessoas”

4.1.Classificação dos Insecticidas Orgânicos

4.2.Organoclorados
Os organoclorados foi um dos primeiros a ser desenvolvidos, e possui na sua composição
química Carbono (C), Hidrogénio(H) e Cloro (Cl). É importante observar nas estruturas
químicas dos organoclorados, que a ligação Carbono (C) -Cloro (Cl) caracteriza-se por ser
difícil de romper, e a presença do Cloro (Cl) reduz também a reactividade de outras moléculas
orgânicas (BLUMBERG, 1994). Para muitas aplicações, a falta de reactividade é uma
vantagem importante. Contudo, essa mesma propriedade significa que, uma vez os
organoclorados tenham entrado em contanto com o meio ambiente degradando-se lentamente
tendo que se acumular aos poucos no ecossistema. Com vistas, nas características mais
comuns para os organoclorados são eles:
 Baixa solubilidade em água e levada solubilidade em solventes orgânicos;
 Baixa pressão de vapor e alta estabilidade química; - São persistentes no ambiente,
com tendências de acumulação nos tecidos dos seres vivos;
 Toxicidade relativamente alta para insectos, mais baixa para seres humanos. O
primeiro grupo, e também o mais antigo, é o dos DDT ou
paradiclorodeniltricloroetano é o exemplo mais representativo.
4.3.Organofosforados
Os organofosforados são todos os insecticidas que contém na sua composição química o
átomo de Fósforo (P), este insecticida foi desenvolvido através da tecnologia química
utilizando os “gases de nervos” usados na Segunda Guerra Mundial. Quimicamente os
organofosforados são ésteres de ácido fosfórico ou de ácido fosforotióico podendo ser
subdivididos em diferentes em classes, a saber: fosfatos, fosfonatos, fosforoditiolatos e
fosforoamidatos (Melnikov, 1998). No meio aquático há três possíveis meios de
contaminação:
 O despejo de resíduos indústrias ou descargas de efluentes na água;
 Infiltração de resíduos tóxicos no solo, contaminando os mananciais de águas (lençóis
freáticos);
 O escoamento superficial durante a pulverização durante aplicação do produto.

4.4.Carbamatos
Os carbamatos constituem o grupo mais versátil dos pesticidas, encontra-se composto do tipo
que funcionam como inseticidas, herbicidas, fungicidas e até mesmo antibacterianos. Eles são
derivados do ácido cabâmico, H2NCOOH foi introduzido como insecticida em 1951. Resultar
de directa adição ou de escoamentos deste pesticida químico em pouco s tempo de aplicação.
(DOUGLAS, 1987).

4.5.Modo acção dos carbamatos


O modo de acção dos carbamatos é semelhante à dos inseticidas organofosforados com a
vantagem de ser mais rapidamente degradado o que diminuem a sua toxidade para mamíferos
(CORBETT et al., 1984). Já no meio ambiente aquático os carbamatos contaminam às águas
superficiais por rotas directas e indirectas, ou ainda por resíduos indústrias ou mesmo por
derramamentos acidentais. Porém, o perigo deste é limitado por rápida decomposição em
ambientes aquáticos.

5.Os Pesticidas e os Impactos no Meio Ambiente


Com o aumento considerável do uso de pesticidas aplicados tem trazido uma série de
transtorno e modificações para o meio ambiente, tanto pela contaminação das comunidades de
seres vivos que o compõe, quanto pela sua acumulação nos segmentos bióticos e abióticos dos
ecossistemas (biota, água, ar, solo e etc.) (Maroni et al., 2000).
Na agricultura a contaminação pode ocorrer pelas perdas na aplicação do produto pela deriva
ocasionada pelos ventos e pela evaporação atingindo a atmosfera e distribuindo os
contaminantes para outros compartimentos ambientais como solo ou águas superficiais. Outra
forma de contaminação pode ocorrer pela disposição inadequada das embalagens vazia
contendo resíduos de pesticidas possibilitando a contaminação do solo e das águas. Uma vez
presente no meio ambiente os pesticidas podem se distribuir, degradar ou acumular-nos
diversos compartimentos do ambiente. Os factores determinantes da dinâmica dos pesticidas
no meio ambiente são a forma de uso dos pesticidas, características ambientais e de suas
propriedades físico-químicas do princípio activo (Lara; Batista, 1992).

