Você está na página 1de 5

ATIVIDADE – ESTRUTURA CRISTALINA E AMORFA NOS MATERIAIS

1.Responda:
a) Explique por que os sólidos iônicos são frequentemente frágeis enquanto os metais são
maleáveis?
A estrutura dos materiais influencia suas propriedades. Os metais têm uma estrutura
cristalizada cúbica de corpo centrada ou face centrada e apresentam espaços entre as
moléculas para que ocorra uma possível modelagem desses materiais, os átomos podem
deslizar entre eles e ocuparem outras posições, os tornando maleáveis. Os sólidos iônicos
apresentam estrutura cristalina hexagonal compacta e os espaços intermolecular são
pequenos em relação ao átomo, logo são mais frágeis.

b) Explique por que ocorre uma ligação entre duas cadeias de PVC.
Devido a presença do átomo de cloro, altamente eletronegativo, em uma cadeia de
PVC existe ligações químicas fortemente negativas nos átomos de cloro e positivas nos
átomos de hidrogênio, ligados ao mesmo átomo de carbono. Em função da presença desses
dipolos ao longo das cadeias poliméricas, as moléculas de PVC sofrem forte atração
eletrostática umas pelas outras, resultando em um polímero rígido. A ligação entre as cadeias
poliméricas impede que possam deslizar entre elas e, assim, esse tipo de polímero não sofre
derretimento.

2. Responda:
a) Explique por que as maclas de recozimento são frequentes nos aços inoxidáveis
austeníticos e muito raras nos aços inoxidáveis ferríticos.

As maclas de recozimento ocorrem com mais frequência durante a recristalização e/ou


durante o crescimento de grão. Elas são mais frequentes em materiais com baixa energia de
defeito de empilhamento (EDE). A energia do contorno coerente de macla é
aproximadamente a metade da EDE. Assim, espera-se que materiais com essa energia baixa
apresentem alta frequência de maclas de recozimento. Logo, as maclas de recozimento são
frequentes em aços inoxidáveis austeníticos por apresentarem baixa EDE, mas são muito raras
nos aços inoxidáveis ferríticos.

b) Relacione a energia de defeito de empilhamento com a distância entre as


discordâncias parciais em um cristal com estrutura CFC. Justifique.

Os defeitos de empilhamento são limitados por discordâncias parciais, quanto maior


for à energia por unidade de área do defeito de empilhamento, mais próximas serão as
discordâncias parciais, de modo a minimizar a área defeituosa. A energia de defeito de
empilhamento (EDE) pode ser determinada experimentalmente medindo-se a distância entre
as discordâncias parciais com auxílio de microscopia eletrônica de transmissão (MET). A
EDE é um importante parâmetro para conhecer algumas propriedades dos materiais. Um
material com energia de defeito de empilhamento baixa apresenta após deformação plástica
maior densidade de discordâncias, distribuição mais uniforme de discordâncias e maior
energia armazenada na deformação, do que um material com energia de defeito de
empilhamento alta e deformado nas mesmas condições.
Por exemplo, quando um metal com estrutura CFC e baixa EDE é deformado por
método usuais, suas discordâncias têm baixa mobilidade devido ao fato de as discordâncias
parciais estarem muito afastadas entre si. Uma vez tendo baixa mobilidade, as discordâncias
geradas na deformação tenderão a ter uma distribuição plana (homogênea) na microestrutura.

c) Que fatores determinam o tipo de poliedro, quando um grão for descrito como sendo
um poliedro? Justifique.

Todo grão em um agregado policristalino é um poliedro que deve preencher todo o


espaço, sem deixar vazios, satisfazendo o equilíbrio de tensões superficiais, assim como
satisfazer as relações entre o número de vértices, arestas e faces.

3. Represente em células unitárias hexagonais as seguintes direções e planos


cristalográficos: [112 0] e [112 1].