5.1.Os Pesticidas e os Efeitos na Saúde Humana


Os efeitos sobre a saúde podem ser de dois tipos, a saber: - Efeitos agudos, ou aqueles que
resultam da exposição à concentração de um ou mais agentes tóxicos, capazes de causar dano
efectivo aparente em um período de 24 horas; - Efeitos crónicos, ou aqueles que resultam de
uma exposição continuada a doses relativamente baixas de um ou mais produtos. Notificação,
ou com notificação errónea. Segundo estimativas da organização Mundial da Saúde, 70% das
intoxicações por pesticidas ocorridas no mundo são derivadas a exposições ocupacionais
(Moreira, 2002).

6.Utilização dos agrotoxicos


A utilização em massa de agrotóxicos na agricultura se inicia na década de 1950, nos Estados
Unidos, com a chamada ‘Revolução Verde’, que teria o intuito de modernizar a agricultura e
aumentar sua produtividade. Em Moçambique, esse movimento chega na década de 1960 e,
com a implantação do Programa Nacional de Defensivos Agrícolas (PNDA), ganha impulso
na década de 1970. O programa vinculava a utilização dessas substâncias à concessão de
créditos agrícolas, sendo o Estado um dos principais incentivadores dessa prática
De fato, os agro-toxicos não podem ser compreendidos senão como armas de uma guerra não
declarada, cujas vítimas humanas e não humanas são ocultadas por uma ciência cerceada por
interesses económicos ou justificadas por esta mesma ciência como efeitos colaterais do
emprego de uma tecnologia apresentada como indispensável. (PETERSEN, 2015).

6.1.Relação agro-toxicos -alvo


As pragas agrícolas (doenças, insectos nocivos e plantas daninhas), presentes nos cultivos
agrícolas, podem adquirir, a cada safra, resistência aos agro-toxicos, e o modelo agrícola
actual está fundamentado no uso desses produtos, nem sempre da maneira correcta e nas
dosagens recomendadas. São inegáveis, portanto, os efeitos deletérios de agro-toxicos sobre a
biodiversidade, como revisto na literatura.
A pressão química dos agro-toxicos sobre o ambiente é consequência, geralmente, da acção
humana, ao buscar elevadas produtividades agrícolas. No entanto, a longo prazo, o custo
ambiental pode ser alto, e o próprio ser humano pode ser afectado. Para mitigar esses
impactos, há necessidade de mais incentivos à adopção de práticas agro ecológicas,
capacitação daqueles que manipulam os agro-toxicos, bem como a proibição de princípios
activos já comprovadamente nocivos ao ambiente e à saúde, somados à fiscalização rígida por
órgãos ambientais competentes.

7.Impactos do Solo a agrotoxicos


No solo começa o nosso sistema imunológico (Pinheiro, 2016). Ele está directamente ligado à
saúde humana. Para manter um solo vivo, é necessário o aporte de nutrientes que o mesmo
precisa, para assim manter sua fertilidade e produtividade. O solo é um microcosmo de
infinitas formas de vida (Pinheiro, 2016) ou ainda como postulado por Holden (2015), “o solo
é o estômago das plantas”. Por isso, em um solo com biodiversidade adequada que mantém
suas funções vitais em homeostase, tem-se uma planta vigorosa que produz alimentos ricos
em nutrientes, o que irá reflectir directamente na saúde humana e no sistema imunológico.
MÉTODOS E METODOLOGIAS

8.Métodos
Quanto a: Base teórica Explicação ou justificativa
Natureza opta-se pela Segundo Francisco (2016) a
Opta-se pela pesquisa
pesquisa aplicada pesquisa aplicada é dedicada
aplicada porque a proponente
à geração de conhecimento
pretende trazer de forma
para solução de problemas
descritiva razoes do impacto
específicos, é dirigida à busca
dos agrotoxicos e soluções
da verdade para determinada
para resolução de problemas
aplicação prática em situação
quotidianos,
particular.
Objectivos: opta-se pela
Segundo Francisco (2016) Opta-se pela pesquisa
pesquisa descritiva e
pesquisas descritivas buscam descritiva porque a
exploratória.
a descrição de características proponente pretende fazer
de populações ou fenómenos uma descrição da realidade
e de correlação entre de forma imparcial, sem fazer
variáveis. São apropriadas a interferências.
levantamentos.
Abordagem: estudo Alguns autores, a exemplo
a qualitativa porque permite à
identifica-se como sendo das estudiosas da temática
generalizações de forma
qualitativo. Menga Lüdke e Marli André
moderada, tendo em vista que
(1999), afirmam que
parte de casos particulares.
abordagem qualitativa é mais
Contudo, o processo será
apropriada a pesquisas da
descritivo, indutivo, de
área das ciências sociais e são
observação que considera a
baseadas na interpretação dos
singularidade do sujeito e a
fenómenos observados e no
subjectividade do fenómeno,
significado que carregam, ou
no significado atribuído pelo
sem levar em conta
pesquisador, dada a realidade
princípios já estabelecidos.
em que os fenómenos estão
inseridos.
Procedimentos técnicos: O Para Lüdke e André (1999), o
Porque se refere a um caso
estudo identifica-se como É composto de três fases:
específico, particular, não
sendo de caso uma exploratória; outra de
apresenta carácter imediato e
sistematização de colecta de
requer cuidados da
dados e delimitação do
proponente para estender as
estudo, e a última de análise e
constatações a contextos mais
interpretação das descobertas.
amplos.
Trata-se, como os termos
Por ser singular, único, o
indicam, do estudo de certo
estudo de caso permite ao
caso singular visando
estudioso pesquisar tema já
descoberta de fenómenos em
estudado ou em estudo por
determinado contexto.
outro pesquisador.

9.Instrumentos de colecta de dados


Para a recolha de dados, será utilizado um guião de entrevista uma vez que a proponente
considera ser o instrumento de recolha de dados que mais se adequa como técnica de recolha
de informação sobre o tema em epígrafe. Esta opção deve-se ao facto deste instrumento de
recolha de dados permitir a proponente recolher dados descritivos na linguagem dos próprios
participantes. O guião de entrevista dirigido aos produtores será constituído por questões de
resposta fechadas. Baseados nos objectivos da investigação em atenção.
Também, a proponente prevê usar a observação directa aos de mais reacentados durante a
entrevista, como técnica de colecta de dados porque ira permitir o alcance dos objectivos
previstos.

9.1.Participantes do estudo
No que diz respeito aos participantes em termos populacionais são todos os pequenos e
grandes agricultores de Rio de Montepuez. Já no que diz respeito a amostra serão: 20
produtores escolhidos de forma aleatória dos quais 10 agricultores familiares e 10 agricultores
Descrição Num Técnicas
ero
Agricultores comerciais 10 Entrevista e observação
directa
Agricultores de subsistência 10 Entrevistas e observação
directa
comercias. Esta selecção será feita através da amostragem probabilística aleatória porque
fornecera em grande parte qualidade nas descobertas da proponente.

10.Análise de dados
Para analisar os dados será necessários dois programas estáticos o Excel e o Sisvar para poder
arrolarem e interpretar dados.

11.Cronograma das actividades

Actividade Setembro Outubro Novembro Dez

Definição do tema

Elaboração do Projecto

Aprovação do projecto no departamento

Actividade de campo

Recolha e selecção de dados obtidos


pelos informantes

Analise e interpretação dos dados e


confrontação teórica

Elaboração do relatório da monografia

Entrega da monografia ao departamento

12.Interpretação e Resultados Esperados


13.Referencias Bibliográficas

Brasil. (2015). Ministério do Meio Ambiente. agro-toxicos. Disponível em: Acesso em: 13
jun.
Corbett, R.J.; Wright, K.; Baille, A.C., (1984).The biochemical mode of action of pesticides,
Academic Press, 2end, Ed.London,
Dulley, D.R. (2004). Noção de Natureza, Ambiente, Meio Ambiente, Recursos Ambientais e
Recursos Naturais. Agric. São Paulo, São Paulo, v. 51.
Lara, W. H.; Batista, G. C. (1992). Pesticidas. Química Nova, v. 2, n.15, p.
Lara, W. H.; BATISTA, G. C. (1992).Pesticidas. Química Nova, v. 2, n.15, p. 161-165,
Maroni, M.; Colosio, C.; Ferioli, A.; Fait, A. (2000) .Organochlorine pesticides. Toxicology,
v. 143, n. 1,
Petersen. P. (2015). Um novo grita contra o silêncio. In: CARNEIRO, Fernando Ferreira et al.
Dossiê da ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Rio de
Janeiro: Expressão Popular, p. 27-36.
Pinheiros. et al (1998). Agricultura ecológica e a máfia dos agro-toxicos no Brasil. Rio de
Janeiro: Edição dos Autores, 355 p.
Toledo, Victor M; (2015). BARRERA-BASSOLS, Narciso. A Memória Biocultural: A
importância ecológica das sabedorias tradicionais. São Paulo: Expressão Popular, 271
p

MOREIRA, J.C. Avaliação integrada do impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana
em uma comunidade agrícola de Nova Friburgo, RJ. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de
Janeiro, RJ, v. 7/2, pp. 299-311, 2002.

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