 [112 0]

h=1 k=1 i=−2 l=0

{
1
∆ a= =1
h
n ∆ b= 1 =1
k
1
∆ z= =∞
l

 [112 1]

h=1 k=1 i=−2 l=1


{
1
∆ a= =1
h
n ∆ b= 1 =1
k
1
∆ z = =1
l

4. A figura a seguir apresenta o difratograma do chumbo policristalino obtido com


radiação CuK α (=1,5418 Å). Considerando a indexação apresentada, calcule:
a) o espaçamento entre os planos

Leitura das posições (2θ) dos picos: (111) = 31,29°; (200) = 36,29°; (220) = 52,27°; (311)
= 62,19°; (222) = 65,29°; (400) = 77,06°; (331) = 85,50°; (420) = 88,28°; (422) = 99,44°.

 Ângulo de difração: 2θ;


 Primeira ordem n=1
−9
 λ=1,5418 Å → λ=0,15418 ∙10 m

Pela lei de Bragg:


d hkl =
2 senθ
 Para (111) = 31,29°
1 ∙(0,15418 ∙ 10−9 m) −9
d 111 = =0,28586 ∙ 10 m
2 sen (
31,29°
2 )
 Para (200) = 36,29º
1∙( 0,15418∙ 10−9 m)
d 200 = =0,24754 ∙10−9 m
(
2 sen
36,29 °
2 )
 Para (220) = 52,27º
1∙( 0,15418∙ 10−9 m)
d 220 = =0,17501 ∙10−9 m
2 sen (
52,27
2 )
 Para (311) = 62,19°
1 ∙(0,15418 ∙ 10−9 m) −9
d 311 = =0,14927 ∙ 10 m
(
2 sen
62,19°
2 )
 Para (222) = 65,29º
−9
1∙(0,15418 ∙ 10 m)
d 222 = =0,14291 ∙10−9 m
2 sen (
65,29°
2 )
 Para (400) = 77,06°
1∙(0,15418∙ 10−9 m)
d 400 = =0,12375∙ 10−9 m
2 sen (
77,06 °
2 )
 Para (331) = 85,50°
−9
1 ∙(0,15418 ∙ 10 m)
d 331 = =0,11357 ∙ 10−9 m
(
2 sen
85,50°
2 )
 Para (420) = 88,28°
−9
1∙(0,15418∙ 10 m) −9
d 420 = =0,11070∙ 10 m
(
2 sen
88,28 °
2 )
 Para (422) = 99,44°
−9
1∙( 0,15418∙ 10 m)
d 422 = =0,10105∙ 10−9 m
(
2 sen
99,44 °
2 )
b) o parâmetro de rede do chumbo.

Pode-se determinar o parâmetro a partir da relação:


a
d hkl =
√ h +k 2+l2
2

a=d hkl √ h2 +k 2 +l 2
Assim,
 (111) = 31,29°
a=(0,28586∙ 10 m) √ 1 + 1 +1 =0,49512∙ 10 m
−9 2 2 2 −9

 (200) = 36,29°
a=(0,24754 ∙10 m) √2 +0 +0 =0,49508 ∙10 m
−9 2 2 2 −9

 (220) = 52,27°
a=(0,17501∙ 10 m) √ 2 +2 +0 =0,49500 ∙10 m
−9 2 2 2 −9
 (311) = 62,19°
a=(0,14927∙ 10 m) √ 3 +1 +1 =0,49507 ∙10 m
−9 2 2 2 −9

 (222) = 65,29°
a=(0,14291∙ 10 m) √ 2 +2 +2 =049505∙ 10 m
−9 2 2 2 −9

 (400) = 77,06°
a=(0,12375∙ 10 m) √ 4 + 0 +0 =0,495∙ 10 m
−9 2 2 2 −9

 (331) = 85,50°
a=(0,11357∙ 10 m) √ 3 +3 +1 =0,49504 ∙ 10 m
−9 2 2 2 −9

 (420) = 88,28°
a=(0,11070∙ 10 m) √ 4 + 2 + 0 =0,49506 ∙ 10 m
−9 2 2 2 −9

 (422) = 99,44°
a=(0,10105∙ 10 m) √ 4 + 2 + 2 =0,49504 ∙ 10 m
−9 2 2 2 −9

Você também pode gostar